segunda-feira, 2 de abril de 2012

Concentrações muito elevadas de pólenes

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29 de Março, 2012

Concentrações muito elevadas no ar de pólenes de azinheira, carvalho,
plátano, pinheiro, cipreste e erva parietária são esperadas nos
próximos sete dias em Portugal continental, segundo o Boletim
Polínico, hoje divulgado pela Sociedade Portuguesa de Alergologia e
Imunologia Clínica.
Nos Açores e na Madeira, os técnicos prevêem concentrações de pólen
baixas durante o mesmo período, entre 30 de Março e 5 de Abril.

«Em caso de precipitação, os níveis de pólen tenderão a baixar
momentaneamente, mas voltarão a subir rapidamente na ausência de
precipitação», adianta o Boletim Polínico.

O boletim semanal, da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia
Clínica (SPAIC), visa informar a população sobre as concentrações
polínicas no ar, a partir de dados obtidos através da leitura de
vários postos de recolha contínua dos pólenes em diferentes regiões do
país, para permitir a quem sofre de alergias agir preventivamente.

A Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC)
prevê para esta semana «concentrações muito elevadas de pólen no ar
atmosférico em todo o continente», indo o alerta para os pólenes de
árvores, azinheira, carvalho, plátano, pinheiro, cipreste e da erva
parietária (planta herbácea, da família das Urticáceas, espontânea em
Portugal).

Nos Açores, os pólenes situam-se em níveis baixos, com predomínio dos
de erva parietária, pinheiro e cipreste.

Os pólenes também estarão em níveis baixo na Madeira, com destaque
para os de cipreste, erva parietária, plátano e eucalipto.

O nível de poeira na atmosfera em Portugal ultrapassa desde sábado
passado o limite aconselhável para a saúde, devido a um fenómeno
climático arrastado do norte de África, disse à Lusa o coordenador da
área do ar do departamento de Ciências e Engenharia do Ambiente da
Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa
(FCT/UNL), Francisco Ferreira, que refere que a situação deverá durar
até ao próximo sábado.

«As estações de monitorização da qualidade do ar de todo o país
revelam valores que estão a exceder os limites fixados pela
legislação, não devido apenas à poluição relacionada com as
actividades humanas, mas, sem dúvida, resultado deste fenómeno, que já
dura há uns dias».

Um fenómeno que é comum em ilhas como a Madeira, Cabo Verde e
Canárias, mas mais invulgar em locais mais a Norte.

«Em determinadas épocas do ano há tempestades de areia que levam a que
muitas poeiras sejam arrastadas pelo vento desde o Norte de África -
estamos a falar principalmente dos desertos do Saara e do Sahel - até
vários locais da Europa, mas principalmente à Península Ibérica»,
explicou Francisco Ferreira.

O valor limite é de 50 microgramas por metro cúbico (m3), sendo que os
índices atuais em toda a rede chegam, segundo o especialista, a
ultrapassar os 70 microgramas/m3.

A Agência do Ambiente está a acompanhar a evolução do nível de poeiras
no ar e admitiu que poderá ser lançado um alerta caso a situação se
agrave.

Lusa/SOL

http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=45342

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