sábado, 23 de novembro de 2013

Nova Política Agrícola Comum vai a votos

20-11-2013 10:49 por Daniel Rosário, em Bruxelas
Documento beneficia os agricultores portugueses que, ainda assim, vão
continuar a ganhar abaixo da média.



O Parlamento Europeu vota esta quarta-feira a reforma da Política
Agrícola Comum (PAC) que passa a pesar menos no total do orçamento
comunitário e que, pela primeira vez, tenta introduzir um elemento de
maior justiça na distribuição as verbas entre Estados-membros.

A votação em Estrasburgo assinala o fim de um processo em que a
definição da posição do Parlamento foi entregue ao socialista Capoulas
Santos. No final de uma longa negociação com outros parlamentares, com
a Comissão e com os governos da União, o ex-ministro da Agricultura
destaca o facto de, num contexto geral de contenção, os agricultores
nacionais verem aumentar a sua parcela de ajudas europeias. Em média,
a ajuda por hectare aumenta de 186 para 200 euros.

Capoulas Santos mostra-se satisfeito com o aumento, embora reconheça
que fica "aquém da média europeia".

A nova PAC estará em vigor entre 2014 e 2020 e nesse período a taxa de
co-financiamento europeu poderá atingir os 95%, aliviando a carga
sobre o orçamento nacional.

Em relação ao período financeiro ainda em curso, Capoulas avisa que
Portugal poderá ser obrigado a devolver milhões de euros devido à
falta de recursos do orçamento nacional para acompanhar as verbas
europeias e também devido à dificuldade dos agricultores acederem ao
crédito.

"No conjunto do período 2007-2013 Portugal vai devolver muito
dinheiro. Algumas centenas de milhões de euros, não tenho dúvidas
sobre isso", afirma.

Esta reforma fará com que a mais antiga e mais cara política
comunitária se torne um pouco mais verde e que culturas importantes
para Portugal passem a beneficiar das ajudas directas. Os jovens e os
novos agricultores receberão apoios especiais, tal como os pequenos
agricultores.

http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=129917

Acordo sobre clima obtido em Varsóvia é «frágil», diz Quercus

inShare

A associação ambientalista portuguesa Quercus classificou hoje como
"frágil" o consenso obtido na Conferência do Clima, em Varsóvia, que
antecede o acordo global sobre redução de gases de estufa que deverá
ser obtido em 2015.

Após uma "maratona negocial", as delegações de quase duas centenas de
países, desenvolvidos e em desenvolvimento, "perderam uma
oportunidade" para "definir um caminho claro" no sentido do acordo
global e vinculativo que se pretende atingir na cimeira agendada para
Paris, em março de 2015, resume a Quercus - Associação Nacional de
Conservação da Natureza, em comunicado enviado à agência Lusa.

A apreciação que a Quercus faz do acordo alcançado hoje, após duas
semanas de negociações e ultrapassado o período previsto para o fim da
conferência (sexta-feira), divide-se em "objetivos frustrados" e
"grandes desilusões".

Recordando que, pela primeira vez, um grupo de organizações não
governamentais de ambiente e desenvolvimento "saiu das negociações em
protesto", acusando os países de "colocarem determinados interesses
acima dos cidadãos do planeta", a Quercus considera que as delegações
reunidas em Varsóvia não conseguiram "traçar um calendário que dê
tempo suficiente para se ir atingindo consensos" até 2015.

A acrescentar a isso, enfraqueceram o "compromisso" de cada Estado
face à redução das emissões, transformando-o antes em "contributo", o
que, na opinião dos ambientalistas portugueses, abre caminho a "um
final de insucesso semelhante à conferência de Copenhaga em 2009".

A Quercus destacou como positivos "os compromissos de financiamento de
longo prazo, em particular para o Fundo Verde para o Clima, essenciais
para permitir a muitos países lidar com a adaptação a um clima em
mudança" e o apoio a "tecnologias menos poluentes, investimentos em
energias renováveis e eficiência energética".

Reconhecendo que a União Europeia foi responsável por "diversas
iniciativas" na cimeira, a Quercus assinala que a organização acabou
por não dar "os incentivos necessários para desbloquear as discussões
sobre ações climáticas de curto prazo" e que "poderia tê-lo feito,
movendo a sua meta de redução das emissões até 2020 para 30 por cento
e proporcionando uma promessa ambiciosa de financiamento climático".

Na reunião, Portugal, que ocupa o terceiro lugar no índice no
desempenho climático dos países industrializados, "foi considerado um
exemplo de como lidar com a crise económica", referiu a Quercus.

Ainda que alguns investimentos "comprometam a biodiversidade e a
integridade de áreas classificadas e relevantes para a conservação da
natureza", Portugal "melhorou a sua posição", reconhece a associação,
frisando, porém, que essa posição pode vir a estar "ameaçada pela
política menos construtiva do atual Governo, que já abrandou alguns
dos investimentos benéficos, em particular nas energias renováveis".

No final da conferência, o ministro do Ambiente português reconheceu
que o "desafio das alterações climáticas" coloca "grandes riscos e
grandes oportunidades" a Portugal.

Jorge Moreira da Silva sublinhou que o país tem "condições únicas"
para obter resultados "na economia verde e de baixo carbono",
defendendo que a crise deve ser encarada como razão para reforçar a
"responsabilidade política, cívica e empresarial em matéria de clima e
de energia".

Diário Digital com Lusa

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=670555

Depois da reforma da PAC, governos terão de decidir o que é ser agricultor

CAPOULAS



por Lusa, texto publicado por Paula Mourato20 novembro 2013Comentar

Depois da aprovação da reforma da Política Agrícola Comum (PAC),
agendada para hoje, em Estrasburgo, os governos dos Estados-membros
ainda vão ter de tomar decisões como, por exemplo, definir o que é ser
agricultor, segundo Capoulas Santos.

O acordo final, que deverá ter hoje de manhã (12:00) luz verde do
Parlamento Europeu, deixou margem para atender às especificidades
nacionais e esta é uma das questões que o eurodeputado socialista
português e relator de duas das propostas que integram o pacote
agrícola, Luís Capoulas Santos, acredita que se pode tornar polémica.

"Nós decidimos que, para moralizar a PAC, e uma vez que estamos numa
situação em que os recursos são mais escasso e se pretende apoiar a
agricultura (...), os principais destinatários [das ajudas] devem ser
os verdadeiros agricultores, os que vivem predominantemente dessa
atividade", afirmou, em declarações à agência Lusa.

Mas nem todos foram da mesma opinião e apesar da próxima PAC deixar de
fora aeroportos e campos de golfe, a definição de agricultor ativo,
que será obrigatória, fica ao critério de cada Estado-membro,
declarou.

"Haverá Estados que terão um entendimento mais restritivo, outros
dirão que agricultor é aquele que exerce uma atividade agrícola,
independentemente de ter outros rendimentos", esclareceu o
eurodeputado à Lusa.

Na futura PAC, os pagamentos vão passar também a ser feitos por
hectare e os agricultores terão liberdade para escolher o que quiserem
e "não apenas o que dá subsídio", adiantou Capoulas Santos. No caso de
Portugal, setores que estavam totalmente excluídos das ajudas, como a
vinha, o olival, a fruticultura ou a horticultura poderão vir a
beneficiar dos subsídios.

Capoulas Santos salientou que este é "o acordo que foi possível, num
quadro de redução orçamental" e embora represente menos 500 milhões de
euros nos próximos sete anos para Portugal do que a anterior PAC, a
perda proporcional é inferior ao total do orçamento.

"Portugal, que atualmente está abaixo da média europeia [250 euros],
recebendo em média 186 euros por hectare, passará para cerca de 200 em
2020, ao contrário da generalidade dos Estados-membros, que verão as
ajudas reduzidas", explicou.

A PAC conta com cerca de 370 mil milhões de euros, dos quais quase
oito mil milhões de euros destinam-se a Portugal.

O regime de pagamentos diretos (1.º pilar) só deverá entrar em vigor
em 2015, sendo o próximo ano de transição, ao qual se aplicarão as
regras atuais.

Quanto ao 2.º pilar, que contém as medidas agroambientais e as ajudas
ao investimento, a data prevista é 01 de janeiro de 2014, mas Capoulas
Santos duvida que os novos programas de desenvolvimento rural, que
ainda estão a ser negociados, estejam concluídos nessa data.

"Não acredito que o Governo consiga fazer este trabalho antes do final
do primeiro semestre do próximo ano, mas se for possível aplaudirei",
declarou, assinalando "a complexidade de negociação e os instrumentos
que é necessário produzir" para que a totalidade do programa esteja em
vigor no prazo previsto.

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3542547&page=-1

Terminar Alqueva e continuar trabalho de excelência da EDIA

Ana Elias de Freitas - 20/11/2013 - 07:00 - Imprimir

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A ministra da Agricultura inaugurou hoje, na Galeria de Exposições da
EDIA, a exposição do Centro de Paralisia Cerebral de Beja, "Arte numa
perspectiva diferente". A iniciativa foi aproveitada também, para
apresentar o novo presidente da EDIA, João Pedr


Assunção Cristas fala sobre os desafios do novo presidente do CA da EDIA

Antes da inauguração da exposição, Assunção Cristas, reuniu-se com o
ainda presidente da EDIA, João Basto, e com João Pedro Salema, próximo
presidente do Conselho de Administração.

No balanço daqueles dois encontros, Assunção Cristas disse que ficou
claro que o trabalho de excelência que a EDIA desenvolveu, nestes dois
anos com João Basto, é para continuar e que foi reiterada a
necessidade da empresa concluir até 2015, Alqueva. Acrescentou que a
EDIA deverá, igualmente, continuar a promover o melhor aproveitamento
das terras infraestruturadas com a água de Alqueva, assim como a
ajudar os agricultores a fazer a melhor utilização da bolsa de terras
da região.

A 12ª edição da exposição "Arte numa perspectiva diferente", que foi
inaugurada hoje, por Assunção Cristas, na Galeria de Exposições da
EDIA, mostra 22 trabalhos efectuados por seis utentes do Centro de
Paralisia Cerebral de Beja, catalogados com títulos como "O parto" ou
o "Velho cansado", ou ainda "Caras de bacalhau", o "ET" ou o
"Engatatão"

A mostra pode ser visitada todos os dias úteis, das 09.00 horas às
18.00 horas, até ao dia 20 de Dezembro.

http://www.vozdaplanicie.pt/index.php?go=noticias&id=1590

Paris: bloqueio de agricultores causa acidentes que fazem um morto e seis feridos

Os bloqueios rodoviários realizados à volta de Paris, no quadro dos
protestos dos agricultores contra as disposições da nova Política
Agrícola Comum (PAC), provocaram dois acidentes dos quais resultaram
um morto e seis feridos.

