Março 07
15:09
2014
O relatório do Instituto Francês de Investigação Agrária (INRA), da responsabilidade do seu Director científico, Hervé Guymard, publicado em Setembro passado, continua a dar grande polémica no capítulo da agricultura bio, levando a que cerca de 100 investigadores assinassem uma carta de protesto.
Neste relatório e no capítulo da agricultura bio, pode ler-se que este sector tem muito pouco interesse, tanto do ponto de vista económico, como de saúde pública. Esta conclusão pôs os cabelos em pé aos defensores do bio e também levantou grande polémica no seio do INRA.
A justificação destas conclusões é que a agricultura bio sofre um défice de produtividade e que as propriedades orgânicas, nutricionais e sanitárias dos produtos bio não diferem substancialmente da agricultura tradicional, de modo que os consumidores, na realidade, tiram muito poucas vantagens de comprarem bio.
Os contestantes atacam o relatório por só ter sido escrita meia página, num total de 347 páginas, sobre os pesticidas, não tendo sido feita qualquer comparação neste sector entre o bio e o tradicional.
O ponto de maior contestação é, no entanto, o estudo do aumento da produção bio com a utilização de herbicidas, que, segundo a lei, são proibidos.
Apesar da forte contestação interna, o Presidente do INRA, François Houllier, mantém a sua confiança no responsável do relatório.
Sem comentários:
Enviar um comentário