FILCORK emite comunicado de campanha de extracção de cortiça de 2012
Concluída a campanha de extracção da cortiça de 2012 e ouvido o seu
Conselho Consultivo, a FILCORK, Associação Interprofissional da
Fileira da Cortiça informa os operadores económicos dos resultados
obtidos e principais conclusões com relevo para os mercados e agentes
do sector:
A campanha da cortiça de 2012 ficou marcada pela reduzida precipitação
ocorrida durante o 1º semestre do ano.
A área de produção do Algarve, 4,6% do total nacional, foi fustigada
por um incêndio de grande dimensão, mas a resiliência do sobreiro ao
fogo permitirá um retornar da produção a estas áreas em próximas
campanhas.
Os fenómenos ocorridos não afectaram a disponibilidade global de
cortiça, tendo resultado em deslocações pontuais da oferta e
regularização dos stocks industriais de certos tipos de cortiça.
As condições e a duração da época de extracção variaram de região para
região, tendo sido mais condicionada no interior e nas serras do que
na zona das areias do Tejo e Sado.
A capacidade técnica de extracção manteve a tendência de erosão dos
últimos anos, reforçando a importância do necessário esforço na
qualificação de mão de obra e nos processos de inovação em curso.
A cortiça que se encontrava disponível para venda foi extraída em
perto de 90%, tendo a campanha atingido valores semelhantes aos
obtidos para a campanha de 2011, ano para o qual se estima um valor
próximo de 85 mil toneladas de cortiça.
Os efeitos da actual crise económica fizeram-se sentir em particular
na concentração da procura num número mais reduzido de operadores,
face à campanha de 2011.
O mercado do vinho apresenta uma tendência de crescimento, sustentado
principalmente por países emergentes como é o caso da China e por
mercados como o norte americano.
As novas aplicações de cortiça têm permitido potenciar a imagem desta
matéria prima, natural, sustentável e suporte de ecossistemas de
grande valia ambiental e paisagística. Igualmente, tem permitido
ampliar o leque de produtos com que a industria pode contar para
diversificar os seus mercados.
A influencia das alterações climáticas no vigor e vitalidade dos
montados e dos ecossistemas em que se encontram inseridos, bem como
alguns problemas fitossanitários específicos, permanecem como
prioridade da agenda de investigação e inovação, com vista à melhoria
da qualidade e produtividade dos montados.
A fileira mantém elevados padrões de exigência qualitativa, como
resposta a um mercado marcadamente concorrencial e exigente, como e o
mercado da rolha natural.
A extracção de cortiça na campanha de 2012 permitiu assegurar as
necessidades da indústria, face à procura de mercado e aos stocks
existentes.
Através de uma estratégia bem definida para lidar com as dificuldades
com que se vai deparando, a fileira continua a apostar no investimento
na gestão, na inovação e na promoção da qualidade, com reflexos no
produto final e na posição que detêm nos mercados.
http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2012/10/12b.htm
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