Os protestos desta quinta-feira em redor de Paris, promovidos pela
Federação Regional dos Sindicatos do sector (FRSEA) e pela secção
regional dos jovens agricultores da Ile de France, visam sobretudo a
sobrecarga fiscal (económica e ambiental) que foi decidida para o
setor, em particular o aumento do IVA, a designada ecotaxa e os cortes
dos fundos europeus para a agricultura.

Os acidentes, o primeiro na A6 - próximo da Ponte d´Orly
(Val-de-Marne) – resultou numa vítima mortal, enquanto o segundo, na
estrada nacional 104, em Val-d´Oise, fez seis feridos.

Face a estes incidentes, que remetem para questões de segurança, o
ministro da Agricultura Stéphane le Foll já apelou ao fim dos
bloqueios rodoviários em torno da capital francesa.

http://dinheirodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=207350

Emprego no turismo e agricultura faz Bruxelas duvidar do crescimento português

Marina de Castro21 Nov, 2013, 14:33 / atualizado em 21 Nov, 2013, 21:59

As áreas do turismo e da agricultura é que impulsionaram a recente
criação de emprego em Portugal, o que faz com que a Comissão Europeia
duvide sustentabilidade da redução da taxa de desemprego e do
crescimento da economia portuguesa. As dúvidas constam da análise de
Bruxelas à oitava e nona avaliações do Programa de Assistência
Económica e Financeira como parte integrante da 'troika'.

Os técnicos referem que, apesar de os dois últimos trimestres
apontarem para uma reviravolta na economia portuguesa, há fatores não
repetíveis a sustentar esses indicadores, como a venda à Roménia de
dois aviões F-16. Bruxelas alerta ainda para a possibilidade de o
Tribunal Constitucional chumbar os planos do Governo português.

(com Sandra Henriques)

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=697466&tm=6&layout=123&visual=61

Capoulas teme devolução de "centenas de milhões"

POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM



por Lusa, texto publicado por Paula Mourato20 novembro 20138 comentários

Portugal poderá ter de devolver a Bruxelas "centenas de milhões de
euros" de fundos relativos a 2007-2013, alertou o eurodeputado
Capoulas Santos, no dia em que o Parlamento Europeu deve aprovar a
próxima Política Agrícola Comum (PAC).

"Penso que, no final deste período (2007-2013), Portugal terá de
devolver à União Europeia dinheiros não utilizados", declarou o
eurodeputado socialista, num encontro com jornalistas, em Estrasburgo.

Luís Capoulas Santos sublinhou que se trata de "uma inevitabilidade"
provocada "por diversas circunstâncias", uma das quais se procurou
corrigir na reforma da PAC, que deverá ser hoje aprovada, e que se
prende com as elevadas taxa de cofinanciamento que existia para
algumas medidas e que, nalguns casos, podia chegar aos aos 50%.

Com a reforma da PAC para o período 2014-2020, o co-financiamento
comunitário pode chegar, no caso português, aos 95% até 2016,
representando, segundo o eurodeputado, uma poupança de 250 milhões de
euros para o Orçamento do Estado naquele período.

Capoulas Santos disse que houve várias razões para a não execução dos
fundos comunitários, incluindo as dificuldades dos próprios
investidores terem acesso ao crédito.

Outro motivo foi o constrangimento orçamental que surgiu com o
deflagrar da crise, levando a que a comparticipação nacional que
permite mobilizar os fundos não fosse disponibilizada todos os anos,
relatou.

O eurodeputado lembrou ainda que Portugal sofreu pesadas penalizações
pelo facto de não ter um parcelário (cartografia das explorações)
atualizado, uma situação que se arrasta há vários anos.

O Parlamentou Europeu deve votar hoje, em Estrasburgo, o pacote de
reforma da Política Agrícola Comum para o período 2014-2020, sendo o
eurodeputado português Capoulas Santos relator de duas das quatro
propostas.

Esta é a primeira vez que o Parlamento participa num processo de
codecisão em pé de igualdade com o Conselho sobre política agrícola.

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3542538&page=-1

Adega gigante com 3700 anos descoberta em Israel

NICOLAU FERREIRA

22/11/2013 - 15:32

Encontradas 40 vasilhas numa adega de uma antiga cidade cananeia.
Análises mostram que vinho tinha ainda mel, menta, paus de canela,
bagas de zimbro e resinas.

As vasilhas desenterradas
ERIC CLINE

Uma enorme adega com 33,75 metros quadrados foi descoberta no local de
Tel Kabri, uma ruína arqueológica com 30 hectares pertencente a uma
antiga cidade cananeia, no Norte de Israel. Os arqueólogos
desenterraram 40 vasilhas, cada uma com uma capacidade de 50 litros,
de 1700 anos antes de Cristo. O achado é anunciado nesta sexta-feira,
na reunião anual da organização American Schools of Oriental Research,
em Baltimore, nos Estados Unidos.

"Isto é uma descoberta significativa de enorme dimensão – é uma adega
que, tanto quanto sabemos, é largamente inigualável em dimensão e em
idade", defende Eric Cline, co-director da escavação, da Universidade
de George Washington, nos Estados Unidos.

Os investigadores estavam a escavar numa residência palaciana numa
antiga cidade cananeia, cujos vestígios arqueológicos se situam hoje
perto da cidade israelita de Nahariya. Esta região foi colonizada pela
primeira vez há 16.000 anos. A cidade cananeia – uma denominação mais
geográfica do que étnica associada às cidades existentes na região que
hoje abrange Israel, o Líbano e partes da Jordânia e da Síria – é da
Idade do Bronze, e esteve activa entre os anos 2000 a.C. e 1550 a.C.

A equipa de arqueólogos começou por desenterrar uma vasilha, a que
acabou por chamar Bessie. "Escavámos, escavámos e, de repente,
começaram a aparecer as amigas da Bessie – cinco, dez, 15... No final,
eram 40 vasilhas acumuladas numa adega com uma área de 4,5 por 7,5
metros", diz Eric Cline. Segundo as contas dos investigadores, o
volume total de vinho guardado nestas vasilhas seria de 2000 litros, o
equivalente a 3000 garrafas de vinho.

"A adega estava localizada perto de um salão onde se realizavam
banquetes, um local onde a elite de Tel Kabri e, possivelmente,
convidados estrangeiros consumiam carne de cabra e vinho", diz, por
sua vez, Assaf Yasur-Landau, o outro director da escavação, da
Universidade de Haifa, em Israel. "A adega e o salão foram destruídos
todos ao mesmo tempo, durante o mesmo fenómeno, talvez um sismo, que
cobriu as salas com tijolos de barro e gesso."

Os investigadores fizeram uma análise à composição do líquido guardado
nas vasilhas. Além de ácido tartárico e ácido siríngico, dois
componentes importantes do vinho, os investigadores encontraram
vestígios de ingredientes que eram populares nos vinhos daquela
altura: mel, menta, pau de canela, bagas de zimbro e resina. Os
investigadores querem analisar melhor a composição deste vinho para
tentar reproduzi-lo.

http://www.publico.pt/ciencia/noticia/adega-gigante-com-3700-anos-descoberta-em-israel-1613557#/0

Adega Cooperativa de Vidigueira inaugura nova infraestrutura industrial

Inês Patola - 22/11/2013 - 07:00 - Imprimir

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A Adega Cooperativa de Vidigueira inaugura, hoje, uma nova
infraestrutura industrital e lança uma nova marca. O secretário de
Estado da Agricultura vai estar presente.


José Miguel Almeida-Novo projecto Adega Cooperativa
José Miguel Almeida-Presença do secretário de Estado da Agricultura

"Vidigueira quando o vinho é uma viagem" é o mote para um evento que a
Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito agendou para esta
6ªfeira. Este evento, que vai contar com a presença do secretário de
Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, inclui a inauguração da
nova infraestrutura industrial e o lançamento da nova marca, com base
numa das castas mais emblemáticas da região, o Antão Vaz, que
consolida uma das assinaturas da Adega: Vidigueira, o branco do
Alentejo.

Projectos apresentados à Voz da Planície por José Miguel Almeida,
presidente da direcção da Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e
Alvito.

José Miguel Almeida considera ainda que a presença do secretário de
Estado da Agricultura é o reconhecimento da importância que tem este
projecto.

A iniciativa de hoje, que vai decorrer com base num conceito que se
inspira numa viagem que aproxima a Adega e a sua vila-Vidigueira,
surge no âmbito das novas apostas que a Adega tem vindo a implementar
em prol de uma maior competitividade e fidelização no mercado interno,
mas também na procura e conquista de afirmação no mercado
internacional.

http://www.vozdaplanicie.pt/index.php?go=noticias&id=1604

Morreu proprietário do Chá Gorreana dos Açores

23 de Novembro, 2013
A plantação de chá Gorreana
O proprietário da fábrica de chá Gorreana, nos Açores, Hermano Mota,
morreu hoje, disse à Lusa o presidente da junta de freguesia da Maia,
Ribeira Grande, onde existem as únicas plantações de chá da Europa
para fins industriais.

Hermano Mota tinha 72 anos e era o proprietário e responsável pela
plantação e fábrica de chá da Gorreana, a maior das duas que existem
no concelho da Ribeira Grande, na ilha de São Miguel, e que são as
únicas que há na Europa.

Segundo disse hoje à Lusa o presidente da freguesia da Maia, Jaime
Rita, Hermano Mota morreu de forma inesperada depois de, ainda na
sexta-feira, ter estado a trabalhar até ao final do dia.

O autarca recordou que Hermano Mota, além de proprietário e
responsável por um dos "ex-libris da região e do país", sempre
"abraçou a causa pública" e era "amigo de ajudar o próximo".

Hermano Mota foi presidente da câmara da Ribeira Grande de 1986 e 1993
e mantinha-se ligado às instituições da freguesia da Maia, como a
banda filarmónica ou a Misericórdia local, disse Jaime Rita.

A Gorreana é a maior das duas fábricas de chá de S. Miguel (chegou a
haver seis na costa norte da ilha) e entre os anos de 1980 e o início
deste século foi mesmo a única que continuou a funcionar.

