sábado, 15 de março de 2014

Melhor baguete de Paris é feita... por portugueses

DÉLICES DU PALAIS

por Paula BritoOntem40 comentários

António Teixeira e o filho
O melhor pão de França é feito, imagine-se, por uma família portuguesa. Ou seja, a melhor baguete de Paris deste ano saiu da padaria Aux Délices Du Palais, fundada por António Teixeira.
O padeiro português emigrado há mais de 40 anos em França, que já tinha conquistado o prémio em 1998, voltou a vencer o concurso da Melhor Baguete de Paris, com a ajuda do filho de 24 anos.
Refere o jornal Figaro, que o jovem ajudou a família a ganhar notoriedade na capital francesa e a abrir uma segunda padaria no país. Os vencedores vão agora fornecer o Palácio Presidencial do Eliseu.

Jovens agricultores com mais apoio nos seguros de colheita

COBERTURA DE RISCO

12 Março 2014, 18:58 por Isabel Aveiro | ia@negocios.pt


Novo regulamento de seguros, hoje publicado, beneficia contratos colectivos, jovens em ano de primeira instalação e a permanência no sistema. São criados seguros especiais para culturas mais sensíveis ao risco de geada e chuva persistente
O novo sistema de seguros de colheita, que reforma o anterior Sistema Integrado de Protecção contra as Aleatoriedades Climáticas (SIPAC) e que amanhã entra em vigor, vai beneficiar, através do apoio a conceder aos agricultores, a permanência, a cooperação e os jovens agricultores.
 
O novo regulamento, esta quarta-feira publicado em Diário da República e que amanhã, dia 13 de Março, vai majorar em três pontos percentuais quando os agricultores se enquadram num grupo e são jovens em início de actividade.
 
Recorde-se que no âmbito do novo Programa de Desenvolvimento Rural (PDR), que utiliza as verbas da PAC – Política Agrícola Comum no próximo quadro de referência de 2014 a 2010, os apoios terão financiamento a 100% de Bruxelas.
 
Precisamente para ter acesso a essas verbas, e integrar a concessão de apoio no novo PDR, o Governo teve que alterar o sistema segurador das colheitas em Portugal. O novo sistema, frisou a tutela da Agricultura em comunicado enviado às redacções, frisa que o novo sistema “opera no novo PDR e portanto é financiado a 100% por fundos comunitários”.
 
Assim, o novo diploma adianta que “a determinação do valor do apoio” é de “65% do prémio dos contratos de seguro colectivo, de segurados que tenham aderido no ano anterior, bem como dos contratos de seguro de jovens agricultores em ano de primeira instalação”.
 
Para todos os outros excluídos daquelas situações, o apoio é de 62%.
 
O novo regulamento determina ainda que para a aferição do apoio a conceder, o prémio a pagar pelo tomador do seguro é considerado “com dedução dos encargos fiscais, parafiscais e custos de apólice, limitado ao valor obtido a partir da tarifa de referência” que são “determinadas por despacho do membro do Governo responsável pela área da agricultura”.
 
"O valor do apoio” é “descontado no momento do pagamento do prémio”, adianta a tutela no diploma agora publicado.
 
Criação de seguros específicos
 
No comunicado, a secretaria de Estado da Agricultura, cujo titular é Diogo Albuquerque, explica outra grande reforma do anterior sistema de seguros: o novo regulamento “é composto por uma apólice horizontal que abrange todas as culturas no território continental e por apólices específicas mais adaptadas às culturas e regiões” e é igualmente um sistema “mais universal pois será conjugado com o PDR”.
 
Ou seja, nas palavras do Governo, “os agricultores que façam seguros terão prioridade e majorações nos apoios às medidas do PDR 2014-2020”.
 
Há contudo, há consequências da reforma, que advém da sua integração no PDR e nas regras comunitárias: por um lado, “o pagamento de indemnizações pelas seguradoras passou a restringir-se às situações em que as quebras de produção do agricultor excedem 30% dos valores de produção históricos”.
 
Por outro lado, “cessam também todas as contribuições e mobilizações para o Fundo de Calamidades”.
 
O que, na prática, o Governo cria com o novo sistema, é a divisão entre seguro horizontal “que abrange todas as culturas no território continental”. São abrangidas várias culturas, desde cereais a viveiros vitícolas e frutícolas” cobrindo os riscos de “incêndio, acção de queda de raio, geada, granizo, queda de neve, tornado e tromba de água”.
 
Neste caso “o montante da indemnização é equivalente a 80% dos prejuízos realmente sofridos”.
 
Uma segunda via de cobertura de colheitas é criada através de “seguros especiais dirigidos especificamente a determinadas produções e regiões que sejam mais vulneráveis a fenómenos climáticos adversos”.
 
Neste caso, é assim criado um seguro específico para as “as explorações com pomares para a produção de pomóideas (macieiras, pereiras e marmeleiros), localizadas no Interior Norte, “com elevada exposição ao risco de geada”.
 
Neste caso, “o montante da indemnização é equivalente aos prejuízos realmente sofridos, deduzidos em 15% ou 25% da produção efectivamente esperada”. “Para os restantes riscos”, adianta o diploma, “o montante da indemnização é equivalente a 80% dos prejuízos realmente sofridos”.
 
Um segundo seguro especial é igualmente criado, para “as explorações de tomate para a indústria”, por “plantação ou sementeira”, e “situadas no território do continente”, nomeadamente para “o risco de chuva persistente”. 
 
Que culturas estão abrangidas nos seguros horizontais?
Cereais; leguminosas para grão; oleaginosas arvenses (como o girassol); hortícolas a céu aberto; culturas hortícolas “sensíveis às baixas temperaturas” (desde cebola a alface, passando pela cenoura); “culturas hortícolas resistentes às baixas temperaturas” (como couves, nabo e rabanete); linho, lúpulo e algodão; vinha para produção de uva de mesa; macieiras, pereiras e marmeleiros; prunóideas (desde cerejeiras a pessegueiros); olival; frutos secos (como nogueira, amendoeira, castanheiro e alfarrobeira); tabaco; citrinos, actinídeas (kiwi); figueiras; “culturas em regime de forçagem conduzidas no interior de estufas ou abrigos baixos (túneis); beterraba açucareira; “pequenos frutos” (como mirtilo, framboesa e amora); floricultura ao ar livre; diospireiros; nespereiras; abacateiros; tamarilho; tomate para indústria; medronheiros; viveiros vitícolas; frutícolas florestais; e de plantas ornamentais. 

Bombeiros Miguel Macedo apela a mais prevenção na defesa da floresta

O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, destacou hoje o reforço da instrução no novo plano estratégico de formação dos bombeiros, mas alertou para a necessidade de reforçar a prevenção nos fogos florestais.
PAÍS Miguel Macedo apela a mais prevenção na defesa da floresta Lusa
14:58 - 12 de Março de 2014 | Por Lusa

"Não é uma revolução, mas é um passo muito significativo em frente", afirmou o ministro, sobre o Plano Estratégico de Formação dos Bombeiros Portugueses 2014-2016 apresentado hoje em Sintra. Miguel Macedo salientou que o plano responde à melhoria na área do combate, mas sublinhou a importância da prevenção, até "do ponto de vista pedagógico".

Embora reconhecendo que "as florestas não se limpam com leis", o governante considerou que tem sido efetuado um esforço legislativo para alterar o enquadramento jurídico da gestão florestal, que precisa de ser complementado com ações no terreno envolvendo as diversas entidades.

O plano apresentado pela Escola Nacional de Bombeiros (ENB) aposta na formação dos bombeiros nas corporações e o reforço da componente de instrução. O documento estabelece que a formação básica deve realizar-se nos corpos dos bombeiros e nas 29 unidades locais de formação existentes no país, assegurando os centros de formação da ENB a qualificação de elementos de comando, graduados e formadores.

A formação deve ser realizada de preferência nos períodos de disponibilidade dos bombeiros voluntários, nomeadamente em horário noturno e durante o fim de semana. O presidente da ENB, José Pereira, explicou que o plano visa o reforço do "treino e a instrução contínua" nas corporações.

A formação à distância será uma nova vertente a desenvolver no âmbito do novo plano, que permitirá reduzir a duração dos cursos. As novas tecnologias serão também adotadas em ações com simuladores, que possibilitam recriar cenários e diferentes tipos de sinistro nos planos de formação dos agentes de comando.

O presidente da ENB revelou que o plano prevê ações de formação específicas com peritos internacionais, em colaboração com organismos congéneres de Espanha e França. Está também planeado um maior recurso à colaboração com especialistas e instituições universitárias portuguesas.

Até ao final de junho, a ENB tem planeada a realização de 244 ações de formação na área dos incêndios florestais, envolvendo 3900 operacionais.

"A qualidade da formação dos bombeiros portugueses há muito que é boa", defendeu José Pereira, recusando a existência de "facilitismo" no planeamento formativo dos agentes de socorro. No entanto, o responsável espera que o novo plano contribua para reforçar a componente da instrução.

Miguel Macedo também destacou a maior preocupação com o treino e instrução, como forma de reforçar as competências nos corpos de bombeiros. Em termos de material, o ministro espera poder assegurar a distribuição até meados do ano de novos equipamentos de proteção individual para os bombeiros, num investimento de sete milhões de euros.

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Jaime Marta Soares, mostrou-se satisfeito com "a evolução" patente no novo plano, mas recusou que os bombeiros não possuam hoje a formação adequada para prestar o socorro às populações.

Os fogos florestais, notou Marta Soares, representam apenas "seis por cento da atividade dos corpos de bombeiros" e a gestão da floresta terá de ser assumida como uma prioridade para minimizar os danos que o país tem sofrido nesta área.

Polónia: Ministro da Agricultura demite-se para denunciar a falta de acção do seu governo contra a PSA

Stanislaw Kalemba, Ministro da Agricultura da Polónia, apresentou a renúncia ao cargo. Em conferência de imprensa, manifestou que a principal razão da sua demissão foi a falta de acção do seu Governo para ajudar os suinicultores polacos devido à crise da Peste Suína Africana (PSA).

Os suinicultores polacos estão a atravessar uma importante crise desde a detecção de dois javalis afectados pela doença. A Russia fechou as suas fronteiras ao suíno da UE e da China.

O excesso de oferta de carne de porco no mercado está a pressionar os preços para baixo, pelo que o Ministro Kalemba queria iniciar uma compra pública de porcos na zona tampão establecida por causa da PSA, medida que é cofinanciada pela UE.

