sábado, 6 de dezembro de 2014

Ministra da Agricultura garante que nova lei acautela soluções para a Casa do Douro

"A nossa preocupação é que os viticultores sejam bem representados"
A ministra da Agricultura garantiu hoje que a nova lei acautela todas as soluções para a Casa do Douro (CD) e que a grande preocupação é "resolver o problema crónico da dívida" e que os viticultores "sejam bem representados".

"A nossa preocupação é que os viticultores sejam bem representados, tenham estruturas fortes que lhes dêem voz, que zelem pelos seus interesses e, por outro lado, resolver o problema crónico da dívida, que no fundo impedia que isto pudesse acontecer", afirmou Assunção Cristas, à margem de um simpósio, em Vila Real.

O Governo preparou um plano de resolução dos problemas da CD que inclui um acordo de dação em cumprimento, que troca dívida de 160 milhões de euros por vinho, e uma alteração legislativa que transforma o estatuto de direito público e inscrição obrigatória em associação de direito privado e de inscrição voluntária.

Para o efeito foi necessário aprovar um novo diploma na Assembleia da República e, em Outubro, foi publicado o decreto-lei que concretiza a alteração estatutária e leva à extinção da actual CD a 31 de Dezembro.

Nesse período deveriam ter sido realizadas eleições na CD ou mandatada a actual direcção, liderada por Manuel António Santos, para liderar o processo de transformação para associação de direito privado.

Mas os prazos foram ultrapassados sem que se tenham reunido no conselho regional da instituição os conselheiros suficientes para aprovar estas decisões.

Se a actual organização não fizer a passagem para associação de direito privado de forma voluntária, será aberto um concurso em Janeiro, ao qual se poderão candidatar as organizações interessadas.

Questionada sobre o processo CD, Assunção Cristas limitou-se a garantir que todas as soluções "estão previstas na lei". "Seguir-se-á aquilo que foi definido pelo parlamento e pelo decreto-lei em vigor", salientou.

"Os dois caminhos seguem-se em paralelo, o problema da dívida por um lado e o problema da Casa do Douro por outro e pela primeira vez nós temos um enquadramento legal que encontra a solução", referiu a ministra.

Assunção Cristas sublinhou que "está nas mãos dos viticultores encontrar as melhores soluções". "Da nossa parte nós fizemos o enquadramento legal e faremos a monitorização, para que a solução seja efectivamente aplicada", sustentou.

A nova organização poderá continuar a usar o nome "Casa do Douro" e fica com a sede situada na cidade de Peso da Régua, as delegações e ainda com a participação na Real Companhia Velha.

Com a extinção da CD é também extinto o quadro de pessoal da instituição.

Em Julho, dos 37 trabalhadores do quadro privado da instituição, 13 encontravam-se com salários em atraso, tendo seis suspendido o contrato de trabalho

Dos trabalhadores públicos que são colaboradores da CD, 12 aguardam reforma e 18 vão ser integrados nos serviços do Estado.

Com Lusa

Agricultores franceses querem que o Estado compre mais produtos nacionais


Dezembro 04
08:41
2014

Os agricultores franceses lançaram uma grande campanha a nível nacional, para que o Estado só compre produtos franceses para as cantinas e restaurantes públicos. No entanto, não parece fácil atingir estes objectivos e uma prova disso foi a intercepção e inspecção feita aos camiões que abasteceram as cantinas do Ministério das Finanças e Economia, por parte dos jovens agricultores, que mostrou carregarem frutas italianas, tomates marroquinos e alguns produtos sem identificação de origem.

Neste momento, nas cantinas e restaurantes do Estado, pouco mais de 50% da carne que é consumida é francesa.

Os responsáveis das compras defendem-se dizendo que têm de ter sempre em linha de conta o preço e que existem leis de livre concorrência, que não lhes permitem optar exclusivamente por produtos franceses.

Esta situação pode, no entanto, ser contornada, segundo os agricultores, pela boa vontade dos responsáveis com o aconselhamento dos respectivos Ministérios.

Uma situação já é clara, no Elysée todas as refeições servidas aos empregados da Presidência contam com 100% de produtos franceses.

Esta iniciativa conta com o apoio do Ministério da Agricultura, que, apesar de não poder ter uma posição frontal, vai sensibilizando os responsáveis pelas compras, para utilizarem cada vez mais produtos franceses.

FAO: Preços internacionais dos lacticínios e açúcar em queda e aumento dos cereais e óleos vegetais

05-12-2014 
  
O índice mensal de preços da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação manteve-se estável em Novembro, com um aumento do óleo vegetal e dos cereais a compensarem a constante diminuição dos preços dos lacticínios.

A média do índice de preços dos alimentos é 192,6 pontos, o que representa o terceiro mês consecutivo de estabilidade. Actualmente está com 13 pontos, ou seja, 6,4 por cento abaixo do seu nível de Novembro de 2013. «O índice parece ter tocado no fundo com maiores probabilidades de um eumento do seu valor nos próximos meses», afirmou Abdolreza Abbassian, economista superior da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO).

Após alguma instabilidade verificada nos últimos anos, o índice de preços da FAO encontra-se perto do seu nível de Agosto de 2010.

Para os lacticínios, o índice diminuiu 3,4 por cento desde Outubro e 29 por cento em relação ao ano anterior, até atingir uma média de 178,1 pontos em Novembro. O que reflecte um aumento da disponibilidade de exportações em conjunto com a redução das importações de grandes mercados, como a China e a Federação Russa.

O índice de preços do açúcar caiu cerca de 3,2 por cento em Outubro até uma média de 230 pontos no mês de Novembro, oito por cento abaixo do seu nível um ano antes. Esta recente descida deve-se ao facto das chuvas na principal região produtora de açúcar do Brasil atenuarem a preocupação por uma longa seca no maior exportador mundial de açúcar.

Os preços dos cereais aumentaram significativamente pela primeira vez em Março, devido às condições de crescimento da colheita de trigo recentemente cultivada no hemisfério Norte não serem as melhores. Contudo, os preços do arroz diminuíram com a chegada ao mercado recentes colheitas. O índice dos cereais apresentou uma média de 183 pontos em Novembro, um crescimento de 2,6 por cento frente a Outubro, mas menos 5,8 por cento frente ao mesmo período do ano anterior.

Para os óleos vegetais, o índice também subiu 0,7 por cento, para 164,9 pontos, cerca de 17 por cento inferior ao nível registado no ano passado, devido à produção mundial de óleo de girassol ser inferior à prevista e também à redução da produção de óleo de palma na Malásia e na Indonésia. Por outro lado, os preços do óleo de soja baixaram, me detrimento do aumento do subíndice.

Em Novembro, os preços da carne permaneceram estáveis, apesar da carne de bovino e quase todos os outros tipos de carne apresentarem níveis recorde máximos. O índice médio de preços da carne é de 210,4 pontos, em linha com o seu valor revisto em Outubro, embora com um aumento de 13,3 por cento em relação a Novembro de 2013. Os valores da carne de carneiro e cordeiro subiram suavemente durante o mês.

Fonte: Agrodigital

Copa-Cogeca lança alerta sobre proposta da CE para produção biológica

 05-12-2014 
 

 
O Copa-Cogeca alertou para o facto da proposta da Comissão sobre produção biológica poder colocar em risco a vitalidade do sector. A questão foi levantada durante uma audiência celebrada no Parlamento Europeu.

Na sua intervenção, o presidente do grupo de trabalho do Copa-Cogeca sobre agricultura biológica, Edouard Rousseau, destacou que «o sector biológico da União Europeia (UE) é um dos que demonstra maior crescimento no âmbito da agricultura e facilita a subsistência a 225 mil agricultores. Recentemente, tem havido um aumento acentuado do consumo destes produtos, no entanto, com um adiamento do processo de conversão».

Edouard Rousseau disse ainda que «para responder à procura e para apoiar o crescimento do mercado biológico é necessário manter as explorações mistas no sector, pois a proibição pode desencorajar os agricultores no que diz respeito à sua conversão ou ainda a possibilidade de manter este modo específico de produção».

Assinalando pontos chaves, o responsável declarou que também «solicitam a manutenção do uso de sementes convencionais e os materiais de reprodução vegetal, tendo em conta que terminar com esta medida a partir de 31 de Dezembro de 2021 vem limitar a gama de variedades disponíveis para os agricultores e, inclusive, pode gerar uma situação na qual a produção de culturas seja impossibilitada devido à falta de fornecimento em algumas áreas e limitar a biodiversidade».

Em paralelo, colocar um ponto final na possibilidade de utilizar animais não biológicos para a criação pode levar a uma queda significativa na disponibilidade de material genético para as explorações biológicas e iria contra o próprio objectivo desta diversidade, defendida, no entanto, no âmbito da agricultura biológica. Ao considerar rápidas alterações nas normativas e na complexidade do quadro regulamentar, também, segundo o responsável, lhes parece importante conservar o requisito de realização de controlos anuais, os quais ajudam a manter um vínculo directo entre as instituições de certificação e os operadores.

O presidente do grupo de trabalho sobre agricultura biológica continuou, referindo que acreditam que ainda não se alcançou as condições para estabelecer um nível de desclassificação europeu especifico para os produtos biológicos, tendo em conta que não há harmonização no que diz respeito às práticas de detecção e controlo, não há análises sobre os níveis e os volumes de contaminação acidental nem uma definição de sistema de compensação. Por estas razões, o Copa-Cogeca rejeita a proposta para introduzir de imediato um sistema de desclassificação europeu.

Contudo, a organização acredita que as alterações introduzidas pela Comissão em matéria de comércio com os países extracomunitários vão na direcção adequada na altura de assegurar uma concorrência mais justa entre os produtos comunitários e as importações que possam levar o mesmo logotipo da UE, de forma a manter a confiança do consumidor.

Muitos eurodeputados compartilharam durante a audiência as exigências feitas pelo Copa-Cogeca, enquanto, por sua vez, expressaram sérias preocupações sobre a proposta, apelando a uma evolução da mesma. A proposta também recebeu críticas de outras partes interessadas e dos Ministros da Agricultura da União Europeia.

Fonte: Copa-Cogeca

Produção de etanol segura preço do milho


Dezembro 03
09:14
2014

Apesar de uma boa produção de milho este ano nos Estados Unidos, com produtividades recordes e também uma extraordinária colheita na Europa, os preços do milho têm-se mantido estáveis e, inclusive, com tendência para subir.

O grande responsável é o etanol, cuja produção tem vindo a subir nos Estados Unidos.

Segundo um último relatório da Energy Information Administration, a produção de etanol em Setembro atingiu os 1.158 milhões de barris, ou seja, mais 8% que em Setembro de 2013.