A fábrica produz chá preto e verde, tem 32 hectares de plantação e
produz 38 toneladas em média por ano, segundo disse à Lusa o próprio
Hermano Mota em maio passado.

A outra fábrica em funcionamento é a Chá Porto Formoso, também no
concelho da Ribeira Grande, que voltou a abrir em 2001. A produção é
pequena: tem cinco hectares de plantação e produz entre 12 e 14
toneladas de três variedades de chá preto por ano

As primeiras plantas de chá chegaram aos Açores, vindas do Brasil, no
século XVIII. Inicialmente, era uma planta ornamental, que se dava bem
com o clima temperado e as chuvas da ilha e ganhava aroma com o
subsolo vulcânico.

As plantações de chá e o fabrico foram depois impulsionadas pela
Sociedade Promotora da Agricultura Micaelense que, em 1878, levou dois
chineses até S. Miguel para ensinarem os locais o processo de
produção.

Lusa/SOL

http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=93220

Pastel de feijão em processo de certificação

TORRES VEDRAS



por Agência Lusa, publicado por Helder RobaloOntem1 comentário

A Câmara de Torres Vedras e os fabricantes do pastel de feijão
produzido no concelho estão a concluir o processo de certificação
geográfica do produto artesanal, para lhe conferirem maior qualidade e
capacidade exportadora.

A vereadora da Cultura daquele município, Ana Umbelino, disse à
agência Lusa que o "dossiê de certificação está finalizado e está a
ser apreciado por consultores" para ser, depois, enviado para
aprovação para o Ministério da Agricultura e para a Comissão Europeia.

"Estamos a proteger um património, uma marca", afirmou a autarca,
explicando que a certificação vem trazer mais qualidade ao produto,
com o aumento das exigências para os produtores na sua confeção. Dessa
forma, dá uma "maior promoção" ao pastel de feijão e "mais benefícios
económicos" aos seus fabricantes que, assim, podem começar a apostar
mais na exportação deste produto artesanal, à semelhança do que
acontece com o pastel de nata.

Maria Perpétua Lourenço, gerente da fábrica "Brasão", adiantou à
agência Lusa que algumas experiências na remessa de caixas de pastéis
de feijão para o estrangeiro têm tido bons resultados, apesar de a
empresa ainda não ter estratégia de internacionalização do produto.
"Pedem-nos encomendas através da internet e já temos enviado caixas
para particulares", relatou, mas é à boleia dos ovos-moles de Aveiro
[já com a certificação] que os pastéis de feijão chegam a lojas em
Madrid, Barcelona (Espanha) e Luanda (Angola), segundo os ecos que
recebe.

No concelho, existem 30 fabricantes (20 integram o processo de
certificação), responsáveis pela produção de 660 mil pastéis de feijão
por ano, que trazem um retorno de meio milhão de euros à economia
local.

"Queremos credibilizar o nosso pastel de feijão e divulgá-lo mais",
disse também Mário Reis, presidente da Associação Comercial e
Industrial do Oeste (ACIRO).

Os produtores viram publicada, este mês, em Diário da República a
marca registada do "pastel de feijão de Torres Vedras".

Para ajudar à promoção, a câmara municipal organiza, desde há três
anos, o Festival do Pastel de Feijão, promovendo aí várias
iniciativas, como concursos entre fabricantes, provas de degustação e
ações de formação para aprender a confecionar o doce.

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3547333&page=-1

Olivicultor oferece azeitona a quem a quiser colher

23 Nov, 2013, 15:00 / atualizado em 23 Nov, 2013, 15:00

Um olivicultor de Celorico da Beira anda à procura de mão de obra e
não consegue arranjar colaboradores. Para tentar captar interessados
para este trabalho, está agora a oferecer metade da azeitona, a quem a
colher. Este produtor até publicita a oferta na viatura que utiliza
todos os dias.

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=698035&tm=8&layout=122&visual=61

Projeto Floresta Unida avança no sábado com plantação de 6.000 árvores em Penacova

Lusa20 Nov, 2013, 16:42

O projeto Floresta Unida vai plantar no sábado cerca de seis mil
árvores no perímetro florestal do Buçaco, na área geográfica do
concelho de Penacova, no âmbito das comemorações do dia da Floresta
Autóctone.

Em declarações à agência Lusa, o coordenador do projeto, David Lopes,
disse que a ação de reflorestação vai incidir numa área com seis
hectares na zona da Portela de Oliveira, espaço público gerido pelo
Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).

"Vamos fazer a intervenção numa área que está ocupada por plantas
invasoras, que urge combater", explicou o responsável, adiantando que
participam na iniciativa 600 pessoas, embora inicialmente se tivessem
inscrito 2.700.

De acordo com David Lopes, houve necessidade de rejeitar inscrições
porque a área abrangida se tornava exígua para os participantes.

"No sábado, pretendemos que cada pessoa plante três árvores e faça
também combate às espécies invasoras. É preciso que as pessoas se
apercebam que é necessário criar condições para que as árvores
plantadas cresçam",sublinhou.

Numa fase posterior, que será agendada de acordo com os financiamentos
existentes, está previsto reflorestar mais quatro hectares em Portela
de Oliveira.

Esta ação promovida pela Floresta Unida insere-se no projeto de
reflorestação que visa a plantação de 400 milhões de árvores com 30
anos de gestão, em áreas públicas ou comunitárias.

Segundo David Lopes, o projeto teve início há 10 anos e já permitiu a
plantação de quase um milhão de árvores.

Além da participação dos voluntários, a iniciativa é realizada em
parceria da Câmara Municipal de Penacova, ICNF, dezenas de empresas e
algumas figuras públicas, como o ator Virgílio Castelo.

Está ainda previsto, segundo a Floresta Unida, a presença do
secretário de Estado de Estado das Florestas, Francisco Gomes da
Silva.

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=697194&tm=8&layout=121&visual=49

Ministra da Agricultura diz que nova Política Agrícola Comum é “muito positiva”

A nova PAC terá um orçamento de 362,8 mil milhões de euros para os
próximos sete anos

A ministra da Agricultura classificou hoje como "muito positiva" a
nova Política Agrícola Comum (PAC), para o período 2014-2020, frisando
que o corte de 500 milhões de euros que Portugal sofre é inferior aos
cortes dos outros países.

"A nova PAC é muito positiva", disse Assunção Cristas, aos
jornalistas, em Beja, referindo que "Portugal conseguiu ficar mais bem
posicionado, quer nas ajudas diretas do 1.º pilar, quer no
desenvolvimento rural no segundo pilar, relativamente aos outros
países".

Segundo a ministra, que falava à margem da inauguração da exposição
'Arte numa perspetiva diferente', na galeria de arte da empresa do
Alqueva, o corte de 500 milhões de euros que Portugal sofre no âmbito
da nova PAC "é inferior ao corte que outros países sofrem", o que "é
positivo".

Em contrapartida, Assunção Cristas lembrou o "envelope específico" de
500 milhões de euros que Portugal tem para ser usado até 2016, no
âmbito do próximo Programa de Desenvolvimento Rural (Proder) e "sem
necessidade de cofinanciamento" nacional.

A nova PAC, aprovada hoje pelo Parlamento Europeu, terá um orçamento
de 362,8 mil milhões de euros para os próximos sete anos, dos quais
8,1 mil milhões de euros destinam-se a Portugal (4,5 mil milhões para
o 1.° pilar, pagamentos diretos e medidas de mercado, e os restantes
3,6 mil milhões para o 2.° pilar, desenvolvimento rural).

Segundo Assunção Cristas, a nova PAC vai permitir a Portugal
"continuar investimentos que estão a dar muito resultado" no setor
agrícola nacional e concluir o projeto Alqueva.

Questionada pelos jornalistas sobre a hipótese de Portugal ter de
devolver a Bruxelas "centenas de milhões de euros" não utilizados de
fundos relativos a 2007-2013, admitida hoje pelo eurodeputado Capoulas
Santos, a ministra disse: "Da PAC que está em vigor não vamos perder
nenhum milhão de euros".

Portugal está "com uma belíssima execução dos fundos do Proder",
frisou, lembrando que no início do programa, que começou em 2007,
houve momentos em que a taxa de execução estava 10 pontos percentuais
abaixo, mas, atualmente, está a dois pontos percentuais acima da média
europeia.

"Não sei se o deputado Capoulas Santos se estava a referir a um outro
problema, que é o das multas pelo parcelário [agrícola] que não foi
feito durante muitos anos de governação socialista", disse a ministra.

http://www.ionline.pt/artigos/portugal/ministra-da-agricultura-diz-nova-politica-agricola-comum-muito-positiva

Rumo a uma nova política europeia de promoção dos produtos agrícolas e agroalimentares

Comissão Europeia - Comunicado de imprensa



A Comissão Europeia apresentou hoje um projecto de reforma da política
de informação e promoção dos produtos agrícolas e alimentares
europeus. Esta nova política de promoção, que beneficiará de um
orçamento reforçado e, a prazo, do apoio de uma agência executiva
europeia, pretende ser um verdadeiro instrumento de conquista dos
mercados. Sob o lema «Enjoy, it's from Europe», a nova política tem
como objectivo ajudar os profissionais do sector a penetrarem no
mercado internacional e sensibilizar os consumidores para os esforços
que têm vindo a ser realizados em matéria de qualidade dos produtos,
com base numa verdadeira estratégia definida a nível europeu.

«Num mundo em que os consumidores são cada vez mais sensíveis a
questões como a segurança, a qualidade e a sustentabilidade dos
métodos de produção alimentar, os agricultores e as pequenas e médias
empresas europeias têm aqui uma enorme oportunidade. O sector agrícola
e agroalimentar europeu é reconhecido pela qualidade dos seus produtos
e o respeito de normas que não têm equivalência no mundo. Com
exportações superiores a 110 mil milhões de euros, este sector tem
todas as potencialidades para se tornar um factor de dinamização do
crescimento e do emprego na União Europeia», afirmou Dacian Cioloş, o
Comissário europeu responsável pela Agricultura e o Desenvolvimento
Rural.