Kalemba denuncia que o Governo não tem vontade de pôr em marcha qualquer medida de ajuda, apesar de, durante toda esta semana, se terem sucedido os protestos dos criadores polacos, que estão a bloquear estradas para chamar a atenção da necessidade urgente de adopção de medidas de mercado.

Kalemba é Ministro da Agricultura desde Julho de 2012 e pertence ao Partido dos Camponeses Polacos (PSL), partido que sempre teve esta pasta desde que em 2007 formou coligação de Governo com a Plataforma Cívica.

Fonte:  Agrodigital


http://www.agroportal.pt/agronoticias/2014/03/14g.htm

Fundação Luso e Quercus vão plantar 24 mil árvores na Serra do Buçaco


A Fundação Luso e a Quercus vão plantar 24 mil árvores durante os próximos três anos, em 24 hectares da Serra do Buçaco, no concelho da Mealhada, onde se situa a zona de recarga do aquífero mineral da Água de Luso.

A iniciativa começou hoje de manhã, com a plantação de mil árvores num dos hectares dessa mesma zona, envolvendo 30 voluntários da empresa Água de Luso, da Junta de Freguesia do Luso, responsáveis da Quercus e do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, informou Noémia Calado, diretora-executiva da Fundação Luso.

A acção de plantação está a ser realizada no âmbito de um protocolo assinado em Dezembro entre a Quercus e a fundação, que prevê a plantação e tratamento de oito hectares por ano, plantando assim 24 mil árvores em 24 hectares.

A iniciativa pretende "proteger o aquífero que é utilizado pela Água de Luso", procurando recompor a floresta para "garantir a sustentabilidade" do património hídrico, explicou Paulo Lucas, da Quercus.

Com o desaparecimento do pinhal da serra, devido a "uma praga que atacou os pinheiros, um pouco por todo o país", a zona foi "invadida por outras espécies, principalmente acácias", que "infestaram" a Serra do Buçaco de "forma descontrolada", contou.

No local, serão plantadas "cerca de 14 espécies de árvores e arbustos", como "o azevinho, o carvalho, o medronheiro ou o loureiro", que são "plantas da flora original destes espaços", de forma a que a Serra do Buçaco tenha "uma floresta autóctone", sublinhou Paulo Lucas.

O responsável da Quercus frisou que "as árvores são fundamentais para a manutenção da qualidade do aquífero".
Paulo Lucas salientou também que a floresta da Serra do Buçaco "é importante para retardar a propagação de fogos", considerando que a plantação das árvores naturais daquela zona poderá fazer com que se tenha "uma floresta mais resistente a incêndios".

"É um trabalho muito difícil", disse à Lusa, considerando que "as acácias não são plantas fáceis de dominar" e que terá que se "investir mais no futuro".

Para o responsável, este "é um pequeno contributo", recordando que a zona florestal da Serra do Buçaco tem 968 hectares.

Fonte:  Lusa

China tornou-se um "mercado estratégico" para vinhos portugueses

As exportações de vinhos portugueses para a China continental duplicaram nos últimos quatro anos, projectando aquele país como "um mercado estratégico" de Portugal, disse hoje à agência Lusa, em Pequim, um responsável do sector.

"Há dez anos não exportávamos nada para aqui. O ano passado vendemos 12 milhões de euros", realçou o presidente da ViniPortugal, Jorge Monteiro, no final de uma acção de promoção na capital chinesa, que atraiu mais de 200 profissionais.

Juntando as novas Regiões Administrativas Especiais de Macau e Hong Kong, as exportações de vinhos para toda a República Popular da China somaram cerca de 19,5 milhões de euros, indicou o responsável.

Pelas contas da ViniPortugal, a associação interprofissional do sector vitivinícola português, a China é já "o quinto maior mercado dos vinhos nacionais fora do espaço europeu", a seguir a Angola, EUA, Canadá e Brasil.

"Portugal não produz apenas grandes jogadores de futebol como Cristiano Ronaldo e Figo: também produz bons vinhos", disse Jorge Monteiro aos profissionais chineses que acorreram à prova da ViniPortugal realizada num conhecido hotel do centro de Pequim e regada com dezenas de marcas de 16 produtores.

Foi a segunda promoção de vinhos portugueses na capital chinesa no espaço de dois dias, depois da prova organizada na quarta-feira pela Enoport num museu privado da cidade.

Os profissionais chineses "são pessoas muito interessadas e atentas", disse Marta Galamba, enóloga da ViniPortugal.

Depois da França, que chegou ao mercado já na década de 1980, Espanha, Austrália, África do Sul, Chile e outros países produtores de vinho estão também a tentar conquistar o paladar da emergente classe média local. "A concorrência não nos incomoda. Não competimos no volume, nem no preço: competimos na diferença", afirmou o presidente da ViniPortugal.

Antes de Pequim, a ViniPortugal promoveu provas idênticas de vinho em Xiamen (dia 10) e Xangai (dia 14).

A digressão assinala o início da colaboração entre a ViniPortugal e a Câmara de Comércio chinesa para a Importação e Exportação de Produtos Alimentares, cujo presidente, Bian Zhenhu, participou também na prova de Pequim.

Fonte:  Lusa

Vitacress renova imagem das saladas biológicas


por Ana Rita Costa
12 de Março - 2014
A gama Bio da Vitacress sofreu uma remodelação e conta agora com uma imagem renovada. A marca uniformizou os formatos existentes da seleção de saladas biológicas que conferem agora maior relevo à simbologia “BIO”.

 
Esta gama integra cinco variedades diferentes, Salada Ibérica (mistura de folhas baby de alface roxa, alface verde, rúcula selvagem), Salada Mesclum (mistura de folhas baby de alface roxa, alface verde, rúcula selvagem ou espinafre ou folha de ervilha conforme a sazonalidade), Espinafre Baby, Agrião de Água e Rúcula Selvagem.

De acordo com a marca, “16% da área agrícola (o equivalente a 30 hectares) da Vitacress é dedicada exclusivamente à proteção do ambiente e da vida animal. A marca valoriza a vida selvagem nas áreas circundantes das suas quintas, cuja maioria está situada em áreas protegidas.”

Agriloja vence Prémio Crescimento 2013


por Ana Rita Costa
12 de Março - 2014
A Agriloja de Torres Vedras venceu o Prémio Crescimento 2013 atribuído pela Valorfito. De acordo com a empresa, este prémio é o reconhecimento da “contribuição realizada por esta loja na recolha de resíduos de embalagens primárias de produtos fitofarmacêuticos utilizados por produtores agrícolas”.

 
O galardão foi recebido por Rui Duarte, Coordenador Técnico do Grupo Agriloja, durante a Gala de Entrega de Prémios realizada a 21 de fevereiro nas Caves Graham’s, em Vila Nova de Gaia.

Os prémios da Valorfito revertem a favor de uma instituição de solidariedade social e a Agriloja escolheu a APECI – Associação para a Educação de Crianças Inadaptadas, uma Instituição Particular de Solidariedade Social que desenvolve atividades em Torres Vedras, Cadaval, Alenquer e Sobral de Monte Agraço.

Mirtilo. Centenas de projetos candidatados e hectares programados. E futuro, tem?


11-03-2014
O III Encontro Nacional de Produtores de Mirtilo reuniu em S. Pedro do Sul uma mesa redonda composta por produtores e organizações e outros agentes que perante uma plateia repleta elucidaram sobre a forma como a cultura tem evoluído no nosso país.
Que o mirtilo é uma baga repleta de propriedades medicinais, com um grande poder antioxidante e que se dá bem no frio já é algo do domínio público pois nunca, desde que a cultura foi experimentada nos anos 90 em Sever do Vouga, se falou tanto sobre este pequeno fruto no seio da realidade agrícola portuguesa.
Os dados sobre a fruticultura no ProDer, reportados a 30 de junho demonstram que o grupo dos pequenos frutos e bagas (amora, framboesa, medronho, mirtilo, baga de sabugueiro e groselha), praticamente insignificante até ao Recenseamento Geral Agrícola de 2009, no ProDer passou a contabilizar 1700 hectares plantados, com um claro destaque para o mirtilo

Tetra Pak lança primeira abertura de base biológica para as suas embalagens Tetra Rex




A Tetra Pak®, líder mundial em soluções de tratamento e embalagem para alimentos, anunciou hoje o lançamento do primeiro sistema de abertura de base biológica para as suas embalagens Tetra Rex®.

Produzida com polietileno de alta densidade (HDPE) derivado da cana-de-açúcar, a nova versão da abertura TwistCap OSO 34 marca mais uma etapa no cumprimento da meta estabelecida pela Tetra Pak de tornar as suas embalagens totalmente renováveis. Em 2013, a empresa produziu 1.1 mil milhões de aberturas de base biológica a nível mundial, valor que traduz um incremento de mais de 80% face ao ano anterior.

O cartão fabricado a partir da madeira, um recurso renovável, representa 80% do material que compõe uma embalagem Tetra Rex® de um litro. Com o lançamento da nova abertura de base biológica, o conteúdo de material renovável na embalagem aumenta em mais 4%, contribuindo para melhorar mais ainda o desempenho ambiental da embalagem, sem comprometer a sua funcionalidade e reciclabilidade.

“O lançamento de sistemas de abertura de base biológica tem sido reconhecido por clientes como a Valio, empresa finlandesa de lacticínios que é a primeira a utilizar a nova versão do TwistCap OSO 34 para os seus produtos,” afirma Christina Chester, directora de produto da Tetra Pak. “Ficamos contentes que os clientes estejam a valorizar os nossos esforços para os ajudarmos a melhorar o seu perfil ambiental.”

Os clientes da Tetra Pak que utilizam o sistema de abertura TwistCap OSO 34 convencional podem facilmente mudar para a versão de base biológica sem necessidade de qualquer investimento adicional ou modificação nas linhas de enchimento existences.

Fonte:  gci

sexta-feira, 14 de março de 2014

Oliveira do Hospital espera vender cinco toneladas de queijo Serra da Estrela


A Câmara de Oliveira do Hospital espera receber 20 mil pessoas na festa do queijo Serra da Estrela, no sábado e no domingo, e vender cinco toneladas daquele produto.

José Carlos Alexandrino, presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, prevê que sejam vendidas "cinco toneladas de queijo Serra da Estrela", sublinhando que a sua produção é "de qualidade e não de quantidade".

Na 23.ª edição da festa que, segundo o autarca, "é a maior do país", estarão outros produtos associados, como "os enchidos, o mel e doçaria local, assim como a olaria", de forma a haver "uma defesa genuína do produto regional".

