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A CNA está satisfeita com a generalidade das medidas, dado que vão ao
encontro das suas reivindicações e que foram motivo de um protesto com
centenas de agricultores no dia oito de Março, em Mirandela.
"Esta reunião ficou agendada logo a seguir à manifestação de oito de
Março, hoje procuramos equacionar três questões que são as mais
preocupantes para nós, a primeira foi uma analise breve sobre as
medidas adoptadas pelo Governo no que diz respeito à seca. Sublinhamos
aspectos positivos destas medidas, porque vão ao encontro daquilo que
foram as nossas reclamações e das propostas feitas pela CNA
principalmente as de carácter nacional, porque, as de carácter
comunitário são medidas que já estão previstas nos termos do programa
de desenvolvimento rural e, como tal há aqui uma antecipação das
ajudas comunitárias", adianta Armando Carvalho, da CNA, acrescentando
ainda que espera que "o adiantamento das verbas aos agricultores para
fazer face à seca aconteçam até 31 de Maio, a data avançada pelo
Ministério".
Contudo, a CNA na reunião alertou ainda o director regional da
agricultura para os problemas que se têm vindo a deparar no que toca à
elaboração das candidaturas. Carlos Lopes, dirigente desta estrutura
explica que, "foi pedido um alargamento do prazo, tendo em conta que a
plataforma informática ainda não permite a introdução de dados, o que
temos verificado é que quando vamos tentar fazer a candidatura dá-nos
um alerta com a informação que as parcelas ainda estão para correcção
do IFAP", explica.
Sobre este assunto, o director regional de agricultura do Norte
confirma a existência de problemas, mas responsabiliza o anterior
governo pela ineficácia que até já resultou em multas para o Estado
Português, "a questão das candidaturas é um trabalho que devia ter
sido feito nos anos anteriores, e por causa disso o estado português
foi multado em dezenas de milhões de euros e este ano vamos ter que
pagar quantias avultadas devido à gestão anterior não ter feito o
trabalho que agora está a ser feito", explica Manuel Cardoso.
O director regional da agricultura acrescenta ainda que "o trabalho
que está a ser feito num espaço de meses, deveria ter sido feito em
anos, há por isso dificuldades e uma série de calendários a cumprir e
como é óbvio tem um esforço acrescido, vamos ter que fazer este
esforço conjunto agora para que não venhamos a ser penalizados no
futuro", justifica.
Apesar da chuva que caiu nos primeiros dias de Abril não ter sido
ainda suficiente para debelar os efeitos da seca, na área de
abrangência da Direcção Regional de Agricultura do Norte só um terço
das albufeiras está abaixo dos 50 por cento da sua capacidade de
reserva, como explica Manuel Cardoso, "a situação de seca é sempre
complicado, mas está a ser elaborado um esquema para reagir a este
problema. Apesar da chuva ter sido muito pouca até agora, temos apenas
um terço das nossas albufeiras abaixo dos 50 por cento abaixo da sua
capacidade de reserva, o que nos permite ter algum optimismo em
relação à manutenção de algumas culturas que se encontram nesses
perímetros de rega. Acontece que a água que for gasta agora não poderá
ser gasta mais tarde e por isso temos que fazer um uso sustentável
dessa água para que acudir durante mais tempo aqueles que dela poderão
usufruir", justifica.
terça-feira, 17 de abril de 2012
Medidas do Ministério na ajuda contra a seca agradam aos agricultores
17-04-2012 - 11:00
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