01.07.2016
"É impensável suspender uma ação promocional que seja dos nossos vinhos no Reino Unido", diz ao Expresso Paul Symington, presidente da Symongton Family Estates. O mercado britânico pesa em valor 30% da receita no exterior do grupo e é o principal destino das categorias especiais das suas marcas de Porto.
EVITAR REAÇÃO IMPULSIVAS
Nesta fase "é essencial evitar reações impulsivas e apressadas e manter a calma", acreditando que turbulência seja passageira. Paul Symington confia que o "bom senso vai imperar em Londres e Bruxelas e as duas partes encontrem um ponto de equilíbrio satisfatório".
Um negócio de base familiar como o dos Symington que sobreviveu a guerras mundiais, à revolução portuguesa de 1974, calejado em momentos de turbulência e ancorado na tradição britânica "encontrará sempre soluções para contrariar as adversidades que se manifestem" neste mercado. Paul acredita que as vendas este ano e em 2017 não serão afetadas.
O EFEITO CAMBIAL
Mas, "claro que estamos preocupados, foi uma surpresas muito desagráveis". Paul diz-se desapontado com um processo "mal conduzido" e conta até que os seus quatro filhos, residentes em Londres, um dos quais na distribuidora do grupo, se confessaram "chocados" com o resultado.
Um efeito imediato do Brexit "decorre da desvalorização da libra que torna os nossos vinhos mais caros". É verdade que os concorrentes estão na mesma situação, mas é sempre um fator que pode levar a um menor consumo.
O vinho do Porto "tem a vantagem de beneficiar de um grande prestígio no mercado britânico e ser um dos símbolos da aliança luso-britânica, a mais antiga do mundo", acrescenta Paul.
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