Este ano, a Câmara de Oliveira do Hospital decidiu "trazer a festa para o meio da cidade", no largo Ribeiro do Amaral, para que os visitantes "conheçam também o comércio da cidade", disse à Lusa José Carlos Alexandrino, à margem da apresentação da festa.

Durante os dois dias do evento, decorrerão também outras actividades, como um concurso de gastronomia, tosquias, fabrico de queijo Serra da Estrela ao vivo e um "show cooking", em que crianças irão "ajudar a fazer o queijo com as suas próprias mãos", explicou o autarca.

Todos os anos há um "queijo convidado", sendo que este ano a festa decidiu "internacionalizar-se", estando presentes "tipos de queijos produzidos nas Astúrias", região espanhola, informou.

Para José Carlos Alexandrino, a iniciativa é também uma forma de "homenagear os pastores e queijeiras de Oliveira do Hospital que resistem nestes tempos" e que, "sem sábados nem domingos, à chuva e ao sol, criam um produto de excelência".

"O produto poderá vir a extinguir-se", alertou, afirmando que são precisos "jovens que se dediquem ao queijo Serra da Estrela".

A Câmara quer aproximar os jovens da produção de queijo e, para isso, apela a que estes "aproveitem o quadro comunitário de 2014-2020", avançando que a autarquia tem "um gabinete de desenvolvimento económico que ajudará a construir projectos" para o concelho.

José Carlos Alexandrino sublinhou ainda a necessidade de se fazer "uma feira em Lisboa e outra no Porto", em conjunto com todos os municípios produtores de queijo Serra da Estrela.

Fonte:  Lusa

Capoulas Santos congratula-se com a "aprovação" da nova PAC pelos cidadãos europeus

Comunicado de imprensa: Capoulas Santos

Capoulas Santos, Coordenador Agrícola dos socialistas no Parlamento Europeu (PE) e principal Relator para a reforma da PAC, manifestou-se "muito satisfeito" com os resultados da sondagem Eurobarómetro sobre a PAC, há dias publicada pela Comissão Europeia.

Segundo a mesma, mais de 80 % dos cidadãos da UE apoiam os objetivos fundamentais da PAC e quase a mesma percentagem de inquiridos consideram que a política agrícola comum (PAC)" é vantajosa para os cidadãos da UE".

Para Capoulas Santos, "valeram a pena quase três anos de debates e milhares de horas de negociações dentro do PE e nos trílogos com o Conselho e a Comissão, no contexto da codecisão introduzida pelo Tratado de Lisboa que igualou os poderes do PE ao dos Ministros da Agricultura".

Capoulas Santos regozijou-se igualmente por "mais de 90% dos inquiridos serem favoráveis ao reforço da componente verde da nova PAC e ao facto do recebimento das ajudas pelos agricultores ficar agora condicionado ao respeito por boas práticas agrícolas em termos  ambientais".

O eurodeputado português considerou ainda que "a avaliação revelada pela sondagem confirma que o papel do Parlamento Europeu foi muito importante para aproximar dos cidadãos e não só dos agricultores, de uma política fundamental da União alvo de muitas críticas no passado".

O inquérito concluiu ainda que, para 53% dos inquiridos a agricultura é "muito importante", sendo que 61% considera que os rendimentos dos agricultores são "inferiores" aos de outros setores económicos. Para 45% o orçamento agrícola definido para a PAC é "adequado" enquanto que para 26% é reduzido e para apenas 13% "muito elevado".

Capoulas Santos considerou "ser agora mais importante do que nunca acompanhar a aplicação da nova PAC em cada um e em todos os Estados-membros para que as expectativas dos cidadãos e dos agricultores não saiam defraudadas".

O inquérito foi realizado segundo a metodologia dos inquéritos Eurobarómetro, entre 23 de novembro e 2 de dezembro de 2013, nos 28 Estados-Membros da UE e nele participaram 27 919 cidadãos.


Rozès reconhecida a nível mundial





A marca portuguesa arrecadou três Grandes Medalhas de Ouro e 8 Medalhas de Ouro nos concursos Mundus Vini Spring 2014 e Vinalies Internationales 2014

Mais uma vez os vinhos do Porto e Douro da Rozès S.A foram galardoados em dois grandes concursos internacionais, no Mundus Vini Spring 2014, na Alemanha, e no Vinalies Internationales 2014, em França. Na primeira competição a Rozès granjeou três Grandes Medalhas de Ouro, as mais importantes no setor vinícola, e no segundo concurso arrecadou quatro medalhas de ouro. Para o presidente da Rozès, António Saraiva, “a conquista destes prémios é o reconhecimento do trabalho de alta qualidade que temos vindo a desenvolver com os nossos vinhos”.

No prestigiado concurso Mundus Vini Spring 2014, destacam-se as três Grandes Medalhas de Ouro atribuídas ao Rozès Porto 40 anos, ao Rozès Porto Late Bottled Vintage Unfiltered 2007 e ao Rozès DOP Douro Noble Late Harvest 2008. O Rozès Porto Colors Collection Reserve granjeou ainda uma medalha de prata na competição. Neste concurso, outras medalhas de ouro foram arrecadadas pela Rozès com a gama Porto Colors Collection white Reserve, Rozès Porto Colors Collection Gold - 10 anos, Rozès Porto 10 anos Infanta Isabel e Rozès Porto Vintage 2007. As medalhas de prata também foram atribuídas ao Rozès Porto Tawny, ao Rozès Porto White e ao Rozès Porto 20 anos.

Já no concurso francês Vinalies Internationales 2014, além da medalha de prata conquistada pelo Terras do Grifo DOP Douro Grande Reserva Branco 2011, os vinhos Rozès somaram quatro medalhas de ouro com os vinhos Terras do Grifo Porto Vintage 2011, Terras do Grifo DOP Douro Tinto 2011, Terras do Grifo DOP Douro Branco 2013 e Quinta do Grifo DOP Douro Reserva Tinto 2010.

A Rozès, ao longo da sua história centenária, tem visto os seus vinhos premiados nos inúmeros concursos nacionais e internacionais em que participa, tendo-se tornado uma marca de referência no setor vinícola, confirmada com a distinção “Empresa de Generosos do Ano 2012” pela prestigiada revista nacional, a “Revista de Vinhos”.

Mediana

quinta-feira, 13 de março de 2014

Vinhos de Lisboa venderam +EURO 3M (+5%) em 2013



Os vinhos da Região de Lisboa venderam mais €3M (+5%) em 2013, anunciou a Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa (CVR Lisboa).

“Estes números, recorde-se, dizem respeito à produção certificada da Região Vitivinícola de Lisboa”, afirma Vasco d’Avillez, presidente da CVR Lisboa.

De um modo geral, e devido às condições climáticas, a produção da região caiu 18% relativamente ao ano anterior. No país, a produção de vinho caiu cerca de 25%, em relação ao ano transacto.

Apesar deste decréscimo, a produção da Região de Lisboa situou-se nos 90 milhões de litros.

Deste volume, a CVR Lisboa vendeu 23,5 milhões de selos, que equivalem, aproximadamente, a um igual número de garrafas.

“A certificação acabou por aumentar porque se espera, em 2014, uma maior exportação de vinho. Os produtores, para garantirem resposta ao aumento da procura nos mercados, trataram de certificar maior quantidade do que no ano anterior”, explica o presidente da CVR Lisboa.

De acordo com a mesma fonte, uma região como a de Lisboa que produz 90 milhões de litros pode sempre certificar mais do que os cerca de 25% que certifica actualmente.

A sustentar estes resultados estão as exportações que voltaram a subir de 60% para 65%, sendo que, de todo o vinho da região que é certificado, apenas 35% fica em território nacional.

O top 6 dos mercados mais importantes para os Vinhos de Lisboa continua a ser composto por Angola, Brasil, EUA, Europa do Norte e China, sendo que, em 2013, a Rússia passou a fazer, também, parte deste ranking, uma vez que os investimentos que tinham vindo a ser feitos neste mercado se começaram a materializar.

“Esperamos que, a partir de 2014, os resultados relativos aos mercados sejam ainda melhores, uma vez que para o triénio 2014/2016 os investimentos a fazer vão passar a contemplar a Namíbia e a África do Sul, para além de Angola e Moçambique, onde já operávamos, constituindo, assim um eixo de comercialização de vinhos da Região de Lisboa em África.”, refere Vasco d’Avillez.

De acordo com o presidente da Comissão, todo o vinho produzido na Região de Lisboa vale no mercado, anualmente, €80M.

A CVR Lisboa espera, em 2014, um acréscimo deste valor, quer pelo subida do preço do Vinho quer pelo aumento da quantidade certificada.

Presidente da República exonerou consultores que assinaram manifesto para reestruturação da dívida



O Presidente da República exonerou hoje dos seus cargos de consultores da Presidência da República o ex-ministro da Agricultura Sevinate Pinto e o antigo secretário de Estado Vítor Martins, disse fonte de Belém.

A fonte confirmava assim a notícia avançada no 'site' do semanário Expresso sobre a exoneração dos dois consultores do chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, que tinham assinado o "manifesto dos 70", que defende a reestruturação da dívida portuguesa.

O antigo ministro da Agricultura Sevinate Pinto desempenhava o cargo de consultor para a Agricultura e Vítor Martins, que foi secretário de Estado dos Assuntos Europeus num dos Governo e Cavaco Silva, era consultor para os Assuntos Europeus.

Fonte:  Lusa

Parceria comercial transatlântica pode extinguir sector do tomate de indústria em Portugal

AIT

Se o setor industrial de tomate na europa não for protegido no âmbito das negociações da Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento, entre a União Europeia (UE) e os Estados Unidos da América (EUA), a consequência para o tomate de indústria em Portugal pode ser o desaparecimento.

Para Miguel Cambezes, Secretário-Geral da Associação dos Industriais de Tomate (AIT), este cenário "é mais do que um perigo real, é praticamente uma inevitabilidade, face à desproporção de forças entre o gigantesco mercado industrial de tomate da Califórnia e o português."

Numa altura em que decorre, até à próxima sexta-feira, em Bruxelas, a quarta ronda negocial entre a UE e os EUA no âmbito da procura deste acordo comercial, a AIT lembra que, as especificidades deste setor em particular, levam a que a eventual abolição de proteções tarifárias à importação de produtos transformados de tomate beneficiaria muito mais os EUA do que a Europa. Sendo que Portugal sairia completamente derrotado deste processo, apesar de ter a maior produtividade média da Europa e a terceira mais elevada do mundo e de ser o 4º maior exportador a nível mundial, com 95 por cento da produção a ser vendida em mercados externos, o que equivale a mais de 250 milhões de euros em exportações.