Este aumento foi conseguido devido ao bom movimento das exportações. Entretanto, a produção de Outubro foi 2,2% superior a igual período de 2013.

Na semana que terminou em 21 de Novembro, a produção registou uma produção semanal recorde de 288,7 milhões de barris, contudo, com a baixa do preço do petróleo, estes valores podem vir a estar um risco, pelo que os Estados Unidos estão a fazer uma forte aposta na exportação.

O consumo interno não tem descido, uma vez que, com a baixa do petróleo, regista-se um aumento de consumo de energia.

O Departamento Agrícola dos Estados Unidos prevê uma diminuição das exportações de milho de 8,7% em relação à campanha anterior, mas prevê um aumento do consumo interno de milho para rações animais de 4,7% devido, sobretudo, ao frio que já se faz sentir, o que leva os produtores a manterem os animais em feedlots.

Também está previsto um aumento da produção de porcos e aves, que aumentará a procura do milho.

Não se esperam, portanto, grandes variações no preço do milho nos próximos meses.

Prémio CM distingue excelência agrícola

Ministra anuncia 200 milhões para jovens agricultores até ao fim do ano. 

Por João Vaz, Miguel Alexandre Ganhão 

A ministra da Agricultura disse ao CM que a medida relativa aos fundos europeus de apoio aos jovens agricultores, que numa primeira fase equivalem a 200 milhões de euros, será implementada até final do ano. "Espero que até ao fim deste mês, ou início de janeiro, seja aberta a medida dedicada ao apoio aos jovens agricultores", disse Assunção Cristas, que adiantou que o Ministério da Agricultura reforçou, com mais 100 funcionários, os serviços que tratam da receção das candidaturas aos fundos.  Luís Pato, Personalidade do Ano, entre Paulo Fernandes e Assunção Cristas (Foto: Tiago Sousa Dias) "Após as medidas aprovadas em Bruxelas, temos de produzir legislação nacional que possa enquadrar a comparticipação europeia", acrescentou.  A governante espera que, nos primeiros meses de 2015,todas as medidas europeias de apoiotenhamas candidaturas abertas, com prioridade para o apoio aos jovens agricultores, ao regadio e às florestas. O diretor do 'Correio da Manhã' e da CMTV, Octávio Ribeiro, destacou que nenhum outro jornal apoia tanto a agricultura em Portugal (Foto: Tiago Sousa Dias) Lista de premiados   O Prémio Agricultura 2014 foi atribuído nas seguintes categorias: Jovem Agricultor: Lúcia Freitas, Magnum Vinhos. PME: Fundação Eugénio de Almeida, Luís Rosado. Associações/Cooperativas: Carmin, Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz, Manuel Feijão. Novos Projetos: Terrius, Rita Beltrão Martins. Inovação: F. Olazabal, Francisco Olazabal. Produto Excelência: Tomate industrial, presidente da associação, Miguel Cambezes. Grandes Empresas: Sugal, João Ortigão Costa. Personalidade do Ano: Luís Pato, empresário, enólogo.

Entrada de tomate marroquino na UE aumenta mais de 50 por cento

 05-12-2014 
  

 
O grupo de contacto Franco-Espanhol-Italiano de tomate, composto por representantes dos produtores de França; Espanha e Itália, entre os quais FEPEX, assim como responsáveis das respectivas administrações, analisaram o forte crescimento das importações de tomate de Marrocos em mais de 50 por cento desde o início desta campanha em relação à anterior, numa reunião que decorreu em Bruxelas.

Os produtores da França; Espanha e Itália analisaram com preocupação o comportamento das importações comunitárias de tomate procedente de Marrocos com um crescimento de 66 por cento em Outubro deste ano, frente ao mesmo mês da campanha passada, segundo dados do mercado de Saint Charles, em França, o principal ponto de entrada na União Europeia (UE) de tomate marroquino. Este forte crescimento manteve-se no mês de Novembro com mais 55 por cento em relação a Novembro de 2013.

O grupo considera que este comportamento desordenado das exportações marroquinas venha a provocar graves perturbações no mercado comunitário e, em consequência, perdas significativas aos produtores dos três países. O grupo sublinha também que as concessões realizadas no Acordo de Associação entre a UE e Marrocos no sector do tomate, tem como objectivo manter as tradicionais exportações de Marrocos para a UE e evitar as conturbações no mercado, o que não está a ser cumprido, considerando o forte crescimento superior a 50 por cento assinalada esta campanha.

Poe esta razão, o grupo de contacto decidiu solicitar á Comissão Europeia a aplicação das medidas de salvaguarda prevista no Acordo de Associação e modificar o método de cálculo do valor de importação de tomate de Marrocos. O novo método, lançado pela Comissão Europeia esta campanha, tem levado a perdas de eficácia tanto no seguimento dos mercados como na protecção do mercado comunitário frente às importações desordenadas.

Na reunião, em Bruxelas, os responsáveis também analisaram as perspectivas para a presente campanha de tomate, constatando-se estabilidade nas superfícies e na produção dos três países.

Fonte: Agrodigital

Brasil exporta pela primeira vez carne de porco dos EUA

05-12-2014 
 

 
O Brasil exportou, pela primeira vez, carne de porco fresca dos Estados Unidos da América (EUA), um total de 25 toneladas, que apesar de representar um pequeno volume, considera uma grande oportunidade para entrar e gradualmente consolidar o mercado dos Estados Unidos.

O presidente da Central de Cooperativas, afirma que há uma oportunidade para os produtos com osso, em especial, costela e lombo, apesar dos exigentes requisitos de saúde. Para conseguir esta exportação foram necessários anos de negociações e visitas de inspecção dos EUA ao Brasil.

Os EUA são o maior exportador mundial de carne de porco do mundo e o terceiro maior consumidor. O Brasil produziu em 2013 um total de 3,52 milhões de toneladas de carne de porco. A produção deste ano já atingiu as 3,55 milhões de toneladas.

O ano passado as exportações ascenderam a 1.350 milhões de dólares, chegando aproximadamente às 513 mil toneladas. Em 2014, até Outubro, já exportaram 1.330 milhões de dólares, que corresponde a 410 toneladas daquele produto.

Fonte: Agrodigital

Prolongamento de armazenamento privado para manteiga e leite desnatado em pó

 05-12-2014 

 
O Comité de Gestão aprovou o prolongamento para o armazenamento privado de manteiga e leite desnatado em pó, o qual estava previsto terminar a 31 de Dezembro de 2014, passando para mais dois meses, até 28 de Fevereiro de 2015.

Os produtos colocados em armazenamento poderiam voltar ao mercado entre Dezembro de 2014 e Setembro de 2015, segundo o tempo determinado de armazenamento.

No passado dia cinco de Setembro, a Comissão Europeia abriu o armazenamento privado para a manteiga, leite desnatado em pó e para certos queijos, de forma a aliviar o efeito do embargo russo. A Comissão fechou o armazenamento de queijos a 23 de Setembro devido ao pedido de ajudas por parte de países que quase não exportavam para a Rússia. Assim, o armazenamento privado permanece aberto para a manteiga e leite desnatado em pó.

Fonte: Agrodigital

Apesar da baixa de preços, existem boas oportunidades para os produtores de pêra rocha

Dezembro 04
08:41
2014

O embargo russo, apesar de não afectar directamente a pêra rocha nacional, tem provocado uma baixa de preços, uma vez que mercados europeus para onde exportamos se encontram inundados de fruta, que tradicionalmente iria para a Rússia.

Este factor leva a que o preço médio praticado actualmente se situe nos 50 a 60 cts/kg, enquanto o valor normal era de 70 cts/kg.

Sendo um prejuízo para os produtores, pode, no entanto, ser uma oportunidade, segundo o Presidente da Associação Nacional de Produtores de Pêra Rocha, pois o consumidor português, com esta baixa de preços, está cada vez mais a procurar esta fruta e pode criar hábitos futuros devido à qualidade da mesma.

Este sector tem crescido exponencialmente nos últimos anos, apoiado numa boa estrutura de organizações de produtores.

Existem, actualmente, 11.000 hectares de pêra rocha, que empregam regularmente cerca de 4.700 trabalhadores, sendo que, na altura da colheita, esse número passa a 13.000.

O sector factura anualmente 140 milhões de euros, sendo que cerca de 50% da produção é exportada, sendo o principal comprador o Brasil, seguido do Reino Unido e da França.

A Rússia absorvia 7% das exportações, pelo que as organizações de produtores estão em busca de mercados alternativos, para compensar a queda deste mercado.

A produção de 2014 foi de 202.000 toneladas, ou seja, menos 3,6% face a 2013 e as condições de mercado estão estáveis neste momento.

Ozicultores do Mondego exigem compensações ao governo

Dezembro 05
09:12
2014

Um grupo significativo de produtores de arroz do Mondego concentrou-se junto à Direcção Regional de Agricultura do Centro, exigindo que o governo tome medidas, no sentido de serem compensados pelos prejuízos que tiveram esta campanha.

Esta situação foi devido a uma praga chamada brusone, que atacou os campos, tendo reduzido a produção em cerca de 50%. No total, foram atingidos 7.000 hectares de arroz, que, nalguns casos, como do Vale do Pranto, registaram perdas de 60% a 70%.

Esta situação vem juntar-se ao baixo preço que a indústria está a pagar pelo arroz, o que leva à descapitalização do sector, sendo que muitos produtores, se não receberem ajuda, podem vir a não semear para o ano.

O coordenador da Associação Portuguesa de Ozicultores informou que já em Outubro tinha alertado o governo e não teve qualquer resposta, pelo que agora exige uma posição nos próximos 15 dias, para que os produtores possam orientar a sua vida.

Claro que esta situação vem levantar outros problemas, como o do controlo de qualidade do arroz importado de países asiáticos, bem como o controlo dessas importações, de modo a dar condições para a Europa e, concretamente, para Portugal continuar a produzir.

Morre em acidente com máquina agrícola

 Homem de 61 anos morreu após um acidente de trabalho, em Pombal. 

Um homem morreu esta terça-feira vítima de um acidente de trabalho, na Mata do Urso, na freguesia do Carriço, concelho de Pombal, disse fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro de Leiria. O comandante dos Bombeiros Voluntários de Pombal, José Costa, explicou à agência Lusa que a vítima, "um homem de 61 anos", encontrava-se a "fazer limpeza" numa zona florestal da Mata do Urso, naquele concelho do distrito de Leiria, quando, por volta das 10h00 desta terça-feira "uma máquina agrícola lhe provocou lesões". Segundo o comandante, o óbito foi declarado no local pelos médicos da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) da Figueira da Foz. O CDOS informou também que acidente ocorreu pelas 10h12. Estiveram no local quatro viaturas e 11 homens dos Bombeiros Voluntários de Pombal, GNR e VMER.