Esta proposta surge na sequência de um amplo debate iniciado em 2011
em torno de um Livro Verde (IP/11/885), a que se seguiu uma
Comunicação (IP/12/332). A proposta será agora transmitida ao
Parlamento Europeu e ao Conselho. Os principais elementos propostos
pela reforma são os seguintes:

Aumento significativo das ajudas destinadas às medidas de informação e
promoção, a fim de reforçar a competitividade da agricultura europeia.
As ajudas europeias deverão passar gradualmente de 61 milhões de euros
(orçamento de 2013) para 200 milhões de euros em 2020;

Lançamento de uma estratégia europeia de promoção que permitirá
direccionar melhor as medidas de promoção. Os resultados esperados são
os seguintes:

Aumento do número dos programas destinados a países terceiros e dos
programas multinacionais (programas apresentados por entidades de
vários Estados-Membros), graças a uma taxa de co-financiamento mais
elevada para estas duas categorias: o co-financiamento da UE passa a
ser de 60 % em vez de 50 %;

No mercado interno, será colmatado o défice de conhecimento dos
consumidores sobre as qualidades dos produtos agrícolas europeus em
geral e dos produtos reconhecidos pelos sistemas europeus de qualidade
em particular;

Alargamento do âmbito de aplicação das medidas:

Possibilidade de menção da origem e das marcas dos produtos de forma enquadrada

Inclusão das organizações de produtores no grupo de beneficiários;

Inclusão dos produtos agroalimentares transformados elegíveis para os
sistemas europeus de qualidade, como por exemplo as massas
alimentícias, no grupo de produtos elegíveis;

Simplificação dos procedimentos administrativos através de uma
selecção a efectuar em apenas uma etapa pela Comissão Europeia, em vez
de duas etapas como acontece actualmente (Estado-Membro e, em seguida,
Comissão Europeia);

Agilização da gestão dos programas elaborados conjuntamente por
entidades de vários Estados-Membros, através de um guichet único na
Comissão.

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/11/22f.htm

CNA: É má para Portugal mais esta reforma da PAC 2014-2020

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA AGRICULTURA



O Parlamento Europeu (PE) acaba de completar a aprovação da reforma da
PAC e as suas linhas orçamentais para o período entre 2014 e 2020.

Muita propaganda têm os "negociadores" feito em torno das supostas
"vitórias" desta próxima PAC. Porém, a realidade aponta para mais uma
má Reforma da PAC tendo em vista a Agricultura e os Agricultores, em
especial os Portugueses. A saber:

1 - Pela primeira vez, é reduzido o Orçamento Comunitário destinado à
PAC com menos cerca de 7% comparativamente com idêntico período
anterior (2007 - 2013).

2 - Nesse contexto, para Portugal haverá menos 500 milhões de Euros
"líquidos" nas previsíveis transferências do Orçamento da UE para o 2º
Pilar da PAC, o "Desenvolvimento Rural", o que é mau também porque
várias das Ajudas integradas neste "Desenvolvimento Rural" - como as
Ajudas ao investimento e as Ajudas (MZD) às Regiões Desfavorecidas -
são económica e socialmente mais justas e equilibradas que as Ajudas
Directas do 1º Pilar integradas no "RPU, Regime de Pagamento Único".

2.1 - Mas também, e a pretexto da "crise", com a nova redução média da
comparticipação dos Orçamentos de Estado nacionais para este mesmo
"Desenvolvimento Rural" - a comparticipação média nacional passa dos
23 % iniciais do actual quadro para uma média de apenas 8 % no próximo
quadro, para absorver os 3, 6 mil milhões de Euros comunitários à
partida disponíveis para o 2º Pilar do "Desenvolvimento Rural".
Redução "nacional" que não é compensada por um aumento líquido das
verbas comunitárias e antes pelo contrário como já se viu. Isto
significa que, comparativamente, menos dinheiro público vai chegar à
Agricultura, no caso na ordem de menos 500 milhões de Euros
"nacionais", aliás a somar a pelo menos 300 milhões de Euros já
reduzidos no quadro do período ainda em curso (2007 - 2013). Portanto,
também é "sempre a perder" - e muito - pela via dos Orçamentos de
Estado nacionais.

2.2 - Está ainda por definir claramente o que vai acontecer ao
conjunto dos "Pagamentos Complementares" integrados no actual "Artigo
68º" - (determinadas Medidas Agro-Ambientais - Manutenção de Raças
Autóctones - Melhoria da Qualidade de Produtos ) que representaram
cerca de 250 milhões de Euros das correspondentes Ajudas do 1º Pilar -
o das Ajudas Directas (RPU).

2.3 - Assim, a Agricultura e os Agricultores Portugueses arriscam-se a
perder - directa e indirectamente - pelo menos mil milhões de Euros
com a PAC -2014 - 2020 !

2.3.1 - E é perante um cenário destes, com tamanhas perdas que os
"negociadores" directos - governantes e euro-deputado(s) - se vêm
agora congratular !

3 - Para o 1º Pilar da PAC - e das Ajudas Directas "RPU" - parece que
Portugal pode vir a "segurar" montantes idênticos àqueles que foram
estabelecidos - 4,5 mil milhões de euros - para 2007 - 2013.

3.1 - Tendo em conta que estas Ajudas Directas "RPU" estão quase
completamente desligadas da produção e que os maiores proprietários e
o grande agro-negócio as podem receber sem a obrigatoriedade de
produzirem, então pode dizer-se que "o crime compensa"... tanto mais
que, como se disse, foram reduzidas em 500 milhões de Euros "líquidos"
as transferências comunitárias para o Desenvolvimento Rural.

O GOVERNO PORTUGUÊS AINDA PODERÁ UTILIZAR BEM A "MARGEM DE MANOBRA
NACIONAL" DE QUE DISPOMOS NA NOVA PAC

Mas tudo indica já que vai comprometer essa "margem de manobra nacional"…

Um dos aspectos, à partida positivos, desta Reforma da PAC, é a
consagração de uma apreciável "margem de manobra nacional" para um
conjunto importante de decisões internas - na chamada "convergência
interna" - que podem vir a definir e a financiar várias medidas de
forma mais justa. Por exemplo :- aumentar os valores, até agora mais
baixos, a pagar por hectare; atribuir majorações nas ajudas para as
regiões ditas desfavorecidas; atribuir mais ajudas às explorações
familiares; consagrar ajudas aos Mercados Locais.

Porém, nos contactos institucionais que o Ministério da Agricultura
tem vindo a coordenar com as Organizações Agrícolas, tendo já em vista
o próximo PDR, Programa de Desenvolvimento Rural, 2014 - 2020 - o
facto é que, até agora, o Ministério da Agricultura se tem mostrado
completamente avesso a consagrar medidas e ajudas especificamente
destinadas a atribuir mais e melhores apoios às Explorações Agrícolas
Familiares. Apenas se tem concentrado na grande exploração e no grande
agro-negócio.

Em matéria do chamado "greening" da nova PAC - à letra "esverdeamento"
- esta nova medida dotada com verbas muito significativas, também se
destina a dar ainda mais dinheiro público aos maiores proprietários
(absentistas) e ao grande agro-negócio. Em contrapartida, os pequenos
e médios Agricultores - aqueles que melhor produzem - vão ter ainda
mais dificuldades para produzir. Também aqui, a "margem de manobra
nacional" - se devidamente utilizada - pode minimizar tais efeitos.

ESTA REFORMA DA PAC APROFUNDA O QUE DE PIOR JÁ VEM DE OUTRAS !

Em rigor, não é verdade dizer-se que, com a nova PAC, os maiores
recebedores de Ajudas vão passar a receber menos. Relativamente, vão é
receber mais ainda, desde logo porque a propagandeada "convergência
externa" entre os valores das Ajudas a receber por Estados-Membro e
por tipos de Agricultores, essa "convergência externa" ficou adiada
para as calendas.

Mas o pior de tudo nesta Reforma da PAC para 2014 - 2020, é a sua
dinâmica toda virada para a "competitividade" erigida a um objectivo
em si própria sem cuidar de ver a ruína e os desequilíbrios que
provoca. É também a sua dinâmica virada para a completa liberalização
quer das produções quer dos mercados agro-alimentares.

Nesse sentido vão: - o quase completo desligamento das Ajudas da
Produção e sem a obrigatoriedade de se produzir para as receber; o fim
dos instrumentos de controlo da produção e dos mercados com o fim das
quotas do Leite, com o fim da quota do Açúcar para Portugal, com o fim
das ajudas à destilação do Vinho, com a ameaça do fim dos Direitos de
Plantação da Vinha.

E também vão: - a "vocação exportadora" da PAC; a submissão aos
ditames de múltiplos acordos ditos de "livre-comércio" e à especulação
promovida pela Bolsa de Chicago nos mercados mundiais dos cereais e da
alimentação animal.

É uma Reforma da PAC que, tal como as anteriores, obedece aos
interesses das multinacionais e de outras grandes empresas do negócio
agro-alimentar e da especulação internacional. Obedece aos interesses
dos países maiores produtores e maiores recebedores das Ajudas
Comunitárias da PAC e aos interesses dos maiores proprietários e das
mais intensivas Explorações.

É NECESSÁRIO DAR COMBATE
NO CONTEXTO DAS POLÍTICAS CONCRETAS DESTA NOVA PAC

Para garantir mais justiça económica e social na atribuição das Ajudas
Públicas !

Para apoiar mais e melhor a Agricultura Familiar e o Mundo Rural !

Para melhorar a nossa qualidade alimentar !

Para aumentar a Produção Nacional !

Para garantir a Soberania Alimentar de Portugal !

Podem contar com a CNA !

Coimbra 21 de Novembro de 2013 // A Direcção da C N A

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/11/21e.htm

Incerteza nos EUA devido ao atraso na aprovação da «Farm Bill»

A Farm Bill (lei agrícola dos EUA) está há três anos a ser objecto de
negociação e, por agora, não se sabe quando será aprovada.

O Senado e o Congresso têm divergências, principalmente no que diz
respeito à redução do orçamento e, sobretudo, como essa redução vai
ser aplicada a cada um dos programas de ajuda alimentar.

Enquanto o Senado (maioria democrata) apoia uma redução de 400
milhões de dólares por ano nos fundos destinados ao programa de ajuda
alimentar ( $4000 milhões no total), a Câmara dos Representantes
(maioria republicana) quer ir mais longe na redução, apoiando uma
redução de 2.000 milhões de dólares por ano (20.000 milhões no total)
.

Para resolver estas diferenças reuniu-se o Conference Comitte, que é
uma comissão constituída por 41 membros-chave no desenvolvimento da
Farm Bill, dos quais 29 são da Câmara e 12 do Senado.

De acordo com dois especialistas da Universidade de Ohio e da
Universidade de Illinois três cenários possíveis podem ocorrer: ..