É que, desde logo, os custos de produção no setor industrial do tomate são bem diferentes dos dois lados do Atlântico, com vantagem clara para a Califórnia. O principal fator de custos é a matéria-prima e representa mais de 50 por cento na estrutura de custos da transformação. Nos EUA estes custos são cerca de 20 por cento mais baixos do que em Portugal, por exemplo.

Segue-se o custo da energia, como o segundo mais significativo. Acresce que a política energética europeia, em geral, e a nacional em particular, contribui para elevar bastante os nossos custos face à realidade norte-americana, o que penaliza significativamente a competitividade da fileira de tomate nacional. Por outro lado, as políticas ambientais na UE têm conduzido a exigências nas práticas agrícolas/industriais superiores às exigidas nos EUA, com consequências negativas sobre os respetivos custos de produção e, consequentemente, sobre a competitividade da fileira.

Assim, enquanto estas situações não se harmonizarem em ambos os lados do Atlântico, os produtos transformados de tomate devem ser considerados como "sensíveis" no âmbito desta negociação e, consequentemente, continuarem a beneficiar de proteções tarifárias. Nesta altura, os direitos de importação em causa são, respetivamente, de 14 por cento no caso das importações na UE e de 12 por cento no caso das importações dos EUA.

Em 2012, o volume das importações de concentrado de tomate na UE com origem nos EUA foi de 74,4 mil toneladas, ou seja, 21,3% do total do volume das exportações deste produto pelos EUA. Nesse mesmo ano, o volume das importações de concentrado de tomate nos EUA com origem na UE foi de 3,9 mil toneladas, 38,5% do volume total das importações deste produto pelos EUA. Os norte-americanos exportaram, nesse ano, cerca de 19 vezes mais concentrado para a UE do que importaram.

A negociação da Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento entre a União Europeia e os EUA que está em curso, e que continuará ao longo de 2014, não se limita a pretender eliminar tarifas e reduzir limitações ao comércio entre as duas regiões. Pretende, também, a harmonização de regulamentos não-tarifários nos dois blocos.

Novo centro de investigação agronómica

Face a esta realidade, favorável aos EUA, a Europa, e Portugal em particular, continuam à procura de vencer as lacunas de competitividade que existem. Nesse sentido, a AIT vai continuar a fazer tudo o que está ao seu alcance para que o setor continue a crescer e a ser um exemplo no panorama agrícola nacional.

A próxima aposta é na criação, em Portugal, de um centro de investigação agronómica que torne o nosso país mais competitivo e com níveis de produção, e de custos agrícolas, mais próximos dos que são conseguidos na Califórnia.

Em breve deverá ser celebrado um protocolo entre a AIT, o Ministério da Agricultura e a CAP (Confederação dos Agricultores de Portugal) que vai dar origem a um centro de investigação, cujos principais objetivos são conseguir diminuir os custos de produção em 10 por cento e aumentar em 10 por cento as quantidades de tomate transformado. Este centro de investigação deverá estar em pleno funcionamento já na próxima campanha de tomate.

12 de março de 2014

Agricultores têm disponível novo sistema de seguros de colheitas

MAM

A partir de amanhã
Agricultores têm disponível novo sistema de seguros de colheitas

O Ministério da Agricultura e do Mar (MAM) tem já disponível, a partir de amanhã, para os agricultores, um novo Sistema de Seguros de Colheitas. Este novo seguro irá funcionar já no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020 (PDR) e em todo o território continental.

Este novo Sistema de Seguros de Colheitas estará assente em 3 princípios fundamentais:

Opera no novo PDR e portanto é financiado a 100% por fundos comunitários;

É composto por uma apólice horizontal que abrange todas as culturas no território continental e por apólices específicas mais adaptadas às culturas e regiões e que irão contemplar já em 2014 a macieira, a pereira e o marmeleiro do Interior Norte e cujo risco coberto é de geada e o tomate de indústria cujo risco coberto é a chuva persistente;

É um sistema de seguros de colheitas mais universal pois será conjugado com o PDR, isto é, os agricultores que façam seguros terão prioridade e majorações nos apoios às medidas do Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020.

Segundo o Secretário de Estado da Agricultura, José Diogo de Albuquerque: "Está pronto um novo Sistema de Seguros de Colheitas com financiamento comunitário, isto é, através do PDR. Este seguro vem substituir integralmente o anterior SIPAC e com isto se dá o passo esperado para deixar de acumular dívidas e preparar para o futuro, aquela que será a ferramenta de proteção para os nossos agricultores contra as aleatoriedades climáticas. Não tenho dúvidas que esta ferramenta no futuro contará com mais agricultores e mais seguradoras e que será a rede de segurança que os agricultores precisam para produzir melhor e com isso ajudar a economia do país".

Este novo Sistema de Seguros de Colheitas entra já em vigor, sendo que em 2015 está prevista a criação de mais apólices específicas e de uma maior universalidade.

12 de março de 2014

quarta-feira, 12 de março de 2014

Idoso morre em acidente de trator


Actualizado em ( 10-Mar-2014 )
 
Escrito por Informação, Sim 10-03-2014 09:28


Um idoso morreu ao final da tarde de sexta-feira vítima de um acidente trator. A vítima, de 77 anos, natural de Ala, no concelho de Macedo de Cavaleiros, conduzia a máquina num terreno agrícola, situado entre Mogrão e Corujas. O alerta foi dado por volta das oito horas. Quando o socorro chegou ao local, o homem encontrava-se já em paragem cardiorrespiratória, como adianta Luís Fernandes, Adjunto de Comando dos Bombeiros Voluntários de Macedo de Cavaleiros.Apesar das tentativas de reanimação, o óbito foi declarado no Hospital de Macedo de Cavaleiros. As irregularidades do terreno poderão estar na origem do acidente. Um acidente de tractor a fazer mais uma vítima mortal, desta vez um homem de 77 anos, natural de Ala, no concelho de Macedo de Cavaleiros.  Escrito por Rádio Onda Livre 

Números e consequências (1)

ACRESCIMO

Recentemente, o Grupo Portucel Soporcel, através de uma empresa de Comunicação, fez transparecer o seu peso na economia nacional.

Em 2013, em referência a dados disponibilizados pelo INE, o grupo informa representar 1% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. O Grupo foi no ano transato o 2.º maior exportador nacional em valor bruto, com um peso de cerca de 3% das exportações nacionais de bens. O conjunto das fileiras silvo-industriais nacionais assegura cerca de 10% das exportações nacionais.

Atualmente, pouco mais de 3% das exportações nacionais, em valor bruto, em pasta celulósica e em papel, menos de 1/3 das exportações nacionais de base florestal, dispõem da 5.ª maior área de eucaliptal do mundo, ou seja, de uma área superior à existente na Austrália, região de origem da espécie, ficando abaixo da Índia (8.005 mil hectares), do Brasil (3.407 mil hectares), da China (1.134 mil hectares) e (talvez ainda) da Espanha (931 mil hectares, em 2006).

Tendo em conta os dados históricos do Inventário Florestal Nacional, a área nacional de eucalipto mais do que duplicou (110,4%) desde a adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia. Segundo o Instituto de Conserva Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), só entre 1995 e 2010 esse aumento foi de 13%.



Apesar do aumento significativo em área nos últimos 30 anos, a produtividade média dos eucaliptais nacionais regista atualmente um valor já identificado em 1928.

Temos assim que a estratégia das empresas deste setor e do próprio País assenta numa aposta em quantidade (massificação em área), não em qualidade (produtividade por área).

Mas, tem sido esta aposta do País coerente com o interesse nacional?

Curiosamente, enquanto se tem vindo a efetivar esta aposta, da produção em quantidade de rolaria para trituração pela indústria de pasta e papel, entre 1990 e 2010, o peso do Valor Acrescentado Bruto (VAB) da silvicultura no VAB nacional, de acordo também com os dados do INE – Contas Económicas da Silvicultura, registou um declínio progressivo de 67%. O seja, registou-se um decréscimo acentuado da economia florestal (atividade produtiva, comércio de madeiras e prestação de serviços á produção).

Só entre 2000 e 2010, agora ao nível das fileiras silvo-industriais, foi registado um declínio de 40% no peso do setor florestal ao nível do Produto Interno Bruto (este já de si em declínio na década em causa). Curiosamente, o decréscimo do peso no PIB foi muito mais acentuado ao nível da indústria, do que na silvicultura.

Também no emprego no setor, o declínio é evidente, sobretudo ao nível da indústria.



Grosso modo, sem aprofundar as relações de interdependência, cresce o peso do Grupo Portucel Soporcel na economia nacional, aumenta a área de eucaliptal em Portugal, decresce o peso económico e social da floresta portuguesa, bem como o peso do setor florestal português (floresta + indústrias de base florestal).


Lisboa, 10 de março de 2014


Cooperativa dos EUA vai formar moçambicanos em produção de lacticínios

11-03-2014 
 

 
Cerca de cinco mil produtores moçambicanos de gado bovino vão receber formação em produção de lacticínios, numa iniciativa para impulsionar sector que conta com o apoio dos Estados Unidos, noticiou a imprensa local.

A cooperativa agrícola Land O´Lakes, do estado norte-americano de Minnesota, foi a entidade escolhida pelo Governo dos Estados Unidos para formar produtores de gado bovino das províncias moçambicanas de Maputo, Sofala, Manica e Nampula, segundo avança o Diário Notícias.

Com a meta de aumentar já em 2014 a produção de lacticínios no país em 3,5 por cento, com o programa pretende-se melhorar a qualidade do leite e dinamizar a sua distribuição no mercado nacional.

Fonte: Lusa

CAP reúne Conselho Consultivo do Baixo Alentejo e Algarve


Rádio Pax - 12/03/2014 - 00:03

CAP reúne Conselho Consultivo do Baixo Alentejo e Algarve 

    
A CAP - Confederação dos Agricultores de Portugal reúne hoje o Conselho Consultivo do Baixo Alentejo e Algarve.  

O encontro tem lugar em Alvalade do Sado. João Machado, presidente da CAP e Luís Mira, Secretário-geral reúnem-se à porta fechada com os dirigentes associativos regionais.