Dirigente da FAO alerta para perigo de aparecimento de «sem-terra» em Moçambique


O representante da FAO em Portugal e ex-ministro da Agricultura moçambicano, Hélder Muteia, defendeu que Moçambique deve tirar lições da experiência brasileira para evitar que o país tenha pessoas sem-terra, devido à ação das grandes empresas do setor agrário.
«O Brasil é um exemplo concreto de como a expansão do agronegócio levou ao surgimento de famílias sem-terra. Devemos tirar lições desta experiência para que façamos melhor», afirmou Hélder Muteia, representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), que participou na Conferência do Setor Familiar e Desenvolvimento em Moçambique, coorganizada pelo Observatório do Meio Rural (OMR) e União Nacional de Camponeses (UNAC), em Maputo.
De acordo com um comunicado enviado à Lusa pela UNAC, Muteia advogou a adoção de políticas favoráveis ao desenvolvimento da agricultura familiar, como forma de proteção dos mais pobres contra a pressão sobre a terra exercida pelas grandes empresas.
Diário Digital / Lusa

Quercus alerta para efeitos nefastos dos pesticidas no solo


A Quercus alertou hoje para as consequências da utilização de pesticidas na qualidade dos solos, considerando que Portugal «está longe» de um cenário favorável, apesar das leis existentes, e apontou responsabilidades aos produtos fitofarmacêuticos.
«Apesar dos esforços, estamos longe de atingir, em Portugal, um cenário favorável. Os responsáveis são, em grande parte, os produtos fitofarmacêuticos disponíveis no mercado e de muito fácil acesso», salienta um comunicado da associação ambientalista.
A «pouca informação disponível e compreensível», que atrasa o efeito dos diplomas existentes, principalmente entre os agricultores, e a «débil ação dos serviços do Ministério da Agricultura» na sensibilização e fiscalização são algumas das preocupações apontadas.
Diário Digital / Lusa

Certificados de origem dos produtos vinícolas passam a ser gratuitos

ONTEM às 19:03

O Governo anunciou hoje ter aprovado um decreto-lei que torna gratuita a emissão de certificados de origem dos produtos vinícolas certificados e estabelece como entidades competentes para a certificação as comissões vitícolas regionais, o IVDP e o IVV.

"Com esta legislação, a emissão de certificados de origem passa a ser gratuita para os produtos vitivinícolas certificados, ou seja, com DO [Denominação de Origem] ou IG [Indicação Geográfica], e o reconhecimento quanto à proveniência dos produtos vitivinícolas não certificados tem um custo máximo de cinco euros", lê-se num comunicado do secretário de Estado da Agricultura.
Para José Diogo Albuquerque, "trata-se de um passo muito importante para o setor vitivinícola, que passa a ter agora todo o processo de certificação de origem simplificado, desburocratizado e gratuito quando se trate de produtos com DO ou IG".
"Ao circunscrevermos a emissão destes certificados exclusivamente às entidades do setor estamos a velar pelo cumprimento dos requisitos de controlo da produção e qualidade dos produtos vitivinícolas, ao mesmo tempo que se reduzem custos de contexto a um sector que tem um peso muito significativo em termos de exportações", acrescentou o secretário de Estado, citado no comunicado.
Nos termos do decreto-lei agora aprovado, as entidades competentes para a emissão de certificados de origem dos produtos vitivinícolas passam a ser as comissões vitivinícolas regionais (CVR), que certificam a respetiva DO e IG, o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP), que certifica os produtos das DO "Douro" e 'Porto' e IG 'Duriense', e o Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), que atesta sobre a proveniência dos produtos do sector vitivinícola não certificados.
De acordo com a secretaria de Estado da Agricultura, também previsto está que os modelos e formulários dos certificados "passam a ser padronizados e obrigatórios para todas as entidades", obedecendo às regras previstas no Código Aduaneiro Comum e às disposições da Organização Comum de Mercado (COM) relativas ao sector vitivinícola.
Ao nível da simplificação, José Diogo Albuquerque destaca a adoção da figura do "pedido único", ou seja, o pedido pode ser realizado numa única entidade certificadora independentemente da proveniência e natureza dos produtos, competindo ao IVV a coordenação e supervisão do regime.
Dinheiro Digital com Lusa

Primeira edição do Prémio Intermarché Produção Nacional já tem vencedores



Decorreu ontem, 4 de dezembro, no Centro Cultural de Belém (CCB) a primeira edição do Prémio Intermarché Produção Nacional. Os prémios entregues corresponderam a três categorias distintas e a cerimónia contou com a presença da ministra da agricultura e do mar, Assunção Cristas, e do ministro do ambiente, ordenamento do território e energia, Jorge Moreira da Silva.

Os vencedores foram:

Atlantic Sun Farms Portugal, na categoria de Legumes e preparados de legumes;
Cooperfrutas – Cooperativa de Produtores de Fruta e Produtos Hortícolas de Alcobaça, CRL, na categoria de Frutas e preparados de fruta;
Fio Dourado – transformação e comercialização de produtos olivícolas, na categoria de produtos processados.

Frutas, legumes e flores valem mil milhões de euros em exportações


     
05/12/2014 17:06:00 638 Visitas   
Assunção Cristas quer colar a Portugal o rótulo de país da "joalharia da agricultura"
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Frutas, legumes e flores valem mil milhões de euros em exportações
A ministra da Agricultura disse hoje, em Vila Real, que as frutas, legumes e flores representam actualmente mil milhões de euros em exportações e que o sector ambiciona duplicar esse valor até 2020. 

na Paula Silva, organizadora do encontro, defendeu que "a fruticultura portuguesa precisa de mais investigação, mais investimento em novas tecnologias e maior organização"
Assunção Cristas marcou presença no 3.º Simpósio Nacional de Fruticultura, que decorreu na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), onde destacou o "bom trabalho que tem sido feito no sector".

As frutas, os legumes e as flores já representam mil milhões de euros de exportação, mas o sector quer até 2020 chegar aos dois mil milhões de euros. "Isso é uma meta extraordinariamente interessante e ambiciosa", afirmo u a governante.

Assunção Cristas quer colar a Portugal o rótulo de país da "joalharia da agricultura".    

"Se conseguirmos colar esta marca, este rótulo a Portugal e aos produtos portugueses, se as pessoas perceberem que se é português é que é bom, então seguramente nós teremos muito a ganhar e mais valor para os nossos produtores", frisou.

Por sua vez, Ana Paula Silva, organizadora do encontro, defendeu que "a fruticultura portuguesa precisa de mais investigação, mais investimento em novas tecnologias e maior organização para poder assumir-se como um sector impulsionador da economia nacional".

"Necessitamos de uma estrutura produtiva mais eficiente, apoiada em novas tecnologias que garantam uma produção sustentável e rentável. O equilíbrio dos ecossistemas e a produção segura de alimentos, enaltecendo os seus efeitos benéficos na saúde, são também condições fundamentais para criar uma nova dinâmica em toda fileira", acrescentou a responsável.

Desta forma, segundo a também investigadora do Centro de Investigação e de Tecnologias Agro-ambientais e Biológicas (CITAB), podem ultrapassar-se uma série de condicionalismos do sector como "as baixas produtividades registadas, os estudos incipientes sobre o comportamento de variedades nacionais, a falta de organização da fileira e as dificuldades de venda e escoamento".

O evento, que começou quinta-feira e termina hoje juntou, cerca de 150 produtores, técnicos e investigadores que apresentaram à volta de 100 estudos científicos como, por exemplo "Como pode o 'design' acrescentar valor à fruticultura?", "Fruta - a verdadeira fast food".

O simpósio foi organizado pela UTAD, CITAB, Associação Portuguesa de Horticultura e Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional.

Lusa/SOL

Jerónimo Martins vai construir fábrica de leite


por Ana Rita Costa
5 de Dezembro - 2014
O Grupo Jerónimo Martins vai construir uma fábrica de produção de leite, projeto que deverá estar concluído até ao final do primeiro trimestre de 2017. De acordo com a notícia avançada pelo semanário Expresso, o objetivo é entrar no negócio agroalimentar, que será liderado por António Serrano, ministro da Agricultura do governo de José Sócrates.

 
Segundo a notícia, a aposta do grupo português no agroalimentar passará também pela aquacultura e pela carne de bovino e deverá implicar um investimento de cerca de 50 milhões de euros.

A Jerónimo Martins já constituiu, entretanto, uma empresa com esse propósito, a Jerónimo Martins Agroalimentar.

Este inverno, os parisienses estão proibidos de se aquecer à lareira


por DN.ptOntem15 comentários

Este inverno, os parisienses estão proibidos de se aquecer à lareira
Fotografia © Pedro Granadeiro
As lareiras clássicas a lenha vão ser interditas na região de Paris a partir de 1 de janeiro, e já se ouvem os protestos dos locais.
Por decreto intermunicipal, a partir de dia 1 de janeiro de 2015 vai ser proibido acender fogos de lareira em Paris e nos municípios circundantes. Não é uma medida sem precedentes - os fogos de lareira já foram interditos em Londres e na Suíça - mas está a revoltar os franceses.
Segundo um estudo do CNRS (Centro Nacional de Investigação Científica, na sigla francesa), o ar que se respira em Paris, nas alturas de poluição elevada, é equivalente ao de uma sala de 20 metros quadrados com oito fumadores. A decisão de interdir as lareiras é motivada por uma tentativa de diminuição da poluição.
O Le Parisien cita dados que mostram que o fumo das lareiras contribui para mais de 23% da poluição por partículas finas (que são cancerígenas) em Paris, o que é tanto como a circulação automóvel. Além da poluição exterior, as lareiras emitem contaminantes para o ar do interior das casas, segundo o France TV Info.
Nada disto parece, porém, convencer os franceses. Num furioso artigo de opinião no Le Figaro, o escritor André Bercoff dispara: "Pouco importa que, desde a Pré-história, o encontro ao redor de um fogo tenha sido o primeiro a criar o grupo, o agregado. Pouco importa que dos 7 aos 97 anos nós sejamos, há milénios, fascinados pelas chamas." E acrescenta: "O princípio da precaução triunfa assim sobre o da emoção, e é bem assim, porque é preciso proteger a humanidade dela própria".
Outro tema que está a causar revolta junto dos franceses é o facto de que nem todas as lareiras estão interditas. Se estas não forem o sistema principal de aquecimento e se estiverem instalados equipamentos muito eficientes de controlo de poluição, estas ainda são permitidas. André Bercoff acusa cinicamente "Nós, as pessoas de poder e autoridade, não somos cães. Se tiverem os meios, podem sempre dotar-se de chaminés fechadas: custar-vos-á entre três e seis mil euros".
Félicie le Dragon, da Côté Maison, queixa-se, como muitos, da pequena diferença que diz fazer esta interdição para a poluição, por oposição à criação de leis que regulamentem mais de perto as indústrias. E conclui: "Voltamos ao que eu digo sempre: culpabilizamos o particular e deixamos andar o industrial, porque a indústria, essa sim, cria empregos".

