sábado, 11 de abril de 2015

IFAP: VITIS – CAMPANHA 2015/2016




Terminado o prazo de submissão das candidaturas ao Regime de Apoio à Reestruturação e Reconversão das Vinhas (VITIS), campanha 2015/2016, divulga-se um conjunto de dados estatísticos que permitem efetuar uma caracterização das candidaturas submetidas com base na seguinte informação:

Distribuição do nº de candidaturas submetidas, por mês e nº de candidaturas acumuladas
Candidaturas submetidas, por DRAP
Candidaturas agrupadas submetidas, por DRAP
Valores previsionais - montantes médios de candidatura, por DRAP
candidaturas submetidas, por entidade
Distribuição por tipo de beneficiário, montantes previsionais, por escalão de ajuda, por DRAP e região vitivinícola
Distribuição por região vitivinícola, nome da casta, cor da casta e área a reestruturar
Distribuição por tipo de beneficiário por sexo, faixa etária e moda da idade, por DRAP e região vitivinícola
A informação pode ser consultada no menu Estatísticas do Portal do IFAP

Comissário europeu vai avaliar questões sobre quotas leiteiras nos Açores

10-04-2015 
 
 
O secretário regional da Agricultura e Ambiente dos Açores disse ter recebido uma «abertura moderada» do comissário europeu Phil Hogan no que respeita a apoios à região para compensar o fim das quotas leiteiras.

O comissário europeu da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Phil Hogan, realiza a sua primeira visita a Portugal e, antes de um encontro com organizações de agricultores, no Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, em Oeiras, conversou com o secretário regional da Agricultura e Ambiente dos Açores, Luís Neto Viveiros.

«Houve uma abertura moderada. O senhor comissário disse que irá avaliar todas as questões colocadas», afirmou o secretário regional em declarações à Lusa. Segundo explicou, o representante dos Açores entregou um «memorando com todas as questões detalhadas» sobre os problemas da região.

«Os Açores necessitam, neste regime de liberalização do mercado de leite, de um olhar diferente e de ajudas adicionais àquelas que são as ajudas financeiras que actualmente dispõem», referiu. «Convidei-o a visitar a região, o que deverá ocorrer já em 2016, e tenho expectativa de que, nessa visita, vendo os problemas "in loco" e sentindo a realidade açoriana, possa ficar com um visão diferente da que hoje tem», acrescentou.

Da "breve conversa" com Phil Hogan, o secretário regional da Agricultura dos Açores disse ainda ter constatado que a Comissão Europeia tem «uma atenção especial» para com a região. «Há uma atenção para um conjunto de regras que tem a ver com linhas de crédito, a que Portugal e os Açores poderão concorrer, e está em vista um processo de revisão do POSEI (programa europeu específico para as ultraperiferias), a acontecer nos próximos meses», avançou Luís Neto Viveiros, adiantando ter ficado com a certeza de os Açores serão chamados à discussão para que, «no final, o resultado do programa seja benéfico e vá ao encontro dos interesses da região».

Também a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, adiantou à Lusa que a abolição das quotas leiteiras dos Açores foi o tema discutido com o comissário europeu. «O comissário conhece bem a posição de Portugal, que sempre foi contra o fim das quotas, porque considera que é um bom mecanismo de regulação de mercado. Temos sido muito activos em Bruxelas para que haja medidas ainda mais eficazes na prevenção e detecção precoce de eventuais situações de crise. A posição da Comissão Europeia é de que podemos estar tranquilos e optimistas porque a procura mundial de leite tem aumentado mais do que a oferta e a Europa tem aqui uma oportunidade para exportar», afirmou a ministra.

Os Açores representam 2,5 por cento do território nacional mas produzem mais de 30 por cento do leite do país. Metade da economia açoriana assenta na agro-pecuária e, dentro deste sector, o leite pesa mais de 70 por cento. O Governo Regional e os produtores de leite, através da federação que os representa, insistem na necessidade de serem aprovados em Bruxelas apoios suplementares aos Açores, pelo menos para uma fase de transição, dada a ultraperiferia e as condições específicas do arquipélago, que encarecem a produção.

Fonte: Lusa

USDA revê em alta existências mundiais de milho e em baixa para o trigo


 

  10-04-2015 

A produção mundial de trigo pode chegar a esta campanha a 764,45 milhões de toneladas, de acordo com o relatório WASDE de Abril do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da América.

Este valor aumentou em 1,69 milhões de toneladas em relação com as estimativas de Março devido, em grande parte, à melhor colheita prevista na União Europeia, de 760 mil toneladas e no Paquistão, de 500 mil toneladas.

O consumo também aumenta, mas em menor quantidade que a produção, 1,29 milhões de toneladas. As existências no final da campanha diminuem devido aos menores stocks de início. A informação aponta para um total de 197,2 milhões de toneladas de existências, sendo que as maiores descidas esperam-se no Canadá, na União Europeia (UE) e na Rússia.

As previsões para as exportações mundiais em relação a Março aumentam, 1,46 milhões de toneladas. No caso da UE, verificou-se um crescimento nas exportações de trigo de 31,5 milhões de toneladas em Março para 33,5 milhões em Abril, o que significa que o USDA espera que a UE exporte, até ao final da campanha, 710 mil toneladas por semana. Resta saber se estas estimativas são cumpridas, tendo em conta que esta semana apenas foram exportadas 189 mi toneladas, apesar do total de 1,07 milhões de toneladas no período passado. A previsão do USDA é mais optimista que a da Comissão, a qual prevê 32,5 milhões de toneladas exportadas.

Em relação ao milho, o USDA revê em alta os seus valores para a produção mundial em 2,26 milhões de toneladas, devido aos aumentos verificados na Sérvia, México e na Argentina e manteve as estimativas para a produção nos Estados Unidos, em 361.09 milhões de toneladas e as da UE em 74,16 milhões.

A revisão de consumo reduziu pelo que as existências no final da campanha também foram revistas em alta, com 3,18 milhões de toneladas. Estes dados vão levar a uma baixa dos preços. Para a soja, a informação de Abril não assinalada alterações frente ao mês de Março.

Fonte: Agrodigital

Comissário Hogan diz que acordo comercial com EUA não ameaça qualidade alimentar



  10-04-2015 
 
 
O comissário europeu da Agricultura disse que a produção alimentar de alta qualidade é uma «vantagem competitiva» da União Europeia e será salvaguardada no âmbito do acordo comercial que está a ser negociado com os Estados Unidos da América.

Phil Hogan sublinhou que uma futura parceria comercial com os Estados Unidos da América (EUA) só causará problemas se for feito «um mau acordo», o que não espera que venha a acontecer.

«Ainda não temos nenhum acordo e não esperamos fazer um mau acordo. Vamos manter uma produção alimentar de alta qualidade na União Europeia (UE), temos uma vantagem competitiva em termos de oportunidades de mercado fora da Europa e espero que tenhamos um acordo abrangente», que envolva não só os produtos agrícolas, mas também industriais e serviços financeiros.

O mesmo responsável frisou que o que existe «são apenas propostas que estão a ser discutidas». «Não quer dizer que estejamos de acordo e temos de estar conscientes de que os 28 Estados-membros e o Parlamento Europeu têm de dar luz verde ao acordo, se chegarmos ao mesmo», acrescentou Phil Hogan.

O comissário da Agricultura e do Desenvolvimento Rural observou, por outro lado, que as conversações têm prosseguido a um ritmo mais lento, porque os EUA estão envolvidos noutras negociações e têm eleições em 2016, mas espera que o processo acelere ao longo do ano.

O Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento, mais conhecido pela sigla inglesa TTIP, visa eliminar barreiras alfandegárias e regulamentares entre os Estados Unidos e a União Europeia e está a ser negociado desde 2013 entre as duas partes, tendo conclusão prevista para o final deste ano.

Questionado sobre o impacto do embargo russo sobre os agricultores europeus e a ajuda disponibilizada por Bruxelas, Phil Hogan sublinhou que a Comissão Europeia já disponibilizou 350 milhões de euros desde Setembro do ano passado e estendemos o apoio ao sector das frutas e vegetais até ao final de Junho.

«Temos também apoios adicionais à promoção para os Estados-membros para ajudar as cooperativas e organizações de produtores a encontrar mercados alternativos de exportação», destacou, salientando que cerca de 40 por cento do sector das frutas e legumes tem encontrado mercados alternativos nos EUA e Extremo Oriente, embora haja ainda barreiras para ultrapassar. «Temos de lidar com muitas questões sanitárias e fitossanitários para tentar abrir esses mercados e é nisso que estamos a trabalhar», disse à Lusa.

Sobre se Portugal terá de devolver a Bruxelas mais dinheiro do que os 143 milhões de euros já apurados relativamente aos anos de 2009, 2010 e 2011, devido a pagamentos irregulares aos agricultores portugueses, Phil Hogan adiantou que existem ainda 29 milhões de euros referentes a correcções financeiras no ano de 2012. «Estamos agora no início do processo e vai para conciliação no final deste ano ou no início do próximo», afirmou o comissário europeu.

O Governo português decidiu recorrer ao Tribunal Europeu de Justiça para tentar diminuir o valor da dívida de 143 milhões de euros, depois de Bruxelas se mostrar indisponível para perdoar parte das coimas, embora tenha permitido um pagamento faseado a três anos.

Quanto à eventual disponibilidade para um pacote de ajuda adicional aos Açores devido ao fim das quotas leiteiras, Phil Hogan realçou que já foram alocados 76 milhões de euros adicionais por estarem integrados nas regiões ultraperiféricas, além de disporem de 295 milhões de euros no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural para gastar ao longo dos próximos sete anos.

Apelou também ao governo regional para que dê os seus contributos no âmbito da revisão do POSEI que deve acontecer no próximo ano e indique «que mudanças podem ser feitas».

O POSEI é um programa específico da UE que existe desde 1992, destinado às regiões ultraperiféricas como os Açores e que visa compensar os sobrecustos e dificuldades de produção.

Fonte: Lusa

Visita do Comissário Europeu da Agricultura - Participação da CONFAGRI


 

  10-04-2015 
 

 
No âmbito da visita do Comissário Europeu da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Phil Hogan, a CONFAGRI participou num encontro com a sua presença, tendo tido a oportunidade de apresentar alguns aspectos preocupantes e apelar à intervenção e ao empenho, do Comissário Europeu.

Apresentamos, de seguida, uma síntese da intervenção da Eng.ª Maria Antónia Figueiredo.

«É reconhecido o importante papel que as Cooperativas Agrícolas, enquanto Organizações de Produtores representam no Sector Agro-Alimentar, na organização da produção e no acesso aos mercados, interno e de países terceiros.