1 - Que a Comissão chegue a acordo e a proposta de Farm Bill se
converta em lei.

2 - Que a Comissão não chegue a qualquer acordo e que se estenda por
mais um ano a Farm Bill de 2008. Este seria um segundo ano de
prorrogação, que poderá ocorrer se o Congresso quiser evitar a
discussão da lei agrícola num ano com eleições para o Congresso. Em
tal cenário, seria possível, a fim de ajudar a cumprir os objectivos
de redução do deficit federal, ser aplicada uma redução dos pagamentos
directos, pelo menos, igual ou muito provavelmente superior a 8,5%,
que é a actual redução.

3 - Que a Comissão não chegue a qualquer acordo e que a Farm Bill seja
revogada de forma permanente, encerrando programas de apoio aos
produtos agrícolas. A rede de segurança agrícola seria então o
programa de seguros agrícolas.

De acordo com analistas, os cenários mais prováveis são o 1 e 2, mas
cada um com uma probabilidade de 50% , tornando-se difícil prever o
que vai acontecer.

Fonte: Agrodigital

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/11/21f.htm

EUA: Relatório do Conselho Rural da Casa Branca destaca a importância económica da aprovação da «Food, Farm and Jobs Bill»

Em Junho de 2010, a Administração Obama começou a fornecer ao
Congresso elementos sobre os recursos potenciais e os conteúdos
políticos tendo em vista a aprovação de uma nova lei agrícola (Farm
Bill).

Durante mais de três anos, a Administração apoiou os esforços de uma
nova aprovação visando ajudar a construção de uma melhor rede de
segurança para os agricultores e suas famílias, e uma melhor política
agrícola, alimentar e energética para o país.

No entanto, 43 meses depois, e apesar dos melhores esforços de muitos
no Congresso, o trabalho para a re-autorização da Farm Bill permanece
incompleta. Enquanto alguns programas foram simplesmente prorrogados,
outros permanecem ou sem financiamento, sem autorização, ou sem
promulgação das reformas necessárias.

A Administração deixou claro que fazer passar uma lei agrícola
abrangente é uma prioridade, e importante para cada americano. A Casa
Branca divulgou hoje um novo relatório, que explica o que está em jogo
neste debate.

Este novo relatório descreve os muitos benefícios de uma nova Farm
Bill para todos os americanos. A aprovação de uma Food, Farm and Jobs
Bill permitirá:

Desenvolver na recente dinâmica da economia agrícola dos EUA, um motor
fundamental do crescimento económico.

Promover o desenvolvimento das comunidades em todo o país, através da
expansão de novas oportunidades para a agricultura norte-americana,
aumentando o potencial de produção e apoiar as empresas em toda a
América rural.

Proteger os nossos programas vitais de assistência alimentar, que
beneficiam milhões de famílias e indivíduos - em áreas rurais,
suburbanas e urbanas.

Criar uma rede de segurança confiável para os nossos agricultores e
produtores pecuários, incluindo um forte programa de seguro de
colheitas, uma extensão de longo prazo dos programas de catástrofes e
assistência retroactiva para os produtores de gado.

Continuar os esforços de conservação federais, trabalhando ao lado de
um número recorde de agricultores e criadores para conservar o nosso
solo e proteger a nossa água.

Promover novos mercados para os produtores norte-americanos no
exterior e em casa, honrar os nossos compromissos comerciais e ajudar
os nossos agricultores e criadores a exportar uma quantidade recorde
de produto em todo o mundo.

Apoiar a investigação e assegurar que a nossa longa história de
inovação agrícola continua.

E reduzir o deficit, através da adopção de reformas economizando
biliões de dólares na próxima década.

O relatório destaca os benefícios económicos - para o sector agrícola
doméstico, a sua força de trabalho, as comunidades rurais americanas,
e as famílias e empresas em todo o país - que resultaria de tais
mudanças, e o imperativo de fazer aprovar uma Food, Farm, and Jobs
bill logo que possível.

Fonte: USDA

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/11/22a.htm

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

FSC procura fortalecer parcerias em Portugal e Espanha e acrescentar valor à fileira florestal

Forest Stewardship Council®

Demonstrar o impacto e o valor da certificação FSC para as empresas e
marcas ibéricas da fileira industrial florestal, e fortalecer
parcerias no desenvolvimento de um sector ambientalmente benéfico e
socialmente responsável são dois dos grandes objectivos do I Encontro
Empresarial Ibérico do FSC – Forest Stewardship Council, organização
não-governamental independente, sem fins lucrativos, fundada há vinte
anos com o propósito de dar resposta às preocupações sobre a
desflorestação global, através da promoção de uma gestão responsável
das florestas do mundo inteiro.

O Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural,
Francisco Gomes da Silva, foi o responsável pela abertura dos
trabalhos do encontro, realçando a importância desta indústria
exportadora para o país e o valor acrescentado que a certificação
florestal da fileira apresenta para uma indústria no qual Portugal é
um player global de referência, nomeadamente nos sectores da cortiça,
pasta e papel e mobiliário.

Actualmente, a fileira florestal representa 9,3 por cento do total das
exportações nacionais e é responsável por uma contribuição positiva de
2,25 mil milhões de euros para o saldo da balança comercial do país.

Neste encontro do FSC estiveram reunidos os principais actores do
mercado ibérico e foram apresentadas as melhores práticas mundiais,
com o objectivo de impulsionar a gestão responsável e a sua
certificação, enquanto instrumento determinante de diferenciação e
mais-valia em termos de gestão empresarial. Efectivamente, a
certificação FSC, utilizada por alguns dos gigantes multinacionais de
diversas indústrias, como a The Coca Cola Company, Ikea, Tetra Pak,
entre outras, tem demonstrado ser um trunfo para as empresas e marcas
no seu processo de internacionalização.

Assim revelam os resultados do mais recente estudo da FSC, realizado
pela GfK em 11 países, que concluiu que 80 por cento dos consumidores
à escala mundial querem que as empresas se envolvam activamente e
contribuam na resolução dos problemas ambientais e alterações
climáticas. O estudo regista que os consumidores têm maior confiança
nas empresas e produtos quando estes são apoiados por marcas de
certificação, indicando também, de forma esmagadora, que preferem
produtos sustentáveis e que tenham por base uma gestão responsável.

A pesquisa global do FSC conclui igualmente que os consumidores da
'economia verde' sugerem que as empresas se envolvam mais e assumam
responsabilidade na resolução da crise ambiental. Os consumidores
confiam nas certificações e são mais leais às marcas ambientalmente
responsáveis, e o estudo revela que, no próximo ano, e à escala
global, estes pretendem consumir mais produtos amigos do ambiente –
confirmando o potencial de crescimento das marcas e empresas que optam
pelas práticas sustentáveis.

As conclusões da pesquisa global do FSC indicam claramente que é
prioritário incrementar hábitos de consciencialização, e motivar as
empresas a colaborar e implementar práticas ambientais, como factor de
crescimento, diferenciação e valor acrescentado do seu negócio.

Nuno Calado, Presidente da Direcção do FSC Portugal é peremptório:
'Estes resultados asseguram-nos que a certificação florestal FSC é uma
abordagem essencial para criar valor para o futuro e para uma
diferenciação junto dos mercados, através de uma escolha consciente e
informada por parte dos consumidores de produtos de origem florestal."

Actualmente o FSC está representada em 45 países e já certificou cerca
de 183 milhões de hectares de floresta e 28.000 empresas. Presente há
seis anos em Portugal, o FSC quase que quadruplicou a área florestal
certificada atingindo cerca de 335.000 hectares, distribuídos por 19
certificados de gestão florestal.

Sobre o FSC – Forest Stewardship Council

Fundada em 1993, a FSC é uma organização independente,
não-governamental, sem fins lucrativos, criada para dar resposta às
preocupações sobre a desflorestação global e com o objectivo de
promover a gestão responsável das florestas do mundo inteiro. O seu
objectivo é assegurar que as florestas são geridas de acordo com
critérios ambientais, económicos e sociais, internacionalmente
reconhecidos, satisfazendo as necessidades da geração actual, sem
comprometer as gerações futuras.

fonte: CVA Consultores

ACAP. Reforma da PAC foi "a melhor possível" mas Portugal continua em desvantagem

Reuters

O Parlamento Europeu aprovou hoje a reforma da PAC com novas regras
para o período 2014-2020 e que garante um pacote financeiro de cerca
de oito mil milhões de euros a Portugal

O presidente da Confederação de Agricultores de Portugal (CAP)
considera que a reforma da Política Agrícola Comum (PAC), hoje
aprovada, foi "a melhor possível", mas lamentou que Portugal continue
a figurar entre os países europeus que menos recebe por agricultor.

"Atendendo às circunstâncias, isto é, depois de vermos o Orçamento
europeu reduzir o orçamento da PAC, esta decisão hoje aprovada, dentro
das circunstâncias atuais, foi a melhor que poderia ser. Parece-nos
que Portugal não perde tanto como outros Estados-membros perdem e tem
condições para fazer um novo quadro comunitário que privilegie o
desenvolvimento da agricultura portuguesa.", disse João Machado em
declarações à agência Lusa.

No entanto, e apesar de Portugal não ser um dos países mais
penalizados numa União Europeia a 28, João Machado condenou o facto de
Portugal continuar a ser "um dos países que menos recebe por
agricultor".

"Atendendo ao ponto de partida anunciado há dois anos nas negociações,
é uma deceção porque o Comissário [Europeu da Agricultura e
Desenvolvimento Rural Dacian] Ciolos tinha prometido que as ajudas aos
agricultores europeus seriam iguais em toda a Europa e, de facto, as
diferenças mantêm-se", afirmou.

Mas, acentuou João Machado, " dentro das circunstâncias é um bom
acordo e é aquilo que é possível".

"Agora, a fase seguinte é fazer legislação nacional que traga mais
facilidade aos agricultores de aceder aos fundos, mais facilidade para
os investimentos e menos burocracia", referiu o responsável,
acrescentando que estão reunidas as condições para que, no início do
próximo trimestre, o Governo possa anunciar o novo plano de
desenvolvimento regional (PDR) para os próximos sete anos.

O Parlamento Europeu aprovou hoje a reforma da PAC com novas regras
para o período 2014-2020 e que garante um pacote financeiro de cerca
de oito mil milhões de euros a Portugal.