Cristas quer colar a Portugal o rótulo de país da "joalharia da agricultura"


por Dinheiro VivoOntem4 comentários

Cristas quer colar a Portugal o rótulo de país da "joalharia da agricultura"
A ministra da Agricultura disse hoje, em Vila Real, que as frutas, legumes e flores representam atualmente mil milhões de euros em exportações e que o setor ambiciona duplicar esse valor até 2020.
Assunção Cristas marcou presença no 3.º Simpósio Nacional de Fruticultura, que decorreu na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), onde destacou o "bom trabalho que tem sido feito no setor".

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

EUA apresentam recurso à decisão da OMC sobre etiquetado de origem

01-12-2014 
 

 
Os Estados Unidos da América apresentaram um recurso com o parecer a Organização Mundial do Comércio sobre o etiquetado de origem (COOL, na sigla em inglês). Geralmente, o Órgão de Recurso dispõe de até três meses para concluir a sua informação.

Em Outubro passado, O Painel da Organização Mundial do Comércio (OMC), estabelecido para resolver o conflito entre Canadá-México e os Estados Unidos da América (EUA) pelo etiquetado de origem, decidiu a favor do Canadá e do México. Segundo a OMC, as normas do COOL discriminam as exportações do Canadá e do México de carne de bovino e de porco no mercado dos EUA.

Os Estados Unidos introduziram o etiquetado de origem em 2008, cujas normas estabelecem que para a carne ter a indicação de origem dos EUA é obrigatório que a carne proceda de animais nascidos, criados e abatido neste país. Estas regras supõem um impedimento para os animais e carne importadas para o mercado dos EUA.

Fonte: Agrodigital

Fóruns agrogarante: “conversas de agricultura”


1 DE DEZEMBRO DE 2014 AGROTEC PUBLICAR UM COMENTÁRIO

BONECO Agrogarante + Letras

Num dos momentos mais desafiantes para a economia portuguesa, e sendo a Agricultura um eixo estratégico para o crescimento do país, a Agrogarante vai realizar os Fóruns Temáticos "Conversas de Agricultura".

Nestes Fóruns serão debatidos temas da atualidade económica e empresarial, com enfoque no financiamento, na estratégia de crescimento, no investimento, e na criação de valor, de entre outros, procurando deixar alguns contributos para apoio às empresas e aos empresários no seu processo de decisão.

Estes Fóruns serão um espaço de debate e de partilha de experiências empresariais e de negócio, pretendendo a Agrogarante reforçar a sua vocação enquanto instrumento importante para apoio especializado à captação de financiamentos, e ferramenta fundamental para o apoio à inovação, ao empreendedorismo e definição de estratégias de longo prazo.

O primeiro Fórum está agendado para o próximo dia 10 de dezembro, na Quinta das Lágrimas, em Coimbra.

10 dezembro '14 | Coimbra
Quinta das Lágrimas

14h30 – Receção dos Participantes

14h45 – Sessão de Abertura
José Fernando Figueiredo – Presidente da Agrogarante

15h00 – Apresentação do Novo Quadro de Incentivos – PDR 2020
Rosário Gama – IFAP e Patrícia Cotrim – Autoridade de Gestão do PDR 2020

Debate

15h30 – 1.º Painel – Mesa Redonda
O Financiamento no Reforço da Estrutura Produtiva
Joaquim Miguel Ribeiro – Banco BPI
João Asseiro – Caixa Geral de Depósitos
Manuel de Quina Vaz – Millennium BCP
Miguel von Hafe – Banco Santander Totta
Moderador – Luís Filipe Costa – CEMG

Debate

16h30 – Coffee Break

16h45 – 2.º Painel – Mesa Redonda
Inovação, Empreendedorismo, Estratégias de Longo Prazo e Exportação
João Paulo Cardoso – Quinta do Celão, Lda
Carlos Lucas – Magnum – Carlos Lucas Vinhos, Lda
Ernesto Morgado – Ernesto Morgado, S.A.
Ana Grade – Fresbeira, Lda
Gonçalo Andrade – Portugal Fresh
Moderador – Carlos Oliveira – Agrogarante

Debate

17h45 – Conclusões e Sessão de Encerramento

18h00 – Prova de Vinhos e Produtos Regionais e Show Cooking

Para obter qualquer informação ou esclarecimento, por favor contacte: mkt@agrogarante.pt; Tel.: 239 854 310.

Douro produziu 246 mil pipas e fiscalizou 312 centros de vinificação em 2014

 02-12-2014 
 

 
O Douro produziu 246.302 pipas de vinho nesta vindima, durante a qual foi reforçada a fiscalização que passou por 412 centros de vinificação e levantou quatro autos, anunciou o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP).

O IVDP fez, em comunicado, um balanço da vindima 2014, quer a nível da produção quer do trabalho de fiscalização que se intensificou nos meses de Setembro e Outubro.

De acordo com o instituto público, apesar das condições climatéricas deste ano não terem favorecido a produção de vinho na Região Demarcada do Douro, afectando a produção com desavinho, míldio e oídio, a «quantidade final de produção foi mais elevada do que o expectável».

Nesta vindima foram produzidas 246.302 pipas de 550 litros, menos 11 por cento do que em 2013, 275.717 total de pipas de 550 litros. De vinho do Porto foram produzidas 129.912 pipas de 550 litros e de vinho do Douro 79.940, sendo a restante produção de moscatel e regional duriense.

«Tendo em conta as condições verificadas, a região está genericamente satisfeita com a colheita de 2014. É importante sublinhar que a quantidade produzida garante a cobertura das necessidades da distribuição dos vinhos da Região do Douro para o próximo ano», afirmou o presidente do IVDP, Manuel de Novaes Cabral.

A região espera «uma excelente qualidade para os vinhos produzidos com as uvas colhidas antes da precipitação», que caiu em Setembro. Durante a época de vindima, uma equipa de 10 fiscais do instituto intensificou a fiscalização, desde o corte das uvas, ao transporte e entrada nos centros de vinificação para garantir a genuinidade dos vinhos da região.

De acordo com o balanço do organismo público, este ano foram fiscalizados 412 centros de vinificação, enquanto no ano passado foram 236. Em 2012 foram registados nove autos, em 2013 sete e este ano foram levantados quatro autos.

Em 2014, as equipas de fiscalização percorreram cerca de 30 mil quilómetros na Região Demarcada do Douro e periferia, numa média de 220 quilómetros por dia por cada viatura.

Nestas ações, o IVDP contou com a colaboração da ASAE e da GNR dos distritos de Vila Real, Bragança, Guarda e Viseu. A missão fundamental do IVDP, com sede no Peso da Régua, distrito de Vila Real, é promover os vinhos do Porto e do Douro em Portugal e no mundo e garantir o controlo da qualidade e quantidade destes produtos.

Fonte: Lusa


FAO homenageia países que tiveram progressos recentes na luta contra a fome

28-11-2014 
 

 
O Brasil e outros doze países serão homenageados pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura a Alimentação, no domingo, como os mais novos a entrarem na lista de países que obtiveram progressos recentes na luta contra a fome, divulgou hoje a agência da ONU num comunicado.

A homenagem será realizada durante uma cerimônia a ter lugar neste domingo, na sede da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), em Roma, de acordo com a nota.

Além do Brasil, serão premiados Camarões, Etiópia, Gabão, Gâmbia, Irão, Kiribati, Malásia, Mauritânia, Ilhas Maurícias, México, Filipinas e Uruguai.

Fonte: Diáriodigital; Lusa


Mercado de Portalegre recebe feira para promover produtos endógenos da região

01-12-2014 
 

 
Mercado Municipal de Portalegre vai acolher, no fim-de-semana, a primeira edição do certame "Vinhos, Cores e Sabores", com o objectivo de promover os produtos endógenos da região, informou o município.

A presidente da Câmara de Portalegre, Adelaide Teixeira, explicou à agência Lusa que a iniciativa vai reunir cerca de 40 expositores com o objectivo de divulgar os produtos endógenos do Alto Alentejo, com «grande ênfase» para o sector vitivinícola.

«Os nossos vinhos são alentejanos, mas com características diferentes, pois são vinhos de altitude e de excelência e têm de ser promovidos junto do grande público», disse.

O evento é promovido pelo município, em parceria com o Turismo do Alentejo e Ribatejo e Associação para o Desenvolvimento em Espaço Rural do Norte Alentejano (ADER-AL).

«Nós encontramo-nos no distrito com maior número de produtos certificados do país e, por isso, temos que apostar na região e projectar estes produtos que são de excelência», sublinhou.

O certame, que arranca no sábado e decorre até segunda-feira, conta com provas comentadas de vinhos e azeites por especialistas nestas áreas. Os visitantes podem adquirir vinhos, azeites, enchidos, mel, cogumelos e compotas, entre outros produtos da região.

«Nós temos que arranjar algo que nos distancie de outras regiões, temos que criar algo de diferente e os nossos produtos falam por si mesmo», disse.

Adelaide Teixeira espera ainda, através desta iniciativa, dar o «pontapé de saída» para a criação da "Marca Portalegre" no sentido de projectar os produtos endógenos da região. «A marca está a ser criada, estes são os primeiros passos, o ponto de partida para que isso ocorra em breve. É uma das nossas apostas, em conjunto com uma série de associações», referiu.

Fonte: Lusa

Armazenamento de água sobe em todas as bacias hidrográficas em Novembro

 02-12-2014 
 

 
A quantidade de água armazenada nas bacias hidrográficas de Portugal continental subiu no mês de Novembro, comparativamente ao mesmo período do mês anterior, de acordo com o Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH).

Segundo o boletim de armazenamento de albufeiras do SNIRH, no último dia do mês de Novembro, e comparativamente ao mesmo período do mês anterior, verificou-se uma subida no volume armazenado em todas as bacias hidrográficas monitorizadas.

Das 57 albufeiras monitorizadas, 28 apresentam disponibilidades hídricas superiores a 80% do volume total. De acordo com o SNIRH, em Novembro não existem albufeiras com disponibilidade inferior a 40 por cento do volume total.