As Cooperativas sem esquecer os seus princípios base:

 a ligação aos agricultores
 e ao território
Conseguem alcançar as principais prioridades desta Comissão Europeia – a criação de valor e de emprego.

Senhor Comissário, queremos expressar o sentimento de instabilidade e de insegurança provocada pela falta de resposta da PAC nos agricultores portugueses e nas suas Organizações económicas, face a alguns aspectos, nomeadamente:

1.   A Volatilidade dos preços dos produtos agrícolas

É indispensável criar condições para as Organizações de Produtores, tais como as Cooperativas Agrícolas, para que os agricultores possam unir-se para a comercialização dos seus produtos e que traga valor acrescentado para obter melhores receitas e fazer face à extrema volatilidade dos mercados.

2.   O Embargo Russo

Estamos perante uma crise política, resultante de uma decisão da Comissão Europeia. Mas não pode ser o sector agrícola a suportar este problema.

Os Agricultores e as Organizações de Produtores precisam de medidas que ajudem a minimizar a situação criada. Sendo que as ajudas financeiras, não deveriam vir dos fundos agrícolas, mas do Orçamento Geral.

3.   A crescente abertura de fronteiras da União Europeia

Neste momento estão em curso negociações bilaterais com algumas potências económicas mundiais, tais como o Japão, os Estados-Unidos.

Nós gostaríamos muito de poder contar com o Senhor Comissário da Agricultura para não permitir que nessas negociações, a agricultura se torne numa moeda de troca em relação a outros sectores de actividade.

Senhor Comissário, nos momentos mais difíceis, como os que estamos a passar, tanto no domínio agrícola, como no político, temos necessidade de políticas agrícolas com uma visão de mercado e que nos permitam estabilidade.

Em relação ao Sector Cooperativo Agrícola português, ele necessita de ganhar dimensão económica nalguns sectores, por isso solicitamos a intervenção do Senhor Comissário, no sentido de permitir que o apoio à Integração Empresarial não se limite só às micro-empresas.

O Programa de Desenvolvimento Rural português poderia ser mais ambicioso para este objectivo.

A informação que tivemos do nosso Ministério da Agricultura, foi que o apoio à Integração Empresarial das Empresas, no nosso caso das Cooperativas, no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural não pode ser para pequenas e médias empresas, por imposição da Comissão Europeia. Ora, isto é uma grande limitação e impeditivo da dinâmica de ganho de dimensão.

Pedimos, por isso, que esta situação seja revista ainda no actual período de programação.

Finalmente, sabendo a CONFAGRI da sua sensibilidade e conhecimento do Sector Cooperativo, nomeadamente a realidade do país de onde é oriundo, a Irlanda, gostaríamos muito que tivesse oportunidade de conhecer as Cooperativas Agrícolas Portuguesas, tanto ao nível das suas dificuldades como ao nível dos seus êxitos, e numa próxima vinda a Portugal tivesse a possibilidade de visitar a realidade cooperativa portuguesa».

Fonte: CONFAGRI

A grande invasão da internet das coisas


Depois de chegado aos computadores e aos telemóveis, a internet está a chegar às 'coisas' do quotidiano e às empresas.
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João Ramos |
11:40 Sábado, 4 de abril de 2015

Amadeu Neto não esconde o entusiasmo. Passou a ser mais fácil controlar 15 ovelhas das mais irrequietas do rebanho  da queijaria de Ribeira de Alpeadre, através de coleiras eletrónicas ligadas à internet. Em maio, o projeto-piloto da internet das coisas aplicado à pecuária, em parceria com a tecnológica portuguesa Sensefinity, vai ser alargado à maioria das 400 ovelhas do rebanho. E com uma inovação adicional: as coleiras ligadas à internet vão ter uma superfície fotovoltaica para que tenham autonomia energética (deixa de ser necessário trocar pilhas). 

Esta utilização pioneira da internet das coisas ("internet of things", na versão inglesa) numa queijaria da Beira Baixa, é um exemplo que demonstra que esta revolução tecnológica está a chegar também aos sectores tradicionais, além de já estar a invadir o quotidiano das pessoas, nas casas, nas cidades e em quase todos os sectores de atividade económica.  



MAM: Video promocional da PAC 2014-2020



 
https://vimeo.com/124605512

Quase todo o País em situação de seca meteorológica fraca a moderada


por LusaOntemComentar

Quase todo o País em situação de seca meteorológica fraca a moderada
Fotografia © D.R.
A situação de seca no final de fevereiro intensificou-se e estendeu-se a todo o território nacional. 7% do território regista uma seca severa.
Mais de 90% de Portugal continental encontra-se em situação de seca meteorológica fraca a moderada e 7% do território regista uma seca severa, segundo o boletim climatológico mensal de março do Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
"Em 31 de março de 2015, e segundo o índice meteorológico de seca (PDSI),verificou-se um aumento significativo da extensão e da intensidade da seca meteorológica, estando cerca de 93% do território em situação de seca fraca a moderada e cerca de 7% em situação de seca severa", refere o boletim disponibilizado pelo IPMA na quinta-feira.
Os locais onde se regista uma seca severa estão situados em Trás-os-Montes e no Alentejo.
No boletim, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera explica que a seca está a ser provocada pela falta de chuva, que tem sido inferior ao que é normal.
"De salientar que nos últimos quatro meses os valores da quantidade de precipitação mensal têm sido sempre inferiores ao normal. Em consequência, a situação de seca no final de fevereiro intensificou-se e estendeu-se a todo o território nacional", refere.
Segundo o boletim, o passado mês foi o que registou a precipitação mais baixa dos últimos 18 anos e teve uma "temperatura média superior ao valor normal".
O índice meteorológico de seca (PDSI) é composto por nove níveis, que variam entre chuva extrema e seca extrema.

Juros Bruxelas lança fundo de garantia para financiar agricultores


A Comissão Europeia (CE) vai disponibilizar um fundo de garantia para permitir aos agricultores financiarem-se a taxas de juro mais baixas, anunciou o comissário da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Phil Hogan.

PAÍS Bruxelas lança fundo de garantia para financiar agricultores Lusa
11:23 - 10 de Abril de 2015 | Por Lusa

No segundo dia da sua visita a Portugal, o comissário adiantou que o assunto já foi discutido com a ministra da Agricultura e Mar, Assunção Cristas, que se mostrou "muito interessada", sobretudo no que diz respeito à promoção dos jovens agricultores e à reestruturação do setor dos laticínios e novas oportunidades de mercado que se abrem, sobretudo no Extremo Oriente

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Para que os agricultores possam aceder ao crédito, cujas taxas de juro deverão ser em média de 1,6%, o Governo terá de decidir, primeiro, incorporar este instrumento financeiro no Programa de Desenvolvimento Rural (PDR).

Primeiro, os Estados-membros têm de decidir que "querem participar e depois pôr de lado uma parte do seu PDR como garantia", explicou o comissário.

"Esse dinheiro fica na mesma disponível para investimento, mas pode ser multiplicado até cinco vezes através dos empréstimos ao Banco Europeu de Investimento (BEI). Depois o BEI decide em conjunto com o Ministério da Agricultura qual será o canal ou o banco através do qual vai operar estes instrumentos", detalhou o responsável europeu.

O investimento pode ser direcionado para diversos tipos de projetos, incluindo instalação de jovens agricultores, reestruturação do setor do leite, aquisição de equipamentos mais eficientes, desenvolvimento de cadeias de distribuição, floresta, infraestruturas de rega e irrigação ou apoio à agroindústria e Phil Hogan estima que Portugal possa angariar mais 400 milhões de euros se aderir ao programa.

"Isto resultou muito bem na Roménia nos últimos sete anos. Se o Estado-membro decidir investir 2% do PDR pode multiplicar esse montante até cinco vezes. Se Portugal fizer isso [alocar 2% do PDR ao fundo de garantia] conseguirá mais 400 milhões de euros em empréstimos com taxas de juros mais baixas junto do BEI", exemplificou.

O exemplo é apenas demonstrativo já que Portugal pode decidir aplicar outra fórmula.

"Cabe ao Estado-membro decidir quanto quer investir e pôr de lado, mas o princípio é uma multiplicação por cinco", não havendo limitações quanto ao montante disponível.

Phil Hogan acrescentou que, acedendo a estes empréstimos, os agricultores deverão pagar uma taxa de juro de 1,6% a dez anos, esperando-se um investimento mínimo de 40 mil euros por projeto.

Os prazos de pagamentos são negociáveis: "Depende do projeto, pode ser a três anos ou a dez anos ou outro. Isso depende do que o banco negociar com o cliente".

[Notícia atualizada às 13:20]

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Margens brutas dos pecuários de leite na UE caem 25 por cento em 2014

09-04-2015 
  
As margens brutas dos pecuários de leite na União Europeia em 2014 caíram um quarto em relação a 2013, de acordo com os últimos dados do Observatório do Mercado do Leite.

Esta redução podia ter sido ainda maior caso os custos de produção não diminuíssem no mesmo período. Os preços do leite foram cerca de 14 por cento mais baixos no quatro trimestre de 2014 em comparação com o trimestre homólogo de 2013.

No entanto, os custos de produção foram cerca de sete por cento inferiores em 2014 frente a 2013, o que ajudou a minorar o impacto da redução dos preços do leite.

Fonte: Agrodigital

Confederação de Agricultores britânicos querem que a alimentação seja uma prioridade

Abril 09
09:45
2015

Com o aproximar das eleições no Reino Unido, a NFU (Confederação dos Agricultores ingleses) pretende que a alimentação seja uma prioridade no próximo governo a ser eleito.

Com uma redução contínua da produção agrícola nos últimos trinta anos, o Reino Unido vê-se, hoje, com uma taxa de auto-suficiência alimentar que não ultrapassa os 60%.

Em 1991, a auto-suficiência do país era de 75% e se nada for feito e continuar a diminuição da produção agrícola, a auto-suficiência pode vir a cair para os 50%.

A NFU quer uma inversão desta tendência e exige que o assunto seja prioritário na agenda da actuação do próximo governo, de modo a que possa criar condições aos agricultores de aumentarem a sua produção.

Esta posição é também suportada pela grande maioria dos consumidores, que, num recente inquérito, mostram esmagadoramente (86%) a sua preferência pelos produtos ingleses.

Têm havido muitas reuniões com os candidatos eleitorais e o lema da campanha de lobby dos agricultores é "Vote por alimentar ingleses".

Os responsáveis da NFU estão convencidos que esta prioridade, de defender a agricultura inglesa, pode ser um ponto-chave na escolha do eleitorado inglês.


