A falta de chuva nos campos do Alentejo poderá traduzir-se num ano
"péssimo" para o setor do olival, alertou hoje o presidente da
Associação dos Agricultores do Distrito de Portalegre (AADP), António
Bonito.
12:17 Quarta feira, 12 de outubro de 2011
A falta de chuva nos campos do Alentejo poderá traduzir-se num ano
"péssimo" para o setor do olival, alertou hoje o presidente da
Associação dos Agricultores do Distrito de Portalegre (AADP), António
Bonito.
"Se não chover nos próximos quinze dias, o que poderia ser um ano
excecional de azeitona com bom azeite vai transformar-se num ano
péssimo", disse o responsável, em declarações à agência Lusa.
"Uma pessoa trinca uma azeitona e a única coisa que tem é o caroço e a
pele. A qualidade do azeite vai ser menor, pois os frutos não têm
humidade", sublinhou.
Também devido à falta de precipitação nos solos alentejanos, o
dirigente associativo indicou que a produção de castanha, no Alto
Alentejo, é atualmente de "fraca qualidade", porque "não tem humidade,
está murcha e desidratada".
Crise pode agravar-se ainda mais
No que diz respeito às culturas de outono/inverno, como aveias,
tremocilha e triticale, António Bonito é mais prudente em traçar um
cenário de "crise", embora considere que a situação possa vir a piorar
se não chover nos próximos "quinze dias".
"Já deveria ter caído alguma precipitação significativa. É normal no
clima mediterrânico existir um pico de chuva em meados de setembro,
princípio de outubro, o que vem dar alguma disponibilidade forrageira
para a alimentação animal", explicou.
Para António Bonito, essas mesmas chuvas vinham também "permitir" as
mobilizações dos solos para as sementeiras das culturas de
outono/inverno.
"Este ano, não está a haver nem essa disponibilidade forrageira, nem
está a permitir a mobilização dos solos", declarou. "Se dentro de
quinze dias não chover pode ser muito grave", avisou.
http://aeiou.expresso.pt/crise-agricola-agravada-pela-falta-de-chuva=f679920#ixzz1aaBi0GFE
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