A fiscalidade, a novo Política Agrícola Comum (PAC) e a transição do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER) são matérias que integram a ordem de trabalhos. As explicações foram deixadas à Rádio Pax por Sebastião Rodrigues, membro da direcção da CAP.

Cientistas identificam nova ameaça «misteriosa» para a camada de ozono

Cientistas identificaram quatro novos gases com efeito de estufa produzidos pelo homem que estão a contribuir para a destruição da camada de ozono.
Embora as concentrações actuais desses gases ainda sejam pequenas, dois deles estão a acumular-se na atmosfera a uma taxa significativa.
Desde meados dos anos 80, preocupações sobre o crescente buraco na camada de ozono têm estado a restringir a produção de gases clorofluorcarbonetos (CFC).
Mas a origem dos novos gases ainda permanece um mistério, dizem os cientistas.
Localizada na atmosfera, entre 15 e 30 quilómetros acima da superfície da Terra, a camada de ozono tem um papel fundamental no bloqueio dos raios ultravioleta (UV), que podem causar cancro em humanos e problemas reprodutivos nos animais.
Cientistas do British Antarctic Survey, entidade responsável pelos assuntos relativos aos interesses do Reino Unido na Antárctida, foram os primeiros a descobrir um enorme «buraco» na camada de ozono sobre o continente gelado em 1985.
As evidências rapidamente apontaram como causa os gases CFC, que foram inventados na década de 1920 e amplamente utilizados em refrigeração e como propulsores em aerossóis, como sprays e desodorizantes.
Os países, então, concordaram rapidamente em restringir os CFCs, e o Protocolo de Montreal, de 1987, limitou o uso dessas substâncias.
A proibição internacional total sobre a sua produção entrou em vigor em 2010.
Agora, investigadores da Universidade de East Anglia, em Londres, descobriram evidências de quatro novos gases que podem destruir o ozono e que estão a ser lançados na atmosfera a partir de fontes ainda não identificadas.
Três dos gases são CFCs e um é o hidroclorofluorocarboneto (HCFC), que também pode danificar o ozono.
«A nossa pesquisa identificou quatro gases que não estavam na atmosfera até à década de 1960, o que sugere que são produzidos pelo homem», disse o chefe da pesquisa, Johannes Laube.
Os cientistas descobriram os gases analisando blocos de neve. Segundo eles, o ar extraído dessa neve é um «arquivo natural» do que estava na atmosfera até 100 anos atrás.
Os investigadores também analisaram amostras de ar recolhidas no Cabo Grim, uma região remota na ilha da Tasmânia, na Austrália.
Eles estimam que cerca de 74 mil toneladas desses gases foram libertados na atmosfera. Dois dos gases estão a acumular-se a taxas significativas.
«Nós não sabemos de onde os novos gases estão a ser emitidos e isso deve ser investigado. Fontes possíveis incluem insumos químicos para a produção de insecticidas e solventes para limpeza de componentes electrónicos», afirmou Laube.
«Além do mais, os três CFCs estão a ser destruídos muito lentamente na atmosfera - por isso, mesmo se as emissões parassem imediatamente, eles ainda permaneceriam na atmosfera por muitas décadas», acrescentou.
Os quatro novos gases foram identificados como CFC-112, CFC112a, CFC-113a, HCFC-133a.
O CFC-113a foi listado como um «insumo agro-químico para produção de piretróides», um tipo de insecticida que já foi usado largamente na agricultura.
Assim como o HCFC-133a, ele também é usado para fabricar refrigeradores. Os CFC-112 e 112a podem ter sido usados na produção de solventes de limpeza de componentes eléctricos.
Outros cientistas reconheceram que, embora as concentrações actuais desses gases sejam pequenas e não representem uma preocupação imediata, uma pesquisa para identificar a sua origem precisa de ser feita.

Cabo Verde tem utilizado bem os fundos da cooperação portuguesa, diz Assunção Cristas



Cabo Verde tem utilizado bem os recursos financeiros disponibilizados pela Cooperação Portuguesa no setor das infraestruturas marítimas e agrícolas, disse hoje à agência Lusa a ministra da Agricultura e do Mar de Portugal.

Assunção Cristas, que cumpre hoje o segundo e último dia de uma visita de trabalho a Cabo Verde, salientou nesse sentido a construção ou ampliação dos portos, sobretudo o da Cidade da Praia, e a edificação, de raiz, de barragens para reter as águas pluviais em benefício, a jusante, da agricultura local.

"É um balanço muitíssimo positivo. Fizemos (segunda-feira) uma visita intensa ao terreno, centrada em duas áreas, as infraestruturas de regadio, construídas ao longo destes anos ao abrigo de linhas de crédito portuguesas, barragens para retenção e armazenagem da água pluvial, que depois é encaminhada para a agricultura", salientou.

Fusão cria a maior empresa de bananas do mundo

A Chiquita Brands International - fornecedora de frutas com 144 anos de história - fechou um acordo de fusão com a empresa irlandesa de frutas tropicais Fyffes plc, o que cria a maior empresa de bananas do mundo. A companhia resultante do pacto nasce com 1,07 mil milhões de US$ em acções e será chamada de ChiquitaFyffes.

A nova empresa terá 32 mil funcionários e uma receita anual de 4,6 mil milhões de US$ gerada com as vendas de mais de 160 milhões de caixas de bananas, segundo notícia publicada no The Wall Street Journal. Os accionistas da Chiquita, que tem sede em Charlotte, no Estado norte americano da Carolina do Norte, ficarão com 50,7% da nova empresa, que terá acções negociadas em Nova York. A matriz será em Dublin, informaram as empresas.

A fusão tornaria a ChiquitaFyffes a maior distribuidora mundial de bananas, superando a Dole Food Co., que hoje ocupa o primeiro lugar. David McCann, actual director-presidente da Fyffes, será o líder executivo da nova empresa, e Ed Lonergan, o director-presidente da Chiquita, ficará com o cargo de presidente do conselho de administração.

Lonergan procurou McCann para propor um possível acordo em Outubro, durante uma conferência do sector de frutas em Nova Orleães, disse McCann em entrevista ao The Wall Street Journal. A empresa resultante da fusão procurará expandir-se em partes da Ásia e do Oriente Médio, onde o consumo de banana é relativamente baixo, acrescentou. "Esta é uma transacção histórica para a Chiquita e a Fyffes que reúne o melhor de ambas as empresas", disse Lonergan. "Como uma empresa combinada, estamos numa posição melhor num mercado altamente competitivo."

A nova empresa está posicionada para explorar a crescente procura global por bananas, apoiada por melhorias no transporte que permitem que o fruto maduro se mantenha fresco por mais tempo. As exportações de bananas aumentaram 7,3% em 2012, para um recorde de 16,5 milhões de toneladas, de acordo com a ONU.

As companhias informaram que a fusão gerará uma economia anual de custos de pelo menos 40 milhões de US$ até 2016. Além do comércio de bananas, a ChiquitaFyffes terá uma posição sólida na venda de melões, abacaxis e saladas embaladas, informaram as empresas.

Melhorias no transporte estão ajudando a dar impulso à procura por bananas. A fruta é transportada principalmente em câmaras frigoríficas especiais de navios de carga. No passado mantinham-se frescas até 20 dias, mas inovações recentes mais que dobraram a vida útil das bananas.

Fonte:  GloboRural

"Lei das sementes": Parlamento Europeu rejeita proposta da Comissão



O Parlamento Europeu rejeitou hoje a polémica proposta do executivo comunitário sobre a produção e a disponibilização no mercado de material de reprodução vegetal, conhecida como a "lei das sementes". 

As deficiências na avaliação de impacto da Comissão e a criação de encargos administrativos desnecessários para os Estados-Membros e os agricultores foram alguns dos motivos para a rejeição. Segundo os eurodeputados, as leis da UE devem encorajar a preservação da biodiversidade na agricultura.

Devido à sua ampla variedade, o material de reprodução vegetal é actualmente regulamentado por 12 directivas que permitem adaptar as regras a cada caso específico.

Entre os aspectos que suscitam maior apreensão para os eurodeputados incluem-se a decisão de substituir as 12 directivas actuais por um regulamento único e o não cumprimento de uma série de objectivos em matéria de simplificação, de inovação e de resolução de questões relacionadas com os recursos fitogenéticos.

O Parlamento Europeu manifesta também preocupações em relação ao material de propagação vegetal destinado à venda a horticultores particulares e aos encargos administrativos desnecessários impostos aos Estados-Membros e aos operadores (podendo conduzir à redução da escolha para os consumidores). Segundo os eurodeputados, a legislação da UE sobre o material de reprodução vegetal deve facilitar e encorajar a preservação da biodiversidade na agricultura e na horticultura.

Os parlamentares consideram que a avaliação de impacto que acompanha a proposta da Comissão está desactualizada e não trata devidamente a questão das suas repercussões nas pequenas e microempresas da UE.

A proposta da Comissão foi rejeitada em plenário por 650 votos contra, 15 a favor e 13 abstenções.

O que acontece agora?

Apesar de o Parlamento Europeu ter requerido à Comissão que retirasse a sua proposta, esta decidiu não fazê-lo. Os eurodeputados votaram a sua posição em primeira leitura (rejeição da proposta) e enviaram-na para o Conselho de Ministros da UE.

Se os ministros europeus apoiarem a rejeição da proposta, o processo legislativo fica encerrado. Se estes apresentarem alterações à proposta da Comissão, o Parlamento Europeu pode rejeitá-las em segunda leitura (o que "mataria" a proposta de vez) ou entrar em negociações com o Conselho com vista a alcançar um acordo sobe o texto do regulamento.

Intervenção de eurodeputados portugueses no debate

Alda Sousa (CEUE/EVN)

Fonte:  PE

Reforma da PAC: Comissão europeia aprova os actos delegados





A Comissão europeia aprovou hoje a primeira série de actos delegados relativos à reforma da política agrícola comum (PAC) para tornar esta politica mais equitativa, mais verde e mais objectiva. Estes textos completam os quatro actos de base aprovados a 13 de Dezembro 2013 pelo Parlamento europeu e pelo Conselho para a reforma da PAC.