Operação da GNR “Colmeias Seguras” para prevenir furtos no distrito de Bragança

9/4/2015, 20:40

A GNR de Bragança tem em curso no distrito a operação Colmeias Seguras para prevenir furtos que já causaram quase 13 mil euros de prejuízos desde o início do ano.


PAULO NOVAIS/LUSA

A GNR de Bragança tem em curso no distrito a operação Colmeias Seguras para prevenir furtos que já causaram quase 13 mil euros de prejuízos desde o início do ano.

Os militares da guarda vão, durante o mês de abril, passar com frequências junto aos apiários e realizar ações de sensibilização junto dos apicultores para a adoção de comportamentos de segurança que permitam reduzir o risco de furtos, como adiantou à Lusa, Paulo Azevedo das Relações Públicas do Comando Distrital da GNR.

À Guarda já foram feitas, desde janeiro, seis participações de furtos em apiários, de onde desapareceram um total de cerca de 74 colmeias com um prejuízo de valor aproximado dos 12.700 euros, segundo dados avançados à Lusa.

A GNR escolheu o mês de abril para esta operação porque, segundo Paulo Azevedo, "quase todos os anos, nesta altura, se regista um número elevado de furtos em apiários".

A operação Colmeias Seguras decorre em todo distrito de Bragança e visa "a prevenção e deteção de furtos de colmeias/enxames e identificar novas situações", além de ações junto dos apicultores.

"É extremamente importante" esta ação, na opinião de José Domingos Cordeiro, presidente da Cooperativa dos Produtores de Mel da terra Quente e Frutos Secos.

É nesta zona do distrito de Bragança onde o furto de colmeias tem tido mais incidência, a tal ponto que os apicultores decidiram tomar medidas.

Há três anos que os apicultores fazem vigias à noite desde que começa a atividade nas colmeias, a partir do mês de fevereiro.

Segundo contou à Lusa, este ano estão também no terreno "uma vintena" de apicultores nos concelhos de Vila Flor, Mirandela, Macedo de Cavaleiros e Alfândega da Fé, todos da chamada da Terra Quente Transmontana.

José Domingos Carneiro garantiu à Lusa que desde que começaram com estas vigias noturnas os furtos abrandaram na zona, mas, segundo disse, "vão-se deslocando".

Nunca foram apanhados suspeitos deste tipo de furto na região.

O presidente da cooperativa elogiou a iniciativa da GNR e realçou que já anteriormente tem "vindo a prestar algum apoio", nomeadamente com o patrulhamento nas estradas próximas dos apiários.

O apicultor Helder Correia contou à Lusa que já foi vítima deste s furtos. No ano passado ficou sem 22 colmeias.

A apicultura é uma atividade complementar da família que tem 300 colmeias em apiários espalhados por Mirandela, Bragança e Vinhais.

Este apicultor acredita que a operação da GNR "pode realmente ajudar a prevenir" os furtos e quem trabalha nesta atividade com as ações de sensibilização para a segurança previstas.

"A gente, às vezes, pensa que estamos a fazer as coisas bem e podemos não estar", considerou.

CE prevê descida do rendimento dos cereais na UE esta campanha

09-04-2015 
 
A Comissão Europeia prevê uma descida dos rendimentos médios da União Europeia em culturas de cereais esta campanha, em comparação com a anterior.

No entanto, os rendimentos médios previstos são ainda superiores aos dos últimos cinco anos, de acordo com o boletim do estado das colheitas publicado pela Comissão Europeia (CE).

No caso do trigo branco espera-se uma redução do rendimento médio da União Europeia de 4,8 por cento, o que supõe 5.790 quilos por hectare (ha); para a cevada prevê menos 5,5 por cento, ou seja, 4.630 quilos por ha e para o milho menos 4,3 por cento, 7.190 quilos por ha. Apenas o trigo regista um aumento do rendimento de 0,8 por cento, um total de 3.280 quilos por hectare.

Fonte: Agrodigital

Produtores da UE pedem medidas de protecção contra mancha negra

 09-04-2015 

 
O COPA-COGECA, que representa produtores se cooperativas da União Europeia, revelou preocupação perante o início da campanha citrícola na África do Sul e risco da entrada da doença da mancha negra na União Europeia.

Em 2013 e 2014 forma interceptados 35 e 28 lotes, respectivamente, afectados pela doença procedente da África d Sul. O COPA-COGECA enviou uma carta à Comissão Europeia na qual pede que tenha em conta a recomendação da Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (AESA), a qual assinalou que não de pode subestimar o alto risco de propagação da doença da mancha negra na Europa através de importações da África do Sul.

O COPA-COGECA solicita que se reforcem medidas da Decisão de dois de Julho de 2014, para estabelecer maiores controlos fitossanitários nos Portos de entrada, em especial onde entra o maior volume de importação, como a Holanda e o Reino Unido. Para além disso, pedem ainda que a norma comunitária deveria permitir que à União Europeia decidir automaticamente fechar as suas fronteiras às importações como medida de precaução, perante um alto risco.

Fonte: Agrodigital

CE quer propor que cada país decida a autorização de importação de OGM

09-04-2015 
 

A Comissão tem vindo a trabalhar numa proposta para que cada Estado-membro possa decidir se permite ou não no seu território a importação de organismos geneticamente modificados para utilização na alimentação humana e animal.

Está previsto que esta proposta seja apresentada aos comissários no próximo dia 15 de Abril. Com a mesma, a Comissão acredita que se pode solucionar as autorizações de organismos geneticamente modificados (OGM). Actualmente, as autorizações de comercialização de 19 OGM estão bloqueadas, das quais 17 são para alimentação e suas de flores.

Representantes da cadeia alimentar humana e animal pediram ao presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, que rejeite esta proposta de renacionalização de OGM, que vai contra o mercado único e pode gerar muitas distorções na concorrência, para além de prejudicar o investimento e a criação de emprego.

A solicitação foi feita por parte de produtores e cooperativas agrícolas, (COPA-COGECA), fabricantes de rações, (FEFAC), comerciantes de cereais (COCERAL), indústria de oleaginosas e proteaginosas (FEDIOL), comerciantes de animas e carnes (UECBV) e bioindústrias (EuropaBio), entre outros.

Fonte: Agrodigital

Bruxelas publica novas regras para plantações de vinhas


09 Abr 2015 < Início < Notícias

Foi hoje publicado no Jornal Oficial o regime que permite o alargamento da área de vinha plantada. A publicação das novas regras coincide com a visita do comissário europeu da Agricultura a Portugal.
A Comissão Europeia publicou nesta quinta-feira, 9 de Abril, as alterações acordadas na União Europeia ao regime de autorizações para a plantação de vinhas, que permitem uma expansão anualmente limitada a 1% do domínio vitivinícola existente. Tal como acordado na reforma da Política Agrícola Comum de 2013, o novo regime será aplicável a partir de 1 de Janeiro de 2016, substituindo o regime transitório de direitos de plantação.
A publicação das novas regras coincide com a visita do comissário europeu da Agricultura a Portugal. Phil Hogan encontrou-se com Assunção Cristas antes de partir para Oeiras, onde visitará o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária e se encontrará com organizações de agricultores. Ao fim da tarde, o comissário estará na Assembleia da República onde se reunirá com os membros da Comissão da Agricultura e da Comissão dos Assuntos Europeus.
Amanhã, o irlandês visitará, em Torres Vedras, a CAMPOTEC, Organização de vanguarda de Produtores no sector hortofrutícola nacional, nomeadamente de Pera Rocha, e a Quinta de Chocapalha, em Alenquer, produtor vinícola e promotor de enoturismo.

Lagoa vai candidatar-se a «Capital do Vinho» em 2016


09 Abr 2015 < Início < Notícias
Lagoa vai candidatar-se a «Capital do Vinho» em 2016, revelou o presidente da Câmara Francisco Martins na sequência do sucesso da primeira edição do Lagoa Wine Show, que atraiu perto de 4000 pessoas ao Centro de Congressos do Arade, entre 2 e 4 de Abril.
O dia de maior enchente foi a sexta-feira, até porque era feriado. Durante a tarde, houve muitos visitantes, que participaram nas diversas atividades programadas, e, à noite, o concerto de Ana Moura teve lotação esgotada.
Ao longo dos três dias, estiveram presentes 125 produtores de vinho, entre os quais 22 da região do Algarve. A feira incluiu provas cegas de cerca de duzentos vinhos, desde espumantes a brancos, rosés, tintos e fortificados, colóquios especializados sobre temas do setor vitivinícola, com personalidades reconhecidas da área, demonstrações gastronómicas e a apresentação de um livro.
Depois de a inauguração oficial do Lagoa Wine Show se ter iniciado com uma demonstração equestre, pelo Real Picadeiro, os momentos altos da animação estiveram a cargo do forte cartaz musical - Áurea, Ana Moura, Pedro Abrunhosa e a DJ Poppy.
Francisco Martins, presidente da Câmara de Lagoa, salientou, no seu discurso de abertura, que «o vinho faz parte da nossa identidade, faz parte dos lagoenses». «Tudo aquilo que nós, Câmara, possamos fazer para promover o nosso concelho, temos que o fazer obrigatória e obviamente da melhor maneira possível, sem nos preocuparmos, apenas, em vender o produto sol e praia! Temos de mostrar e dar a conhecer a nossa identidade lá para fora e cá para dentro, vender tudo aquilo que tenha a ver connosco e, neste caso, com a qualidade dos vinhos de Lagoa».
Daí que, segundo o autarca, o Lagoa Wine Show seja «para continuar», preparando-se o município para se candidatar a «Capital do Vinho» em 2016.
 
Fonte: Sul Informação

Especialista defende desenvolvimento da raça ramo grande dos Açores


Abril 09
09:49
2015

Os Açores têm uma raça de gado autóctone denominada "ramo grande", que é destinada à produção de carne.

Esta raça foi preferida, durante anos, para a produção de carne de bovino, de preferência ao cruzamento com as raças limousine e charolês.

Há alguns anos a esta parte, alguns criadores têm tentado ressuscitar esta raça, a qual, não sendo tão produtiva como as acima referidas, oferece uma excepcional qualidade de carne.

Neste momento, é o especialista em genética animal, Luís Telo da Gama, pós doutorado na Universidade de Guelph, no Canadá, que vem a terreno defender o seu desenvolvimento nos Açores.

Segundo este especialista, o número de animais começa a ser muito reduzido, pelo que é fundamental que se invista no seu desenvolvimento, uma vez que esta carne pode vir a ser uma grande mais-valia para a região.

