segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Prolongamento de Quioto é muito positivo, considera Assunção Cristas

08-12-2012 às 20:28

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Prolongamento de Quioto é muito positivo, considera Assunção Cristas

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A ministra do Ambiente, Assunção Cristas, congratulou-se hoje com o
prolongamento do protocolo de Quioto até 2020, acordada hoje em Doha,
considerando "muito positivo" o resultado das negociações.

"Foram negociações intensas, difíceis, mas o resultado foi muito
positivo porque se reafirmou o compromisso" nesta matéria para cumprir
os objetivos que resultam da meta de redução de 20 por cento na União
Europeia, afirmou a ministra em declarações à Lusa.

A decisão de prolongar o protocolo de combate às alterações climáticas
por mais oito anos foi hoje firmada, depois de um dia suplementar de
negociações em Doha, mas sem conseguir compromissos de alguns dos
maiores poluidores mundiais, uma vez que os signatários representam
apenas 15 por cento das emissões mundiais.

O Canadá anunciou no ano passado o abandono do Protocolo de Quioto, os
Estados Unidos concretizaram essa intenção em 2001 e, embora o Japão,
a Rússia e a Nova Zelândia continuem parte do protocolo, não assumiram
compromissos vinculativo para diminuir as emissões de gases com
efeitos de estufa.

"Sabia-se que era uma conferência de reafirmação e não houve novidades
quanto ao facto de poucos países" assinarem o acordo, afirmou Assunção
Cristas, que não considera que as negociações hoje firmadas tenham
ficado aquém do expectável, como os ambientalistas da Quercus
defenderam.

Na prática, o protocolo vai ser aplicado pela União Europeia, que
representa 12 por cento das emissões mundiais, e por países como a
Noruega ou a Suíça que, juntos, representam cerca de três por cento
das emissões de gases com efeito de estufa em todo o mundo.

A ministra do Ambiente destacou ainda a importância deste acordo para
Portugal: "Para nós reitera o nosso compromisso, não muda o
desenvolvimento de Portugal para continuar no compromisso" de redução
de 20 por cento das emissões na União Europeia.

Assunção Cristas destacou ainda a importância de Portugal nestas
negociações para incentivar compromissos dos Países Africanos de
Língua Oficial Portuguesa (PALOP) na redução de emissões.

"Fizemos um esforço de concertação com a CPLP e conseguimos uma
declaração conjunta que foi apresentada à presidência [da conferência]
na qual se reitera este caminho" de combate às alterações climáticas,
acrescentou.

Diário Digital com Lusa

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=605659

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