15-12-2016
O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos, disse que a reforma da floresta não é «a panaceia», nem «nenhuma solução imediatista», tendo apenas resultados visíveis no horizonte de uma geração.
«Queremos dar o primeiro passo daquilo que sabemos que é um percurso que temos de percorrer nas próximas décadas, daí o esforço genuíno para conseguirmos o máximo de consenso possível para que o que consigamos construir agora não venha a ser desmantelado por qualquer Governo que suceda daqui a três, quatro ou cinco anos», afirmou o ministro, no encerramento da conferência "Visões para uma Floresta de Futuro", no Porto.
O governante frisou que a floresta do futuro constrói-se hoje, daí a importância da participação de todos os agentes do sector na formulação dos instrumentos de política florestal, actualmente em revisão.
Quando se fala numa floresta de futuro fala-se numa floresta que garanta a conservação dos ecossistemas e dos recursos naturais, maximizando a sua contribuição para a riqueza nacional e para o bem-estar da sociedade, considerou, acrescentando que «isto é construir uma floresta adaptada à futura sociedade e resiliente às mutações ambientais e socioeconómicas».
Capoulas Santos frisou que a reforma em curso pretende eliminar vários dos principais constrangimentos que se colocam à sustentabilidade da floresta em Portugal.
A gestão activa e profissional e o ordenamento são uns dos principais problemas, daí a reforma começar por aí, adiantou. «Para a gestão é preciso criar estímulos e incentivos para que seja atractivo gerir a floresta e isso só acontecerá se houver rentabilidade, mas a rentabilidade e atração de capitais existe de houver minimização dos riscos», salientou.
Este é um momento importante para também se fazer a avaliação das muitas acções e investimentos que se fazem, apreciando a sua eficiência e propor metodologias e técnicas alternativas, afirmou.
«A prevenção estrutural, na área da defesa da floresta contra incêndios, apresenta muitos exemplos de oportunidades de melhoria na eficiência de utilização de recursos, sobretudo no que respeita à gestão das continuidades de combustível», considerou.
Fonte: Lusa
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