Mai 11, 2016
Luís Mira Coroa foi o produtor convidado para falar sobre a cultura do olival, no contexto da segunda sessão das "Conversas sobre agricultura: algumas culturas relevantes para Portugal", realizada a 10 de Maio, no Instituto Superior de Agronomia (ISA). Durante a sessão, declarou que «bom ou mau, o azeite está sempre vendido. É uma cultura que tem sempre mercado».
O geógrafo e produtor de azeite, com produção no Baixo Alentejo, contou que «a beterraba desapareceu, o milho era muito consumidor de água», pelo que optou por dar preferência ao "ouro líquido". Porque a «oliveira define o clima mediterrânico, não se fala de adaptar uma cultura». Além disso, é «ambientalmente correcta, saudável e adaptada à paisagem».
Para conseguir bons resultados há que escolher «uma variedade produtiva». Para o produtor, são a Arbequina, a Picual e a Cobrançosa.
Durante a sua intervenção, Luís Mira Coroa defendeu que «sem água não há agricultura» e que esta representa 6% da conta da cultura do olival.
Mariana Matos, secretária-geral da Casa do Azeite, também integrou o painel de oradores do evento. A responsável recordou que «o Alentejo tem condições extraordinárias para a produção do azeite». É na região que se concentram 76% da produção nacional.
Em termos de preferências do consumidor, o azeite virgem extra «tem ganho quota de mercado» e tem aumentado o consumo de azeite através dos supermercados (63%), notou Mariana Matos.
O ciclo de conferências foi promovido por alunos do ISA em parceria com a Agroges e termina a 17 de Maio, com uma sessão dedicada à cultura do amendoal.
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