segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Governo quer as celuloses a ajudar a gerir eucaliptais privados



17.11.2017 às 16h44

 
JOSÉ CARLOS CARVALHO
Em entrevista ao Expresso que será publicada este sábado, o secretário de Estado das Florestas defende que a indústria tem de ajudar o minifúndio onde vai buscar a matéria prima

Carla Tomás
CARLA TOMÁS
Uma das principais preocupações do secretário de Estado das Florestas, Miguel Freitas, "é o crescente aumento de área de eucaliptal abandonado ou mal gerido". Por isso, considera "crucial que a indústria não deixe a produção florestal à sua sorte, mas sim que se comprometa a aumentar o seu nível de intervenção na gestão e apoio técnico, como fez no passado".

Estas declarações constam da entrevista ao Expresso, que será publicada na edição em papel este sábado, e na qual o governante defende que "é preciso reconciliar a floresta com o país".

Questionado sobre como vai o Executivo refrear a corrida à eucaliptização, já que o novo regime só entra em vigor em fevereiro, Miguel Freitas esclarece que "o Governo aprovou esta semana um regime transitório para proibir o corte de pinheiro verde e a substituição por espécies como o eucalipto, contendo dessa forma novas áreas".

"O inventário florestal está atrasado", admite. Contudo defende que em cerca de 830 mil hectares de eucalipto em Portugal, "o aumento foi de cerca de 5 mil hectares, nos dois últimos anos". O novo regime, adianta, "prevê uma redução de cerca de 10 mil hectares nos próximos anos". A ideia é, "daqui a cinco anos, retirar dois hectares de eucalipto por cada hectare que for plantado em áreas de maior aptidão".

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