segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Intermarché deixa de comercializar óleo alimentar transgénico

RITA DA NOVA 25/02/2013 - 16:39 (actualizado às 21:40)
Estudo da Plataforma Transgénicos Fora aponta cadeia de hipermercados
como a que menos cumpre a política de exclusão de alimentos
geneticamente modificados.


O estudo da Plataforma Transgénicos Fora foi feito em dez
hipermercados de Lisboa e Porto RUI GAUDÊNCIO

O grupo "Os Mosqueteiros", detentor dos hipermercados Intermarché,
anunciou nesta segunda-feira que vai deixar de comercializar até
finais de Março o óleo alimentar da marca Top Budget, produzido a
partir de soja geneticamente modificada.

O anúncio da decisão foi feito no dia em que a Plataforma Transgénicos
Fora (PTF) considerou o Intermarché como o pior hipermercado a operar
em Portugal no que diz respeito à discordância entre a política de
exclusão de alimentos transgénicos e a sua comercialização efectiva em
loja.

De acordo com um estudo da PTF divulgado nesta segunda-feira, mais de
metade do óleo de soja transgénica fabricado em Portugal é
responsabilidade da Sovena, produtora de marcas como a Vegê. Fonte
oficial do grupo garante, contudo, que "todos os rótulos dos óleos da
Sovena têm bastante explícito a sua composição, permitindo ao
consumidor uma escolha informada".

Em comunicado, o Grupo Mosqueteiros garante que a decisão de retirar o
óleo alimentar Top Budget já foi "adoptada no ano passado: "Mas,
devido a compromissos de ordem comercial, estamos ainda a esgotar os
stocks deste produto com vista à sua supressão da gama de produtos
comercializados, algo que não deverá ultrapassar o 1º trimestre 2013."

A avaliação da Plataforma Transgénicos Fora, feita em dez
hipermercados em Lisboa e no Porto, revela que o Minipreço é o único
sem óleo transgénico nas prateleiras, tanto de marca própria como de
outras marcas.

A comercialização de alimentos geneticamente modificados não é
proibida por lei em Portugal ou na União Europeia. Há, todavia, a
hipótese de o consumo destes produtos ter consequências negativas para
a saúde, conforme sublinha Margarida Silva, porta-voz da Plataforma
Transgénicos Fora. "Podemos dizer que há sinais relativamente aos
impactos negativos destes alimentos para a saúde, mas cada caso deve
ser estudado isoladamente. Não havendo garantias de segurança, os
consumidores não deviam ser expostos a estes produtos", esclarece.

http://www.publico.pt/sociedade/noticia/intermarche-deixa-de-comercializar-oleo-alimentar-transgenico-1585736

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