segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Subsídios agrícolas continuarão com maior fatia no orçamento da UE

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013 18:26 BRST Imprimir [-] Texto [+]
Por Charlie Dunmore

BRUXELAS , 8 Fev (Reuters) - Os subsídios à agricultura continuarão a
consumir a maior fatia do orçamento da União Europeia até 2020, apesar
de uma queda de 13 por cento no futuro com as despesas agrícolas, como
parte de um acordo fechado pelos líderes da UE nesta sexta-feira.

A supremacia da agricultura no orçamento ficou assegurada depois que a
França e outras nações agrícolas frustraram as tentativas da
Grã-Bretanha e seus aliados do norte da Europa de deslocar uma parte
maior dos gastos da UE para novas medidas destinadas a impulsionar o
crescimento e o emprego.

Como resultado, os subsídios agrícola, que consumirão 38 por cento do
orçamento da UE no período 2014-2020, o equivalente a 363 bilhões de
euros (485,7 milhões dólares) do total de 960 bilhões de euros, ou
seja, cerca de 50 bilhões de euros por ano.

Isso já é uma redução significativa em comparação com os 417 bilhões
de euros à agricultura no atual orçamento de sete anos, mas os
partidários da Política Agrícola Comum do bloco europeu (PAC),
iniciada há 50 anos, vão argumentar que resultado poderia ter sido
muito pior.

O presidente francês, François Hollande, foi rápido ao reivindicar a
vitória nas negociações, dizendo que a França tinha conseguido manter
seus subsídios agrícolas, enquanto outras nações tiveram os delas
cortados.

"A participação relativa das despesas agrícolas no orçamento europeu
vai diminuir, mas tenho certeza de que foram preservados a recursos
destinados para os nossos agricultores", disse ele em coletiva de
imprensa, no final das negociações de 24 horas de duração.

O comissário da área agrícola da UE, o romeno Dacian Ciolos, afirmou
que o acordo confirma a importância da política agrícola europeia para
os 50 por cento dos cidadãos da UE que vivem em áreas rurais.

"Os líderes da UE reiteraram a sua confiança em uma PAC modernizada e
reconheceram a importante contribuição da agricultura e das áreas
rurais para a economia da UE", disse ele em um comunicado.

A única discordância total coube ao poderoso lobby do setor agrícola
europeu, acostumado a ver os seus subsídios protegidos em orçamentos
anteriores da UE.

"A decisão vai significar uma redução de 15 por cento em despesas da
PAC, ameaçando o emprego de 40 milhões de pessoas no setor
agro-alimentar e milhões mais em áreas rurais", afirmou em comunicado
o lobby agrícola Copa-Cogeca.

http://br.reuters.com/article/worldNews/idBRSPE91706Z20130208

Sem comentários:

Enviar um comentário