por Emília Freire- 13 Setembro, 2016
A Vida Rural organizou a conferência 'Valorizar as Grandes culturas' que abriu os debates no primeiro dia da Agroglobal, no Auditório Armando Sevinate Pinto.
"Os desafios para as grandes culturas" e "Valorizar a produção nacional da cadeia" foram os temas que oradores e assistência debateram. No painel I (manhã), Nuno Canada, do INIAV, salientou a necessidade de aquela instituição, que concentra a investigação estatal no setor agrícola, ter de "estar integrada na fileira, pois é a melhor forma de acompanhar o dinamismo que o setor tem demonstrado".
Do lado da produção, o agricultor João Banza, que explora cerca de 1.000 hectares na zona de Alqueva, afirma que "crescer e inovar é o nosso lema", daí a aposta na diversificação de culturas – soja, colza, beterraba, milho, girassol, grão-de-bico, cebola – "e vamos apostar também no olival superintensivo e na pecuária". Mas frisa que o objetivo é depois apostar no conjunto de culturas que se mostrem mais rentáveis na zona.
No painel da tarde, José António Rousseau lembrou que a entrada da Mercadona – o líder espanhol, com uma quota de 15% – vai revolucionar o mercado nacional da distribuição, além de que "estamos a caminho do retalho omnicanal, pelo que, muito em breve, os produtores têm de colocar os seus produtos nesta rede complexa de canais".
Já Ondina Afonso, do Clube de Produtores da Sonae, garantiu que a empresa detentora do Continente, não planeia entrar na área da produção, por oposição à concorrente Jerónimo Martins que tomou essa decisão recentemente. A responsável adiantou ainda que "queremos reforçar as parcerias que temos com os nossos produtores, através da aposta no conhecimento e na comunicação".
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