quarta-feira, 14 de março de 2012

Mirtilo cobiçado pela indústria alimentar, farmacêutica e da cosmética

09-03-2012
Deverão ser reveladas em finais de 2013 as conclusões do projeto de
investigação "Myrtillus", que envolve desde há um ano as empresas
Mirtilusa e Frulact e a Escola de Biotecnologia da Universidade
Católica do Porto (ESB-UCP), a Faculdade de Medicina do Porto (FM-UP)
e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), e que visa
explorar as propriedades daquele que é tido como o "rei dos
antioxidantes". O projeto é financiado pelo QREN em 420 mil euros
através da Agência de Inovação.
O objetivo desta investigação é "identificar as propriedades
científicas do mirtilo e validá-las cientificamente, dando origem à
criação de produtos derivados, nomeadamente cosméticos, alimentares ou
outros", explicou à "Vida Económica" o presidente da Mirtilusa,
Reinaldo Barnabé, na feira Fruit Logistica, em Berlim.

Questionado igualmente pela "Vida Económica" sobre o papel da Frulact
nesta investigação, o presidente, João Miranda, revelou que "o mirtilo
tem recebido justificado interesse, pelo seu sabor único e benefícios
para a saúde humana". E a Frulact, que há 25 anos desenvolve e produz
preparados de fruta para a indústria alimentar, já "explorou alguns
conceitos de novos produtos industriais e de adaptação do mirtilo
nacional aos atuais".
O objetivo da empresa sediada na Maia é, pois, "cooperar" com o
parceiro do setor primário (Mirtilusa) e "tentar buscar variáveis de
conhecimento que possam apontar para pistas que possamos explorar no
futuro", explica João Miranda. Frisa, aliás, que "poderá haver
oportunidades para conceber produtos em parceria com etiquetas do
setor alimentar nacional para valorizar industrialmente as excelentes
características sápidas, nutricionais e funcionais do mirtilo
nacional, contribuindo para o fortalecimento deste cluster".
A produção de mirtilos em Portugal tem crescido a um ritmo de 20% ao
ano, sendo que só a Mirtilusa, criada em 1994 e com sede em Sever do
Vouga, comercializou 80 toneladas de mirtilos e seis toneladas de
groselhas em 2011, agregando 104 produtores. A previsão, segundo o seu
presidente, Reinaldo Barnabé, é atingir 250 toneladas de mirtilos e 60
toneladas de groselhas em 2015, fruto da entrada em produção das novas
plantações na região.
TERESA SILVEIRA-teresasilveira@vidaeconomica.pt
http://www.vidaeconomica.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ve.stories/79056&sid=ve.sections/195938

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