Outubro 21
11:29
2015
Em 2050 vamos, seguramente, ter muitas mais bocas para dar de comer, muito maior pressão sobre a emissão de gases a efeito de estufa, sobre o uso eficiente da água e sobre o preço dos terrenos agrícolas.
Os engenheiros da empresa Solagro trabalharam durante dois anos com um conjunto de cientistas, para desenvolver uma previsão do que será a agricultura francesa nos próximos 35 anos.
O projecto, denominado Afterres 2050, foi apresentado em Paris nos dias 15 e 16 de Outubro. Uma das conclusões deste estudo aponta para uma redução draconiana do efectivo bovino, mas não forçosamente o número de produtores, pois prevê-se o regresso à alimentação através de pastagens, com menos animais por produtor. A produtividade das vacas leiteiras também vai ter uma redução significativa, com o retorno à erva.
Ao nível das culturas, vamos assistir a uma muito maior rotatividade, com redução de produtos fitossanitários.
Os sistemas de produção integrada e bio vão absorver a grande fatia da agricultura francesa em 2050.
O valor global da actividade agrícola vai diminuir ligeiramente, mas a diminuição do uso de produtos químicos vai trazer uma maior rentabilidade ao sector.
Este estudo mostra que serão perdidos cerca de 50.000 postos de trabalho, no entanto, o sector agro-alimentar deve vir a perder 78.000 postos de trabalho.
A despesa das famílias com a alimentação deve diminuir, com as proteínas vegetais a custarem menos que as proteínas animais.
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