terça-feira, 16 de abril de 2013

Chuva pode originar mais doenças nas culturas agrícolas

Lusa13 Abr, 2013, 09:18

O diretor regional de Agricultura do Norte (DRAN) alertou hoje para a
possibilidade de aparecimento de um maior número de fitopatologias em
diversas culturas, provocadas pela chuva intensa que caiu um pouco por
todo o território nacional.

"Os anos de muita chuva são, por norma, anos de aumento de humidade. O
aumento de humidade acarreta o aparecimento de um grande número
fitopatologias, situação que está a ser alvo de atenção por parte dos
técnicos da DRAN, que aconselham os agricultores a fazer tratamentos
com os produtos adequados para cada cultura", disse à Lusa Manuel
Cardoso.

As fitopatologias são consideradas pelos peritos, os prejuízos
provocados por insetos e outros animais, geralmente designadas por
"pragas" nas culturas agrícolas.

"O míldio e o oídio que por normas afetam as culturas da vinha e dos
pomares e daí ter de haver maiores cuidados. No entanto, as
organizações da lavoura começam a ser sensibilizadas para o combate a
estas possíveis pragas", acrescentou.

Por outro lado, o responsável acrescentou que para além das doenças,
está-se a verificar atrasos em diversas culturas, sendo o mais
preocupante a produção de cereja em algumas zonas da região Norte.

"Há já produtores de cereja da área de influência da DRAN que
começaram a reportar esses atrasos na produção, bem como em outras
produções frutícolas", frisou Manuel Cardoso.

No campo dos atrasos verificados, também a produção de amêndoa nas
regiões do Douro superior e Terra Quente trasmontana já não houve a
conclusão do ciclo da floração provocados pelo neve e pelo frio
associado que se fizeram sentir nos meses e fevereiro e março.

"Em alguns locais poderá mesmo haver perdas totais na produção de
amêndoa, ou uma diminuição assinalável na futura colheita", alertou.

Já em outras culturais há otimismo, relativamente no campo das
forragens que servem de alimento para os animais como é caso de
bovinos, ovinos, caprinos e poderão ajudar os produtores pecuários com
alguns gastos no campo dos fatores de produção.

O ano é chuvoso, o que significa que as barragens e albufeiras da
região norte estão cheias proporcionando água em quantidade para o
regadio de culturas hortícolas e pomares.

No campo dos prejuízos em estrutura provocados pelo mau tempo os mais
assinaláveis foram registados na região Demarcada do Douro com a queda
de muros e taludas de sustentação da vinha.

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=643514&tm=6&layout=121&visual=49

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