Mai 11, 2016
Foi esta a pergunta a que agricultores, investigadores e responsáveis do sector agrícola tentaram responder durante a primeira sessão dos "Roteiros Visão 2020: intensificação sustentável e eficiência na utilização dos recursos na agricultura portuguesa". O evento, promovido pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), realizou-se a 11 de Maio, na Fundação Calouste Gulbenkian.
José Manuel Lima Santos, investigador do Instituto Superior de Agronomia (ISA), alertou para o impacto do crescimento da população mundial até 2050 e a necessidade de produzir mais alimentos. Para tal, não será sustentável aumentar as áreas de produção, mas enveredar pela intensificação sustentável.
Nesse sentido, as tecnologias de informação e o conhecimento ecológico serão as duas ferramentas necessárias para o sucesso.
O investigador salientou que a agricultura intensiva em Portugal tem uma «grande dependência do regadio» e da energia, cujo «aumento do preço, também provoca acréscimo ao preço dos inputs».
Com a acentuação das alterações climáticas «temos de nos preparar para ser mais eficientes com a água, porque é um dos elementos que vai escassear». «A única hipótese que temos de continuar a produzir o mesmo ou mais é resolvendo estes problemas», afiançou.
Durante a sessão, representantes de associações ligadas à produção de milho, olival e vinho apresentaram várias explorações, onde se utilizam práticas de intensificação sustentável.
O evento contou ainda com a presença de Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, que salientou que a agricultura portuguesa tem pela frente vários desafios, entre eles: a capacidade de iniciativa, a antecipação, a estratégia, a sustentabilidade e a resiliência.
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