Estes animais foram trazidos para os Açores no século XV, aquando do seu povoamento e as características específicas das ilhas deram origem a uma raça autóctone, a que foi dada a designação de "ramo grande".

Inicialmente, estes animais eram utilizados no trabalho agrícola, devido à sua agilidade e por serem muito dóceis, situação hoje abandonada, mas produzem uma carne de excelente qualidade.

O número de animais existentes, apesar de reduzido, ainda permite o desenvolvimento da raça sem grandes problemas de consanguinidade, pelo que é urgente que algo seja feito rapidamente.

Com o fim das quotas leiteiras, esta pode ser uma boa oportunidade alternativa para a lavoura açoriana.

Imagem -casadavilas.com 

Futura política OGM – Reflexão Secretário-geral da IACA


Abril 09
09:48
2015

O que era "oficioso" na semana passada, designadamente quando demos conta aos nossos Associados do ponto de situação – e das preocupações – quanto ao dossier dos OGM, é agora oficial.

O Presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, é a favor da proposta de nacionalização das autorizações das importações, dando maior poder aos Estados-membros nesta matéria. Depois do cultivo, segue-se, eventualmente, para as importações de eventos transgénicos, a mesma metodologia, ou seja, os Estados-membros poderão decidir autorizar a importação de milho ou soja transgénico no respetivo território, caso venha a ser aprovada esta opção.

O documento está a ser ultimado pelos serviços de Bruxelas, depois de terem sido consideradas outras opções como o fim da maioria qualificada, sendo as aprovações por maioria simples.

Apesar de todas as reuniões e ações de sensibilização que muitas organizações, entre as quais a IACA (em nome da Plataforma Pecuária e Agroalimentar) e o COPA/COGECA fizeram junto de vários Comissários e Direções Gerais e das pressões efetuadas ao mais alto nível pelos EUA, Brasil, Argentina e Canadá, parece ter vingado a tese do Presidente Juncker, que sempre defendeu, desde a sua posse, que os países devem ser mais ouvidos, tendo em conta a expressão das suas "opiniões públicas", para além (ou sobrepondo-se) à avaliação científica da parte da EFSA.

Uma eventual decisão neste sentido – feita a proposta há que esperar pela discussão ao nível dos Estados-membros e Parlamento Europeu – pode levanter inúmeros problemas em termos de trocas comerciais entre países da União Europeia, pondo em causa o Mercado Interno, e na OMC, da parte dos países exportadores. O TTIP pode estar em risco, no quadro das negociações entre os EUA e a União Europeia.

Os eventuais países "bloqueadores" (França, Alemanha, Polónia, Grécia…?) terão de justificar seguramente as razões porque poderão proibir as importações. E os agentes económicos, ficam em situações de desvantagem competitiva, muitos deles como os de Leste, com uma pecuária muito fortíssima como é sabido.

Como será, por exemplo, o comércio de alimentos compostos de um país que autoriza a utilização de OGM para outro que proibe a importação? Que custos terão as formulações sem soja transgénica, quando é tão dificil encontrar matéria-prima não OGM no mercado mundial? Tanto mais que se sabe que o déficit europeu em proteína é elevado e esta é uma questão estratégica para a Europa. Para além de outras questões legais que temos de analisar quando a proposta for conhecida.

Estas são, para já, questões elementares, sem demagogia.

Espera-se que os serviços de Bruxelas tenham tido em conta todos estes impactos, de natureza sócio-económica, para além das questões sociais e ambientais e que tenham sido coerentes na sua análise e conclusões. Sobretudo que os Comissários e DG (Comércio, AGRI, SANTE) a saibam defender e que não nos venham dizer depois que "não era esta a opção que defendiam" ou refugiando-se nas competências para não responderem ás nossas questões.

Nas recentes reuniões em Bruxelas deixámos tudo isto bem claro, as consequências para a Fileira, os acordos comerciais, o papel da EFSA, o conhecimento e inovação, a liberdade de escolha mas também a avaliação científica e assumir as aprovações, informando e formando a opinião pública, sem demagogias. Aparentemente, parece que se vai optar pelo caminho mais fácil….Veremos…. estaremos aqui para defender os interesses da nossa Indústria e da Pecuária porque não será fácil legislar contra uma parte importante do tecido empresarial europeu que também está legitimamente representado, sobretudo numa grande coligação Feed & Food. Afinal, onsde está a Sociedade Civil? Mede-se pelas sondagens, petições? A biotecnologia é motivo de debate e de programa politico dos governos? Se sim, proibam-se também as importações de produtos animais dos países em que os efetivos são alimentados com essas matérias-primas.

O Colégio de Comissários vai debater este dossier – cada vez mais complexo – e a proposta, na reunião de 15 ou 22 de abril.

A "moeda" de troca pode ser a aprovação dos 17 eventos geneticamente modificados, sublinhe-se, com parecer científico favorável da EFSA, que esperam autorização, na sua maiaoria, desde junho de 2014.

Na prática temos uma moratória e veremos, no curto prazo, se as teses do Presidente Juncker, numa linha de democratização dos temas europeus "fraturantes" conseguem ter suporte legal e, o mais relevante, se são suficientemente coerentes para serem aplicadas a outros dossiers da União Europeia.

Em nossa opinião, a Comissão, a confirmar-se esta posição, corre o risco de abrir uma autêntica Caixa de Pandora…. Mas que a Europa e os decisores europeus estejam à altura de assumir as consequências.

Com verdade, sem demagogies e com a consciência do dever cumprido, perante uma opinião pública que se quer informada.

Não nos obriguem depois a "apanhar" os cacos de decisões erradas e apenas com efeitos mediáticos e assumam de uma vez por todas uma posição clara sobre a Biotecnologia agrícola.

 

        Jaime Piçarra

      (Engº Agrónomo)

Vinhos verdes apoiam plano anunciado pela CE que acaba com regime de direitos de plantação

Aumento da produção como resposta ao crescimento da procura
 
A Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) apoia o plano apresentado hoje pela Comissão Europeia referente ao aumento da produção vinícola e que acaba com o regime dos direitos de plantação.
 
O novo regime de autorizações para a plantação de vinhas, entra em vigor a 1 de Janeiro de 2016 e prolonga-se até 2020 e tem como objectivo responder à crescente procura por parte dos consumidores e ao aumento da concorrência de outros mercados produtores de vinhos.
 
Manuel Pinheiro, Presidente da CVRVV, afirma que "é com grande expectativa que assistimos a esta revisão da legislação, uma vez que a Região dos Vinhos Verdes está a trabalhar com stocks esgotados e é urgente captar novos investimentos em novas vinhas para que a produção mantenha o favorável crescimento e os Vinhos Verdes reforcem a expansão em mercados externos - que é notável", refere.
 
Fruto dos aumentos de vendas que tem registado, com especial destaque para a exportação, a Região dos Vinhos Verdes fechou o ano de 2014 com um recorde de 22 milhões de litros colocados em mais de 110 países, sem incluir o mercado nacional – que absorve cerca de metade da produção. Os stocks historicamente baixos anunciam uma previsão de ruptura antes da próxima vindima, o que reforça "a importância de os produtores de Vinho Verde poderem aumentar a sua área de vinha através das distribuições anuais de licenças de plantação que ocorrerão a partir de 2016", acrescenta Manuel Pinheiro.
 
O Conselho Geral da CVRVV - órgão que reúne produtores e comerciantes – aprovou ontem, 8 de Abril, por unanimidade, um documento enviado hoje ao Ministério da Agricultura e do Mar no sentido de que não se apliquem ao Vinho Verde quaisquer limites na atribuição de novas licenças, para assegurar que a Região tem condições de captar o máximo investimento possível para o plantio de novas vinhas.
 
Em comunicado publicado hoje no Jornal Oficial da União Europeia é dada a conhecer a directriz que indica que "os Estados-membros devem conceder anualmente autorizações de novas plantações correspondentes a 1% da superfície total efetivamente plantada com vinhas nos respetivos territórios, embora possam fixar limites inferiores, o que deve ser solidamente fundamentado".

fonte: CVRVV

Comissão Europeia Bruxelas liberaliza plantio de vinha para aumentar produção


Cinco anos depois de ter patrocinado o arranque de vinha para combater excedentes de produção, a Comissão Europeia apresentou hoje um plano para aumentar a produção vinícola e que acaba com o regime de direitos de plantação.

ECONOMIA Bruxelas liberaliza plantio de vinha para aumentar produção Lusa
14:58 - 09 de Abril de 2015 | Por Lusa
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O novo regime de autorizações para plantações de vinhas, que vigorará a partir de 01 de janeiro de 2016 e até 2020, prevê o crescimento de 1% anual da superfície vinícola de modo a responder à procura no mercado e a enfrentar a concorrência do chamado Novo Mundo, com o Chile e a Austrália à cabeça.

"Os Estados-membros devem conceder anualmente autorizações de novas plantações correspondentes a 1% da superfície total efetivamente plantada com vinhas nos respetivos territórios, embora possam fixar limites inferiores, o que deve ser solidamente fundamentado", prevê o texto, hoje publicado no Jornal Oficial da União Europeia (UE).

"O declínio da produção foi superior, quase o dobro do que se pagou para o arranque", disse à Lusa fonte comunitária, comentando os prémios dados pela Comissão Europeia entre 2008 e 2010 para promover o arranque da vinha na UE, nomeadamente de vinhos sem designação.

Este declínio levou agora Bruxelas a investir no aumento da produção, esperando resultados especialmente "no vinho de qualidade", salientou a mesma fonte.

O novo regime prevê restrições às autorizações "desde que a decisão se justifique pela necessidade de evitar um risco comprovado de desvalorização significativa de determinada denominação de origem protegida (DOP) ou indicação geográfica protegida (IGP)", como por exemplo o vinho do Porto ou o champanhe.

"O regime de autorizações permite que se continue a controlar a expansão -- nomeadamente para DOP e IGP -- mas os limites têm que ser bem definidos e explicados", disse fonte comunitária.

O novo regime aplica-se a novas plantações, a replantações e à conversão de direitos de plantação e, no primeiro caso, as autorizações são concedidas anualmente e, ao contrário dos direitos, não podem ser transacionadas entre produtores.

Os direitos de plantação que continuem válidos em 2016 e 2017 serão automaticamente transformados em autorizações.

Em termos de mercado, e segundo dados de Bruxelas, os maiores aumentos de consumo de vinho verificam-se fora do espaço europeu, principalmente nos EUA, a partir de 2009, e na China, desde 2012, sendo que a UE exporta 15% da sua produção para países terceiros.

