28 DE FEVEREIRO DE 2018 - 07:28
Quatro milhões de porcos nascem em Portugal por ano. Produtores acusam governo de não se entender naquilo que pede aos suinicultores.
A Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores pede aos ministérios da Agricultura e do Ambiente que se entendam. Em causa o que fazer com os temidos afluentes dos dejetos dos 4 milhões de porcos que anualmente nascem em Portugal.
O presidente da Federação salienta que as críticas que o setor tem recebido do Ministro do Ambiente são completamente injustas e que têm feito tudo para tentar encontrar soluções para os resíduos das suiniculturas, apesar de alguns casos que garante serem pontuais de infratores.
O problema, salienta Vítor Menino, é que os suinicultores andam perdidos com as indicações diferentes de diferentes instituições do governo.
Vítor Menino explica as divergências do Estado.
Em resumo, a Direção Geral da Agricultura e Veterinária defende que os dejetos dos porcos devem ser usados nos solos como adubo travando o uso de químicos, enquanto a Agência Portuguesa do Ambiente aposta em Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR).
Os suinicultores estão contra as ETAR que dizem não ser eficazes e mais caras, preferindo que os dejetos dos porcos acabem na agricultura nas regiões onde isso seja possível.
Vítor Menino defende o "regresso à terra" dos dejectos dos porcos.
Baralhados, os suinicultores realizam esta quarta-feira um seminário sobre "Suinicultura e Ambiente". A meta é discutir o tema um evento que contará com a presença dos maiores peritos internacionais na área da tecnologia de gestão de efluentes pecuários, oriundos de Espanha, França e Dinamarca.
Se as ETAR avançarem, Vítor Menino teme que muitos suinicultores fechem portas.
Por ano nascem em Portugal 4 milhões de porcos para abate um negócio que movimenta 600 milhões de euros anualmente em 15 mil explorações, 2.500 delas industriais.
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