24-08-2012
Fonte: ANSUB
Presente na conferência da UNAC sobre Floresta Mediterrânica, a ANSUB1
apontou o muito que ainda pode ser feito para profissionalizar a
produção de pinha e criar valor na fileira do pinhão.
Só nos anos mais recentes é que a pinha deixou de ser encarada como
uma produção secundária. Esta mudança resultou sobretudo do aumento da
procura, e consequentemente das exportações (Gráfico1). Isto aconteceu
em parte devido a problemas bióticos noutros mercados produtores, como
o italiano, que puxaram os preços para cima.
No entanto, de acordo com a ANSUB, há ainda oportunidades para
rentabilizar os rendimentos provenientes deste produto. O principal
avanço passa por "o produtor subir na cadeia de valor, ou seja, deixar
de vender pinha e passar a vender pinhão negro2". Um aspecto positivo
deste cenário de mercado é que o pinhão negro pode ser armazenado, até
à sua transformação em pinhão branco3, por um período até 3 anos. Além
disso o pinhão negro está indexado ao preço do pinhão branco, e não ao
preço da pinha, o que é vantajoso para o produtor.
Há dois métodos para abrir as pinhas e separar o pinhão: abertura da
pinha através de água e calor; e abertura da pinha através de
exposição solar.
O primeiro método é mais dispendioso, porque representa algum
investimento, e tem a desvantagem de o pinhão negro dever ser
imediatamente transformado em pinhão branco.
No segundo método a abertura é feita por exposição ao sol numa eira de
cimento, o que fica muito mais económico, e tem a vantagem de se poder
armazenar o pinhão. Ainda assim, o processo requer alguns cuidados. Há
que garantir que os pinhões não se deterioram, o que pode acontecer se
ficarem expostos a excesso de calor ou a humidade. Depois de aberta a
pinha é metida numa máquina que separa e limpa o pinhão. Desse
processo resultam alguns materiais sobrantes, como o cascabulho e as
impurezas, que podem ser vendidos como biomassa e gerar também uma
mais-valia adicional.
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