China no alvo da promoção dos Vinhos de Portugal


 
QUINTA-FEIRA, 09 DE ABRIL DE 2015
 
Reforço da promoção neste mercado durante o mês de Abril: Promoção em Roadshow por três cidades, organização do Luxury Wine & Dine e formação a 450 alunos
 
A promoção dos Vinhos de Portugal está focada no mercado chinês durante o mês de Abril. A ViniPortugal organiza o Luxury Wine & Dine, um jantar vínico, em Pequim no dia 11 de Abril, com o apoio da China Association for Importers & Exporters of Wine & Spirits. De 13 Abril a 17 de Abril os Vinhos de Portugal serão promovidos num conjunto de acções, que contemplam uma grande prova seguida de seminários em cada uma das 3 cidades: Qingdao, Dalian & Xi´an.
 
No mês de Abril serão ainda organizadas diversas outras formações, em Pequim, Qingdao e Xi´ an, com o objectivo de reforçar o conhecimento de alunos WSET, sommeliers, wine lovers e do consumidor final. Estas acções pretendem abranger cerca de 500 alunos da China Continental e são organizadas no âmbito da parceria com a Asia Wine Service & Education Centre. A ViniPortugal estará pela primeira vez com AWSEC a leccionar curso de nível II sobre os vinhos de Portugal.
Quer os seminários quer as acções de formação estarão a cargo da Wine Educator Marta Galamba.
 
A segunda edição do Luxury Wine & Dine, no dia 11 de Abril, é resultado do sucesso da edição lançada em 2014. Tem o propósito de posicionar os vinhos portugueses como vinhos de extrema qualidade. É um evento de luxo promovido num restaurante de referência em Pequim e pretende cativar o interesse dos profissionais mais importantes do sector, líderes de opinião, jornalistas e críticos de vinho.
 
Jorge Monteiro, presidente da ViniPortugal, destaca que "a China é um dos mercados em que trabalhamos a marca Wines of Portugal, por sinal um mercado difícil, muito dominado pelos vinhos franceses e onde teremos de investir bastante antes de obtermos resultados visíveis. Estas acções programadas visam conquistar notoriedade e proporcionar conhecimento junto dos principais públicos deste mercado."

fonte: Wines of Portugal

Bruxelas não perdoa dívida de 143 milhões em fundos agrícolas, Governo recorre

9/4/2015, 18:20
O comissário europeu da Agricultura e Desenvolvimento Rural exigiu que Portugal pague a dívida de 143 milhões de euros, mas a ministra Assunção Cristas comunicou que irá recorrer judicialmente.


Phil Hogan assumiu a pasta da Agricultura e do Desenvolvimento Rural em novembro de 2014 substituindo Dacian Ciolos no cargo
LUSA

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O comissário europeu da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Phil Hogan, disse que Portugal terá de devolver 143 milhões de euros, num plano de pagamento faseado a três anos, mas a ministra Assunção Cristas comunicou que irá recorrer judicialmente.

Phil Hogan, que realiza a sua primeira visita oficial a Portugal, disse à Lusa que as "correções financeiras" do país foi um dos temas em debate com a ministra da Agricultura, Assunção Cristas.


A dívida de 143 milhões de euros, relativa a pagamentos irregulares aos agricultores portugueses nos anos de 2009, 2010 e 2011, terá mesmo de ser paga à Comissão Europeia.

"Não foram cumpridas as regras e tornou-se um grande problema. A pedido da ministra, a única coisa que podemos fazer é estender o prazo de pagamento da dívida num pagamento faseado de três anos", disse Phil Hogan.

Assunção Cristas confirmou a "falta de abertura" da Comissão Europeia em relação a essa multa.

"Trata-se de uma multa por conta dos anos em que Portugal não fez revisão do parcedário agricola, que diz respeito a 2009, 2010 e 2011. O Governo, mal entrou em funções, tratou logo de fazer a correção e queríamos que a Comissão reconhecesse esse esforço e que, sobre 2011, não fosse aplicada a coima. A Comissão não aceitou e por isso é que vamos agir judicialmente", afirmou à Lusa.

A ministra disse ter comunicado essa decisão ao Phil Hogan que, segundo disse, "entendeu" que se recorresse à via judicial.

"Mostrou abertura para pagar faseadamente a coima por três anos. É melhor a três anos do que pagar tudo de uma vez, mas disse que a comissão já não podia fazer mais nada e entendeu que usássemos a via judicial", sustentou.

A ministra da Agricultura, segundo disse à Lusa, procurou garantir ao comissário europeu que "Portugal tem a casa arrumada" e que "daqui para a frente tudo correrá com normalidade".

"Eu acho que Portugal está a fazer um excelente trabalho", assentiu Phil Hogan.

As opções nacionais para aplicação da Política Agrícola Comum para os diferentes setores, a manutenção da atividade agrícola no meio rural, em benefício dos jovens agricultores, o aumento da concentração da oferta e a manutenção da atividade agrícola em todo o território foram outros dos temas abordados pela ministra, contou.

Além disso, acrescentou Assunção Cristas, a simplificação dos regulamentos, nomeadamente o greening (um pagamento que obriga os agricultores a cumprirem uma série de regras ambientais) foi também discutido.

"É um tema muito importante para acautelar que se podem contabilizar as culturas de outono. É um tema técnico muito preciso que já foi tratado em Bruxelas e vamos ver que soluções se podem encontrar para este ano e para o futuro", concluiu.

Phil Hogan reuniu-se na manhã de 9 de abril com Assunção Cristas e com o secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, e durante a tarde esteve no Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, em Oeiras, num encontro com organizações de agricultores.

Da agenda do comissário europeu consta também uma passagem pela Assembleia da República onde se reunirá com os membros das comissões parlamentares de Agricultura e dos Assuntos Europeus.

Na sexta-feira, dia 10 de abril, o comissário Hogan vai visitar, em Torres Vedras, a Campotec, uma organização de produtores dedicada essencialmente à maçã e pêra rocha, e a Quinta de Chocapalha, em Alenquer, um produtor de vinhos que se dedica também ao enoturismo.

Phil Hogan assumiu a pasta da Agricultura e do Desenvolvimento Rural em novembro de 2014 substituindo Dacian Ciolos no cargo.

Agroalimentar De parente pobre da economia a vedeta das exportações


Amândio Santos, presidente da Portugal Foods, e Manuel Évora, presidente da Portugal Fresh, explicam como, por terem agrupado produtores, ganharam dimensão internacional e conquistaram notoriedade. Até há poucos anos um parente pobre da economia, o agroalimentar cresce agora 10% ano nas exportações.

Vítor Andrade |
22:20 Quarta, 8 de Abril de 2015
De parente pobre da economia a vedeta das exportações

 João Lemos
O Expresso juntou Amândio Santos, presidente da Portugal Foods, e Manuel Évora, presidente da Portugal Fresh, duas organizações de produtores que fizeram 'disparar' as exportações dos produtos agroalimentares e das frutas e legumes nacionais, respetivamente.

Os gestores das duas marcas-chapéu do sector explicam, em oito passos, o segredo do sucesso das suas organizações. A presença no xadrez mundial dos negócios do sector profissionalizou-se e está a dar resultados, com as vendas a crescerem 7% a 10% ao ano.

Apontam como trunfos nacionais a qualidade, a especificidade dos produtos e a facilidade em reagir rapidamente a pequenas encomendas, algo que os grandes conglomerados não conseguem por falta de 'jogo de cintura'.

UMA ESTRATÉGIA VENCEDORA EM OITO ETAPAS

1 - Ganhar dimensão para 'atacar' os mercados internacionais

Por natureza, os empresários portugueses não gostam de trabalhar em grupo. Até há poucos anos, cada empresa, na sua maioria de pequena dimensão no contexto internacional, puxava para seu lado, isoladamente, numa luta quase inglória. Foi nessa luta que nasceram as organizações Portugal Foods (para o agroalimentar) e a Portugal Fresh (para as frutas e legumes). Tudo mudou, conforme explica Manuel Évora, da Portugal Fresh: "O grau de exigência imposto aos nossos associados obrigou-os a profissionalizarem-se e a prepararem-se para as abordagens aos mercados externos. Fizemos questão de ir logo para a primeira divisão deste campeonato mundial. Nem todos estavam preparados para o embate. Em 2007 exportávamos €780 milhões e fechámos 2014 com mais de €1100 milhões,  um crescimento de mais de 10% ao ano."

Já Amândio Santos, da Portugal Foods (que congrega 17 subsectores), diz que "a crise mobilizou as empresas para a internacionalização. Queremos que o salto nas exportações passe dos €480 milhões de 2011 - agora estamos nos €660 milhões -, para €1000 milhões em 2020". 

2 - Afinal, onde conseguirá Portugal competir?

"Portugal é um país de produtos diferenciados. Tem tradição e inovação no agroalimentar e é isso que importa 'vender'", refere Amândio Santos. Os dirigentes da Portugal Foods e da Portugal Fresh garantem que já há muita inovação incorporada nos processos produtivos. "O agroalimentar português tem a particularidade de ter indústrias de topo, tanto ao nível da gestão como tecnológico e as empresas podem responder a pequenos lotes com muito mais facilidade, porque as grandes indústrias mundiais estão estandardizadas para grandes produções. Mas nós temos essa flexibilidade e isso permite-nos abordar mercados com uma gama de ofertas ajustada a uma procura específica", explica Amândio Santos. Manuel Évora acrescenta que "não nos interessa competir no preço" e assegura que Portugal é um ótimo sítio para produzir frutas e legumes. "Somos um país pequeno mas com condições únicas". O que é importante é encontrar parceiros internacionais que comprem os nossos produtos e que valorizem esta diferenciação.

3 - Desafiar as universidades a inovar com as empresas

Manuel Évora garante que as empresas em Portugal estão mais disponíveis para desafiar as universidades e que isso tem de ser rapidamente substanciado "de forma a que tenhamos dados concretos resultantes da investigação para apresentar aos nossos clientes lá fora, e não apenas o que dizem os dados sensoriais" que resultam de dar a provar os produtos.

Acrescenta que devia existir um grande centro de investigação de hortofrutícolas a nível nacional e não pequenas capelinhas por cada produto. "O que precisamos é de um grande centro de investigação e já transmitimos isso ao Governo. Aguardamos por uma resposta que não seja meramente política". Amândio Santos, por seu lado, está seguro de que "quando as universidades perceberem que todo o conhecimento que acumularam pode ser útil para as empresas, para as ajudar a criar valor, as coisas acontecem". Aliás, prossegue, "acho que as universidades já perceberam que podem encontrar nas empresas um parceiro para o seu desenvolvimento".  

