26-02-2015
A estratégia de desenvolvimento até 2020 da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL) passa pela internacionalização do território, através de um plano construído com o envolvimento de empresas e instituições locais, revelou o presidente da entidade.
«Nós pensamos que o Alentejo Litoral é um território para a internacionalização», afirmou à agência Lusa o presidente da CIMAL, Vítor Proença, considerando este um «ponto fundamental» do Plano Estratégico de Desenvolvimento do Alentejo Litoral 2014-2020.
Segundo o autarca, que é também presidente da Câmara de Alcácer do Sal, o documento foi elaborado com base nos contributos dos municípios e de empresas, como a Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS), a Galp Energia e a Repsol, produtores agro-florestais e entidades ligadas à economia social, entre outras.
«Isso dá uma base extraordinariamente rica para aquilo que vamos enfrentar», disse o responsável da CIMAL, que reúne os concelhos de Alcácer do Sal, Grândola, Odemira, Santiago do Cacém e Sines.
Como atributos da sub-região, o autarca apresentou o mar, o Porto de Sines, a indústria e a produção agro-alimentar, mas também as aldeias e os centros históricos, bem como os produtos frescos, com capacidade de atracção de turistas.
Para tal, «é preciso que o poder político central também aposte no Alentejo Litoral», defendeu Vítor Proença, pedindo investimentos na ferrovia e nas acessibilidades rodoviárias, mas também «apoio» para que os municípios possam desenvolver os seus centros históricos.
No Plano Estratégico de Desenvolvimento do Alentejo Litoral 2014-2020, a que a Lusa teve acesso, a sub-região afirma-se como «um território direccionado para a qualidade de vida da população e para a internacionalização dos principais sectores de economia».
Esta visão sustenta-se em dois pilares, sendo um deles «a procura externa como motor da região», tanto a nível turístico, como da afirmação do polo económico de Sines e da valorização dos recursos do território, sejam provenientes da terra ou do mar. O outro pilar do plano estratégico é a «qualidade de vida» da população, que assenta no «fomento da acessibilidade física, funcional e virtual» dos residentes.
Os pilares definidos serão suportados pela criação de condições, que passam pela promoção da «governação territorial e um novo modelo de gestão, liderança e participação», pela implementação de «medidas de discriminação positiva no sentido de atrair novos residentes e actividades» e na articulação dos «instrumentos de ordenamento do território».
O presidente da comissão directiva do Programa Operacional Regional do Alentejo 2014-2020 (Alentejo 2020), António Costa Dieb, revelou que o Alentejo dispõe de 1.082 milhões de euros de apoios comunitários neste período, devendo as candidaturas abrir na segunda quinzena de Março.
Fonte: Lusa
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