Dacian Ciolos, Comissário europeu para a agricultura e desenvolvimento rural, declarou hoje: «A aprovação destes actos delegados é a última etapa, após a qual os Estados membros poderão elaborar as regras ao nível nacional tendo em vista a implementação da nova política agrícola comum. O Parlamento e o Conselho devem ainda pronunciar-se. Eu agradeço-lhes pela contribuição preciosa e construtiva durante a preparação destes actos. É essencial que os Estados membros estejam em condições de aprovar as suas regras a nível nacional a breve trecho, para que, de forma definitiva, a reforma da PAC esteja em vigor a partir de Janeiro de 2015, para que os agricultores possam tomar as decisões relativas à natureza e às modalidades das suas futuras produções e que o conjunto dos cidadãos europeus possam beneficiar duma PAC nova e eficaz».

Os actos delegados foram objecto de discussões com os peritos dos 28 Estados membros e do Parlamento europeu. A sua aprovação pela Comissão abre um período de dois meses durante o qual o Parlamento europeu e o Conselho examinarão atentamente os textos. Na ausência de objecções da parte destas duas instituições, os actos delegados serão publicados ao mesmo tempo que as medidas de execução correspondentes a fim de permitir aos Estados membros aprovarem as suas modalidades de implementação da reforma da PAC ao nível nacional ou regional.

Os dez actos delegados que completam os quatro regulamentos de base estabelecem as regras relativas a:

- pagamentos directos;
- sistema integrado de gestão e de controle, condições de recusa ou recuperação dos pagamentos e sanções administrativas aplicáveis aos pagamentos directos, apoio ao desenvolvimento rural e à condicionalidade;
- exigências relativas aos produtos agrícolas que beneficiam da ajuda à armazenagem privada;
- sectores das frutas e produtos hortícolas e das frutas e produtos hortícolas transformados;
- ajudas para as medidas de acompanhamento no quadro de um programa a favor do consumo de frutas e produtos hortícolas na escola;
- programas de ajuda nos sectores do azeite e das azeitonas de mesa;
- medidas no quadro dos programas de ajudas nacionais no sector vitivinícola;
-  apoio ao desenvolvimento rural;
- organismos pagadores e outras entidades, gestão financeira, apuramento das contas, garantias e utilização do euro;
- despesas de intervenção pública.
Fonte:  Europa

Assinatura de Protocolo para a criação de um Centro de Arbitragem em matéria fundiária no Cadaval

O Ministério da Justiça e a Câmara Municipal do Cadaval assinam amanhã, dia 12 de março de 2014, um Protocolo enquadrador da criação de um novo Centro de Arbitragem em matéria fundiária, o qual terá a sua sede no Palácio da Justiça daquele Concelho. A cerimónia contará com a presença da Ministra da Justiça e do Presidente da Câmara do Cadaval e terá lugar às 16h15 no Auditório do Edifício dos Paços do Concelho do Cadaval.

Com a assunção do compromisso de criarem as condições necessárias para o nascimento deste novo Centro de Arbitragem de competência especializada na resolução de conflitos originados na atividade fundiária e agrícola, o Ministério da Justiça e a Câmara Municipal do Cadaval procuram unir esforços e aproveitar sinergias no sentido de agilizar a resolução de litígios emergentes no seio de uma atividade económica de inquestionável interesse para a região e para Portugal, responsável por uma dinâmica atividade agrícola exportadora, mormente de produtos frutícolas e hortícolas.

A criação de um centro de arbitragem com competência especializada para a resolução de litígios neste domínio permitirá que os mesmos possam ser resolvidos de forma célere, eficaz, eficiente e a custos reduzidos, o que torna a justiça mais pronta para todos quantos sejam confrontados com a necessidade de solucionarem litígios de natureza fundiária e pretendam recorrer a esta forma alternativa de resolverem os seus litígios.

11 de março de 2014

PCP questiona Governo sobre eliminação da obrigatoriedade de facturação imediata nos casos em que as entregas das produções agrícolas a entidades que as transformam não coincide com a definição do preço produto final




As alterações da fiscalidade na actividade agrícola imposta pelo Governo, nomeadamente o fim do regime de isenção do IVA, representam uma autêntica sentença de morte para milhares de pequenos e médios produtores agrícolas, conduzindo à destruição da agricultura nacional, agravando a dependência alimentar do país e acentuando a desertificação e o abandono dos campos. São medidas que, ignorando as características e as especificidades da agricultura portuguesa, apenas favorecem as grandes explorações agrícolas, o grande agronegócio e a monopolização da distribuição alimentar.

Recentemente, uma delegação do PCP reuniu com produtores de azeite algarvios, em Tavira, que expuseram um problema concreto resultante das alterações de fiscalidade no sector agrícola.

Os pequenos e médios produtores agrícolas entregam nos lagares a azeitona para produção de azeite, sendo os lagares remunerados em espécie pelo seu serviço (uma percentagem do azeite produzido, a chamada maquia). No ato da entrega do azeite ao produtor agrícola, os lagares devem, de acordo com as novas regras de fiscalidade, passar uma factura correspondente ao valor do serviço prestado, sobre o qual incide IVA. Contudo, visto que os lagares recebem pelo seu serviço uma dada percentagem do azeite produzido, o qual só será comercializado mais tarde, não é possível, no ato da entrega do azeite ao produtor agrícola (deduzido da maquia), conhecer o valor do serviço prestado, o que, naturalmente, inviabiliza a emissão da factura.

A situação descrita não é específica da relação dos lagares algarvios com os produtores de azeitona; ocorre em todas as situações em que a entrega das produções agrícolas a entidades que as transformam não coincide com a definição do preço do produto final.

Esta situação era, aliás, prevista no Projecto de Resolução n.º 830/XII/3ª, apresentado pelo Grupo Parlamentar do PCP em Setembro de 2013, o qual foi rejeitado com os votos contra do PSD e CDS e a abstenção do PS.

Assim, o Grupo Parlamentar do PCP questionou o Governo, através dos Ministérios das Finanças e da Agricultura e Mar sobre se o Governo está disponível para eliminar a obrigatoriedade de facturação imediata nos casos em que a entrega das produções agrícolas a entidades que as transformam não coincide com a definição do preço do produto final, e, em caso negativo, como espera o Governo que as entidades que transformam os produtos agrícolas, nos casos em que a entrega para transformação não coincide com a definição do preço do produto final, possam emitir facturas.

Fonte:  Grupo Parlamentar do PCP


PortugalFoods promove reuniões entre empresas do sector agroalimentar nacional e o grupo Mercacenter



A PortugalFoods está a promover, desde segunda-feira até hoje, nas suas instalações no TecMaia, na Maia, reuniões de 45 minutos entre 30 empresas agroalimentares nacionais e grupo Mercacenter, de Andorra.

Tratam-se de reuniões preparatórias da 2ª edição da ‘Sabor de Portugal’, uma acção de promoção inédita organizada pela PortugalFoods e pela Mercacenter em Andorra, e que contou, na sua 1ª edição, em 2013, com 23 empresas portuguesas do sector e mais de 300 produtos nacionais em supermercados locais. De entre as 23 empresas participantes da acção do ano passado, 20 são hoje fornecedoras da Mercacenter.

Durante os encontros, as 30 empresas portuguesas terão oportunidade de se apresentarem à cadeia de distribuição Mercacenter e realizarem diversas provas de degustação dos seus produtos, com o objectivo de integrarem a iniciativa ‘Sabor de Portugal’ 2014, a ter lugar em Setembro e Outubro.

Andorra não é um membro pleno da União Europeia, mas usufrui de uma posição especial no seio desta organização. Este aspecto reflecte-se, por exemplo, no facto de aquele Principado, no que respeita às trocas de produtos manufacturados, estar isento de tarifas, à semelhança de qualquer estado-membro da UE. Já no que concerne às trocas agropecuárias, o mesmo é tratado como um não-membro.

O país utiliza o euro como moeda corrente e apresenta a taxa de desemprego mais baixa do mundo (0,01%).

Mais de 16% da população actual a residir em Andorra é de origem portuguesa. Porém, as relações comerciais entre Portugal e o Principado são ainda pouco significativas.

Fonte:  mediagate

Os vinhos portugueses vão ser a estrela do primeiro evento entre os jornais PÚBLICO e O GLOBO


PÚBLICO 11/03/2014 - 20:06
Com vinhos de 50 produtores portugueses e o "copo inteligente”, o Rio Vinhos Portugal pretende atrair mais de cinco mil pessoas.

 
O primeiro evento da parceria PÚBLICO e O GLOBO, no Rio de Janeiro, pretende atrair mais de 5 mil pessoas NELSON GARRIDO

Numa iniciativa inédita, dois órgãos de comunicação social de dois países juntam-se num evento que, durante três dias, vai colocar o vinho de Portugal na agenda do Rio de Janeiro. O Rio Vinhos Portugal, que resulta de uma parceria entre o PÚBLICO e o jornal carioca O GLOBO, vai reunir entre 40 e 50 produtores nacionais num mercado que terá lugar no Palácio São Clemente, residência oficial do Cônsul de Portugal no Rio de Janeiro.

O evento, que conta com o apoio da ViniPortugal, responsável pela promoção mundial da marca Vinhos de Portugal, tem como ambição atrair mais de cinco mil consumidores e profissionais entre os dias 23 e 25 de Maio.

Além do mercado, haverá cursos para iniciantes no âmbito da Academia de Vinhos de Portugal desenvolvidos pela ViniPortugal, provas de vinhos conduzidas pelos críticos dos dois jornais e por Dirceu Viana Júnior, único Master of Wine brasileiro. Os temas das provas vão da nova geração de enólogas portuguesas ao vinho da Madeira, passando pelos tintos nacionais e os espumantes. Haverá também a prova especial “Os Porto das Copas”, com vinhos do Porto dos anos em que o Brasil venceu o Mundial de futebol – 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002. Para os profissionais haverá sessões de Degustação Rápida (Speed Tasting) em que os produtores terão a oportunidade de organizar provas dirigidas a bares e restaurantes do Rio de Janeiro. Também haverá uma área dedicada à experiência do vinho do Porto.

O evento pretende aumentar a visibilidade e o consumo dos vinhos portugueses no Rio de Janeiro e no Brasil, num ambiente descontraído com tecnologia inovadora, mostrando um Portugal moderno.

O "copo inteligente" (Smart Wine Glass), uma nova tecnologia portuguesa, será usado pela primeira vez no Brasil. Com este copo, o visitante receberá no seu email todas as informações dos vinhos que provar, o seu preço e onde os poderá comprar. O "copo inteligente" é uma tecnologia desenvolvida pela empresa portuguesa Adegga.com e acaba de ganhar o prémio de inovação do Wine Business Innovation Summit, em Munique, Alemanha.