4 - Ações de marketing são decisivas

Apesar de os objetivos da Portugal Foods e da Portugal Fresh se cruzarem em termos de estratégia para a internacionalização, para já está fora de questão uma fusão das duas marcas-chapéu numa única. A razão, segundo Manuel Évora, é simples: "Os grandes eventos mundiais de cada sector são específicos. E, portanto, as duas associações têm de ir a essas feiras separadas. Isto está muito bem feito assim. Estas duas associações unem a fileira toda e não há aqui qualquer disputa política de lugares. Fazemos isto com muita paixão".

Amândio Santos explica que não se perde nada em haver quatro ou cinco subsectores com uma imagem e com uma marca muito própria "mas que sejam capazes de juntar energias quando promovem o país no estrangeiro", nota Amândio Santos. Além da 'paixão', "também fazemos isto com espírito de missão". A ideia de se juntarem para a venda conjunta de alguns produtos, como pera rocha, vinho, queijo, não está posta de parte. 

5 - Não descurar a relação com o poder político

Amândio Santos não tem a mínima dúvida na forma como classifica a relação com a tutela política do sector: "Temos sido muito felizes com o nosso interlocutor para os mercados externos quer no Ministério da Economia quer na AICEP, que promoveu uma grande mudança na diplomacia económica em Portugal nos últimos seis anos, sensivelmente. E hoje sentimos que o poder político percebeu que tem de andar à velocidade das empresas. Há claramente uma evolução que é um caminho que não tem retorno".

Manuel Évora afirma: "Como não tenho nenhuma filiação partidária estou completamente à vontade para dizer que se deu uma coincidência muito feliz: o Ministério da Agricultura - ainda com António Serrano - teve a visão que nós tivemos de que era preciso internacionalizar as nossas empresas. Depois, já com este Governo, a ministra Assunção Cristas também percebeu que este era o caminho da internacionalização da agricultura, porque durante muitos anos não se acreditou que o agroalimentar não se podia internacionalizar". 

6 - A importância de continuar a abrir novos mercados 

O secretário de Estado da Alimentação viaja frequentemente com as duas associações e é rara a semana em que não fala com os seus dirigentes. "Este Governo tem respondido muito bem à ambição das empresas portuguesas. As embaixadas deixaram de ser uma espécie de Casa Real de Portugal para passarem a fazer diplomacia económica", diz Manuel Évora. E remata sublinhando que, de certa forma, as empresas obrigaram o Governo "a calçar as tamanquinhas e a andar de país em país a vender Portugal".

Amândio Santos partilha desta opinião e acrescenta que "não podem ter vergonha de vender o bacalhau, a pera rocha, o azeite e o vinho". E aponta o caso do embaixador Luís Sampaio, na Alemanha, como exemplo de quem "arregaça as mangas e reúne com supermercados, diretores de feiras, com outros embaixadores de países para onde queremos exportar, etc.". 

7 - Trabalho de casa é obrigatório, antes de tentar vender mais

Quando uma empresa quer apostar na internacionalização ou pretende conquistar mais um novo mercado não basta ir às feiras sectoriais. O trabalho de casa é obrigatório, com contactos prévios com potenciais clientes e preparação de uma estratégia de abordagem eficaz, sem erros de gestão. "Claro que durante estes últimos anos houve empresas que se adaptaram e outras que estavam menos preparadas. Nem todas partiram com o mesmo grau de preparação e houve algumas que acabaram por optar apenas pelo mercado interno", explica Manuel Évora.

Sempre que possível, a Portugal Foods aconselha a que os recém-chegados aprendam com quem já fez o caminho da internacionalização. Amândio Santos diz que "não há empresas a desistir da aposta internacional. Mas recomendamos que façam o trabalho de casa muito antes de ir às feiras". 

8 - Objetivo: fazer de Portugal uma referência mundial

Quando perguntamos a Amândio Santos e a Manuel Évora o que gostariam de deixar como legado, depois de anos à frente das organizações que agora representam, a resposta é, no mínimo, ambiciosa: "Sempre que os profissionais deste sector, a nível mundial, pensarem em boas frutas e bons legumes têm de associar imediatamente essa ideia a Portugal. E isto, é marketing puro, pois produtos de qualidade já temos", garante Manuel Évora.

Igualmente crente na força do marketing, Amândio Santos ficaria satisfeito no final do seu mandato se, ao entrar num supermercado em Xangai, em Abu Dhabi ou Bogotá pudesse encontrar uma área bem delineada com produtos portugueses devidamente referenciados. "Mas também gostava que fossemos capazes de utilizar cada vez mais matérias-primas nacionais de forma a reduzir ainda mais as importações".

Este artigo foi publicado na edição impressa de 3 de abril de 2015.

Lembra-se de Juha Kankkunen a acelerar nos ralis? Acabou de bater o recorde de velocidade… num tractor


     
Emanuel Costa Emanuel Costa | 09/04/2015 18:08:11 989 Visitas   

O teste aconteceu junto a Sodankylä – no Norte da Finlânida, já perto do Círculo Polar Ártico. 
DR
Lembra-se de Juha Kankkunen a acelerar nos ralis? Acabou de bater o recorde de velocidade… num tractor
Juha Kankkunen foi um dos pilotos de ralis de maior sucesso nos anos 80 e 90, com quatro campeonatos mundiais conquistados. Deixou de competir, mas continua apaixonado pelas corridas e até bateu recentemente um recorde de velocidade: 130 km/h. Acha pouco? Foi num tractor.

O piloto da Finlândia – nação que já fez nascer vários campeões de ralis e de Fórmula 1 – foi convidado por duas empresas do mesmo país para tentar quebrar o recorde de velocidade num tractor. A Valtra, especializada em tractores adaptados para florestas e climas frios, forneceu o veículo; e a Nokian disponibilizou os pneus, preparados também para rodar bem em pisos gelados.

O teste aconteceu junto a Sodankylä – no Norte da Finlânida, já perto do Círculo Polar Ártico – a 9 de Fevereiro, mas só esta semana foi divulgado o feito, confirmado pelo Guinness. Foi usado um Valtra T234, com 250 cavalos de potência, que não teve quaisquer modificações técnicas, tendo apenas sido reconfigurada a gestão electrónica do motor para permitir melhores prestações.

Depois de um primeiro dia em que o tractor não chegou aos 120 km/h, decidiram 'aumentar' a pista para 2.300 metros. Basicamente, uma máquina andou a retirar neve e alisar o piso. Foi então atingida a velocidade de 130,165 km/h, um recorde mundial.



Parece pouco, mas num tractor a circular em cima de neve compacta, Kankkunen faz lembrar os seus tempos de ralis em que voava pelas estradas e florestas ao volante de um Lancia ou de um Toyota. O piloto de 56 anos foi campeão mundial de ralis em 1986 ao volante de um Peugeot 205 Turbo. No ano seguinte voltou a vencer com um Lancia Delta Integrale, o mesmo carro lhe deu a vitória também em 1991. Dois anos depois voltou a vencer o Campeonato Mundial, desta feita aos comandos de um Toyota Celica Turbo.



quinta-feira, 9 de abril de 2015

Monsanto. A “semente do Diabo” que controla os transgénicos do mundo



Tem o monopólio da produção transgénica em todo o mundo e resiste a todos os ataques. O segredo? A bênção do governo americano
O apresentador da HBO Bill Maher deu-lhe o nome de "semente do Diabo", a revista "Fortune" identifica-a como "a corporação mais temida da América" e, em 2013, os leitores da revista "Natural News" elegeram a empresa como a mais perigosa do ano. As acusações sucedem--se, assim como as manifestações contra o seu trabalho e os estudos sobre a qualidade dos seus produtos. Contrariando a onda negativa que a cerca, a Monsanto mantém-se líder de mercado no que toca aos transgénicos e, o ano passado, registou lucros de 1,6 mil milhões de dólares.
 
As contradições não se ficam por aqui. Ao mesmo tempo que financia a educação de crianças nas aldeias do Vietname e é considerada uma das empresa que mais promovem a igualdade LGBT, conta com protestos a nível mundial ou denúncias que envolvem a suspeita de publicação de dados falsos sobre os seus produtos e ameaças aos agricultores. Mas antes de entrar no debate ético sobre a agricultura transgénica, vamos aos números. A Monsanto tem 404 instalações em 66 países, das quais 146 estão espalhadas por 33 estados americanos. Emprega 21 183 funcionários a nível mundial, 10 277 dos quais nos EUA. Tem mais de 1676 patentes sobre sementes, plantas e outras aplicações agrícolas e controla mais de 90% das sementes transgénicas vendidas em todo o mundo.
 
Apesar de estar presente em quase todo o mundo e de os alimentos geneticamente modificados estarem nas prateleiras dos supermercados há mais de duas décadas, as incertezas sobre as consequências para a saúde ainda inquietam muita gente. A Monsanto assegura que todos os produtos são testados e só são comercializados quando se prova que não afectam a saúde, mas a resposta não convence as organizações ambientais e a comunidade científica.
 
Jeffrey Smith, director do Instituto de Responsabilidade Tecnológica dos EUA, garante que as análises feitas em animais alimentados por produtos geneticamente modificados mostram que houve problemas intestinais, baixa imunidade, baixo nível de reprodução, morte prematura e desenvolvimento de tumores. "Os estudos mais recentes estão a causar medo entre os norte-americanos", conta ao i o investigador. Nos Estados Unidos, 40% das pessoas dizem que estão a evitar alimentos transgénicos, mas a maioria fica confusa ao escolher os produtos. O especialista explica que, apesar de a rotulagem a indicar processamento de alimentos não ser obrigatória, algumas empresas estão, de forma voluntária, a dar essa informação. "Em apenas um ano, os produtos que se dizem livres de modificação genética tiveram um aumento substancial de vendas", conta, alimentando a esperança de "pôr um fim" ao império de empresas como a Monsanto. "Os consumidores estão a rejeitar este tipo de produtos e vão obrigar as empresas a mudar o seu tipo de produção."
 
Herbicidas Mais céptica quanto ao fim da Monsanto é a bióloga Margarida Silva, que prevê "um futuro brilhante" para a multinacional. "A Monsanto retira 30% dos lucros da venda do herbicida e pelo menos mais 30% da venda de sementes resistentes ao herbicida", explica ao i, recordando a mais recente polémica em que a empresa se viu envolvida. As análises feitas ao glifosato, um dos herbicidas mais vendidos do mundo – e o mais vendido em Portugal – indicam que o produto possa ser um "carcinogéneo provável para o ser humano", informação já negada pela empresa. A discussão ficou à espera de mais dados, assim como o Ministério do Ambiente português que revelou, a semana passada, que irá aguardar as autoridades europeias para decidir sobre a segurança dos glifosatos, o herbicida mais vendido em Portugal – cerca de 64% do total. "A prova de que este herbicida provoca cancro seria o suficiente para levar à implosão da Monsanto, e por isso a empresa vai influenciar os dados, como já fez anteriormente", acusa Margarida Silva, autora do livro "Alimentos Transgénicos, Um Guia para Consumidores Cautelosos".
 
