O ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, destacou hoje, no Alentejo, o "notável trajeto" da agricultura portuguesa, depois da adesão à União Europeia, "contra todos os profetas", que vaticinavam o seu fim após a integração.
Ministro destaca "notável trajeto" da agricultura. Hoje é setor "pujante"
"O que os agricultores portugueses demonstraram, 30 anos depois, é que foi possível competir, estruturar, ajustar e tornar a agricultura, que era associada ao passado e a um certo fracasso, num setor que é hoje pujante e cresce duas vezes mais do que o resto da economia", afirmou Luís Capoulas Santos.
O governante falava na inauguração do novo centro de engarrafamento do grupo João Portugal Ramos Vinhos (JPRV), em Estremoz, no distrito de Évora, que representou um investimento de 5,5 milhões de euros, com comparticipação de fundos comunitários.
Observando que a agricultura tem atualmente "uma performance notável no campo das exportações", o ministro lembrou que o setor "evoluiu imenso do ponto de vista da tecnologia, da produção e do marketing" e que "venceu as barreiras da exportação", dando como o exemplo o facto de os vinhos portugueses terem conseguido "ultrapassar o estigma negativo" que tinham no estrangeiro.
"Sem os fundos comunitários, os caminhos, as eletrificações, os regadios e sem o investimento na agroindústria, na formação e na organização, não teríamos a agricultura que hoje temos", salientou o ministro, que tutela as pastas da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural.
Segundo o governante, "não teria sido possível fazer isso sem os fundos comunitários e sem a continuidade das políticas que a Política Agrícola Comum determinou".
Para o futuro, o novo desafio que está pela frente, referiu o ministro, passa pela "negociação do novo ciclo".
"O Governo já disse que o objetivo é garantir o mesmo nível de apoios que temos atualmente, o que não é tarefa fácil", reconheceu.
Quanto ao novo centro de engarrafamento, o produtor e enólogo João Portugal Ramos disse que o investimento pretende contribuir para "uma série de melhorias e centralização de serviços do grupo", considerando que "o setor tem evoluído muito em Portugal e que o país começa a chegar a um nível inimaginável" na área dos vinhos.
O presidente da Câmara Municipal de Estremoz, Luís Mourinha, congratulou-se com a inauguração do novo centro de engarrafamento do JPRV, afirmando que este grupo empresarial "é um dos principais a contribuir para o desenvolvimento do setor do vinho no concelho".
A sede do grupo JPRV, a Adega Vila Santa, nos arredores de Estremoz, foi a localização eleita para centralizar a maioria das operações, passando a engarrafar, no mesmo local, todas as produções dos vinhos do Alentejo, Douro, Beiras e Vinhos Verdes.
Empregando atualmente cerca de 140 pessoas, o grupo, que tem sido distinguido com prémios internacionais, exporta para mercados como a Suécia, Estados Unidos, Brasil, China, Polónia, Angola, Bélgica e Canada.
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