As quatro propostas legislativas sobre a reforma da PAC hoje aprovadas
são relativas aos pagamentos diretos aos agricultores, à organização
comum dos mercados, ao desenvolvimento rural e a um regulamento
horizontal sobre o financiamento, a gestão e o acompanhamento da PAC.

A taxa máxima de cofinanciamento comunitário para o desenvolvimento
rural das regiões menos desenvolvidas e ultraperiféricas em Portugal
aumentará de 85% para 95%, pelo menos até 2016, o que segundo Capoulas
Santos permitirá poupar ao Orçamento do Estado cerca de 250 milhões de
euros neste período.

A PAC terá um orçamento de 362,8 mil milhões de euros para os próximos
sete anos, dos quais 8,1 mil milhões de euros destinados a Portugal,
(4,5 mil milhões para o 1.° pilar, pagamentos diretos e medidas de
mercado, e os restantes 3,6 mil milhões para o 2.° pilar,
desenvolvimento rural).

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado
pela agência Lusa

http://www.ionline.pt/artigos/portugal/acap-reforma-da-pac-foi-melhor-possivel-portugal-continua-desvantagem/pag/-1

Bruxelas saúda aprovação da nova PAC pelos eurodeputados

20 de Novembro, 2013
A Comissão Europeia saudou a aprovação, pelo Parlamento Europeu (PE),
da reforma da Política Agrícola Comum (PAC) sublinhando ser hoje "um
dia importante para os agricultores europeus".

"Saúdo o voto de hoje no PE sobre a reforma da PAC. É um dia
importante para os agricultores europeus, mas também para todos os
cidadãos da União Europeia que se preocupam com a qualidade do que
comem e com a sustentabilidade dos métodos de produção agrícola",
disse o comissário europeu para a Agricultura, Dacian Ciolos.

"A PAC reformada estará mais bem equilibrada entre agricultores,
regiões e Estados-membros, com especial foco nos jovens agricultores",
salientou, numa nota divulgada em Bruxelas.

O próximo passo será a aprovação formal pelos 28 do pacote legislativo
que contém a novas regras da PAC, aplicáveis de 2014 a 2020 e que
garante verbas na ordem dos oito mil milhões de euros a Portugal.

As quatro propostas legislativas sobre a reforma da PAC hoje aprovadas
são relativas aos pagamentos directos aos agricultores, à organização
comum dos mercados, ao desenvolvimento rural e a um regulamento
horizontal sobre o financiamento, a gestão e o acompanhamento da PAC.

O eurodeputado socialista Capoulas Santos, relator de duas das
propostas destacou entre os aspectos mais positivos para Portugal, que
perde cerca de 500 milhões de euros com a nova PAC, o aumento do
pagamento médio por hectare, a inclusão de sectores como o viticultura
nas ajudas directas, o aumento dos apoios para novos e jovens
agricultores ou o financiamento de novas infra-estruturas de regadio
até 2020.

Lusa/SOL

http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=92925

A duplicação de sanções é inaceitável!

Delegação Portuguesa Grupo dos Socialistas & Democratas no Parlamento Europeu



Os Deputados Socialistas no Parlamento Europeu rejeitaram o apoio ao
regulamento dos "Fundos Europeus" sendo de todo impossível aceitar a
cláusula da "macro condicionalidade", isto é, a possibilidade de a
Comissão e do Conselho suspenderem, parcial ou totalmente, os fundos
estruturais já contratualizados com o Estado-Membro, caso haja
incumprimento das metas macroeconómicas (défice, dívida,
desequilíbrios macroeconómicos, etc.) é especialmente danosa para os
países intervencionados

Apesar de se reconhecer que o acordo alcançado pelo Parlamento
Europeu, representa um progresso relativamente à proposta inicial da
Comissão, a "macro condicionalidade" coloca em risco a aplicação dos
fundos comunitários do Quadro Estratégico Comum que vier a ser
adoptado.

Segundo os Deputados Socialistas, representa "uma duplicação
inaceitável das sanções já previstas quer nos relatórios de governação
económica quer no próprio Tratado de Lisboa. É uma medida penalizadora
dos Estados-Membros, sobretudo dos que mais necessitam dos fundos
estruturais para sair da crise e combater o desemprego. A "macro
condicionalidade", ao condicionar os Fundos Estruturais e de
Investimento Europeus ao desempenho macroeconómico dos
Estados-Membros, aumenta ainda a incerteza e o risco dos promotores de
projectos fazendo subir o seu custo de financiamento.

Os Deputados Socialistas no Parlamento Europeu consideram esta medida
"uma subversão dos objectivos que justificam a existência de fundos
estruturais, ou seja, a aceleração da convergência real dentro da UE e
da União Monetária".

Mais afirmam, ser lamentável e incompreensível que o Primeiro-Ministro
não se tenha oposto, na reunião do Conselho Europeu, a esta medida que
representa uma carta em branco à Comissão, que passa a poder suspender
a atribuição de fundos contratualizados, agora também por objectivos
orçamentais , castigando cidadãos, empresários, autarquias e impedindo
o relançamento da economia.

Fonte: Delegação Socialista Portuguesa no Parlamento Europeu

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/11/20m.htm

Ministra da Agricultura condena alegado tráfico de seres humanos no Alentejo

20 de Novembro, 2013
A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, condenou hoje o alegado
tráfico de seres humanos para trabalhos agrícolas no Alentejo,
frisando que os casos identificados revelam que o Estado português
"está atento e a fiscalizar como é devido".

"Obviamente, é uma situação condenável", disse a ministra, aos
jornalistas, em Beja, referindo que o facto de se estar, actualmente,
"no encalce dessas situações significa que o Estado, através dos seus
mecanismos de controlo, está atento e a fiscalizar como é devido".

Segundo a ministra, que falava à margem da inauguração da exposição
"Arte numa perspectiva diferente", na galeria de arte da empresa do
Alqueva, actualmente, "assistimos, de facto, a uma fiscalização que
está a dar o seu resultado".

"É bom que [a fiscalização] exista, que sirva como exemplo daquilo que
não se pode fazer", frisou, referindo que "também é bom que possamos
mostrar os exemplos, que há muitos e são a maioria, daquilo que se
está a fazer na criação de bom emprego" no sector agrícola no
Alentejo.

Segundo Assunção Cristas, "o que queremos para a agricultura é a
criação de bom emprego, com boa remuneração e com um sempre acrescento
de valor para todas as pessoas envolvidas", ou seja, os trabalhadores
e os empresários, e "para o país".

No passado dia 13, numa herdade perto de Beja, o Serviço de
Estrangeiros e Fronteiras (SEF) deteve quatro estrangeiros, entre os
23 e os 51 anos, por suspeita de tráfico de seres humanos.

Durante a operação, o SEF resgatou 28 pessoas que estavam na situação
de exploração e de tráfico, alegadamente para trabalharem na apanha da
azeitona.

No dia anterior, a Polícia Judiciária (PJ) anunciou que, na sequência
de uma queixa formulada por um grupo de estrangeiros, deteve, no
concelho de Serpa, três homens, entre os 22 e os 33 anos, por suspeita
da prática de um crime de tráfico de seres humanos para apanha de
azeitona no Alentejo.

Segundo a PJ, os detidos terão contratado no país de origem e
transportado para Portugal trabalhadores estrangeiros, que alojaram
"em condições precárias e retendo-lhes os documentos de identificação
como garantia de pagamento das despesas de transporte e estadia".

Lusa/SOL

http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=92959

COMUNICADO Reforma da Política Agrícola Comum 2014-2020 aprovada no Parlamento Europeu

GOVERNO

O Parlamento Europeu acabou de aprovar em plenária a reforma da PAC
para 2014-2020. Foi dado mais um passo essencial para a entrada em
vigor da nova PAC, sendo que a 16 de dezembro, em Bruxelas, é que terá
lugar a aprovação formal em Conselho de Ministros da Agricultura da
União Europeia.

No que diz respeito ao Quadro Financeiro Plurianual, Portugal consegue
pela primeira vez no 1º pilar (ajudas diretas) uma aproximação parcial
aos restantes Estados Membros passando dos atuais 186 euros/ha para os
cerca de 200 euros/ha até 2020, por exemplo, em 2019 Portugal terá um
ganho de 6% em relação ao atual quadro. No 2º pilar (Desenvolvimento
Rural) Portugal terá em preços correntes 4,057 mil milhões de euros
(inclui um envelope de 500 milhões de euros isento de
cofinanciamento).

Portugal conseguiu, com a nova Política Agrícola Comum 2014-2020,
assegurar as condições necessárias para a agricultura portuguesa
manter o atual dinamismo e o ritmo de crescimento. Nas negociações,
Portugal conseguiu um maior equilíbrio na convergência interna dos
apoios aos agricultores, evitando as perdas temidas inicialmente para
alguns sectores, nomeadamente através da possibilidade de introdução
de um mecanismo de travão às perdas de 30% ao nível de cada agricultor
e garantindo que todos os agricultores recebem um pagamento mínimo
indicativo de 60% da média nacional por hectare. No Desenvolvimento
Rural destacamos o apoio ao regadio, fundamental para Portugal,
abrindo a possibilidade de apoio a novos regadios, a existência clara
de incentivos aos investimentos das Organizações de Produtores no caso
de aumento de escala e fusões e a criação de um sistema de seguros de
colheita com financiamento comunitário, mais universal, mais
abrangente e financeiramente sustentável.

Segundo o Secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque:
"O Conselho de Ministros da Agricultura da União Europeia agendado
para 16 de dezembro em Bruxelas será o passo final para que a futura
PAC tenha a sua aprovação formal e, também fundamental, a aprovação
formal das medidas de transição que nos irão permitir, pela primeira
vez na história, começar em 2014 com um novo quadro comunitário e um
novo Programa de Desenvolvimento Rural sem hiatos entre quadros".

Com a participação do sector, estamos já definir as escolhas nacionais
para que a agricultura se assuma cada vez mais como um importante
motor para a recuperação económica de Portugal.

20 de novembro de 2013

Filhos do Auroque: viagem pelas raças Portuguesas de bovinos

Capa do livro «Filhos do auroque: viagem pelas raças Portuguesas de bovinos»

No início, eram feras. Bestas possantes, de cornos afiados e uma força
assustadora. A sua figura foi gravada, pelo homem pré-histórico, nas
grutas de toda a Europa e, até, nas rochas do Vale do Côa. Os auroques
viviam em manadas e semeavam o terror entre as gentes primitivas.
Nesses tempos, muitos acreditavam que a sua força descomunal só podia
ter uma origem divina.