Os níveis mais elevados de armazenamento de água em Novembro de 2014 ocorreram nas bacias do Barlavento (90,1%), Guadiana (89,2%), Oeste (87,3%), Mira (87,2%), Ave (84,1%), Cávado (83,2%), Tejo (79,5%), Lima (74,2%), Arade (73,1%), Mondego (72,1%), Douro (66,3%) e Sado (62,3%).

O SNIRH indica que os armazenamentos de novembro de 2014 por bacia hidrográfica apresentam-se superiores às médias de armazenamento de Novembro (1990/91 a 2013/14). A cada bacia hidrográfica pode corresponder mais do que uma albufeira.

Fonte: Diáriodigital; Lusa

Duas assinaturas de João Portugal Ramos

NO TOPO DO MUNDO

 
Portugal está de novo de parabéns! Três vinhos portugueses, em formato BAG in BOX, foram eleitos "os melhores vinhos do mundo" no mercado sueco pela prestigiada revista "Allt om Vin" .
 
Na categoria de "Melhor Compra", o vinho Vila Santa Reserva tinto ficou em primeiro lugar com medalha de Ouro, seguido pelo Periquita em exequo com Rawson´s Retreat Shiraz Cabernet da Penfolds, e em terceiro lugar pelo Ramos Reserva tinto.
 
Vila Santa Reserva está no pódio pelo quarto ano consecutivo, com três distinções de ouro e uma de prata.
 
Por outro lado, o Ramos Reserva tinto brilha mais uma vez, depois de constar da mais importante lista de vinhos do mundo, da revista Wine Spectator, revelada recentemente nos Estados Unidos. Este vinho, ao estilo da cultura Alentejana, tem sido muito apreciado internacionalmente, e será lançado no mercado português com uma marca ainda por revelar, no primeiro trimestre de 2015.
 
O BAG in BOX representa 57% do vinho de qualidade vendido neste tipo de embalagem na Suécia. Para este mercado é de extrema importância a qualidade do vinho que utiliza este formato em alternativa à garrafa, e a venda de vinho de menor qualidade neste mesmo formato, não se enquadra no perfil do consumidor Sueco.
 
João Portugal Ramos refere que "para Portugal e para os produtores portugueses, é reconfortante ver os nossos vinhos reconhecidos especialmente num mercado tão exigente e de vinhos de qualidade".

Vinho do Porto reforça aposta no mercado premium francês


 
9 de dezembro, 19h30, Mandarin Oriental Paris, França
 
A França mantém-se, desde 1963, como o principal mercado para o vinho do Porto. O desafio passa por torná-lo num mercado de maior valor. Nesse sentido,  o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, I.P. (IVDP) organiza no dia 9 de dezembro, às 19h30, no Mandarin Oriental Paris, o «Sommet du Porto», dirigido a opinion liders, jornalistas e especialistas franceses em vinho e gastronomia. O chefe Thierry Marx, mestre em cozinha molecular, com várias estrelas Michelin no currículo, e o sommelier David Biraud, finalista do concurso "meilleur sommelier du monde", vão preparar harmonizações fora de série entre a gastronomia francesa e o vinho do Porto. São cerca de 50 convidados que participam nesta degustação exclusiva, entre os quais estão o presidente da Académie du Vin de France, antigo presidente da universidade Paris-Sorbonne (Paris IV) e responsável pela missão de candidatura da gastronomia francesa à classificação da UNESCO como património imaterial, Jean-Robert Pitte, e o presidente da Fundação da Aliança Francesa, Jérôme Clément. O IVDP reforça assim o posicionamento do vinho do Porto no mercado de luxo francês, numa iniciativa com o alto patrocínio do Embaixador de Portugal em Paris, José Filipe Moraes Cabral.
 
De acordo com o presidente do IVDP, Manuel de Novaes Cabral, "esta harmonização de excelência alia um dos melhores produtos do mundo a uma das melhores gastronomias no mundo. O facto de o chefe Thierry Marx e o sommelier David Biraud terem aceite o desafio com tanto entusiasmo, bem como a grande adesão dos convidados, são fortes sinais do valor do vinho do Porto ao mais alto nível".
 
A ação acontece no mesmo dia em que o presidente do IVDP, Manuel de Novaes Cabral, apresenta em Paris, às 10h30, no Liceu de Guillaume Tirel, o balanço de 2014 da parceria com o ministério da educação francês, no âmbito do programa "Les vins portugais: connaissance des produits européennes et interculturalité" desenvolvido em mais de 60 escolas de hotelaria francesas.  O objetivo é educar para o serviço correto e criativo de vinho do Porto, potenciando assim o consumo nos mais diversos segmentos de mercado. No programa, o vinho do Porto é harmonizado com produtos DOP franceses, sendo encarado como um produto cultural, associado a uma região, a um território, a um património, a uma cultura.
 
De janeiro a outubro de 2014, o mercado de vinho do Porto em França apresenta uma tendência crescente em valor e em quantidade. De tal modo que, tendo em conta os últimos doze meses, em comparação com 2013, podemos esperar que as exportações para França em 2014 terminem com um volume de negócios de 82,6 milhões de euros (+2,6%). Prevê-se que a quota de mercado francês em volume de negócios cresça de 21,9% em 2013 para 22,4% até ao final deste ano. O Ruby e o LBV são os tipos que apresentam maior crescimento, o que é um sinal de que os franceses estão a experimentar outros tipos de vinho do Porto além dos Tawny standard e com indicação de idade, tradicionalmente os mais exportados para França.

fonte: mediana

Arrendamento da mata da Fôja (Figueira da Foz) e corte de sobreiros

PCP

Assunto:
Destinatário: Min.  da  Agricultura e Mar

Ex. ma Sr.ª Presidente da Assembleia da República

A Mata da Fôja situada no concelho da Figueira da Foz é uma Mata Florestal propriedade do
Estado português, sendo o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) o
organismo responsável pela sua gestão.
Esta Mata com cerca de 370 hectares está ocupada sobretudo com floresta de pinheiro bravo
(cerca de 327 ha), mas existem também sobreiros (são cerca de 17 ha de folhosas). O sobreiro,
como é sabido, é uma espécie protegida em Portugal e como tal, foi classificado como Árvore
Nacional de Portugal. A Mata encontra-se submetida ao regime florestal total. O Plano de
Gestão Florestal, elaborado em julho de 2011, esteve em discussão pública em julho de 2012 e
neste, nada é referido quanto a condições de arrendamento, concessão e instalação de
exploração agrícola, e muito menos quanto a previsões de cortes finais, cortes culturais ou
desbastes relativamente a sobreiros.
Chegaram informações ao Grupo Parlamentar do PCP de que a Mata da Fôja teria sido
arrendada para desenvolvimento de um projeto de cariz agrícola, tendo já sido iniciados os
trabalhos de preparação do terreno que, entre outros danos, provocaram o corte indevido de
sobreiros.
Posto isto, com base nos termos regimentais aplicáveis, vimos por este meio, perguntar ao
Governo, através do Ministério da Agricultura e do Mar, o seguinte:

1. Qual a razão e fundamento para que a Mata Nacional da Fôja abandone a sua natureza de
floresta produtiva e passe a ser considerada uma área agrícola de produção intensiva?

2. Qual o motivo da transformação de uma área de floresta produtiva desde há muitas centenas
de anos para uma área agrícola de produção intensiva?

3. Reconhece o Governo que abdica da gestão de uma importante área florestal do Estado para
permitir o seu arrendamento a entidades privadas?

4. Como foi desenvolvido o processo que levou ao arrendamento da Mata da Fôja e com que
enquadramento legal?

5. Confirma o Governo o arranque de sobreiros naquela Mata?

6. Quem autorizou esse arranque e com que enquadramento legal foi autorizado?

7. Que medidas urgentes vai tomar o Governo para travar esta situação?

Palácio de São Bento, sexta-feira, 21 de Novembro de 2014
Deputado(a)s
JOÃO RAMOS(PCP)
RITA RATO(PCP)

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Situação internacional do mercado de cereais

 02-12-2014 
 
 
O índice de Cereais e Oleaginosas do CIC (GOI) fechou o mês de Novembro sem alterações em relação ao mês anterior. A expectativa de uma ampla oferta global provocou um tom mais suave nos mercados de exportação de soja, milho, trigo e arroz, no entanto, no seu comportamento diário, sobretudo no da soja, mostrava uma certa volatilidade.

Apesar de estar perto de terminar com colheitas recorde de soja e milho, a reduzida disponibilidade operacional nos Estados Unidos contribuiu para subidas ocasionais. Os preços do trigo foram apoiados pela preocupação perante as perspectivas para a produção e 2015 nos Estados Unidos e na região do Mar Negro.

Sobretudo devido ao aumento do valor para o milho na China, a previsão para a produção mundial de cereais, nomeadamente, trigo e secundários, subiu de dois a 1.900 milhões de toneladas, muito perto do recorde da campanha anterior. Este crescimento vê-se absorvido na sua totalidade por um aumento da projecção para o consumo em relação ao mês passado, principalmente nos sectores de rações e utilização industrial.

Para as existências estima-se uma subida dos remanescentes no final de 2014/2015, de 429 milhões de toneladas, o seu nível mais alto em 15 anos, sem alterações frente ao mês de Outubro.

Tendo em conta que maiores resultados para os Estados Unidos compensa o corte da projecção para a argentina, a previsão para a produção mundial de soja aumentou ligeiramente a nível anual, em oito por cento. Não se espera que o consumo passe por grandes mudanças, pelo que é previsível que as existências registem um crescimento anual de cerca de 40 por cento.

A previsão para as importações por parte da China em 2014/2015 aumentaram, situando-se num máximo de 73,5 milhões, mas permanecem as previsões para um crescimento anual bastante inferior, dado que a oferta interna se viu favorecida pelas grandes compras do ano passado.

Fonte: Agrodigital

Período de declaração de existências de suínos termina no final do mês


por Ana Rita Costa
3 de Dezembro - 2014
Vai decorrer durante o mês de dezembro mais um período obrigatório de Declarações de Existências de Suínos, conforme aviso do Plano de Controlo e Erradicação da Doença de Aujeszky da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária.

 
A declaração das existências de suínos poderá ser efetuada diretamente pelo produtor na Área Reservada do Portal do IFAP, em qualquer departamento dos Serviços de Alimentação e Veterinária Regionais ou nas organizações de agricultores protocoladas com o IFAP, através do Modelo 800/DGAV desmaterializado.