Rio Vinhos Portugal é o primeiro evento realizado pelo PÚBLICO e O Globo. A parceria entre os dois faz parte da estratégia de expansão do jornal português para o Brasil, na qual está prevista uma série de parcerias em vários estados do país. No Rio, o PÚBLICO entra com o know-how dos seus críticos e a sua extensa tradição de cobertura do sector do vinho, principalmente com o suplemento Fugas. O GLOBO é um dos jornais mais conceituados do Brasil, com experiência em grandes eventos que mobilizam a cidade do Rio de Janeiro, como o Rio-Gastronomia e o Rio-Design.

Os dois jornais vão publicar um suplemento especial Rio Vinhos Portugal, que será coordenado pelo jornalista do PÚBLICO Manuel Carvalho, com uma tiragem de 210 mil exemplares. A audiência na versão impressa é de aproximadamente 1,2 milhões de leitores. No suplemento, serão apresentados os vinhos e as regiões que estarão no evento. Durante todo o mês de Maio haverá reportagens especiais sobre vinhos e Portugal. O site do jornal tem 20,6 milhões de visitantes únicos.O PÚBLICO é um dos principais diários portugueses, número um no ranking de sites noticiosos, com mais de 3 milhões e meio de visitantes únicos, 14% deles do Brasil.

Os vinhos portugueses detêm uma quota de 12.5% do mercado brasileiro, ocupando a quarta posição entre os principais fornecedores do país logo após o Chile, a Argentina e a França. Mais destacada é a posição dos vinhos nacionais no mercado do estado do Rio de Janeiro. No ano passado, 29% do vinho comercializado no mercado carioca era de proveniência portuguesa. As inscrições terminam no dia 14, próxima sexta-feira. Os produtores portugueses podem increver-se directamente na ViniPortugal, através do email marketing@viniportugal.pt

Alunos de vários países europeus estudam as alterações climáticas na Ria de Aveiro



A Universidade de Aveiro (UA) vai receber, durante duas semanas, cerca de 60 alunos de 10 universidades europeias para um programa de trabalho relacionado com a adaptação às alterações climáticas em áreas peri-urbanas e rurais da região da Ria de Aveiro, mais especificamente nos concelhos de Aveiro, Estarreja, Murtosa e Ovar. Trata-se do “Intensive Program Adaptation to Climate Change in Europe’s Peri-Urban and Rural Areas of High Risk” (IP ACCE), no âmbito do programa Erasmus, coordenado pela Van Hall Larenstein University of Applied Sciences, da Holanda, e que conta com a participação do Departamento de Ambiente e Ordenamento (DAO) da UA.

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No dia 10 de Março (segunda feira), pelas 9h30, no Anfiteatro do DAO, realizou-se a sessão de abertura, com a presença de representantes da UA, dos municípios envolvidos no projecto (Aveiro, Estarreja, Murtosa, Ovar) e da Comunidade Intermunicipal da Ria de Aveiro (CIRA).

O trabalho de campo, que envolve 15 docentes e cerca de 60 alunos de 10 universidades e 13 nacionalidades europeias diferentes, começa dia 8 de Março, com a chegada dos alunos e professores europeus a Aveiro, e termina dia 22.

As áreas em análise têm pouca capacidade de resiliência para responderem e recuperarem de situações ambientais extremas causadas pelas alterações climáticas (por exemplo, cheias e inundações, ou fogos florestais). Os estudantes vão, assim, tentar identificar potenciais respostas para estas situações, como por exemplo: criar espaço para a água de superfície, de modo a evitar as inundações; gestão das florestas para evitar os incêndios, entre outras.

Para além da Holanda, que coordena o programa, e de Portugal (através da UA), participam neste projecto universidades da Bulgária, Espanha, República Checa, Finlândia, Alemanha, Hungria, Roménia e Eslováquia.

Filomena Martins, professora do DAO, é a responsável na UA por este projecto.

Fonte:  UA

Seminário "Valorização da Fileira da Pinha/Pinhão"

O pinheiro manso é uma das espécies florestais mais interessantes na economia das explorações agro-florestais mediterrânicas. Por essa razão, têm sido realizados elevados investimentos por parte dos produtores florestais, que se traduziram num aumento significativo das áreas de pinheiro-manso (46% em área total entre 1995 e 2010), que totalizam actualmente 175.000 hectares. 

A UNAC identificou o Pinheiro Manso como uma das sua áreas de trabalho prioritárias com vista a um aumento na profissionalização desta cultura e à promoção da melhoria da competitividade da fileira da pinha/ pinhão na região do Alentejo.

Não obstante a actual conjuntura de baixa produção de pinha, e que tem gerado preocupação dentro do seio da Fileira, a UNAC considera, no que é uma característica intrínseca a qualquer investimento florestal, que deve ser delineada e executada uma estratégia de médio e longo prazo que permita o desenvolvimento das potencialidades desta fileira.

Foi para dar resposta a esta estratégia que a UNAC - União da Floresta Mediterrânica executou o Projecto “Programa de Valorização da Fileira da Pinha/Pinhão” uma iniciativa QREN, apoiada no âmbito do INALENTEJO, cujo investimento ascende a 113.660,47 euros, com cofinanciamento FEDER de 79.562,33 euros.

No âmbito da execução do referido projecto, a UNAC está a organizar o Seminário de Encerramento que se vai realizar no próximo dia 28 de Março de 2014, no auditório municipal de Alcácer do Sal, e onde vão ser apresentados os principais resultados obtidos, para além de comunicações na área da Produção e Gestão de Povoamentos, na Valorização do Produto e sobre o Sector e o Mercado do Pinhão, por parte de oradores nacionais e internacionais.

Após o seminário será ainda realizada a apresentação do Livro "Receitas com Pinhão", por parte do Provedor da Confraria Gastronómica do Alentejo, seguindo-se uma Sessão de Degustação de pinhão e produtos à base de pinhão.

Fonte:  UNAC

terça-feira, 11 de março de 2014

Os melhores produtos nacionais em exposição e competição

 

Os melhores produtos nacionais em exposição e competição

 

Reunir e promover no mesmo espaço os melhores vinhos, azeites, queijos, enchidos, méis, compotas, frutas, entre outros bens alimentares e dar a conhecer aos visitantes produtos de qualidade, mas que muitas vezes o consumidor não encontra facilmente, são objetivos do Salão Prazer de Provar que decorre no âmbito da 51ª Feira Nacional de Agricultura / 61ª Feira do Ribatejo, no Centro Nacional de Exposições, em Santarém de 7 a 15 de Junho e que terá como temática principal a Produção Nacional.


O evento agrupa o 8º Salão Nacional do Azeite, o 7º Salão Nacional da Alimentação e o 9º Festival Nacional do Vinho e contará com diversas iniciativas abertas à participação dos visitantes.


Este ano realce para a Padaria da Feira, dinamizada pela empresa “O Quentinho”. Neste espaço o visitante poderá encontrar vários tipos e formato de pão. Três vezes por dia, entre as 12.00 e as 22.30 estará disponível pão quente, acabado de sair do forno.


A “Mercearia da Feira”, as “Demonstrações de Cozinha ao Vivo”, mostras e degustações de produtos, harmonizações entre Vinhos/Azeites e Iguarias, entre outras atividades, decorrem também durante os nove dias do Salão.


Concursos


No âmbito da Feira Nacional de Agricultura e do Salão Prazer de Provar, o CNEMA realiza em conjunto com a Qualifica já neste mês de Março diversas competições que têm como objetivo estimular a produção de qualidade, dar a conhecer os melhores produtos nas diferentes regiões do país, incentivar o seu consumo e promover o encontro de produtores, empresas, técnicos e apreciadores.


A 18 de Março decorre o 3º Concurso de Doçaria Conventual Portuguesa e o 3º Concurso Nacional de Licores Conventuais Tradicionais Portugueses, enquanto no dia 21 realiza-se o 4º Concurso Nacional de Enchidos, Ensacados e Presuntos Tradicionais Portugueses com Nomes Qualificados.


O 3º Concurso Nacional de Pães, Broas, Folares e Bôlas Tradicionais Portugueses, o 3º Concurso Nacional de Doçaria Tradicional Popular Portuguesa e o 3º Concurso Nacional de Conservas de Pescado Tradicionais Portuguesas efectuam-se a 25, 26 e 31 de Março, respetivamente.



Vencedores distinguidos com peça de artesanato

 

Além das provas que se realizam em Março, o Centro Nacional de Exposições será palco de diversas competições que decorrem em Abril, Maio e Dezembro. Neste âmbito, os premiados do Concursos Nacionais realizados pelo CNEMA, em conjunto com entidades como o Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo, a Federação Nacional dos Apicultores de Portugal e a Qualifica, serão distinguidos com peças de artesanato em barro, personalizadas para cada um dos Concursos.

 

Da autoria da artesã Celina Bispo e comercializadas pela empresa Nelson Marques – Louças Utilitárias, estas magníficas obras associam o barro, produto português de referência, à excelência dos produtos alimentares portugueses distinguidos pela avaliação dos júris dos diversos concursos.

 



Especialistas prevêem Verão calmo em incêndios florestais



É urgente a adopção de medidas e de políticas integradas na prevenção dos fogos
A excepção poderá ser a região da Serra da Estrela e o Alto Minho. Especialistas destacam efeitos negativos da falta de prevenção na altura em que se assinalam seis meses sobre o lançamento da petição sobre a gestão do fogo, que defende a criação de um corpo profissional de bombeiros florestais e a adopção de medidas preventivas. 10-03-2014 9:00 por Olímpia Mairos

“Atendendo àquilo que ardeu no ano passado no Norte e Centro, este Verão, em princípio, vai ser relativamente calmo, abaixo da média, em termos de área ardida”, explica à Renascença, alertando para a excepção que pode ser a “região da Serra da Estrela e o Alto Minho”. 

Quando ao Sul, Paulo Fernandes afirma que “é sempre imprevisível porque há muito menos fogos, mas há condições para haver grandes incêndios. Pode acontecer um daqueles incêndios de 20 mil hectares, como o de Tavira, em 2012, ou pode não acontecer absolutamente nada”. 

O investigador sublinha, por outro lado, a falta de prevenção de fogos em Portugal. “O principal problema dos incêndios é a incapacidade dos decisores políticos de entender os problemas estruturais, ou pelo menos de os encarar, de concretizar medidas que vão de encontro aos problemas e não aos sintomas”, alerta. 

A juntar à falta de prevenção, o investigador do Centro de Investigação e de Tecnologias Agroambientais e Biológicas (CITAB) destaca as “dificuldades estruturais da floresta”. 