Eram adorados e temidos, mas quando transformados em comida matavam a
fome a todo o clã, por várias luas.

Quando o homem descobriu a agricultura e começou a construir povoados,
novos animais começaram a fazer parte da paisagem modificada. O
temível auroque esteve entre as primeiras espécies a serem
domesticadas - e deu origem aos bovinos que hoje conhecemos. Perdeu
envergadura e ferocidade. Foi amansado. Mas, graças a esse lento
processo, ganhou renovada importância junto do homem. Além da carne,
da pele e dos cornos, passou a fornecer também leite e força de
tracção.

E continuou a estar presente em todo o tipo de festividades lúdicas,
de que as largadas de touros são um exemplo remanescente.

Durante incontáveis gerações, as raças autóctones de bovinos foram
companheiras inseparáveis das gentes rurais.

Ajudaram a amanhar os campos, a lavrar e a semear, a transportar os
produtos para os mercados, a puxar as redes de pesca. As raças
autóctones que ainda sobrevivem nas planícies e montanhas portuguesas
são testemunhos vivos de uma herança natural e rural única. Algumas
estão em perigo de extinção, outras apresentam boas perspectivas de
futuro. Mas todas fazem parte da nossa cultura, dos nossos costumes,
da nossa História.

É esse mundo que nos é desvendado neste livro de Paulo Caetano - um
autor que se tem dedicado às temáticas ligadas ao mundo rural e à
conservação da natureza. Esta obra conta, ainda, com a participação de
Catarina Ginja, uma investigadora que está a desenvolver os seus
estudos de pós-doutoramento com uma bolsa Marie Curie e é amplamente
ilustrada pelas fotografias de Joaquim Pedro Ferreira.

Os bovinos portugueses não cessam de nos surpreender. O regresso do
grande auroque pode estar para breve, graças a um ambicioso e
controverso projecto científico europeu. E, quando isso suceder, um
dos contributos genéticos mais importantes será de uma das nossas
raças autóctones.

Fonte: autor

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/11/21.htm

Parlamento Europeu aprova reforma da PAC para os próximos sete anos

A nova PAC deverá ser mais verde, mais justa e mais transparente.
Foto: © BELGA/BUITENBEELD/W.Pattyn

O Parlamento Europeu aprovou hoje a reforma da política agrícola comum
(PAC), já acordada entre os eurodeputados e os governos nacionais. De
acordo com as novas regras, em 2014-2020 a PAC deverá ser mais amiga
do ambiente, mais justa entre Estados-Membros e agricultores e mais
transparente. Luís Capoulas Santos foi relator de duas das quatro
propostas que integram o pacote agrícola, uma sobre os pagamentos
directos e a outra sobre o desenvolvimento rural.

As quatro propostas legislativas sobre a reforma da PAC dizem respeito
aos pagamentos directos aos agricultores, à organização comum de
mercado (OCM única), ao desenvolvimento rural e a um regulamento
horizontal sobre o financiamento, a gestão e o acompanhamento da PAC.
É a primeira vez que o Parlamento Europeu legisla em pé de igualdade
com o Conselho de Ministros da UE sobre a política agrícola.

Envelope nacional

A PAC terá um orçamento de 362,8 mil milhões de euros para os próximos
sete anos. Portugal receberá 8,1 mil milhões de euros (a preços
contastes de 2011), dos quais 4,5 mil milhões para o 1° pilar (3,9 mil
milhões para os pagamentos directos e o restante para medidas de
mercado) e 3,6 mil milhões para o 2° pilar (desenvolvimento rural).

De acordo com as novas regras, a taxa máxima de co-financiamento
comunitário para o desenvolvimento rural das regiões menos
desenvolvidas e ultraperiféricas em Portugal aumenta de 85% para 95%,
pelo menos até 2016. Capoulas Santos calcula que "tal representará uma
poupança para o orçamento do Estado português de cerca de 250 milhões
de euros durante aquele período".

O pilar do desenvolvimento rural contém, por exemplo, os apoios para o
investimento nas explorações agrícolas, na agro-indústria, nos
regadios e nas florestas.

Uma PAC mais verde

Para acabar com os diferentes sistemas do regime de pagamentos
directos na UE, as regras estabelecem um novo regime de "pagamento de
base". Este estará, como actualmente, subordinado ao respeito de
certas normas ambientais (eco-condicionalidade), mas com diversas
simplificações.

Além deste pagamento de base, cada exploração deverá receber um
pagamento por hectare por respeitar uma série de práticas agrícolas
benéficas para o clima e o ambiente ("greening" ou "ecologização"). O
acordo prevê que os Estados-Membros utilizem 30% das dotações
nacionais para esse pagamento.

As três medidas centrais do "greening" são a diversificação das
culturas, a manutenção dos prados permanentes e a criação das zonas de
interesse ecológico. O PE introduziu uma maior flexibilidade para
estas medidas, para que sejam tidas em conta questões como a dimensão
das explorações agrícolas.

Maior convergência entre países e entre agricultores

O PE procurou reduzir as discrepâncias entre os níveis de pagamentos
entre Estados-Membros (convergência externa) e entre agricultores do
mesmo país (convergência interna).

Em 2019, nenhum Estado-Membro deverá receber menos de 75% da média
europeia. Em relação à convergência interna, os eurodeputados
asseguraram que, em 2019, nenhum agricultor receba menos de 60% da
média nacional. A futura PAC prevê também um "mecanismo de travão"
para assegurar que as perdas ao nível de cada agricultor não sejam
superiores a 30%.

O acordo prevê, por outro lado, uma redução obrigatória de pelo menos
5% para os pagamentos que ultrapassem os 150 mil euros por exploração
ou, em alternativa, um pagamento redistributivo de pelo menos 5% da
dotação nacional para serem distribuídos pelos primeiros hectares de
todas as explorações (no caso de Portugal, pode vir a ser até aos 30
hectares).

Pagamentos só para os agricultores activos

Os pagamentos directos só serão concedidos a agricultores activos, e
não a outras entidades, como aeroportos ou campos de golfe, que não
utilizem os seus terrenos primordialmente para actividades agrícolas.

Mais apoio aos jovens e pequenos agricultores

A nova PAC prevê a majoração obrigatória dos pagamentos aos jovens
agricultores (até aos 40 anos) nas ajudas directas, juntamente com
apoios ao acesso à terra através de garantias bancárias ou juros de
empréstimos.

De acordo com as novas regras, os jovens agricultores beneficiarão de
um pagamento suplementar de 25% em relação à média nacional/regional
até um máximo de 90 hectares. Até 2% dos envelopes nacionais deverão
ser dedicados a estes financiamentos.

A nova legislação estabelece também um estatuto mais vantajoso e menos
burocrático para os pequenos agricultores.

Organizações de produtores

As novas regras reforçam a posição negocial das organizações de
produtores e organizações interprofissionais em todos os sectores
abrangidos pela OCM única. A reforma da PAC alarga a possibilidade de
negociação colectiva de contratos de fornecimento de azeite, carne de
bovino, cereais e outras culturas aráveis.

Maior transparência

A divulgação obrigatória dos beneficiários da PAC ficou também
incluída na legislação, para que seja facultada informação aos
cidadãos europeus sobre o uso de dinheiros públicos.

Apoio ao regadio

Graças ao Parlamento Europeu, o financiamento de novas infraestruturas
de regadio ficou também contemplada na reforma da PAC. A proposta
inicial da Comissão apenas previa - no caso dos "antigos"
Estados-Membros, como Portugal - apoios a infraestruturas já
existentes.

Açúcar e vinho

O regime de quotas no sector do açúcar, previsto expirar em 2015, será
prolongado até ao final de Setembro de 2017. O actual regime de
direitos de plantação no sector vitivinícola será substituído em 2016
por um novo sistema de autorizações para plantação, que vigorará até
2030.

Entrada em vigor

A nova PAC entra em vigor em 2014. Para que os Estados-Membros se
possam adaptar aos novos sistemas de pagamento e dar suficiente tempo
para a aprovação dos respectivos programas do desenvolvimento rural,
haverá disposições transitórias até ao final desse ano.

Fonte: PE

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/11/20d.htm

INE: Boas perspectivas para olival e milho

As previsões agrícolas do INE, a 31 de Outubro, apontam para um
aumento considerável do rendimento unitário dos olivais para azeite
(+40%) e para azeitona de mesa (+25%), face ao ano anterior. Também no
milho as perspectivas são animadoras, prevendo-se uma campanha muito
produtiva, que deverá ultrapassar as 900 mil toneladas, o que já não
ocorria desde 2001. Nos pomares de maçã e pêra prevêem-se aumentos de
produção (+30% e +75%, respectivamente), tal como nos soutos de
castanheiros (+20%), bastante beneficiados com a precipitação de
Setembro. No sentido inverso, as searas de arroz revelaram-se menos
produtivas (-10%), e as de tomate foram bastante afectadas pelas
condições climatéricas adversas, tendo a produção diminuído 20%. O
kiwi, com uma fraca polinização e problemas fitossanitários graves,
previsivelmente sofrerá uma redução na produção de 10%, enquanto a
amêndoa deverá registar uma das piores campanhas das últimas décadas
(-40%). Na produção vitivinícola as previsões apontam para uma
manutenção da produção, com alguma diminuição da qualidade dos mostos
obtidos nas vindimas após as chuvas do princípio do mês.

O mês de Outubro caracterizou-se, em termos meteorológicos, por
valores de temperatura e precipitação superiores ao normal. A
precipitação, intensa e persistente, acompanhada por ventos fortes,
concentrou-se principalmente no início do mês e entre os dias 20 e 25,
em especial nas regiões do Norte e Centro.

Estas condições, apesar de favoráveis para algumas culturas,
nomeadamente por terem elevado o teor de humidade do solo,
constituíram um factor de perturbação na realização dos trabalhos
habituais para época, atrasando as colheitas das culturas de
primavera/verão (milho, tomate e arroz), as vindimas (com
consequências qualitativas não despicientes) e a preparação dos solos
para a instalação de novas culturas.

