quarta-feira, 14 de março de 2012

Bolsa de terras municipal

08-03-2012
Assunção Cristas marcou a semana com dois importantes anúncios: o
reforço de 200 milhões de euros do Proder para as pequenas explorações
e a entrega no Parlamento de um diploma para a criação de uma bolsa de
terras que promova o combate à desertificação, outorgando benefícios
fiscais a quem a trabalhar. No primeiro caso, trata-se de uma boa
notícias para os jovens agricultores que apostam em projectos de
investimento em novas explorações agrícolas. É claro que das palavras
aos atos vai sempre uma distância que uma política centralizada tem
tendência a aumentar. Quero acreditar que Assunção Cristas está
determinada a acabar com esse paradigma, até porque a ministra da
Agricultura assumiu uma maior celeridade e cumprimento dos prazos no
pagamento das verbas do Proder de ajuda ao financiamento de projectos
agrícolas.

No segundo caso, a elaboração do diploma para arrancar com a bolsa de
terras, não posso deixar de lembrar aos leitores que a ideia da
criação de uma "bolsa de terras" tem alguns anos. Há cerca de dois
anos, lancei uma petição pública para a criação de um banco de terras
público, que permitisse cultivar os milhares e milhares de hectares ao
abandono por este país fora. Neste link que aqui deixo
(http://josemartino.blogspot.com/search?q=banco+de+terras), está o
texto da minha petição pública para a criação do banco de terras, e
estão alguns artigos e intervenções públicas, nos jornais e na rádio,
em defesa de um instrumento necessário e essencial para desenvolver a
agricultura e a economia real. Por diversas vezes, vicissitudes da
nossa política partidária impediram a transformação em lei de uma
proposta que permitirá criar muitos postos de trabalho e contribuir
para a riqueza nacional. Parece que agora esta ideia vai para a
frente. Neste contexto, como administrador da empresa de consultadoria
agrónoma "Espaço Visual", escrevi uma carta a todos os presidentes de
câmara, propondo a criação de uma "bolsa de terras" municipal, para
que possam motivar os seus cidadãos proprietários, que não têm perfil
para atividades agrícolas e/ou agroflorestais, a cederem os seus
terrenos, por venda ou arrendamento, a jovens agricultores. A "bolsa
de terras" promoverá a criação de riqueza e de postos de trabalho,
combaterá o despovoamento e será um instrumento de desenvolvimento da
agricultura e combate à crise económica e financeira que se abateu
sobre Portugal.
josemartino.blogspot.com
José Martino - Engenheiro agrónomo
http://www.vidaeconomica.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ve.stories/78963&sid=ve.sections/195932

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