Março 26
14:09
2015
O uso de biocombustíveis foi fortemente encorajado pela União Europeia quando, em 2009, fixou uma meta de 10% de incorporação de biocombustíveis para 2020.
Esta decisão não foi pacífica, com opositores a apontarem o dedo para a subida de preço de alguns produtos agrícolas e pelo avanço da desflorestação em certas zonas do globo.
Durante o passado ano, arrancou a discussão acerca da limitação no uso dos solos para produzir biocombustíveis. A discussão é tal que, até hoje, não foi encontrado um acordo, com o Parlamento Europeu (PE) a querer limitar a área semeada para este fim a 6%, o Conselho a 7% e as organizações de produtores, lideradas pelo COPA-COGECA, a exigirem 8%.
Neste momento, são os grupos ecologistas que estão mais críticos sobre os biocombustíveis, afirmando que provocam mais mal do que bem ao ambiente, apontando a desflorestação e a erosão dos solos como pontos negativos.
Neste momento, existe uma pressão política junto do PE, de modo a que possa aceitar os 7% e assim o dossier ser fechado pelo Conselho Europeu.
Uma das propostas é juntar à legislação europeia uma medida denominada ILUC, que significa Indirect Land Use Change, que possa regulamentar o uso dos solos para este fim.
As organizações de agricultores estão contra esta possibilidade, afirmando que pode vir a restringir muito a produção agrícola para biocombustíveis e que isso constitui uma perda de rendimento para os agricultores.
Imagem -abworldcapital.co.uk
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