19-06-2015
Na reunião do Conselho de Ministros de Agricultura, celebrado esta semana, a Comissão Europeia apresentou duas informações sobre a rotulagem de origem, uma relacionada com o leite e lacticínios assim como carnes menores, nomeadamente, equino, coelho e caça.
A segunda, diz respeito aos alimentos não transformados e aos ingredientes que supõem mais de 50 por cento num produto. Após a apresentação das informações decorreu um debate sobre a rotulagem de origem do leite.
As posições entraram em confronto entre o norte e o sul. Os países do norte, com o fim das quotas leiteiras, preparam-se para aumentar, ainda mais, a sua produção de leite. Este crescimento de produção tem que ir para a exportação e uma rotulagem obrigatória de origem do leite pode ter um resultado lesivo nas vendas para o exterior. Pelo contrário, os países do sul, deficitários em leite, vêm na indicação obrigatória uma forma de distinguir a produção interna da importada e de valorizá-la, pelo que estão a favor da mesma.
Na reunião de Conselho, a Itália, França, Grécia, Reino Unidos, Croácia e Eslováquia manifestaram-se a favor da rotulagem obrigatória, Outros, como a Polónia e a República Checa apoiaram um sistema voluntário e a Espanha e Alemanha abstiveram-se.
A opinião da Comissão já estava reconhecida nas suas informações, as quais assinalavam que a rotulagem obrigatória supõe um elevado custo que não compensa o benefício e que o consumidor não estaria disposto a assumir. Ou seja, é a favor de um sistema voluntario.
Em função das opiniões do parlamento Europeu e do Conselho, a Comissão Europeia poderá decidir se apresenta ou não uma proposta de rotulagem obrigatória na União Europeia, com a hipótese de uma proposta intermédia, a qual indique que sejam os Estados-membros a decidirem aplicar ou não a rotulagem obrigatória no seu território. Ultimamente, a Comissão está muito inclinada para este tipo de propostas, que justifica em causa da flexibilidade, mas que não deixa de ser uma renacionalização das normas.
Fonte: Agrodigital
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