10-03-2015
O secretário regional da Agricultura dos Açores declarou que pediu uma reunião com o comissário europeu que tem a mesma pasta para debater medidas a adoptar para a região face ao desmantelamento das quotas leiteiras.
«Vamos pedir um encontro com o comissário da Agricultura e Desenvolvimento Rural. Não foi possível ainda agendá-lo porque, estando a Comissão Europeia nos meses iniciais das suas actividades, não foi possível ainda encontrar uma data para que este encontro acontecesse», declarou Luís Neto Viveiros.
O titular da pasta da Agricultura nos Açores falava aos jornalistas, em conferência de imprensa, na Ribeira Grande, ilha de São Miguel, onde foi anfitrião de um fórum sobre o leite que visou reflectir o futuro do sector com diversos agentes, face ao desmantelamento do regime de quotas a 1 de Abril de 2015. Neto Viveiros declarou que vai levar ao comissário Phil Hogan as preocupações manifestadas pelo sector e «sensibilizá-lo para uma atenção diferenciada» para a região ultraperiférica dos Açores.
Também na última reunião de presidentes das regiões ultraperiféricas europeias o executivo açoriano defendeu a necessidade de a Comissão contemplar, ao abrigo do programa POSEI, específico para as ultraperiferias, um envelope financeiro extraordinário para fazer face aos impactos negativos que a abolição das quotas terá no arquipélago.
O responsável açoriano pela Agricultura considerou que foi consensual no encontro da necessidade de a estratégia da região num mercado competitivo como o europeu passar pela valorização e diferenciação dos seus produtos, destacando a forma natural como o leite é produzido.
Neto Viveiros declarou-se convicto de que o sector, na região, tem capacidade «de enfrentar o desafio» que se coloca e destacou que os Açores conseguiram manter envelopes financeiros europeus para a agricultura num cenário de contenção orçamental na União Europeia. O governante, que reiterou a importância de apostar em produtos com maior valorização, defendeu que a harmonia entre a produção, indústria e distribuição é o único caminho para vencer os novos desafios.
Fonte: Lusa
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