29-07-2015
Fonte: Lusa
O secretário de Estado da Agricultura considerou que era essencial para a estabilidade do Douro a aprovação, em tempo útil, do comunicado de vindima que define a quantidade de vinho do Porto a produzir nesta vindima.
O conselho interprofissional do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) fixou hoje em 111 mil o número de pipas (550 litros cada) a beneficiar nesta vindima (quantidade de mosto que cada viticultor pode destinar à produção de vinho do Porto).
Em 2014, foram transformadas 105 mil pipas de vinho do Porto.
O conselho interprofissional inclui representantes da produção e do comércio.
Este "novo" interprofissional contou já com a representação dos viticultores através da Federação Renovação do Douro, a organização que ganhou o concurso para a gestão privada da Casa do Douro.
Este foi, inclusive, o primeiro ato desta Federação enquanto Casa do Douro de direito privado.
"Primeiro quero felicitar a região por ter chegado a este acordo tão importante e segundo felicitar a Federação Renovação do Douro por estar já a exercer o seu papel enquanto representante dos interesses dos viticultores durienses", afirmou, em comunicado, o secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque.
Para o governante este é "um passo muito significativo num ano de resolução da Casa do Douro pois era fundamental que o conselho interprofissional do IVDP decidisse em tempo útil o benefício".
Este documento, legalmente, tem que ser aprovado até 31 de julho de cada ano.
"Isto foi feito já com a nova Casa do Douro de direito privado o que marca um virar de página para a região", frisou.
Agora, segundo José Diogo Albuquerque, "com estes problemas de décadas resolvidos, pode-se finalmente trabalhar com as organizações do setor para melhorar o preço da uva pago aos viticultores e conseguir reforçar a posição do vinho do Porto de uma forma estratégica a nível mundial.".
O secretário de Estado considerou que este é também "um momento marcante para a região uma vez que vem demonstrar que está resolvido o problema da representatividade e defesa dos viticultores durienses que era o principal problema da Casa do Douro pública".
A sua resolução era, segundo frisou, "a primeira prioridade do plano de ação definido pelo Governo para a Casa do Douro", organização que possui uma dívida de 160 milhões de euros ao Estado e cuja dimensão pública foi extinta a 31 de dezembro.
O secretário de Estado disse que o problema do pagamento das dívidas está também a ser resolvido, pois o diploma que define a forma como o processo de liquidação irá decorrer já foi aprovado em Conselho de Ministros, estando apenas a aguardar a respetiva promulgação.
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