03-11-2016
O início da semana foi muito animado no mercado internacional dos cereais, que recebeu muita pressão pelas cotações dos Estados Unidos da América e com o dólar a debilitar-se perante o euro.
Esta situação favoreceu a ascensão da oferta comunitária. O final da colheita norte-americana, com 90 por cento de soja e 80 por cento de milho, confirmam-se as estimativas previstas para a produção, tendo também em conta a pressão dos fundos de venda antes das eleições dos Estados Unidos e a possível subida dos tipos de interesses em Dezembro por parte do FED, de acordo com a avaliação de Toño Catón, director das Culturas Arvenses das Cooperativas Agroalimentarias.
O preço da soja baixou perante a expectativa que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da América (USDA) reviu em alta para os valores da produção. Um aspecto positivo é a procura seguir a um ritmo recorde, evitando que as existências disparem.
Em relação ao milho, os preços também caíram, apesar de uma activa procura e das boas exportações dos Estados Unidos da América (EUA). A descida é consequência da preocupação nos EUA para que se possa dar uma fácil saída à grande oferta e manter um bom ritmo exportador. Espera-se que a informação de previsões do USDA de Novembro, publicada na próxima semana, tenha um importante efeito nos mercados.
Quanto ao trigo, é um cereal que não manteve o retorno do preço, devido à pressão em baixa de milho e soja, para além da influência da meteorologia, assinala Toño Catón, já que as próximas chuvas beneficiam os trigos cultivados. Ou seja, o trigo necessita de uma maior procura para manter os preços a longo prazo.
No caso do trigo duro do Canadá, o excesso de chuvas tem vindo a prejudicar e afecta as perspectivas pra o grão de qualidade. Água e neve retardaram e, inclusive, parou a colheita, oque vai afectar a sanidade do grão.
Fonte: Agrodigital
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