Ministra da Agricultura diz que regadio do Vale do Lis é «prioritário»

01-12-2014 
 

 
A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, afirmou que o regadio do Vale do Lis, em Leiria, está inscrito como «prioritário». À margem da entrega formal do contrato de financiamento aprovado pelo Proder (Programa de Desenvolvimento Rural), a todos os parceiros envolvidos na construção da estação de tratamento de efluentes suinícolas (ETES) de Leiria, Assunção Cristas afirmou que o governo já tem aprovado «o plano estratégico dos regadios».

«Temos alguns regadios inscritos como prioritários, como o caso do regadio do Vale do Lis», frisou a ministra, acrescentando que está a ser terminada uma «intervenção de emergência deste Inverno», que levou à «aplicação de cerca de um milhão de euros».

O regadio do Vale do Lis «está na linha da frente para ser apoiado no próximo PDR2020, mal abram as candidaturas», acrescentou. Quanto a outros regadios, «vai depender do próprio dinamismo do sector».

Assunção Cristas referiu que, «neste momento, existe um regadio em marcha em Óbidos» e «os outros dependem da forma como se preparam, mas há verbas para apoiar».

A 11 de Fevereiro, o espaço das termas de Monte Real e o SPA inundaram na sequência da cedência da mota do rio Lis junto ao açude da Carreira, no concelho de Leiria, devido ao mau tempo, provocando prejuízos que se estenderam a outras estruturas da freguesia, sobretudo em campos agrícolas.

Fonte: Lusa

Empresa do Alqueva vai aplicar tarifa tri-horária à água fornecida a agricultores

03-12-2014 
 

 
A Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva vai aplicar uma tarifa tri-horária à água fornecida aos agricultores para rega, prevendo-se uma bonificação e uma penalização de 10 por cento no preço consoante os dias e horas em que for usada.

À semelhança do que acontece com a electricidade, «vamos aplicar uma tarifa tri-horária ao fornecimento de água em alta pressão, fomentando a utilização» nas horas do dia e nos dias da semana «em que a energia é mais barata», disse à agência Lusa o presidente da empresa (EDIA), José Pedro Salema.

A «parte mais relevante"»dos custos que a EDIA tem com o fornecimento de água é relativa à energia, paga segundo uma tarifa tri-horária, disse, explicando que, através da medida, a empresa quer «implementar formas de racionalização» dos custos que tem com energia e «premiar» os agricultores que contribuírem para aquele objectivo, para «garantir a sustentabilidade do projecto» Alqueva.

A tarifa tri-horária aplicada à electricidade diferencia o preço da energia por quilowatt (kWh) segundo três períodos horários, ou seja, horas de vazio, quando o consumo é menor e a electricidade é mais barata, horas cheias e horas de ponta, quando o consumo é maior e a electricidade é mais cara.

Segundo José Pedro Salema, seguindo a lógica da tarifa tri-horária aplicada à electricidade, a partir da campanha de rega de 2015 «os agricultores que regarem nas horas cheias vão pagar o mesmo», os que regarem nas horas de ponta vão pagar mais e os que regarem nas horas de vazio vão pagar menos pela água do Alqueva.

O preço da água usada por agricultores nas horas cheias, ou seja, ao início da manhã, durante a tarde e à noite nos dias úteis e aos sábados, será o que está estipulado no decreto-lei que regula os preços a pagar pela água do Alqueva, disse.

No entanto, haverá uma bonificação de 10 por cento no preço da água usada pelos agricultores nas horas de vazio, ou seja, entre as 00:00 e as 07:00 horas nos dias úteis, entre as 00:00 e as 09:30 horas, durante a tarde e à noite aos sábados e durante 24 horas aos domingos, indicou.

Haverá uma penalização de 10 por cento no preço da água usada pelos agricultores nas horas de ponta, ou seja, durante a manhã e entre o final da tarde e o início da noite nos dias úteis e aos sábados, explicou.

Segundo a EDIA, actualmente, dos cerca de 120 mil hectares de regadio do projecto global de Alqueva, 68 mil estão instalados, 20 mil em fase de conclusão e vão entrar ao serviço na campanha de rega de 2015 e cerca de 30 mil em construção com vista à conclusão do empreendimento até 31 de Dezembro de 2015.

A conclusão do projecto Alqueva, inicialmente prevista para 2025, foi revista pelo anterior Governo PS para 2015 e, depois, antecipada para 2013. O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, assumiu, entretanto, o compromisso do actual Governo PSD/CDS-PP de concluir o projecto em 2015.

Fonte: Lusa

Governo quer sector florestal no sistema europeu de comércio de emissões

 28-11-2014 
 

 
O ministro do Ambiente disse, em Santarém, que o Governo quer que o sector florestal faça parte do sistema europeu de comércio de emissões, proposta ainda sem o acordo de outros países mas que está «na mesa das negociações».

Jorge Moreira da Silva abriu hoje o seminário destinado a discutir as medidas para a Agricultura e as Florestas contidas no documento "Compromisso para o Crescimento Verde", que se encontra em discussão pública até 15 de Janeiro.

Para o ministro, «há toda a vantagem para um país que tem na floresta dois por cento do seu Produto Interno Bruto (PIB), 10 por cento das exportações, mais de 100 mil postos de trabalho, que o efeito positivo no ambiente, na absorção do carbono, possa ser integrado nesta política para as alterações climáticas».

Jorge Moreira da Silva, que fez uma apresentação do documento que o Governo quer concluir no primeiro trimestre de 2015, referiu a importância do debate num sector com forte impacto no território e que é dos mais afectados pela qualidade dos recursos naturais.

Saudando a participação da sociedade civil no debate que tem vindo a ser realizado em termos sectoriais, e que permitiu já a identificação de «várias medidas novas», o ministro declarou não ter perdido a esperança de que «também os partidos políticos se sintam inspirados para que seja alcançado um compromisso nesta área».

Moreira da Silva apontou o exemplo do acordo alcançado com quatro partidos políticos para o fomento dos combustíveis "low cost", que é hoje aprovado no parlamento, para afirmar que, «por maioria de razão, deve haver este tipo de compromisso» em matéria de Fiscalidade Verde e IRS.

O ministro declarou que «Portugal tem tudo a ganhar apostando no crescimento verde, seja porque tem níveis de ameaças, nomeadamente ao nível das alterações climáticas, superiores a outros países, seja porque tem tudo a vencer do ponto de vista económico e do emprego apostando nesta área», frisou.

O responsável pelas pastas do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia afirmou que o documento sobre a Fiscalidade Verde consagra algumas medidas para a área florestal, como a majoração em 30 por cento dos custos fiscais em IRS e IRC nas Zonas de Intervenção Florestal (ZIF), áreas igualmente alvo de isenção de IMI, IMT e imposto de selo. «É um sinal evidente de promoção, a partir da Fiscalidade Verde, da gestão florestal sustentável», afirmou.

Na sua intervenção, o ministro referiu ainda o objectivo de aumentar a área florestal certificada para os 450 mil hectares em 2020, meta que, admitiu, poderá ser ainda «mais ambiciosa».

Fonte: Lusa

Maioria dos incêndios deste ano no Algarve ocorreram em terrenos agrícolas

01-12-2014 
 

   
A Autoridade Nacional de Protecção Civil informou que desde Janeiro e até ao final de Outubro de 2014 se registaram 399 incêndios no Algarve, na sua maioria em terrenos agrícolas, dos quais resultaram 848 hectares de área ardida.

Os dados referentes ao balanço do Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Florestais (DECIF), apresentados esta segunda-feira, apontam ainda para uma maior incidência dos fogos durante a fase Bravo, que decorre entre 15 de Maio e 30 de Junho, ao contrário da habitual prevalência de incêndios na fase mais crítica do Verão, de Julho e Agosto.

De acordo com João Martins, do Instituto Nacional de Conservação de Florestas (INCF), a maior incidência dos incêndios com origem agrícola pode estar relacionada com uma reactivação de práticas agrícolas e com o uso do fogo para a queima de resíduos, o que fez com que dos 399 incêndios, 49 por cento correspondessem a incêndios agrícolas.

Aos incêndios agrícolas, seguiram-se os fogachos, com 43 por cento e no final da lista os incêndios florestais, com oito por cento, sendo que quase metade, 384 hectares, da área ardida no Algarve este ano, até 31 de Outubro, corresponde ao incêndio que deflagrou em Junho na Mexilhoeira Grande, em Portimão.

Este e outro incêndio ocorrido em São Marcos da Serra, Silves, correspondem, no seu conjunto, a 68 por cento da área ardida em toda a região, sendo que os locais de ignição de ambos coincidem com os grandes incêndios ocorridos em Monchique, no ano de 2003, e no Barranco do Velho, em Loulé, em 2004, que resultaram numa área ardida de aproximadamente 50 mil hectares.

A Autoridade Nacional da Protecção Civil acrescentou ainda que, no ano de 2004, a área ardida no Algarve foi 47 vezes superior à registada neste ano. Aquela autoridade registou, até 31 de Outubro, 435 ocorrências no Algarve, a maioria das quais nos concelhos de Loulé (61) e Silves (45), o que se explica pela grande dimensão daqueles territórios.

Em Albufeira e Faro também houve um número significativo de ocorrências, 32, em ambos os concelhos, o que tem a ver com a grande concentração de pessoas naquelas zonas do litoral, sobretudo no Verão.

Fonte:Lusa

Eurodeputados pedem adiamento na aplicação do "greening"

 28-11-2014 
 

 
Os coordenadores dos principais grupos parlamentares na Comissão de Agricultura do parlamento Europeu enviaram uma carta ao novo comissário europeu da Agricultura, Phil Hogan, na qual pedem o adiamento por um ano para a entrada em vigor do pagamento verda da Política Agrícola Comum.

O documento solicita que as normas sejam aplicadas em 2016 em vez de 2015, baseando-se na confusão que há entre os agricultores em relação ao que têm de cultivar. A carta foi assinada por Paolo do Castro, coordenador do Grupo de Socialistas e Democratas; Jim Nicholson, Conservador e Jens Rohde, Liberal.

Os Estados-membros devem atribuir 30 por cento do seu pagamento nacional para o verde. Para beneficiar-se do mesmo é necessário cumprir a dotação nacional para o pagamento destas medidas.

As medidas baseiam-se em cumprir vários pontos, como a diversificação de culturas. Esta prática consiste em cultivar diferentes culturas, incluindo em terras de pousio. As explorações de entre 10 e 30 hectares de terras agrícolas devem ter duas culturas distintas, e a principal não pode ocupar mais de 75 por cento da superfície.

A manutenção das superfícies de pastagens permanentes a nível estatal. O total da área de pastagens permanentes declarada em todo o Estado a partir da superfície agrícola declarada total não pode diminuir mais de cinco por cento. Nas pastagens ambientais sensíveis apenas se pode efectuar acções necessárias para a sua manutenção.