Com produções geneticamente modificadas, a Monsanto junta ao controlo da produção alimentar o monopólio dos herbicidas usados para matar as ervas daninhas. O problema surge quando, ao longo de décadas de uso em grande escala, essas ervas se tornam resistentes aos produtos nocivos. "Os agricultores passaram a ter de usar doses gigantescas de herbicidas, ao ponto de a Monsanto financiar os seus agricultores para que possam comprar outro tipo de herbicidas, alguns até da concorrência", denuncia a bióloga. Só nos Estados Unidos, calcula-se que apareceram cerca de 130 plantas daninhas resistentes a herbicidas em 4,45 milhões de hectares de culturas.
 
Monopólio Ultrapassando todas as forças que se unem contra o seu poder, a Monsanto resiste no tempo, mais precisamente desde 1901, ano da sua fundação. Longe vão os tempos em que a sacarina era o seu produto principal, que vendia à indústria alimentar e à Coca-Cola em particular. Ao acompanhar a industrialização, especializou-se na produção de ácido sulfúrico, plásticos e químicos agrícolas. O apoio governamental foi essencial para o seu crescimento mais recente e as ligações entre a empresa e a administração dos EUA tornam-se difíceis de esconder. Os membros da direcção da Monsanto têm ocupado lugares na Protecção Ambiental Americana (EPA) e na assessoria do Departamento de Agricultura do governo. A Wikileaks deu mais golpe ao divulgar 900 mensagens que mostraram como o governo norte-americano gastou dinheiros públicos para promover a Monsanto e levar os transgénicos a vários outros países.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Hipótese de alteração das aprovações nacionais dos OGM’s para consumo


Abril 08
08:19
2015

A Comissão Europeia deve avançar com uma proposta para alteração do método de autorização do comércio de OGM's, dando poderes aos estados-membros de proibirem a sua utilização.

Já se sabia que o Presidente Juncker pretendia alterar as condições de aprovação do consumo OGM, pensando-se que a grande alteração seria excluir do seu bloqueio a necessidade de uma maioria qualificada nas votações.

Praticamente todos os OGM's para consumo tiveram mais votos contra do que a favor, mas, como os votos contra nunca chegaram aos 50%, as aprovações não foram bloqueadas, pois as abstenções valeram como se de votos a favor da utilização fossem.

A anulação desta regra iria, por isso, tornar muito difícil a aprovação dos OGM's para consumo, o que acarretaria graves problemas de abastecimento para o sector da alimentação animal.

Neste momento, a hipótese mais provável é que a Comissão mantenha o sistema de maioria qualificada, mas que dê poderes aos estados-membros para proibirem a comercialização para consumo dos OGM's, a exemplo do que saiu recentemente para as sementes OGM's.

Esta situação pode vir a trazer graves problemas de distorção de concorrência entre os países comunitários, com produtores a poderem alimentar os seus animais com OGM's e outros não.

Entretanto, já sobe para 17 as variedades OGM's de vários produtos que aguardam aprovação para consumo na União Europeia, sendo que alguns já vêm desde Novembro de 2013.

A proposta da Comissão deve ser discutida a 15 ou 22 de Abril.

Phil Hogan quer pressionar os fabricantes de adubos

Abril 08
08:20
2015

No momento em que os preços da energia vão descendo, o preço dos adubos mantém-se estável, o que parece não ter explicação plausível e continua a intrigar o Comissário Phil Hogan.

O Comissário pretende que os serviços de concorrência da Comissão investiguem as empresas de produção de adubos, analisando as suas práticas comerciais.

A situação pode ser similar à de 2009, onde os fabricantes se constituíram em cartel para manter os preços dos adubos a um nível alto, depois da baixa dos factores de produção. Nessa altura foram alvo de uma multa pesada.

Segundo o Comissário, há uma relação directa entre o preço do petróleo e dos custos de produção dos adubos, pelo que os fabricantes devem ser postos sobre pressão, para que se perceba o que realmente se passa.

Defendeu, também, que os agricultores têm o direito de ter acesso a custos de produção realistas e não especulativos, para que possam desenvolver a sua actividade.

A resposta não se fez esperar por parte dos fabricantes, através da organização Fertilizers Europe, que veio afirmar que é o preço do gás que determina o custo dos adubos azotados e este não está correlacionado com o do petróleo.

Segundo esta organização, os preços dos adubos são totalmente transparentes e o gabinete do Comissário tem consciência disso.

O preço do gás desceu 30% nos últimos seis meses, mas para a Fertilizers Europe, ainda é muito cedo para antever se esta situação vai durar muito tempo.


Redução de 1,4% nos pagamentos directos para 2015


Abril 08
08:21
2015

A Comissão Europeia propôs, no dia 26 de Março, uma redução de 1,393041% dos pagamentos directos acima de 2000 euros em 2015, de modo a alimentar, com 441,6 milhões de euros, a reserva de crise agrícola para o exercício de 2016.

Este ajustamento não se aplica à Bulgária, à Roménia e à Croácia.

Esta redução tinha sido de 1,3% em 2014, o que constituiu uma reserva de 433 milhões de euros em 2015. Se este reserva não for utilizada, então ela reverterá em favor dos agricultores.

Segundo a Comissão, o envelope do Feaga não deve ser ultrapassado em 2016, pelo que o ajuste a fazer em 2015 irá exclusivamente para o fundo de crise agrícola.

Os estados-membros e o Parlamento Europeu têm até ao dia 30 de Junho para se pronunciarem sobre esta proposta. Se não houver acordo, cabe à Comissão proceder aos ajustamentos na sua proposta de orçamento para 2016 e, se for necessário para suprir necessidades urgentes de tesouraria, poderá fixar uma redução obrigatória, tendo de o fazer até 1 de Dezembro.


Agricultores da Guarda preocupados com futuro do setor no interiora

 08 Abril 2015, quarta-feira  AgropecuáriaAgricultura

A Associação Distrital de Agricultores da Guarda (ADAG) está preocupada com o futuro da agricultura familiar e dos pequenos agricultores, pedindo mais atenção para o setor, sobretudo para as regiões do interior do país.
O vice-presidente da ADAG, Mário Triunfante Martins, afirmou, no final de uma audiência na Presidência da República, que no encontro alertou para a «morte do pequeno agricultor e da agricultura familiar».
Segundo o responsável, a assessora do Presidente da República para os assuntos da agricultura, que recebeu os dirigentes da associação, «tomou nota [das preocupações] e disse que vai comunicar ao senhor Presidente para ele exercer as suas influências».
A direção da ADAG também entregou um documento, dirigido ao Presidente da República, a dar conta das preocupações atuais e a apontar caminhos para o futuro, alertando que tem sido feito «um ataque cerrado à agricultura familiar e aos pequenos agricultores, não só com as exigências fiscais, como com outras».
«Cumprimos com a nossa missão, que é pedir as audiências e alertar as pessoas para os problemas da agricultura familiar e do interior do país», acrescentou Mário Triunfante Martins.
Indicou que a ADAG também pediu uma reunião à ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, e que já reuniu com a Comissão da Agricultura e Mar.
No documento que reflete a atual situação do setor, a ADAG refere que «desde há décadas que se vem assistindo a uma progressiva degradação da agricultura em Portugal», mas a situação «nunca foi tão grave» como a atual, «fruto de sucessivas políticas agrícolas erradas».
Uma das áreas «mais fortemente afetada é a agricultura familiar, já que o Governo português segue uma política de apoio incondicional à agricultura de maior dimensão e ao agronegócio», reconhece.
Segundo a associação, entre outras situações, verifica-se uma diminuição de 60% na produção de azeitona, de 30% na produção de castanha, uma «grande baixa» da produção e do preço do leite e na produção de vinho.
Na região demarcada de produção do queijo Serra da Estrela assiste-se a um decréscimo do pastoreio de pequenos ruminantes com a «consequente e drástica diminuição do fabrico artesanal de queijo».
A ADAG assinala que a região corre o risco de perder «um saber ancestral, um produto único, devido ao crescente abandono da atividade, face às exigências burocráticas e fiscais completamente desajustadas à realidade do setor».
A associação refere ainda que é «imperativo e urgente a revisão das políticas oficiais agrícolas e de mercados que hoje continuam centradas nos apoios ao grande agronegócio, virados, sobretudo, para a exportação».
A ADAG pede também que seja aprovada a carta e o estatuto da agricultura familiar propostos pela CNA – Confederação Nacional da Agricultura.
Fonte: Lusa 

Reguengos DOC Cidade Europeia do Vinho abraça causa solidária

08 Abr 2015

A propósito da distinção da cidade de Reguengos de Monsaraz como " Cidade Europeia do Vinho 2015", a CARMIM lança no mercado os vinhos Reserva Cidade Europeia do Vinho, tinto de 2011 e Reguengos DOC Cidade Europeia do Vinho, tinto 2014.

Sendo um ano comemorativo para toda a cidade e sendo a CARMIM uma empresa de causas, sentiu o dever de retribuir à população do concelho de Reguengos de Monsaraz toda a colaboração e todo o contributo que têm dado para o crescimento da CARMIM.

Associando a celebração deste título a uma causa social a CARMIM reverte parte do valor da venda dos seus vinhos "Cidade Europeia do Vinho 2015" a favor dos Bombeiros Voluntários de Reguengos de Monsaraz,para a aquisição de uma nova ambulância que terá um custo aproximado de 75.000€. Assim, por cada garrafa de vinho Reguengos DOC Cidade Europeia do Vinho vendida, 0,20€ reverte a favor desta causa.

Fonte: Revista de Vinhos
 

IFAP: SESSÃO DE ESCLARECIMENTO – GESTORES DE BALDIOS

No âmbito da atribuição de ajudas do novo quadro comunitário, foi realizada no passado dia 24 de março, em Vila Pouca de Aguiar, uma sessão de esclarecimento sobre o cálculo da Máxima Área Elegível em baldios e da respetiva distribuição a nível do Sistema de Identificação Parcelar (iSIP), promovida pela DRAP Norte em estreita colaboração com o IFAP.

Esta sessão de esclarecimento foi dirigida aos gestores de baldios e teve por base uma apresentação com as regras do cálculo da máxima área elegível, para efeitos de ajudas, e o modelo de distribuição dessas áreas no Sistema de Identificação Parcelar (SIP).

