Beja tem mais de metade dos tailandeses do país. E, com os imigrantes naturais do subcontinente indiano, representam 31 % dos estrangeiros no distrito. Vêm trabalhar na agricultura e são das nacionalidades que mais estão a crescer, segundo o SEF.
Tailandeses que trabalham na Herdade Vale da Rosa, em Alfundão (distrito de Beja) Nong bau Lampho (ao centro), chegou há oito anos a Portugal© João Silva/ Global Imagens
Em 2018, 93.154 estrangeiros obtiveram a autorização de residência em Portugal, totalizando 480.300, o maior número de sempre de imigrantes e que representou um acréscimo de 13,9% em relação a 2017. Dados publicados no Relatório Imigração, Fronteiras e Asilo (RIFA) 2018, e que, também, demonstra que há nacionalidades cuja representação cresceu muito acima da média, como os oriundos da Ásia.
É a mão-de-obra que substitui os operários agrícolas que Portugal não tem, nomeadamente no Alentejo. E Beja é disso um exemplo. Está longe de ser um distrito com mais população estrangeira (9731 imigrantes), mas é particularmente representativo no que diz respeito a determinadas comunidades, em especial à tailandesa, nepalesa e indiana.
São 851 os tailandeses que têm residência legal em Beja, o que representa 53,4 % do total dos habitantes oriundos da Tailândia. É a quarta comunidade estrangeira no distrito alentejano, depois dos nacionais da Roménia (1279), da Bulgária (1117) e do Nepal (1031) e antes da Índia (825).
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O RIFA 2018, destaca, em termos de crescimento, os nacionais do Bangladesh, que são 5325 (165,1%), Brasil, totalizam 105.423 (143,7%), Nepal, 11.489 (141,2%), Índia, 11.393 (127,3%) e Venezuela, 4740 (83,2%).
Também os estrangeiros oriundos da UE se têm tornado mais representativos no país, com destaque para o aumento do número de italianos, mais 32,7% (18 862), britânicos, mais 32,5% (26 445) e alemães, mais 29,1% (12 817). São estas entradas que, segundo o SEF, explicam "em grande parte o aumento dos novos títulos de residência", mais 51,7 do que em 2017.
Os europeus são, também, a explicação da presença considerável de estrangeiros com 65 e mais anos, 9,8 % dos imigrantes, uma percentagem superior à dos jovens, entre os 0 e 14 anos (9,1 %).
A população potencialmente ativa representa 81,1% dos cidadãos estrangeiros residentes no país, ligeiramente menos do que em 2017 (81,6% em 2017),
Em termos geográficos, 68,9% dos estrangeiros vivem nos distritos de Lisboa (213.065), seguindo-se Faro (77.489) e Setúbal (40.209).
Na tabela das dez comunidades mais representadas, o Brasil destaca-se (105.423), sendo que as restantes estão abaixo dos 35 mil residentes: Cabo Verde (34.663), Roménia (30.908), Ucrânia (29 218), Reino Unido (26.445), China (25.357), França (19.771), Itália (18 862), Angola (18.382) e Guiné-Bissau (16.180).
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