Prados, pastagens e culturas forrageiras beneficiam com as
precipitações e temperaturas amenas

Os prados, pastagens e culturas forrageiras apresentam o aspecto
vegetativo normal para a época. As precipitações do final de Setembro
e as temperaturas amenas ao longo de Outubro criaram condições
favoráveis à germinação e a um bom desenvolvimento vegetativo de ervas
espontâneas e das forragens já semeadas, observando-se já abundantes
disponibilidades de matéria verde para o pastoreio dos pequenos
ruminantes. Apesar disso, a alimentação dos efectivos continua a
recorrer a palhas, fenos e silagens, em quantidades dentro dos
parâmetros normais, estando a utilização de rações industriais quase
exclusivamente limitada aos arraçoamentos na pecuária de leite e de
engorda intensiva.

Olival com boas perspectivas

Nos olivais a floração foi abundante e decorreu sem problemas, pelo
que as árvores apresentam uma carga de frutos bastante razoável, muito
superior à registada no ano anterior. Prevê-se um aumento do
rendimento unitário de 40% na azeitona para azeite e de 25% na
azeitona de mesa, face a 2012, o que a confirmar-se posicionará a
campanha de 2013 como uma das melhores das duas últimas décadas.

De um modo geral a azeitona ainda se encontra muito verde, com um
atraso na maturação de cerca de duas semanas. As chuvas do final de
Setembro e de Outubro e o aumento da humidade relativa, apesar de
terem contribuído para engrossar a azeitona, criaram condições
propícias para o desenvolvimento de pragas e doenças, situação que
poderá afectar a qualidade da azeitona.

Aumento de área cultivada impulsiona produção de milho

A colheita dos milhos de regadio iniciou-se com atraso face ao normal,
e tem decorrido com algumas dificuldades, resultantes sobretudo do
estado de encharcamento dos terrenos onde se encontram instalados,
obrigando em muitos casos à utilização de rastos nas
ceifeiras-debulhadoras. As colheitas efectuadas antes das chuvadas e
dos ventos fortes deste mês apresentaram produtividades superiores às
alcançadas na campanha passada. No entanto, estas condições
climatéricas poderão ter contribuído para a diminuição global do
rendimento unitário, dado que originaram a quebra de muitas plantas,
dificultando ou impossibilitando a colheita das espigas. Assim,
prevê-se que a produtividade se mantenha ao nível de 2012, o que
conduzirá a um aumento de produção de 10%, em resultado exclusivamente
do aumento da área semeada. Nos milhos de sequeiro, a produção deverá
registar um aumento de 5% face a 2012.

A produção total de milho prevista (932 mil toneladas) é uma das
maiores das últimas décadas, apenas superada pela produção de 1998
(981 mil toneladas, mas com uma área 2/3 superior à actualmente
cultivada).

Em termos de comercialização, a atenção do sector mantém-se centrada
na volatilidade do preço deste cereal nos mercados internacionais, que
no período de um ano baixou cerca de 45%.

Quanto ao arroz, a colheita também se encontra atrasada e a decorrer
com dificuldades, em terrenos muito encharcados. A acama, provocada
pela chuva e ventos fortes, conduziu à perda de produção, quer por
desgranação, quer por germinação na espiga. Desta forma, prevê-se uma
redução da produção na ordem dos 10% face à anterior campanha, que
deverá rondar as 168 mil toneladas, valor próximo da média do último
quinquénio.

Campanha adversa com reflexos na produção no tomate para a indústria

Após um período de plantação atribulado, com a chuva de final de
primavera a atrasar a instalação das culturas, as elevadas amplitudes
térmicas registadas pela altura da floração/vingamento foram
responsáveis por situações de grande heterogeneidade na maturação dos
frutos, conduzindo a uma percentagem de desperdício superior ao
normal. A chuva no final de Setembro/princípio de Outubro provocou o
apodrecimento de muito tomate que ainda se encontrava por colher. Em
termos globais, prevê-se uma redução de 20% na produção, face a 2012,
com uma qualidade média inferior.

Quanto ao girassol, prevê-se um aumento de 10% da produção, quando
comparada com a campanha anterior.

Maçã e pêra com produções acima da média

Com a conclusão da colheita da maioria das variedades tardias,
confirmam-se os aumentos previstos de produção de maçã, na ordem dos
30%, face a 2012 (ano muito afectado pelas condições de seca extrema,
principalmente no interior Norte), posicionando esta campanha como uma
das melhores da última década. Apesar da qualidade estar, de um modo
geral, dentro dos padrões normais, com desenvolvimento regular da cor,
observa-se uma elevada percentagem de maçã de baixo calibre.

No que diz respeito à pêra, as boas condições climatéricas na floração
e vingamento promoveram um grande número de frutos. No entanto, as
baixas temperaturas que se seguiram, conjugadas com a elevada
precipitação ao longo do desenvolvimento vegetativo e com os picos de
temperatura extrema em fases adiantadas do ciclo, originaram uma
multiplicação celular irregular, pelo que as árvores apresentaram
frutos de calibre muito heterogéneo. A produção total prevista é muito
superior (+75%) à da campanha anterior, com uma qualidade boa, grau
brix elevado e concentração de carepa normal.

Já o pêssego, tal como as outras prunóideas, foi bastante afectado
pelas condições climatéricas adversas ocorridas na fase da
floração/polinização, que fizeram cair muita flor e reduziram o número
de frutos vingados. Prevê-se que a produção alcance as 23 mil
toneladas (-25%, face a 2012).

Má polinização e acidentes fitossanitários condicionam produção de kiwi

A diminuição das temperaturas e a ocorrência de precipitação nas
principais zonas produtoras de kiwi (Entre Douro e Minho e Beira
Litoral) beneficiaram o desenvolvimento dos frutos, nomeadamente ao
nível do calibre. No entanto, estas contribuições não foram
suficientes para mitigar as quebras resultantes de uma fraca
floração/polinização e da propagação da Pseudomonas syringae pv
actinidiae, bactéria e agente causal da doença designada vulgarmente
por PSA ou "cancro bacteriano do kiwi", pelo que se prevê uma redução
na produção (-10%, face a 2012), que ficará abaixo das 20 mil
toneladas pela primeira vez nos últimos cinco anos.

Produção de frutos de casca rija: castanha aumenta, amêndoa diminui

As condições climatéricas desfavoráveis por altura da floração e
vingamento dos frutos, aliadas ao envelhecimento e degradação das
condições de muitos amendoais, contribuíram para que a actual campanha
de produção de amêndoa seja, previsivelmente, a pior das últimas duas
décadas, com apenas 4 mil toneladas (-40% face a 2012).

Em sentido oposto, a ocorrência de precipitação no final de Setembro
nas principais zonas produtoras de castanha em Trás-os-Montes foi
determinante para o normal desenvolvimento destes frutos, prevendo-se
um aumento global de produção de 20% face ao ano anterior.

Campanha vitivinícola com níveis de produção semelhantes aos de 2012

Em muitas regiões vitivinícolas, o tempo seco das primeiras semanas de
Setembro proporcionou alguma recuperação no atraso de cerca de 2
semanas que as vinhas apresentavam desde as fases iniciais de
desenvolvimento, tendo-se iniciado as vindimas com graus alcoólicos
elevados. No entanto, a ocorrência de chuva na última semana de
Setembro e princípios de Outubro, sendo benéfica em termos de
rendimento, afectou o grau alcoólico e comprometeu o estado sanitário
de algumas vindimas, nomeadamente com o aparecimento de podridões.
Prevê-se a manutenção da produção face à vindima anterior.

Fonte: INE

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/11/20k.htm

12 portugueses no Guia Michelin 2014

A edição 2014 do Guia Michelin Espanha e Portugal foi apresentada esta
quarta-feira no Museu Guggenheim, na cidade basca de Bilbau



Benoît Sinthon, chef do Il Gallo D'Oro
João Wengorovius
20/11/2013 | 22:55 | Dinheiro Vivo

Doze restaurantes portugueses foram distinguidos na edição de 2014 do
Guia Michelin, depois de um espaço em Almancil ter perdido a estrela,
outro em Lisboa a ter recuperado e um em Montemor-o-Novo a ter
recebido pela primeira vez.

Leia também a reportagem de João Wengorovius: Almoço com Benoît
Sinthon, Il Gallo d'Oro

A edição 2014 do Guia Michelin Espanha e Portugal foi apresentada esta
quarta-feira no Museu Guggenheim da cidade basca Bilbau, perante uma
plateia de chefs, críticos de gastronomia e jornalistas da Península
Ibérica.

Veja ainda a reportagem de João Wengorovius No Paraíso com o chef
Koschina, Vila Joya

À semelhança da edição deste ano, o Guia Michelin Espanha e Portugal
de 2014 volta a destacar com duas estrelas ("mesa excelente, merece o
desvio") o restaurante Ocean, 'comandado' por Hans Neuner em Lagoa, e
o Vila Joya, chefiado por Dieter Koschina em Albufeira.

No próximo ano, oito restaurantes mantêm a estrela Michelin ("muito
bom na sua categoria"): Willie's (Vilamoura), Henrique Leis
(Almancil), Il Gallo d'Oro (Funchal), Casa da Calçada (Amarante),
Fortaleza do Guincho (Cascais), The Yeatman (Vila Nova de Gaia),
Feitoria e Belcanto (ambos em Lisboa).

Em relação à edição de 2013, a Michelin retira a estrela ao
restaurante São Gabriel, em Almancil, chefiado por Leonel Pereira, e
atribui a distinção pela primeira vez ao restaurante L'And Vineyards,
em Montemor-o-Novo, liderado por Miguel Laffan.

Outra novidade na edição do próximo ano é o regresso da estrela
Michelin ao restaurante Eleven, em Lisboa. O espaço, comandado pelo
'chef' Joachim Koerper, tinha perdido a distinção internacional no
guia de 2012.

Em Espanha, o Guia Michelin atribuiu um total de 174 restaurantes:
oito com três estrelas (a novidade em 2014 é a terceira estrela para o
madrileno Diverxo), 20 com duas (dois novos) e 146 com uma.

Em comparação com a edição de 2013, que distinguiu 159 espaços
espanhóis, um total de oito perdem a estrela e 23 ganham.

Criado no início do século XX para ajudar os viajantes nas suas
deslocações, o Guia Michelin é hoje considerado uma referência mundial
na qualificação de restaurantes. Portugal entrou no roteiro em 1910,
mas as primeiras estrelas só chegariam em 1974.

Os inspetores do guia valorizam "a qualidade dos produtos, o ponto de
cozimento, os sabores, a criatividade, a regularidade da cozinha e a
relação qualidade/preço.

http://www.dinheirovivo.pt/Faz/Artigo/CIECO295152.html?page=0