CAP e Crédito Agrícola firmam parceria


por Ana Rita Costa
8 de Abril - 2015
 
O Grupo Crédito Agrícola e a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) celebraram esta semana um acordo de parceria que tem como meta o apoio ao sector agrícola e agroindustrial e o desenvolvimento de negócios e atividades "com elevado potencial económico-financeiro."

O protocolo contempla um conjunto de produtos e serviços bancários e de seguros disponibilizados pelo Crédito Agrícola, aos quais o universo de membros, colaboradores e entidades associadas à CAP terão acesso, em condições preferenciais.

"Da oferta abrangida pelo protocolo destaca-se a Linha de Antecipação de Ajudas ao Rendimento, com um spread a partir de 2,25% que, com bonificação pela domiciliação da conta do agricultor beneficiário no Crédito Agrícola, pode ir até a um spread mínimo de 1,75%, um dos mais atrativos do mercado", explica o Crédito Agrícola numa nota enviada às redações.

Esta parceria vem dar continuidade à estratégia de apoio ao sector primário levada a cabo pelo Crédito Agrícola. O protocolo concede, assim, ferramentas de estímulo à inovação e ao progresso sustentado nestas áreas de atividade, importantes quer no contexto macroeconómico quer junto dos tecidos empresarias locais.  

Cerca de metade dos países da UE esperam baixar quota leiteira

08-04-2015 
 
Doze dos 28 Estados-membros da União Europeia podem ter superado a sua quota leiteira na campanha de 2014/2015, de acordo com a última informação da Agras Facts. Alguns deles, inclusive, podem incorrer em multas recorde.

A Alemanha seria o país que maior multa teria a pagar, chegando aos 300 milhões de euros (ME), seguida pela Polónia, com 160 milhões de euros; Holanda, com 140 ME; Irlanda, 75 ME; Áustria, 44,5 ME e a Dinamarca, 27 milhões de euros.

Os outros países que também podem superar a quota são a Lituânia; Estónia; Itália; Bélgica, Espanha e o Chipre, os quais teriam uma menor superação.

Fonte: Agrodigital

Especialista defende aposta comercial na carne de vaca da única raça autóctone dos Açores

08-04-2015 
 
O especialista em genética animal Luís Telo da Gama defende que a única raça de gado autóctone dos Açores pode ser uma mais-valia na fileira da carne no futuro da economia açoriana.

«Esta raça, Ramo Grande tem, de facto, um papel importante a desempenhar em termos de produção de carne nos Açores que poderá ser importante no futuro, numa altura em que a produção do leite poderá não ser a vocação única», defendeu, em declarações à agência Lusa, o docente da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa.

O investigador, pós-doutorado na Universidade de Guelph (Canadá) admite que o número de animais da raça Ramo Grande terá de se expandir, uma vez que a sua população «ainda é muito reduzida», através dos apoios e promoção adequada.

Este animal autóctone foi introduzido nos Açores aquando do povoamento das ilhas, no século XV, e, dados as características insulares e o isolamento geográfico, adquiriu características específicas que deram origem aos bovinos Ramo Grande.

Luís Telo da Gama está nos Açores para participar hoje, na ilha de São Jorge, no "1.º Dia do Criador da Raça Ramo Grande", uma iniciativa da Direção Regional da Agricultura do Governo açoriano, em parceria com a associação de criadores da raça.

O docente considera que o programa de melhoramento animal que está a ser desenvolvido com estes bovinos pode revelar-se muito importante porque irá ajudar os criadores a seleccionar as melhores cabeças, que podem ser potenciadas em termos económicos.

O autor do livro "Melhoramento Genético Animal" sublinhou o «trabalho notável» que foi desenvolvido nas diferentes ilhas dos Açores no sentido de preservar a raça Ramo Grande, considerando que o efectivo que existe é suficiente para desenvolver um programa de selecção.

Estes animais eram utilizados em trabalhos agrícolas pela sua agilidade, considerando o docente da Universidade de Lisboa ser agora necessário conseguir tirar partido dos mesmos de outra forma, nomeadamente, através de produtos com certificação de origem associada à única raça de vacas que é autóctone dos Açores.

«Realmente, a vaca preta e branca que se vê em todo o lado é uma raça que foi importada, que se expandiu e adaptou muito bem aos Açores, mas aquela que legitimamente se desenvolveu neste território foi a raça Ramo Grande», frisou.

No âmbito do evento Dia do Criador da Raça Ramo Grande, vai ser lançado em livro com a primeira avaliação genética da raça. No prefácio da publicação, o secretário regional da Agricultura e Ambiente refere que este é um «ponto de partida para acções futuras, uma vez que o principal objectivo de um programa de melhoramento animal, por selecção, é permitir uma escolha eficaz dos animais com base no seu mérito genético».

«Esta avaliação genética pretende ser o começo de um novo ciclo de trabalho em que todos, técnicos e criadores, têm de se empenhar para que a selecção da raça Ramo Grande seja, cada vez mais, uma realidade e vá ao encontro dos objectivos pretendidos», escreve Luís Neto Viveiros. Actualmente, a raça Ramo Grande conta com mais de 1.300 bovinos registados no livro de animais adultos.

 Fonte: Lusa

Medida de armazenamento privado de carne de porco com pouco êxito

08-04-2015 
  
A 01 de Abril, apenas 43.583 toneladas de carne de porco na União Europeia receberam ajuda ao armazenamento privado, desde que este abriu no passado dia nove de Março.

Uma quantidade pequena, tendo em cota que em 2011, no mesmo período de tempo foram, 140 mil toneladas as que retiraram do mercado. Espanha é líder no armazenamento privado, com 9.545 toneladas, o que supõe cerca de 22 por cento do total.

A Dinamarca está em segundo, com 8.947 toneladas, 20,5 por cento do total, seguida pela Polónia, com 6.717 toneladas, 15,5 por cento; a Alemanha, com 6-359 toneladas, 14,5 por cento; a Itália, com 3.005 toneladas, sete por cento; frança, com 2.431 toneladas, 5,6 por cento e a Holanda, com 2.256 toneladas, 5,2 por cento do total, de acordo com dados de Breiz Europe.

O tempo de armazenamento mais utilizado na União Europeia é de três meses, reunindo 70 por cento do total, seguida da de cinco meses, que corresponde a 23 por cento.

Fonte: Agrodigital

Alqueva com 22 empreitadas em curso e 200 ME em execução

08-04-2015 

 
A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, revelou que as 22 empreitadas em curso para concluir o projecto do Alqueva, no final deste ano, envolvem um investimento público na ordem dos 200 milhões de euros.
 
A meta de concluir o Alqueva no final de 2015 «mantém-se e vai ser cumprida», frisou a ministra, explicando que estão, «neste momento, 22 empreitadas no terreno», com «um investimento público na casa dos 200 milhões de euros a ser executado».
 
«O meu compromisso era, até ao final de 2015, ter a obra concluída e posso garantir que, nesta campanha de rega, temos 88 mil hectares a regar» e que, «na próxima, teremos os 120 mil hectares concluídos», argumentou.
 
A ministra da Agricultura falava aos jornalistas após inaugurar a ligação do Alqueva ao perímetro de rega da barragem da Vigia, em Montoito, no concelho de Redondo, Évora, após obras que, incluindo trabalhos de beneficiação, rondaram os 5,5 milhões de euros.
 
O investimento público em regadio representa «um trabalho extraordinário» do país e «tem tido um bom eco junto dos agricultores», os quais «aderem cada vez mais e fazem grandes investimentos», realçou.
 
Por isso, disse, «os euros gastos neste empreendimento do Alqueva são euros de dinheiro público muitíssimo bem gastos porque multiplicam muito as possibilidades de investimento na agricultura».
 
A área total de regadio no Alentejo a equipar por Alqueva é de 120 mil hectares, cerca de 88 mil dos quais disponíveis na atual campanha de rega. Actualmente, encontram-se mais 30 mil em obra, a concluir até finais deste ano, com entrada em exploração prevista para a campanha de rega de 2016.
 
Além de novos regadios, realçou a ministra da Agricultura, o Alqueva «tem tido a possibilidade de ajudar outros empreendimentos de rega já existentes», de que é exemplo o perímetro da Vigia, que «tinha escassez de água».
 
«A cada cinco anos, havia um ano ou dois anos em que tinham falta de água. Foi possível fazer uma ligação de Alqueva à Vigia e passar a dar a garantia de estabilidade da água» a este perímetro, congratulou-se a governante.
 
«É este trabalho concertado entre a obra nova, a reabilitação da obra antiga e a possibilidade de ligação dos vários perímetros que eu acho que é uma aposta muito forte e muito ganha no Alentejo e no país», sublinhou.
 
Questionada pela Lusa sobre o aumento de capital da empresa gestora do Alqueva, a Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva (EDIA), em cerca de 3,2 milhões de euros, a ministra justificou dever-se à «situação financeira» da instituição, que «não é fácil».
 
Fonte: Lusa

Comércio intracomunitário de hortícolas em 2014 desce cinco por cento em volume e oito em valor

08-04-2015 
  
O comércio intracomunitário de hortícolas frescas, que reflete as exportações e importações entre os Estados-membros da União Europeia, caiu em 2014 em relação a 2013 cerca de cinco por cento em volume.
 
Assim, totalizou 18,2 milhões de toneladas e oito por cento em valor, situando-se em 12,6 milhões de euros, de acordo com os últimos dados actualizados pelo Gabinete de Estatísticas da União Europeia, o Eurostat.  
 
A descida das hortícolas frescas deve-se, sobretudo, á queda da batata, o principal produto hortícola objecto do comércio intracomunitário global de frutas e hortícolas, situando-se em seis milhões de toneladas, cerca de menos 14 por cento em comparação a 2013 e em valor somou 1.247 milhões de euros, ou seja, menos 35 por cento que em 2013.
 
Em relação às frutas, o comércio em 2014 manteve-se estável, com um volume igual ao de 2013, 17 milhões de toneladas. No entanto, o valor desceu cerca de quatro por cento, totalizando 15.577 milhões de euros. Bananas, laranja e a maçã são as principais frutas do comércio entre os distintos Estados-membros.
 
A banana situou-se em 2,6 milhões de toneladas, mais quatro por cento que em 2013, a laranja em 2,2 milhões, -12 por cento e a maçã foi de 1,8 milhões de toneladas, o que supõe -5,5 por cento.
 
O comércio intracomunitário global de frutas e hortícolas frescas ascendeu em 2014 as 35,3 milhões de toneladas, por um valor de 28.269 milhões de euros.
 
Fonte: Agrodigital