“Há problemas relacionados com o território: a maioria das propriedades são minifúndios, o que conduz a pouca expectativa de rendimento (devido aos incêndios) e cria um ciclo vicioso. As pessoas não investem porque consideram que o investimento não compensa”, salienta, acrescentando que outro problema prende-se com o uso das chamas pela população rural, uma prática que ocorre durante todo o ano, sem precauções, “e que conduz, variadas vezes, a incêndios florestais”. 

O investigador defende também que o sistema de defesa da floresta contra incêndios em vigor deverá, “para funcionar melhor”, apostar numa “maior integração entre os três pilares, cuja responsabilidade está repartida por três instituições: vigilância e detecção (GNR), prevenção (Instituto da Conservação da Natureza e Florestas) e combate (Autoridade Nacional de Proteção Civil). 

Os alertas do especialista surgem na altura em que se assinalam seis meses sobre o lançamento da petição sobre a gestão do fogo, que defende a criação de um corpo profissional de bombeiros florestais e a adopção de medidas preventivas de incêndios. 

A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), sediada em Vila Real, investiga os incêndios de forma contínua desde 1983.

Agricultores distribuem fruta em Pombal em protesto contra imposições fiscais


10-03-2014 12:16 | País
Fonte: Agência Lusa 
Coimbra, 10 mar (Lusa) - A União de Agricultores do Distrito de Leiria esteve hoje nas imediações do mercado de Pombal a distribuir fruta e batatas como forma de protesto contra as novas imposições fiscais sobre os pequenos e médios agricultores.

"Um agricultor, para vender uma couve ou meia dúzia de ovos, tem agora que se coletar. Isso não se pode fazer", criticou António Ferraria, responsável da União de Agricultores do Distrito de Leiria, considerando que a medida pode levar a "uma desertificação do mundo rural".

Enquanto António Ferraria distribuía laranjas, maçãs e batatas às pessoas que entravam ou saíam do mercado, ouviam-se vozes indignadas contra o novo regime, que obriga os agricultores a declarem o início de atividade e a passarem fatura de todas as transações comerciais, além de pagarem uma prestação mensal para a Segurança Social.

"O Zé Povinho é que paga. Estão a desgraçar-nos", diziam pessoas que passavam e recebiam o saco de fruta ou de batatas e um papel dirigido aos consumidores em que se apelava ao consumo de "produtos agrícolas nacionais".

Maria, de 70 anos, que já marca presença no mercado desde os 13 anos, rejeitou o saco oferecido pelo dirigente da União de Agricultores: "Deixe lá. Tenho as minhas em casa para vender".

Para a agricultora que vive nos arredores de Pombal, as novas imposições fiscais obrigam-na a "ir para casa".

"Vendi sempre aqui no mercado. Agora, com 70 anos, querem que a gente se colete? Querem que a gente vá para a Segurança Social entupir as filas?", criticou Maria, que usou o megafone de António Ferraria para criticar o atual Governo, considerando que este "tira tudo aos que já estão desgraçados".

A sua reforma de 274 euros "não chega" e vendia no mercado "as sobras", que ajudavam a pagar os custos de produção.

"Só dão aos que não precisam", frisou.

Fernando Botas, de 75 anos, andou a distribuir os sacos de fruta e de batatas, estando solidário com o protesto por considerar que "os agricultores estão cada vez mais desvalorizados".

"A agricultura agora é apenas um capricho. Já não se consegue tirar um rendimento para se viver", protestou.

"Os agricultores querem que haja um apoio a partir da PAC [Política Agrícola Comum da União Europeia] para que continuem a trabalhar", disse António Ferraria à comunicação social, criticando também os "altos custos de produção".

O novo regime fiscal, cujo prazo já foi adiado quatro vezes e que está previsto terminar a 30 de abril, obriga à inscrição de todos os agricultores com atividade comercial, ficando isentos de IVA os que têm um volume de negócios anual inferior a 10 mil euros.

Para exigir a anulação das novas imposições fiscais sobre os pequenos e médios agricultores, a Confederação Nacional da Agricultura convocou uma concentração nacional de agricultores, a 03 de abril, em Lisboa.

JYGA // SSS

Lusa/Fim

Prevista para 2014 a maior colheita mundial de trigo da história


Com algumas das culturas de trigo de Inverno já em desenvolvimento, as primeiras previsões da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) para a produção mundial de trigo em 2014 situa-se em 704 milhões de toneladas.

Estes valores representam uma queda de 1,7 por cento em relação à colheita recorde de 2013, mas ainda seria a segunda maior da história, de acordo com a Nota Informativa sobre a oferta e a procura de cereais, publicada pela FAO.

Com a maior parte dos cereais secundários e arroz ainda por plantar, é demasiado cedo para avançar com um prognóstico preliminar da produção mundial de cereais em 2014. Em relação a 2013, a última estimativa da produção situa-se num valor recorde de 2,515 milhões de toneladas, incluindo o arroz branqueado, mais 13 milhões que as estimativas de Fevereiro e cerca de nove por cento superior ao nível do ano anterior.

O último ajuste em alta deve-se, sobretudo, a uma importante revisão das estimativas para a Austrália e, em parte, também à verificação em alta dos dados sobre o trigo e cereais secundários na China.

O aumento previsto para a produção mundial de cereais em 2013 resultou em preços mais acessíveis que, por sua vez, impulsionam a utilização e o comércio de cereais em 2013/2014, e também ajudam a repor as reservas mundiais. Como resultado, a relação entre existências e utilização de cereais estima-se que se aproxime dos 24 por cento em 2014, o seu nível mais alto desde 2002/2003.

Por outro lado, a nova informação do “Market Monitor”, do Sistema de Informação sobre Mercados Agrícolas (AMIS, sigla em inglês), assinala que «enquanto o aumento de tensões geopolíticas na região do Mar Negro reforçam criam mais incertezas nos mercados, as colheitas recorde em vários países importantes produtores aumentam o fornecimento e dão lugar a existências mundiais muito mais altas em 2014, de milho, trigo, arroz e soja».

As perspectivas para a soja mantêm-se favoráveis enquanto as condições na América do Sul se deterioram devido às condições meteorológicas adversas.

Fonte: Agrodigital / CONFAGRI

Publicada: 07-03-2014 21:00

Eurobarómetro: cidadãos da UE largamente favoráveis às orientações da nova PAC

COMUNICADO DE IMPRENSA


Mais de três quartos (77 %) dos cidadãos da União Europeia consideram que a política agrícola comum (PAC) é vantajosa para todos os cidadãos da UE. Mais de 90 % dos que manifestaram esta opinião apoiam as principais orientações da nova PAC, como as ajudas mais equitativas e mais orientadas (92 %) e o estabelecimento de um nexo entre a ajuda financeira concedida aos agricultores e o respeito, por parte destes, de práticas agrícolas benéficas para o ambiente (91 % a favor da chamada ecologização). Foram estas as principais conclusões da sondagem Eurobarómetro sobre a PAC, hoje publicada pela Comissão.

O Comissário responsável pela Agricultura e pelo Desenvolvimento Rural, Dacian Cioloș, declarou: «Estes resultados confirmam a importância que os cidadãos da UE atribuem ao apoio à agricultura e às zonas rurais. Mostram também a importante simbiose entre as orientações da PAC reformada e as expectativas da sociedade civil. Esta relação essencial e forte entre cidadãos e agricultores sairá reforçada com a nova PAC, que vai tornar palpáveis e intensificar os benefícios sociais, ambientais e económicos que a agricultura da UE traz à sociedade da União Europeia no seu todo e a cada contribuinte da UE no seu quotidiano».

O inquérito revelou igualmente outras tendências:

Os cidadãos da UE atribuem cada vez mais importância à agricultura: juntamente com o desenvolvimento das zonas rurais, consideram-na algo «muito importante» para o futuro (53 %, mais 7 pontos do que em 2009). Mais de 50 % dos cidadãos também consideram importante assegurar a diversidade dos tipos de agricultura e dos produtos alimentares na União Europeia.

Mais de 80 % dos cidadãos da UE apoiam os objectivos fundamentais da PAC, quer se trate de garantir o abastecimento de produtos alimentares, de desenvolver as zonas rurais de modo mais equilibrado ou de apoiar os jovens agricultores.

Este apoio é ainda mais elevado quando se trata das principais orientações da reforma: 91 % dos cidadãos (mais 4 %) vêem com bons olhos a subordinação das ajudas financeiras aos agricultores ao respeito, por parte destes, de práticas agrícolas benéficas para o ambiente («ecologização»); 92 % (mais 4 % do que em 2009) valorizam que a concessão das ajudas aos agricultores seja mais equitativa e mais orientada.

Na sua maioria, os cidadãos da UE concordam com o apoio concedido aos agricultores e com a parcela que este representa no orçamento da União Europeia (45 % dos cidadãos consideram «adequado» o montante das ajudas concedidas aos agricultores, 26 % consideram-no «muito reduzido» e 13 % consideram o apoio «muito elevado»).

91 % dos cidadãos da UE consideram importante apoiar as explorações agrícolas frágeis que se vejam confrontadas com condições climáticas, sanitárias ou económicas adversas; quase um em cada dois (48 %) qualificam mesmo este princípio de «muito importante».

64 % dos cidadãos da União Europeia já ouviram falar do apoio que a UE concede aos agricultores no quadro da PAC; no inquérito anterior, realizado em 2009, apenas 41 % dos cidadãos da UE declararam já terem ouvido falar da PAC em geral1.

Na sua maioria (61 %), os cidadãos da UE estão conscientes de que os rendimentos agrícolas são inferiores aos de outros sectores económicos.

No que respeita à informação dos consumidores, o inquérito mostra que os cidadãos da UE estão muito atentos à qualidade de produtos alimentares como o leite e certos tipos de carne e têm expectativas elevadas no domínio da rastreabilidade. Na sua maioria (53 %), estão mesmo dispostos a pagar um pouco mais para que figurem nos rótulos informações sobre a origem dos produtos.

Contexto

No seguimento da reforma da PAC, a Comissão fez questão de perguntar novamente aos cidadãos da UE o que pensavam da política agrícola comum e que importância atribuíam à agricultura na União Europeia. O inquérito foi realizado segundo a metodologia dos inquéritos Eurobarómetro, entre 23 de Novembro e 2 de Dezembro de 2013, nos 28 Estados-Membros da UE. Participaram 27 919 cidadãos, de categorias sociais e demográficas variadas.