O chefe da diplomacia portuguesa manifestou-se hoje "satisfeito" com a "curta, mas intensa e produtiva" visita de 24 horas a Luanda, que culminou, no essencial, com a garantia da agenda da visita de Estado do Presidente português a Angola.
Lusa
15 Fevereiro 2019 — 20:42
Em declarações à agência Lusa, num balanço à deslocação, Augusto Santos Silva, que regressa hoje à noite a Portugal, salientou que ficou também definido o quadro dos acordos que irão ser assinados durante a visita de Marcelo Rebelo de Sousa, de 05 a 09 de março, instrumentos que "serão marcos importantes nas relações entre os dois países", mas que se escusou a adiantar.
Por outro lado, disse também ter sido feito com as autoridades angolanas o estado e a evolução dos acordos que foram celebrados durante a visita a Portugal do Presidente angolano, João Lourenço, em novembro de 2018, destacando a "rapidez" com que os dois países estão a proceder à ratificação de alguns deles, exemplificando com o destinado a evitar a dupla tributação.
Na próxima semana, haverá a primeira reunião do Observatório do Investimento, na mesma altura em que será realizado um encontro de altos funcionários sobre a questão da facilitação dos vistos e dos instrumentos da mobilidade entre Portugal e Angola, acrescentou.
"Há também o trabalho que se está a fazer o âmbito dos acordos relativos à formação de professores e à gestão escolar, bem como na saúde e na segurança social", referiu o ministro dos Negócios Estrangeiros.
Santos Silva destacou igualmente o encontro que manteve com as equipas coordenadoras dos dois grandes projetos da cooperação europeia em Angola, que estão a ser geridos pelo instituto Camões - o projeto de ensino técnico-profissional, gerido em colaboração com a autoridade francesa, e o de segurança alimentar e de promoção da pequena agricultura familiar.
"Os dois projetos estão a começar bastante bem, envolvendo, no primeiro caso, a estreita colaboração com a Casa Civil do Presidente da República de Angola e com o Ministério da Educação, e o segundo, em ligação entre os ministérios da Agricultura de Angola e de Portugal", especificou.
"Em menos de 24 horas pude reunir com os empresários portugueses, com as equipas técnicas dos grandes projetos da cooperação europeia que estão em curso em Angola com a participação portuguesa, com o meu colega e amigo ministro das Relações Exteriores de Angola [Manuel Augusto], tive a honra de ser recebido pelo Presidente da República de Angola [João Lourenço] e pude ainda visitar duas empresas portuguesas, mostrando como elas contribuem na prática para o desenvolvimento de Angola. Portanto, vou satisfeito", sintetizou.
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