domingo, 14 de julho de 2019

Mais de metade dos imigrantes tailandeses vivem em Beja


Beja tem mais de metade dos tailandeses do país. E, com os imigrantes naturais do subcontinente indiano, representam 31 % dos estrangeiros no distrito. Vêm trabalhar na agricultura e são das nacionalidades que mais estão a crescer, segundo o SEF.



Tailandeses que trabalham na Herdade Vale da Rosa, em Alfundão (distrito de Beja) Nong bau Lampho (ao centro), chegou há oito anos a Portugal© João Silva/ Global Imagens

Em 2018, 93.154 estrangeiros obtiveram a autorização de residência em Portugal, totalizando 480.300, o maior número de sempre de imigrantes e que representou um acréscimo de 13,9% em relação a 2017. Dados publicados no Relatório Imigração, Fronteiras e Asilo (RIFA) 2018, e que, também, demonstra que há nacionalidades cuja representação cresceu muito acima da média, como os oriundos da Ásia.

É a mão-de-obra que substitui os operários agrícolas que Portugal não tem, nomeadamente no Alentejo. E Beja é disso um exemplo. Está longe de ser um distrito com mais população estrangeira (9731 imigrantes), mas é particularmente representativo no que diz respeito a determinadas comunidades, em especial à tailandesa, nepalesa e indiana.

São 851 os tailandeses que têm residência legal em Beja, o que representa 53,4 % do total dos habitantes oriundos da Tailândia. É a quarta comunidade estrangeira no distrito alentejano, depois dos nacionais da Roménia (1279), da Bulgária (1117) e do Nepal (1031) e antes da Índia (825).

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O RIFA 2018, destaca, em termos de crescimento, os nacionais do Bangladesh, que são 5325 (165,1%), Brasil, totalizam 105.423 (143,7%), Nepal, 11.489 (141,2%), Índia, 11.393 (127,3%) e Venezuela, 4740 (83,2%).

Também os estrangeiros oriundos da UE se têm tornado mais representativos no país, com destaque para o aumento do número de italianos, mais 32,7% (18 862), britânicos, mais 32,5% (26 445) e alemães, mais 29,1% (12 817). São estas entradas que, segundo o SEF, explicam "em grande parte o aumento dos novos títulos de residência", mais 51,7 do que em 2017.

Os europeus são, também, a explicação da presença considerável de estrangeiros com 65 e mais anos, 9,8 % dos imigrantes, uma percentagem superior à dos jovens, entre os 0 e 14 anos (9,1 %).

A população potencialmente ativa representa 81,1% dos cidadãos estrangeiros residentes no país, ligeiramente menos do que em 2017 (81,6% em 2017),

Em termos geográficos, 68,9% dos estrangeiros vivem nos distritos de Lisboa (213.065), seguindo-se Faro (77.489) e Setúbal (40.209).

Na tabela das dez comunidades mais representadas, o Brasil destaca-se (105.423), sendo que as restantes estão abaixo dos 35 mil residentes: Cabo Verde (34.663), Roménia (30.908), Ucrânia (29 218), Reino Unido (26.445), China (25.357), França (19.771), Itália (18 862), Angola (18.382) e Guiné-Bissau (16.180).

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