28-11-2016
O secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, Luís Medeiros Vieira, disse, em Melgaço, que «o programa "VITIS" vai continuar até 2020, com um orçamento aprovado de 53 milhões de euros por ano».
«Foi feita uma negociação entre o Governo português e Comissão Europeia que permitiu prolongar o programa "VITIS" até 2020, já com orçamento aprovado e a possibilidade irmos até 2023», afirmou o governante, questionado pela agência Lusa.
Luís Medeiros Vieira, que falava durante a sessão de abertura da segunda Festa do Espumante Alvarinho, em Melgaço, revelou que «no início de Dezembro» vão abrir os avisos para a apresentação de candidaturas àquele programa que abrange ainda a modernização das adegas e a promoção dos vinhos portugueses nos mercados internacionais.
O governante sublinhou que este programa, lançado em 2000, «é a estrela da agricultura e da viticultura portuguesa». «Em 16 anos o "VITIS" permitiu reestruturar 35 por cento do património vitícola nacional, através de um investimento de 730 milhões de euros».
Referiu tratar-se de «um programa extremamente generoso uma vez que dá um incentivo aos agricultores entre 70 a 75 por cento a fundo perdido» e ser de acesso «simples, sem burocracia».
«Os resultados estão à vista. A adesão tem sido espetacular porque os agricultores acreditam nele», destacou, adiantando que «só na Região dos Vinhos Verdes, através deste programa, foi reestruturado 50 por cento do património vitícola da região, constituída por 21 mil hectares, num investimento de 112 milhões de euros». Para Luís Medeiros Vieira este investimento «continuado» tem alcançado resultados no crescimento das exportações dos vinhos portugueses.
«Em 2015, as exportações do sector atingiram 55 milhões de euros, e nos primeiros nove meses deste ano, temos um aumento de oito por cento desse valor», frisou.
No segmento do vinho espumante, com uma produção anual de cerca de 17 milhões de litros, Luís Medeiros Vieira defendeu a necessidade de redução do défice de 14 milhões de euros registados neste sector.
«Temos 11 milhões de euros de exportações mas importamos 25 milhões de euros. Não temos necessidade nenhuma para ter este défice. Temos espumantes de qualidade e temos condições para os afirmar no mercado nacional e internacional», reforçou.
Defendeu a criação «de uma única marca para afirmar o espumante português no mercado doméstico e internacional», e lançou o repto às organizações de produtores, às comissões vitivinícolas regionais, para trabalharem nesse sentido, garantindo o apoio do Ministério da Agricultura.
Fonte: Lusa
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