domingo, 20 de janeiro de 2013

Horticultores da Póvoa do Varzim sensibilizam Presidente da República

Mau Tempo:



A Horpozim, associação de horticultores do concelho da Póvoa de
Varzim, remeteu uma nota de apelo ao Presidente da Republica, na
sequência dos elevados prejuízos provocados pelo mau tempo de ontem,
que numa primeira análise consideram poder ascender a 5 M€.

No local estiveram o Vice-presidente do Município da Póvoa de Varzim,
e responsável local pela Proteção Civil, Eng.ª Aires Pereira e o
Director Regional de Agricultura e Pescas do Norte, Dr. Manuel
Cardoso.

----------------------------------------------------------

Exmo. Sr. Presidente da Republica Portuguesa, Prof. Dr. Aníbal Cavaco Silva

A Horpozim, Associação de Horticultores do Concelho da Póvoa de
Varzim, que a 16 de Junho recebeu das mãos de V. Exa. a medalha de
reconhecimento poveiro, vêm por este meio, os seus órgãos sociais
desta instituição, apelar à vossa humanidade o apoio ao setor
primário, tão importante na nossa economia, solicitando a vossa
magistratura de influência para nos auxiliar a encontrar uma solução
para os avultados prejuízos provocados pela intempérie registada na
noite e dia de 19 de Janeiro.

Permita-nos que expliquemos os factos:

O concelho da Póvoa de Varzim é economicamente dependente da atividade
hortícola e que luta contra muitos fatores para manter a sua qualidade
de produção, cujo reconhecimento não é questionável.

O temporal das últimas horas deixou um rasto de destruição muito
superior ao que se verificou na passagem do tornado em Março de 2011,
enquanto o diluvio das últimas horas estragou muito mais, atingindo um
maior número de estufas, destruindo os plásticos e em muitos casos as
próprias estruturas de ferro galvanizado, que ficaram torcidas.

Com segurança, pode-se afirmar que praticamente todas as explorações
hortícolas do concelho da Póvoa de Varzim foram afetadas, numa área
superior a 200 hectares só em estufas.

De recordar que estamos na fase de rotação de culturas, sendo que em
grande parte deles já havia plantações novas, o que aumenta os
prejuízos.

É fundamental referir que às culturas recém-plantadas e
irrecuperáveis, é necessário somar os valores dos plásticos, das
estruturas, dos armazéns de apoio à atividade bem como aos
equipamentos usados no trabalho agrícola, que conforme as horas passam
e se pode chegar aos campos, os horticultores constatam o que na
realidade está perdido e irrecuperável.

Uma questão se impõe! E agora? Como será o dia de amanhã, onde vai
esta gente buscar o apoio financeiro para retomar a atividade, onde
estão e como podem ter acesso aos apoios estatais e europeus criados
para cobrir os prejuízos provocados por estas intempéries. Diz-nos a
experiência vivida em 2011 após o tornado, que coube a cada
horticultor a capacidade de resposta para dar, mais uma vez, a volta e
recomeçar.

Será que vai continuar assim? Ou os apoios só vão para as grandes
explorações da zona oeste como aconteceu no passado.

A acompanhar o rescaldo deste temporal esteve o vice-presidente do
Município da Póvoa de Varzim e responsável da Proteção Civil local,
Eng.º Aires Pereira e o Diretor Regional da Agricultura e Pesca do
Norte, Dr. Manuel Cardoso, que se deslocou de Mirandela à Póvoa de
Varzim para junto da direção da Horpozim, analisarem a situação e em
conjunto procurarem soluções.

Num primeiro levantamento junto dos afetados é expectável que os
prejuízos atinjam os 5 milhões de euros.

Face ao exposto gostaríamos de convidar V. Exa. a dirigir-se a esta
zona e in loco constatar a destruição e como pessoa sensível que tem
dirigido palavras de esperança ao setor primário, transmitir a sua
solidariedade a estes produtores hortícolas, que em 2012 exportaram
mais de 30 milhões de euros em produtos hortícolas frescos.

Entretanto, para que possa ter uma primeira realidade do acontecido,
vos remetemos algumas imagens.

Desde já gratos pela atenção dispensada

O presidente,
Carlos Alberto Lino

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/01/20a.htm

Sem comentários:

Enviar um comentário