segunda-feira, 4 de junho de 2012

ANGOLA: Executivo quer reduzir importação de carne

4 de Junho, 2012

O ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, Afonso
Pedro Canga, afirmou neste final de semana no município do Cubal,
província de Benguela, que o sector está a trabalhar para, em breve, o
país deixar de importar carne bovina, frangos, suínos e ovos, cujos
custos anuais rondam em mais de 500 milhões de dólares aos cofres do
Estado.
O governante, que falava à imprensa, à margem da feira dedicado ao dia
do criador, cuja actividade decorreu na fazenda Utalala, a 45
quilómetros a sul da sede municipal do Cubal, avançou que o sector
agro-pecuário em Angola tem um futuro promissor a julgar pelo esforço
do Executivo, empresários e camponeses.

Informou que este esforço visa a dinamização desta actividade para que
tão cedo quanto possível haja carne suficiente para as famílias e para
exportação, de modo a contribuir na diversificação da economia. Pedro
Canga, que reconheceu os desafios na materialização destes e outros
propósitos, assegurou que passos certos e seguros estão a ser dados e
a realização deste evento tem esta particularidade de criar diálogo
entre empresários, profissionais e dirigentes sobre os problemas,
visando a busca de soluções.


Apesar do sector agro-pecuário ainda carecer de muitos investimentos
no domínio de infra-estruturas, técnicos, tecnologias e outros
serviços, destacou os programas já executados pelo Governo, como a
reabilitação de unidades de produção, formação de quadros de
investigação veterinária, agronómica, pescas e na construção de
estradas para o transporte de mercadorias e o escoamento da produção.

«Estamos cientes do quanto não é possível fazer tudo de uma só vez,
mais do que verdade são os factos que estão a vista de todos, do que
se está a ser feito um pouco por todo país neste sector, contribuindo
na melhoria de condições sociais das famílias», disse.

Para o governante, a criação de condições pelo executivo para que os
produtores tenham acesso, de forma célere, ao crédito, serviços de
água e energia, bem como o fomento de criação de aves, são outras
premissas para o desenvolvimento do sector. Durante o encontro, que
teve a duração de três dias, foram abordados temas ligados ao Processo
de formação de pastagens, erros e acertos, Doenças do gado bovino em
Angola e Que futuro para a pecuária em Angola.

A feira foi marcada ainda com um leilão de espécies de gado bovino
resultante do cruzamento de raça autóctone e a Neilore importadas do
Brasil. Participaram do evento, governantes, empresários e camponeses,
oriundos de vários pontos do país.

Angop/SOL

http://sol.sapo.pt/Angola/Interior.aspx?content_id=51130

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