Estima-se que a meio do século a população mundial atinja os 9 mil
milhões de habitantes, o que torna necessário aumentar
consideravelmente a produção de alimentos. Nos moldes em que hoje
funciona, o sistema alimentar não conseguirá dar resposta à dimensão
da procura. Analisamos os desafios que se colocam ao sector e que
transformações terá de implementar. O Eng.º Armando Sevinate Pinto,
ex-ministro da Agricultura, partilhou com a abolsamia a sua visão
sobre este tema.
O sistema alimentar apresenta um futuro insustentável
A Fundação C. Gulbenkian realiza ao longo deste ano um ciclo de
conferências sobre o futuro da alimentação. No primeiro encontro,
realizado em Março, foi orador convidado o Prof. britânico da
Universidade de Oxford, Charles Godfray, que veio falar sobre "O
desafio de alimentar 9 a 10 mil milhões de pessoas".
O cenário apresentado por Godfray é um pouco sombrio. Antecipa
desafios com que o mundo se pode confrontar daqui a quatro décadas, a
nível alimentar, e que requerem uma atenção desde já. Segundo as
previsões da FAO (Gráfico 1), para alimentar uma população mundial tão
numerosa como a que se pensa que habitará o planeta em 2050, vai ser
necessário aumentar a produção de alimentos em 70%. Mesmo que o
crescimento populacional não seja tão acentuado, se as pessoas forem
mais ricas consumirão mais e a sua dieta será mais diversificada. É o
caso da China que nas últimas duas décadas aumentou muitíssimo o
consumo alimentar, e consequentemente o volume das importações de todo
o tipo de produtos alimentares.
pdf do artigo completo aqui:
http://www.abolsamia.pt/pdf/noticias/Alimentacao_do_Futuro.pdf
http://www.abolsamia.pt/news.php?article_id=2657
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