domingo, 9 de dezembro de 2012

A Padaria Portuguesa quer ser a maior do País

Negócio


Maria Nobre
09/12/12 11:10
A Padaria Portuguesa arrancou em 2010 e, dois anos depois, tem 12
lojas em Lisboa, a caminho de mais uma. Para o ano, há mais sete a
nascer na capital. Sair de Portugal está nos planos.

A Padaria Portuguesa é já conhecida dos lisboetas, mas a marca promete
não ficar na capital e ambiciona ser "a maior rede de padarias de
bairro do País". Em entrevista ao programa Grandes Negócios do ETV, o
director-geral d´A Padaria Portuguesa, Nuno Carvalho, aponta a Grande
Lisboa como a aposta imediata, por uma questão de custo, de controlo
da operação e também porque a fábrica, de onde todos os dias sai o pão
que abastece todas lojas, está em Loures.

De Portugal para o mundo, A Padaria Portuguesa não descarta a
internacionalização. Para o mentor do projecto "quem desenvolve
negócios nos dias de hoje não pode estar cingido ao mercado local".
Mas n´A Padaria Portuguesa não se gosta de "dar um passo maior que a
perna", pelo que uma aventura além-fronteiras não está próxima, talvez
"dentro de três ou quarto anos", revela o gestor.

Numa altura em que grande parte das empresas de restauração enfrentam
dificuldades, A Padaria Portuguesa faz a trajectória oposta, a de uma
empresa que nasce e cresce na crise. De acordo com Nuno Carvalho, o
segredo está na relação de proximidade com o cliente, na relação
qualidade/preço, no "ambiente distinto" das lojas e sobretudo no facto
de actuarem num "mercado muito enraizado na cultura dos portugueses".

Quando olha para 2013, o gestor mostra-se sem medos e crente no
sucesso do negócio. À certeza, acrescenta a racionalidade, já que
"todo o investimento d´A Padaria Portuguesa é questionado, todo o
cêntimo que investimos é convertido em bolos que têm de ser vendidos."

A ajudar ao crescimento está também a estrutura pequena da empresa,
com "quatro pessoas no escritório para mais de 200 colaboradores", um
número à medida de uma empresa que não vê a necessidade de grandes
estruturas, que acabam por "complicar o negócio."

Empreendedor em Portugal

Como empreendedor, Nuno Carvalho deixa alguns conselhos a quem queira
lançar-se por conta própria. Desde logo, "uma preparação grande". Para
o gestor, sem os dez anos que trabalhou na Jerónimo Martins "nunca
estaria preparado para abrir A Padaria Portuguesa". Neste campo da
preparação, sublinha ainda o facto de ter passado mais de um ano a
estudar o mercado, "a falar com padeiros, pasteleiros e empresas de
farinha" por forma a perceber exactamente aquilo que queria para o seu
negócio. Depois dos conselhos, o alerta: "Em Portugal, as instituições
não estão preparadas para facilitar a vida a quem quer desenvolver um
negócio." Daí ser preciso uma "persistência tremenda".

Crescimento

A primeira loja nasceu em Novembro de 2010, dois anos volvidos são já
12 as lojas que servem 30 variedades de pão e bolos em Lisboa.

Para 2013, a empresa que não precisou de empréstimos para nascer, tem
previstas sete novas lojas. Um negócio que Nuno Carvalho acredita que
pode ser replicado, preferindo por isso não revelar números, nem de
facturação, nem de investimento, porque "o segredo é a alma do
negócio".

Trabalho publicado na edição de 6 de Dezembro do Diário Económico

http://economico.sapo.pt/noticias/a-padaria-portuguesa-quer-ser-a-maior-do-pais_157860.html

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