domingo, 3 de junho de 2018

"Nunca se investiu tanto na agricultura como agora", diz Capoulas Santos

02.06.2018 às 16h32


O ministro da Agricultura diz que tem em cima da mesa 44.743 intenções de investimento em projetos agrícolas. Alguns já estão aprovados, outros em apreciação. Portugal tem a 3ª melhor taxa de execução no sector em toda a União Europeia
Vítor Andrade
VÍTOR ANDRADE
Há 44.743 intenções de investimento em projetos agrícolas em Portugal, no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural, que termina em 2020.

Os dados, adiantados ao Expresso pelo ministro da Agricultura, Capoulas Santos, revelam ainda que estão já aprovados 18.932 projetos, a que correspondem 2,9 mil milhões de euros de investimento, dos quais 1,37 mil milhões em forma de subsídio por parte do Estado.

Dos 4,1 mil milhões de euros orçamentados para o PDR 2020, no final do primeiro trimestre estavam executados ou já comprometidos 3,1 mil milhões. Uma taxa de execução de 76,3%, que coloca Portugal no terceiro lugar da União Europeia, logo a seguir à Irlanda e à Finlândia, que lidera. "Penso que nunca se investiu tanto no sector da agricultura como agora", sublinha o ministro.

Estes dados surgem um dia depois de ter sido conhecida a proposta da Comissão Europeia para a próxima vaga de subsídios à agricultura. Mas a notícia não é boa para Portugal, que deverá ficar a perder cerca de 500 milhões de euros, em comparação com o último Quadro Comunitário de Apoio.

Bruxelas propõe uma 'fatia' de €7,6 mil milhões para Portugal, para o período 2021/27, contra €8,1 mil milhões (do quadro de apoios ainda em curso).

Segue-se agora um período de negociação entre a Comissão Europeia e os vários Estados-membros que o ministro da Agricultura classifica como "longo, duro e penoso", e que se prolongará praticamente até final de 2020, sendo que até maio do próximo ano a parte orçamental da Política Agrícola Comum terá de ficar definida. Depois falta definir as regras para a sua aplicação.

Entretanto hoje é inaugurada em Santarém a 55ª edição da Feira Nacional da Agricultura, este ano com enfoque especial no sector do azeite, onde Portugal tem vindo sistematicamente a crescer na última década.

Amanhã começa o rodopio político na Feira, com os três os líderes partidários a visitar o certame: o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, pelas 10:00, seguindo-se a coordenadora do BE, Catarina Martins, às 16:00, e a presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, às 18:00. O presidente do PSD, Rui Rio, deverá visitar Santarém na quinta-feira.

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