O presidente da Associação de Produtores de Azeite da Beira Baixa (APABI) afirmou hoje que o pedido de atribuição de Indicação Geográfica Protegida (IGP) à azeitona galega da região visa criar mais valor a uma variedade exclusivamente nacional.
Lusa
05 Fevereiro 2019 — 12:53
"Na região da Beira Baixa, a variedade predominante é a azeitona galega, que tem uma dupla aptidão: dá para azeite e para azeitona de mesa. E é uma variedade muito procurada, nomeadamente pelos mercados internacionais, como o Brasil", explicou à agência Lusa o presidente da APABI, João Pereira.
A criação de mais valor económico foi o ponto de partida que levou a requerer o registo de Azeitona Galega da Beira Baixa IGP, aviso que foi hoje publicado em Diário da República.
Este responsável adianta que a azeitona galega é uma variedade exclusivamente portuguesa e, além da Beira Baixa, existe em outras regiões do país, como o Alentejo e Trás-os-Montes, onde a dinâmica de plantações de olival foi elevada, comparativamente com aquilo que se passou na Beira Baixa.
A APABI quer transformar esta menor dinâmica numa oportunidade diferenciadora para os olivicultores da região.
"Aquilo que era uma ameaça de abandono, nós estamos a tentar transformar numa oportunidade de retorno, valorizando o produto final, que é a azeitona para conserva", sustentou.
João Pereira realça que a Beira Baixa tem ainda um olival bastante tradicional, de sequeiro e com poucas árvores por hectare.
"Com esta certificação, cria-se uma oportunidade para o olivicultor de poder valorizar o seu produto, tendo um destino diferente, em vez de ir só para azeite, ou seja, conseguindo diferenciar como produto diferente, neste caso azeitona de conserva, respondendo ao mercado e permitindo, de uma forma mais simples, criar mais valor económico", concluiu.
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