No dia 15 de Fevereiro, cerca de duas centenas de agricultores participaram no VII Seminário promovido pela Cooperativa Agrícola de Montemor-o-Velho. O presidente da instituição destacou as qualidades agrícolas da região e sublinhou que "não há um hectare por cultivar no Vale do Mondego!".
Na sessão da abertura do VII Seminário, subordinado ao tema "Efeitos da PAC 2014 – 2020 na Agricultura do Baixo Mondego", José Armindo Valente sublinhou que "o Vale do Mondego, com cerca de 13 mil hectares, é um dos melhores lugares agrícolas do país" e que, no âmbito do actual quadro comunitário de apoio, "quando os três blocos em obras estiverem concluídos – adutores da margem esquerda, Bolão e passagem da A-14 Fôja – as infraestruturas da obra hidroagrícola vão ultrapassar os 50%". Contudo, o dirigente alertou que "dada a especificidade do Vale, em que uma grande parte está a cotas baixas e não há a possibilidade de fazer a sua reconversão da produção de arroz para outras culturas, é importante que o próximo quadro comunitário tenha em conta esta particularidade".
"Sabemos que há muito trabalho a fazer", asseverou.
O dirigente aproveitou o momento para destacar, igualmente, que "somos uma referência no milho, com produções de 13 a 14 toneladas por hectare", e que "a cultura da batata e das horto-industriais (brócolos e pimentos) são um nicho de mercado importante e que não podemos descurar".
Presente na sessão de abertura, o presidente da Câmara, Luís Leal, referiu que "seremos mais fortes se olharmos para o conjunto do território" e avançou que "é fundamental estarmos unidos numa estratégia em que a agricultura e o desenvolvimento rural se mantenham". "A ruralidade tem que fazer parte do desenvolvimento, sendo um fator diferenciador," e "é fundamental que o produtor continue a ter suportes de apoio financeiro porque só assim pode continuar a criar emprego, oferecer um produto agrícola de qualidade e, ao mesmo tempo, criar um território que ofereça a excelência um produto turístico ambiental, paisagístico e gastronómico".
De igual modo, a directora da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro, Adelina Martins, referiu que "é uma região extremamente importante na produção nacional" e enalteceu "a capacidade empresarial que todos têm demonstrado".
Ao esclarecer que "para melhorar a capacidade de produção não se deve descurar a vertente da experimentação", a Directora Regional destacou ainda a importância de uma estratégia de desenvolvimento da região, do território e das pessoas, e reiterou que "é fundamental que a obra hidroagrícola não fique por concluir".
Ao longo do dia, o seminário, que se realizou no Pavilhão Multiusos da Carapinheira, abordou as seguintes temáticas: Qualidade da água, Novos Produtos / Novas soluções ADP, Fisiologia do milho. Nova tecnologia Pioneer, Herbicidas para a Cultura do Arroz e Milho, A cultura do arroz, realidade de Espanha, Apresentação dos resultados do ensaio de variedades de arroz 2012, Candidaturas 2013 (RPU) / Serviços de Aconselhamento Agrícola e Efeitos da PAC 2014 – 2020 na Agricultura do Baixo Mondego.
Fonte: Lusa
http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/02/19b.htm
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