14 Setembro 2016, quarta-feira
A 5ª edição da Agroglobal - Feira das Grandes Culturas encerrou a edição de 2016 com um balanço «muito positivo», reconhecido por expositores e visitantes, adianta a organização em comunicado.
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«Muito do sucesso da Agroglobal 2016 deve-se à forma dinâmica, entusiasta e empenhada com que as 286 empresas expositoras participaram, ajudando ativamente a consolidar esta feira como um evento de referência a nível nacional e internacional», salienta a organização.
Entre os maiores atrativos da Agroglobal destaque para os campos de demonstração, onde as principais empresas de sementes, agroquímicos, fertilizantes, rega, alfaias e máquinas agrícolas apresentaram resultados concretos sobre o efeito destes fatores de produção nas culturas.
A introdução de novas culturas, como o amendoal, a floresta e os pequenos frutos, além das já habituais milho, tomate indústria, batata, girassol, forragens, olival e vinha, «representaram mais um passo na evolução do projeto Agroglobal».
Os campos dedicados ao trabalho de tratores e máquinas agrícolas atraíram um grande número de visitantes, que puderam ver e experimentar os últimos modelos das marcas líderes de mercado.
Já a inovação foi transversal a todos os expositores do certame, porém o Pavilhão AgroInov constituiu o palco privilegiado para a mostra das tecnologias mais futuristas, entre as quais um drone equipado para pulverização de parcelas agrícolas; robots para diagnóstico do estado da vinha e realização de operações culturais; sistemas de Rega de Taxa Variável e controlo de pivots à distância, entre outros.
O AgroInov resultou de uma parceria entre a Agroglobal e o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV).
Foi neste Pavilhão que se realizou no dia 9 de setembro, na presença do ministro da Agricultura, a assinatura de um protocolo de cooperação entre o INIAV e o INESC TEC- Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência, para realização de projetos de investigação e inovação e consultoria avançada.
Os dois auditórios da feira – Armando Sevinate Pinto e Companhia das Lezírias – tiveram lotação esgotada para ouvir 84 especialistas e analistas sobre técnicas e políticas agrícolas, numa reflexão acerca do presente e do futuro da Agricultura. No debate sobre o acordo de
Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP), o ministro da Agricultura, Capoulas Santos, disse que «para a UE e EUA, dois blocos económicos que representam 46% do PIB mundial, o entendimento é indispensável. Genericamente este acordo é benéfico para Portugal, no setor hortofrutícola, para o azeite, vinho e produtos transformados. A abertura daquele mercado será vantajoso, embora implique um impacto negativo noutros setores como a carne de bovino».
Numa vertente mais técnica, João Coimbra, produtor de milho de referência e membro da direção da ANPROMIS, reconheceu que «face às alterações climáticas, a agricultura sustentável é uma necessidade e não um capricho e a resposta passa, sem dúvida, pela agricultura de precisão (…) nos próximos anos, é aqui na Agroglobal onde se vão dar a conhecer as mais recentes tecnologias da agricultura de precisão».
Por parte da organização da Agroglobal, Joaquim Pedro Torres, faz o balanço da feira: «nesta edição da Agroglobal partilhámos com país o melhor que se faz na nossa agricultura, porque a evolução dos fatores de produção, equipamentos e conhecimento é decisiva para não perdermos a batalha da competitividade» e considera que os objetivos foram atingidos: «ajudámos a projetar a imagem de dinamismo e pujança da nossa agricultura e reunimos num mesmo espaço os principais players do mercado agrícola para discutir os desafios e pensar as soluções da agricultura de amanhã. Julgamos que a missão foi cumprida!».
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