segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Quebra de produção do azeite pode levar a aumento dos preços

Por Agência Lusa, publicado em 25 Fev 2013 - 17:01 | Actualizado há 4
horas 47 minutos

A quebra de produção do azeite pode implicar um aumento de preços e
retração no consumo, sobretudo nos países não produtores, estimou hoje
a responsável dos mercados europeus do azeite Gallo.

"Este ano houve efetivamente uma quebra acentuada na produção e,
daquilo que nos é permitido conhecer do passado, normalmente,
sobretudo em países não produtores, por via do aumento de preços que
se gera pela falta de oferta, poderá gerar alguma quebra na procura",
afirmou à Lusa Rita Vilaça, à margem do Salão Internacional do Setor
Alimentar e Bebidas (SISAB).

Rita Vilaça justificou que "pela lei da oferta e da procura, há um
aumento de preço na produção que tem de ser repercutido nos
consumidores e nalguns países poderá haver alguma retração", sem
especificar quais.

O Instituto Nacional de Estatísticas antecipa uma quebra de 25% na
produção de azeite, na campanha de 2012/2013, devido às condições
meteorológicas adversas.

Rita Vilaça garantiu que "todo o azeite Gallo vendido em Portugal é
100% português", mas a insuficiência da produção impossibilita que o
mesmo se verifique nas exportações.

"Tentamos sempre incorporar o azeite português ao máximo mas a
produção ainda não é suficiente para as exportações que fazemos",
declarou.

O Brasil, onde o azeite Gallo tem uma quota de mercado de 30%,
representa a maior fatia das exportações desta empresa, que tem outros
destinos importantes na Venezuela, Angola e, mais recentemente, na
China.

"Entrámos na China há cerca de dois anos. Obviamente ainda é um
mercado que está muito centrado em óleos e a mudança para o azeite não
é imediata, mas o mercado tem muito potencial. É o maior mercado em
termos de população a nível mundial e, se conseguir fazer a viragem, e
olhar para o mercado de azeite com o mercado de saúde que ele é,
acreditamos que pode ter um potencial bastante interessante",
sublinhou a mesma responsável.

A Gallo é uma das mais de 500 empresas que participam no SISAB, um
evento que visa promover a internacionalização dos produtos
portugueses do setor agro-alimentar e que decorre entre hoje e
quarta-feira na FIL, em Lisboa.

http://www.ionline.pt/igastronomia/quebra-producao-azeite-pode-levar-aumento-dos-precos

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