Por Agência Lusa, publicado em 13 Dez 2012 - 08:30 | Actualizado há 8
horas 5 minutos
A iniciativa "Portugal Sou Eu", que vai ser hoje apresentada, tem por
objetivo promover a produção nacional e o seu consumo, cujo aumento
poderá ter impacto no emprego, disse à Lusa o secretário de Estado da
Inovação.
"Se no cabaz de compras de 100 euros de produtos importados passarem a
ser comprados cinco euros de produtos 'Portugal Sou Eu', isto poderá
ter um impacto, pelo menos, de 700 milhões de euros anuais na balança
comercial", afirmou o secretário de Estado do Empreendedorismo,
Competitividade e Inovação, Carlos Oliveira.
O governante acrescentou que os estudos do Ministério da Economia
apontam para que por cada 1% de aumento de vendas das empresas com
incorporação nacional haja "um impacto direto no curto prazo de 0,2%
em termos de emprego e que pode chegar aos 0,7% no longo prazo".
A iniciativa "Portugal Sou Eu", a ser hoje apresentada na Exponor, em
Matosinhos, vai incidir sobre três vertentes principais, segundo o
secretário de Estado, dos consumidores às empresas, passando pelas
entidades públicas.
O programa, que pretende ter 3.000 produtos certificados até ao
próximo ano, foi desenvolvido entre o Governo, a Associação Industrial
Portuguesa, a Confederação dos Agricultores de Portugal, o Instituto
de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação e a Associação
Empresarial de Portugal, que tinha lançado o programa "Compro o que é
nosso".
"Acreditamos que se os consumidores fizerem compras de produtos que
tenham maior incorporação nacional isso permitirá ajudar a manutenção
de emprego e o crescimento das nossas empresas no mercado interno",
afirmou Carlos Oliveira.
Para além do potenciamento de estruturas como a Plataforma de
Acompanhamento das Relações da Cadeia Alimentar, está prevista a
criação de "plataformas de acompanhamento para indústrias
representativas" com o propósito de interligar produtores a
distribuidores e, por sua vez, a consumidores.
Segundo o secretário de Estado do Empreendedorismo, os produtos
habilitados a receber o selo "Portugal Sou Eu" devem ter uma taxa de
incorporação nacional igual ou superior a 50%, ainda que haja "alguns
critérios de majoração" para produtos que fiquem aquém desse valor,
mas que representem "valor acrescentado para o país".
*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico
aplicado pela agência Lusa*
http://www.ionline.pt/portugal/portugal-sou-eu-quer-alterar-comportamentos-consumo-promover-producao-nacional
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