Por último, contar com superfícies de interesse ecológico. As explorações com mais de 15 hectares de terras agrícolas devem contar com menos de cinco por cento de área com interesse ecológico, as quais são consideradas terras de pousio e dedicadas a culturas fixadoras de nitrogênio, como as leguminosas.

As explorações não submetidas ao cumprimento destas medidas para poderem optar pelo pagamento verde são: as explorações inferiores a 10 hectares de terras agrícolas; as superfícies da exploração com práticas ecológicas; explorações onde a terra agrícola se dedique a culturas sob a água, como o arroz; áreas de exploração de culturas permanentes e explorações sob o regime de pequenos agricultores.

Fonte: Agrodigital

FAO homenageia países que tiveram progressos recentes na luta contra a fome

28-11-2014 
 

 
O Brasil e outros doze países serão homenageados pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura a Alimentação, no domingo, como os mais novos a entrarem na lista de países que obtiveram progressos recentes na luta contra a fome, divulgou hoje a agência da ONU num comunicado.

A homenagem será realizada durante uma cerimônia a ter lugar neste domingo, na sede da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), em Roma, de acordo com a nota.

Além do Brasil, serão premiados Camarões, Etiópia, Gabão, Gâmbia, Irão, Kiribati, Malásia, Mauritânia, Ilhas Maurícias, México, Filipinas e Uruguai.

Fonte: Diáriodigital; Lusa

Moura: Feira da vinha e do vinho em Amareleja

03-12-2014 
 

 
Rota das adegas, mostra de produtos regionais, palestras e espetáculos musicais, a maioria de grupos corais alentejanos, vão marcar a 13.ª Feira da Vinha e do Vinho de Amareleja, que vai decorrer entre sábado e segunda-feira.

 

A feira, promovida pela Junta de Freguesia de Amareleja em parceria com a Câmara de Moura, para «estimular» a economia local, «divulgando o que de melhor» Amareleja tem e produz, vai decorrer na Escola das Cancelinhas e inclui também a exibição do filme sobre o cante alentejano "Alentejo, Alentejo", do realizador Sérgio Tréfaut.

Fonte: Lusa

Agricultores portugueses são os mais velhos da Europa


por Ana Rita Costa
1 de Dezembro - 2014
Os agricultores portugueses são maioritariamente do sexo masculino, têm em média 64 anos, sendo os mais idosos da Europa a 28, e têm uma escolaridade que não vai além do ensino básico. A conclusão é do "Inquérito à Estrutura das Explorações Agrícolas", do INE, que revela que em 2013, as explorações agrícolas ocupavam metade da superfície do território nacional, representando a população agrícola familiar 6,5% da população residente.

 
De acordo com o relatório, "os produtores agrícolas singulares são maioritariamente homens (68,3%)", "com uma média de 64 anos" (mais um ano do que a média registada em 2009) e "mais de 52%" tinha, no final de 2013, "uma idade igual ou superior a 65 anos".

O ano de 2013 terminou com 264,4 mil explorações agrícolas registadas e uma população agrícola familiar constituída por 674,6 mil indivíduos. O INE considera "população agrícola familiar" aquela "formada pelo produtor e pelos membros do seu agregado doméstico, que tenham trabalhado ou não na exploração".

Em termos de escolaridade, "a grande maioria dos produtores agrícolas apenas concluiu o ensino básico (70%) e somente 5,5% concluíram o ensino superior". Para além disso, 84,6% dos produtores "contam unicamente com a experiência para desenvolver a atividade agrícola."

 Segundo os dados revelados pelo INE, os produtores agrícolas nacionais trabalham em média 21,3 horas por semana, sendo que menos de um quinto "trabalha a tempo completo na exploração". Para além disso, "apenas 6,2% dos produtores agrícolas vivem exclusivamente da atividade da exploração agrícola". Os restantes 81,1% subsistem a partir a partir de atividades exteriores à exploração.

Área média das explorações agrícolas sobe para os 13,8 hectares


por Ana Rita Costa
1 de Dezembro - 2014
O "Inquérito à Estrutura das Explorações Agrícolas", do INE, revela que em 2013, foram contabilizadas 264,4 mil explorações agrícolas, menos 40,8 mil que em 2009. Em contrapartida, a SAL (superfície agrícola utilizada) não registou grandes alterações, mantendo-se nos 3,6 milhões de hectares (39,5% da superfície territorial), o que se traduziu no aumento da dimensão média das explorações, que passou dos 12,0 hectares por exploração em 2009 para os 13,8 hectares em 2013, aproximando-se da média da UE 28 (14,4 hectares por exploração). 

 
O inquérito às explorações agrícolas nacionais dá ainda conta um aumento de 10,2% da área regada pelo Alqueva entre 2009 e 2013, que atualmente é de cerca de 20 mil hectares. De acordo com o documento, entre 2009 e 2013, a área regada em Portugal aumentou, no total, 2,3%: metade (50,8%) das explorações nacionais regaram 479,8 mil hectares.

Fruticultura cresce, vinha em retração


por Ana Rita Costa
1 de Dezembro - 2014
As culturas permanentes, que no final de 2013 representavam 19,5% da superfície agrícola utilizada (SAL) existente em Portugal (os restantes 49,9% eram pastagens permanentes e 30,2% terras aráveis), cresceram entre 2009 e 2013, referem dados revelados pelo INE.

 
Durante este tempo, a sua superfície aumentou 2,6%, sobretudo à custa do olival, que aumentou 4,4 mil hectares e passou a representar, no final de 2013, 48% da área de culturas permanentes.

Já a produção de frutos teve um crescimento significativo entre 2009 e 2013. As culturas permanentes de frutos pequenos de baga, isto é, silvestres ou "vermelhos", registaram um aumento de 175,7%. Os frutos de casca rija (nozes, amêndoas, avelãs) progrediram 21,6%.

A superfície da vinha, por sua vez, diz o INE, caiu 8,8% entre 2009 e 2013. 

Guiné-Bissau teve «boa campanha» de caju, mas continua a faltar dinheiro para comer - FAO



O caju, principal fonte de rendimento das famílias da Guiné-Bissau, foi este ano vendido a bom preço, mas a população continua a ter dificuldades para comprar alimentos, alerta a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO, sigla inglesa).

«A campanha de comercialização da castanha de caju, este ano, é considerada boa relativamente aos preços praticados», destacou o documento de avaliação da campanha agrícola na Guiné-Bissau a que a Lusa teve hoje acesso.
No entanto, «os efeitos combinados do fraco rendimento de uma boa parte da população e os níveis dos preços dos produtos alimentares de base não deverão melhorar o acesso das populações aos produtos alimentares», acrescentou.

Ainda, segundo alerta a FAO, o encerramento dos postos de fronteira com a Guiné-Conacri para prevenir a entrada do Ébola na Guiné-Bissau pode «acentuar riscos de insegurança alimentar».

«Se esta situação continuar, pode acentuar riscos de insegurança alimentar, sobretudo das famílias pobres das regiões fronteiriças», refere-se no documento de avaliação da campanha agrícola na Guiné-Bissau.
Dinheiro Digital / Lusa

Orizicultores do Mondego exigem compensações após perdas de 13 M€



Produtores de arroz exigiram hoje, na delegação da Agricultura e Pescas do Centro, em Coimbra, que o Governo tome medidas compensatórias, após prejuízos de 13 milhões de euros nas culturas do Baixo Mondego.

Cinquenta produtores de arroz concentraram-se hoje à porta da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro (DRAPC) e alertaram para perdas de 50% na campanha de 2014, devido a uma praga chamada brusone.
Ao todo, serão sete mil hectares afetados no Baixo Mondego, com os produtores do Vale do Pranto a registarem as maiores perdas, entre «60% e 70%».
Dinheiro Digital / Lusa

Regadio multiplica por quatro valor da produção agrícola


28 Novembro 2014, 15:13 por Isabel Aveiro | ia@negocios.pt

Último inquérito às explorações agrícolas nacionais feito pelo INE dá conta de um aumento de 10,2% da área regada pelo Alqueva entre 2009 e 2013. São mais 20 mil hectares.
O valor de produção da exploração por um hectare de superfície agrícola utilizada (SAU) em que a área é maioritariamente regada é quatro vezes superior à média das restantes explorações em Portugal.
 
A conclusão é do Instituto Nacional de Estatística (INE), está patente no "Inquérito à Estrutura das Exploração Agrícolas" publicado esta sexta-feira, 28 de Novembro, tem 2013 como último ano de recolha de dados e o quinquénio de 2008 a 2012 como referencia base.
 
Escreve o INE no resumo publicado que "o VPPT [valor de produção padrão total] gerado por um hectare de superfície agrícola utilizada nas explorações predominantemente de regadio atinge os cinco mil euros".
 
Este valor é "quatro vezes superior à média nacional e sete vezes maior que o das explorações exclusivamente de sequeiro". Um exemplo da cultura de sequeiro, utilizada em áreas menos expostas a pluviosidade, são os cereais de Inverno, como o trigo e a cevada.
 
Sobre os efeitos da irrigação na agricultura nacional, o INE destaca anda as consequências da barragem do Alqueva, que o actual Executivo espera ter concluído até ao final do próximo ano. "O desenvolvimento do regadio no Alentejo, promovido pela infra-estrutura do Alqueva, é comprovado pelo aumento de cerca de 20 mil hectares da superfície regada"  - ou mais 10,2% - desde 2009.
 
Nos mesmos cinco anos (2009 a 2013), a área regada em Portugal aumentou, no total, 2,3%:  metade (50,8%) das explorações nacionais regaram 479,8 mil hectares.
 
Olival cresce, vinha diminui
 
As culturas permanentes, que no final de 2013 representavam 19,5% da superfície agrícola utilizada (SAL) existente em Portugal (os restantes 49,9% eram pastagens permanentes e 30,2% terras aráveis) também sofreram alterações entre 2009 e 2013.
 
Naquele período, a sua superfície aumentou 2,6%, muito à custa do olival, que aumentou 4,4 mil hectares e passou a representar, em final de 2013, 48% da área de culturas permanentes .
 
A produção de frutos teve um crescimento significativo entre 2009 e 2013, constata ainda o INE. As culturas permanentes de frutos pequenos de baga, leia-se silvestres ou "vermelhos" (como amoras, framboesas, mirtilos, etc), registaram um aumento de 175,7%; e de frutos de casca rija (nozes, amêndoas, avelãs) progrediram 21,6%.
 
Pior teve a vinha, diz o INE, cuja superfície decresceu 8,8% entre 2009 e 2013. Foi a "única excepção" dentro do crescimento verificado, em área, nas culturas permanentes naquele período.

