05-03-2015
Os preços dos alimentos estão em queda, atingindo níveis de há quatro anos, dadas as perspectivas de melhores colheitas e de corte de custos na produção de açúcar e cereais, avançou a Organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas.
O índice de 73 preços de alimentos em todo o mundo voltou a cair em Fevereiro, desta vez em 1 por cento para 179,4 pontos, um valor que já não se atingia desde Julho de 2010. Este índice caiu 25 pontos percentuais desde que atingiu um recorde em 2011 e 10 pontos nos últimos onze meses.
Os preços mais baixos dos alimentos e a queda do preço da energia ajudaram a empurrar os preços das matérias-primas para o nível mais baixo em mais de uma década. Estas quebras influenciaram também a as perspectivas de aumento da inflação em muitos países. Em Janeiro, os preços ao consumidor caíram na zona euro e subiram ao ritmo mais lento dos últimos cinco anos na China.
A Organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO) elevou sua estimativa para a produção de cereais, sendo que é esperado um aumento de stocks para níveis de há 15 anos.
A medida dos custos de cereais caiu 3,2 pontos a partir de Janeiro e traduz-se numa queda de 14 por cento face ao ano anterior, diz o relatório. Os preços do açúcar caíram 4,9 por cento mês a mês, uma queda de 12 pontos em relação ao ano passado. As chuvas no Brasil melhoraram as perspectivas de colheita para a maior produtora deste alimento.
A produção global de cereais subiu 0,8 pontos, para 2.542 milhões de toneladas no ano passado, 0,3 por cento superior à a estimativa anterior da agência. Os stocks mundiais vão subir 8,6 por cento, para 630,5 milhões de toneladas até ao final de Junho, traduzindo um segundo aumento anual sucessivo.
O preço dos lácteos aumentou 4,6 por cento, o maior aumento desde Fevereiro do ano passado. Os custos aumentaram devido à seca na Nova Zelândia, o maior exportador de leite em pó.
Fonte: Económico
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