Portugal vai co-liderar missão da UE para fazer acordo com a China sobre água

Publicado em 2012-03-10

foto JOÃO GIRÃO/GLOBAL IMAGENS
Assunção Cristas vai liderar missão portuguesa
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Portugal vai liderar, com a Dinamarca, a representação da União
Europeia no acordo que vai ser estabelecido com a China no domínio da
água, disse o secretário de Estado do Ambiente e do Ordenamento do
Território, Pedro Afonso de Paulo.
A evolução que o país tem feito no abastecimento de água e dos esgotos
é "reconhecida" na União Europeia, justificou Pedro Afonso de Paulo,
salientando que Portugal "recuperou rapidamente" do "muito atraso" no
setor, num período de 15 a 20 anos.

O governante falava à agência Lusa acerca da presença portuguesa no
Fórum Mundial da Água, que se inicia segunda-feira e decorre até
sexta-feira, em Marselha, França, onde se deslocará uma delegação
liderada pela ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente, do
Ordenamento do Território, Assunção Cristas, e de que Pedro Afonso de
Paulo também fará parte.
Sobre a situação portuguesa, o secretário de Estado disse que o país
ainda apresenta um valor "aquém do objetivo" no tratamento de esgotos,
com uma cobertura de apenas 75% da população, colocando como meta
subir para 85 a 90 por cento.
Já no abastecimento de água, a cobertura é quase total, atingindo 99%
da população do país, acrescentou.
Agora, um dos "enfoques" do Governo, prosseguiu, é combater o
desperdício de água das redes públicas que, nalguns casos, atinge os
40% quando deveria situar-se abaixo dos 20 por cento.
Outra questão com que Portugal se confronta são as canalizações
antigas, cujos metais de que são feitas são considerados prejudiciais
para a saúde humana dos consumidores a quem fazem chegar a água.
Neste caso, ressalvando que se trata de uma questão comum a outros
países que também têm parques habitacionais mais antigos, afirmou que
será uma situação a ultrapassar "paulatinamente", quando a
reabilitação urbana levar a dianteira sobre a construção de novas
habitações.
A água e o saneamento básico serão os dois grandes temas do fórum, por
constituírem "problemas graves em muitos sítios do mundo", considerou
ainda o governante.
Os conhecimentos que Portugal detém na matéria vão ser promovidos em
Marselha, para internacionalizar a experiência nacional no setor,
tanto ao nível de entidades públicas, como científico ou empresarial,
acrescentou.
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=2353404&page=-1