Jun 08, 2016
Quem será o consumidor de produtos frescos em 2030? Que preferências e necessidades terá? Que tecnologias terá à sua disposição? De que forma é que a produção e a grande distribuição podem acompanhar esta evolução? Foram algumas das questões discutidas durante o 18.º encontro do Clube de Produtores Continente, que decorreu a 7 de Junho, na Feira Nacional de Agricultura, em Santarém.
Ondina Afonso, presidente do Clube de Produtores Continente, levou os presentes numa viagem até 2030. Entre as tendências a que a responsável julga que «temos de estar atentos» encontram-se as hortas verticais, instaladas dentro de armazéns, de modo a evitar pragas e a controlar a escassez de recursos; a transformação da cozinha num labortário; e a utilização de insectos como fonte de proteína.
Em 2030, o consumidor vai estar mais online, vai ter uma maior preocupação com a sustentabilidade, mas também vai ser mais envelhecido, pelo menos na Europa. «O densenvolvimento da produção terá de ter em conta o consumidor que procura alimentos mais saudáveis», afiançou Ondina Afonso.
No âmbito dos avanços tecnológicos necessários para corresponder a um consumidor com um perfil diferente, o Clube de Produtores Continente terá um conselho científico composto por docentes e investigadores de várias instituições nacionais.
Anthony Pralle, director executivo do Boston Consulting Group, marcou presença no encontro e lembrou que os «produtos frescos são uma oportunidade para os operadores retalhistas se diferenciarem». Apesar de reconhecer que, por várias razões, «os frescos não são fáceis», Anthony Pralle, chamou a atenção para «epidemia da obesidade, que implica a alteração dos hábitos alimentares» e o «crescente interesse em comprar produtos locais».
Durante o encontro foram ainda anunciados os vencedores dos Prémios Clube de Produtores Continente.
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