Medronho é bom para a saúde



David Perez
Um trabalho realizado por investigadores da Universidade de Aveiro (UA) de caracterização química detalhada do medronho, usado sobretudo em licores e aguardentes, revelou benefícios para a saúde do consumo daquele fruto, anunciou hoje fonte académica.
  
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Propriedades descobertas no medronho pelo Departamento de Química (DQ) da UA revelam a capacidade de evitar os radicais livres responsáveis por doenças como o cancro, de controlar os níveis de colesterol e de melhorar a saúde da pele e dos ossos.

A caracterização química detalhada do medronho realizada na UA "destaca a presença de ácidos gordos insaturados, nomeadamente ómega 3 e 6, fitoesteróis e triterpenóides", compostos com importante atividade biológica. 

"Os ómegas 3 e 6 são ácidos gordos essenciais que têm de ser obtidos a partir da dieta, uma vez que o nosso organismo não os sintetiza", explica Sílvia Rocha, da equipa de investigação, sublinhando que esses compostos "têm demonstrado um papel importante no controlo dos níveis de colesterol, na saúde da pele e dos ossos e uma relação inversa entre o consumo de ómega 3 e a perda de funções cognitivas".

Por outro lado, prossegue, "os esteróis têm um importante papel na saúde, uma vez que contribuem para regular o nível de colesterol e os triterpenóides, para além de ajudarem igualmente a controlar o colesterol, têm uma ação anti-inflamatória, antimicrobiana e antifúngica".

Os resultados do estudo desenvolvido mostram ainda que os medronhos da Serra da Beira, que os investigadores têm usado no trabalho, "apresentam uma atividade antioxidante superior" à de frutos de outras proveniências, tanto de Portugal como de outros países europeus. 

 "A atividade antioxidante reflete a capacidade de evitar a formação de radicais livres, substâncias que, quando produzidas em excesso no organismo são responsáveis pelo stress oxidativo, conhecido por provocar danos no organismo humano, os quais estão associados ao envelhecimento e aumento da suscetibilidade a diversas doenças, nomeadamente as doenças civilizacionais emergentes", aponta Sílvia Rocha. 

São razões suficientes para que a equipa de investigadores da Universidade de Aveiro, em colaboração com a Cooperativa Portuguesa de Medronho, queira ver o medronho nacional, aproveitado quase exclusivamente para a produção de aguardentes e licores, também fora das garrafas e consumido fresco ou incluído noutros alimentos.

Nesse sentido, promove dia 3, às 16h30, na sala do Senado da Reitoria, uma mostra de alimentos, com o fruto na lista de ingredientes, em que pode ser provada a sua versatilidade gastronómica.  

Do trabalho da equipa de investigação, constituída por Sílvia Rocha, da unidade de investigação Química Orgânica, Produtos Naturais e Agroalimentares (QOPNA) do Departamento de Química, Armando Silvestre, do Centro de Investigação em Materiais Cerâmicos e Compósitos (CICECO) e Daniela Fonseca, aluna de Mestrado, já resultou na incorporação da polpa do medronho em vários alimentos comuns, sejam biscoitos, iogurtes, barras energéticas ou bombons. 

Farinha de grilo tem duas vezes mais proteína do que um bife


01.12.2014 - 15:33
Dois jovens empreendedores de Vila Nova de Famalicão vão apostar na transformação de insetos, designadamente grilos, em farinha para consumo humano.
 

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Farinha de grilo tem duas vezes mais proteína do que um bife
FOTO ARQUIVO GLOBAL IMAGENSProjeto "DelightBugs está apenas a trabalhar com grilos
"Se pensarmos que uma farinha de grilo tem duas vezes mais proteína do que um bife já podemos fazer uma pequena ideia do potencial do produto que vamos pôr à disposição da indústria alimentar", disse à Lusa um dos promotores.

O projeto "DelightBugs" é da responsabilidade de Tiago Almeida, licenciado em Gestão e Marketing, e de Joana Cardoso, formada na área da Biologia e Alimentação.

Nesta fase inicial, o projeto está apenas a trabalhar com grilos, mas os promotores não descartam a hipótese de recorrerem também a larvas de insetos.

Tiago e Joana têm a sua própria criação de grilos, mas estão a negociar um espaço maior, para poderem dar escala à sua produção.

Os grilos são depois triturados, sendo transformados em farinha.

"A farinha poderá ser utilizada como matéria-prima única ou subsidiária dos processos produtivos das indústrias alimentares já existentes", explicou Tiago Almeida.

Agricultura Estado reintegra funcionário e devolve cortes salariais a outros 13


Um funcionário da Direção-Regional de Agricultura e Pescas do Alentejo vai ser reintegrado ao serviço e a outros 13 trabalhadores vão-lhe ser devolvidos os cortes que foram efetuados nos respetivos salários desde 2007. De acordo com o Jornal de Negócios, o despacho foi ontem publicada em Diário da República depois de a decisão ter sido tomada pelo Tribunal Administrativo de Lisboa em abril.

ECONOMIA Estado reintegra funcionário e devolve cortes salariais a outros 13 DR
08:29 - 26 de Novembro de 2014 | Por Notícias Ao Minuto
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O Tribunal Administrativo de Lisboa considerou que a decisão de 2007 do então diretor regional de Agricultura e Pescas do Alentejo não tinha fundamentação e, por isso, considerou-a nula. Naquela época, o responsável aprovou uma lista dos funcionários colocados em mobilidade especial, mas agora a justiça considerou que a decisão não estava fundamentada.

Perante esta decisão tomada em abril, o despacho que determina a reintegração de um funcionário e a devolução dos cortes salariais a outros 13 trabalhadores foi publicado ontem em Diário da República.

De acordo com o Jornal de Negócios, ao funcionário a ser reintegrado terão de lhe ser pagas as "diferenças remuneratórias que lhes forem devidas" desde 2007, embora não estejam incluídos os "suplementos".

No que aos outros 13 funcionários diz respeito, o Tribunal Administrativo determinou que "se proceda à reconstituição da situação que existiria se o ato anulado não tivesse sido praticado". Posto isto, terão de ser pagas as "diferenças remuneratórias que lhes forem devidas, em função das diferenças entre o que auferiram enquanto estiveram em situação de mobilidade especial e aquilo que teriam auferido se tivessem estado ao serviço".

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Excesso de oferta e embargo russo forçam descida no preço do leite


LUSA27 de Novembro de 2014, às 14:10
O excesso de oferta forçou uma descida de 15% no preço do leite e os industriais de lacticínios temem impactos ainda mais negativos devido ao embargo russo e à estagnação do consumo de produtos lácteos.
"2015 será o ano de todas as incógnitas", declarou o diretor-geral da Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios, Paulo Costa Leite.

Numa resposta escrita enviada à Agência Lusa, o responsável destacou "alguns factos relevantes" que ocorreram no segundo semestre deste ano e que "não deixarão de afetar profundamente o sector a nível comunitário e mesmo mundial", entre os quais o embargo da Federação Russa aos produtos lácteos, o arrefecimento da procura por parte do mercado chinês e o excesso de oferta por parte dos países maiores produtores de leite (Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia).

Ministro da Economia lança desafio aos empresários para que façam do “Portugal Sou Eu” um catalisador da economia

"Lanço um apelo aos empresários e produtores aqui presentes, para que aproveitem as potencialidades do Portugal Sou Eu e continuem a fazer deste programa um catalisador da economia. O «Portugal Sou Eu» vai continuar à disposição de todos os que defendem com orgulho a qualidade única dos produtos portugueses e o talento das pessoas que trabalham diariamente para o reconhecimento da marca Portugal em todo mundo." - foi com esta frase que o Ministro da Economia, António Pires de Lima, encerrou os trabalhos do primeiro Fórum "Portugal Sou Eu" que decorreu hoje, dia 27 de Novembro, no Centro de Congressos de Lisboa.

O claro potencial de evolução do "Portugal Sou Eu" foi o tema central de uma tarde de debate e reflexão sobre o balanço e a estratégia futura do programa. Perante uma audiência com mais de 600 convidados, 26 oradores debateram a Portugalidade, as Potencialidades e os Benefícios do programa, e as suas Perspectivas Futuras, tendo contado com a moderação dos jornalistas Júlio Magalhães e Fernanda Freitas, embaixadores do "Portugal Sou Eu".

Coube a Miguel Cruz, Presidente do IAPMEI, aglutinar as diversas perspectivas debatidas e concluir que o "Portugal Sou Eu" é um instrumento relevante para elevar a notoriedade das empresas portuguesas no mercado interno e externo e consolidar a portugalidade junto dos consumidores. Durante a sua intervenção salientou que "para que o programa possa cumprir a sua função de desígnio nacional há que aliar criatividade ao estabelecimernto de uma estratégia de longo prazo com um modelo de sustentabilidade que garanta a sua perenidade, focada nos principais objectivos do "Portugal Sou Eu": contribuir para a melhoria  da competitividade das empresas portuguesas, para a promoção do  equilíbrio da balança comercial, para o combate ao desemprego e para o crescimento sustentado da economia".

A abertura do programa ao sector dos serviços, o desenvolvimento do conceito 'estabelecimento aderente' para os sectores do comércio e da restauração e o alargamento do órgão operacional foram também formalmente comunicados pelo Presidente do IAPMEI, assim como algumas linhas de orientação estratégica para futuro. Miguel Cruz adiantou ainda "O programa "Portugal Sou Eu" deve prosseguir o seu caminho, sem descontinuidades nem mudanças na sua identidade; deve ser intensificado o esforço de investimento para sensibilizar as empresas a reforçarem a incorporação nacional; e as redes de fornecedores entre as empresas devem ser potenciadas de forma a facilitar contactos entre empresas, dinamizando alternativas de incorporação nacional."

Entre oradores e convidados foi consensual a ideia de que a portugalidade está na ordem do dia e as empresas têm que capitalizar esta tendência, correspondendo aos anseios e critérios de exigência dos consumidores.

No final do evento foi apresentado pela primeira vez o Fado "Portugal Sou Eu", da embaixadora Cuca Roseta, e investida a nova embaixadora do Programa, a apresentadora Fátima Lopes.

Foi ainda assinado um protocolo com o INATEl para o desenvolvimento de projectos-piloto que permitem alavancar a atribuição do selo, em diversos sectores de actividade. Quase um terço das empresas aderentes ao programa marcou presença neste Fórum com uma exposição de produtos com o selo, em sectores tão diversificados como alimentação e bebidas, moda e acessórios, artesanato e lazer, entre outros.

Fonte:  Jervis Pereira