Actualizado há 12 horas e 47 minutos
Lusa
A Feira Nacional da Agricultura, que ontem terminou em Santarém, ultrapassou os 185.000 visitantes, tendo a edição deste ano reforçado a imagem de um setor "com dinamismo e que evoluiu muito nos últimos anos", afirmou a organização.
Numa conferência de imprensa de balanço da 53.ª Feira Nacional da Agricultura/63.ª Feira do Ribatejo, o administrador executivo do Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), Luís Mira, sublinhou o "orgulho" pelo grau de satisfação manifestado tanto por visitantes como por expositores em mais de 4.000 inquéritos realizados ao longo dos nove dias do certame e pela afirmação de um setor que tem sabido incorporar as novas tecnologias e afirmar-se internacionalmente.
Com a presença de 750 expositores diretos, o certame "afirmou-se, uma vez mais, como a grande montra do sector agrícola em Portugal", declarou, sublinhando a "grande qualidade" da exposição, fruto do investimento e "maior cuidado" nos 'stands' por parte das empresas.
Para Luís Mira, a feira deste ano mostrou que a grande afluência ao certame (com mais 10.000 visitantes que em 2015) acontece porque as pessoas vêm de todo o país "para ver a maquinaria, os animais, tomar contacto com produtos novos, provar o que de melhor se produz" em Portugal e não por causa dos grandes concertos, área em que o CNEMA tem vindo a desinvestir.
"Na sexta-feira e no sábado tivemos 40.000 pessoas (em cada um dos dias), sem grandes confusões, porque a afluência ocorreu ao longo de todo o dia", declarou, sublinhando que a FNA é suportada pelas entradas, pelos expositores e pelos patrocinadores, não recebendo qualquer apoio financeiro governamental ou municipal.
Luís Mira destacou a importância crescente dos seminários que decorrem durante a Feira Nacional da Agricultura, que este ano chegaram a perto de meia centena de ações pelas quais passaram mais de 6.000 pessoas, contando pela primeira vez com a presença do Comissário Europeu para a Agricultura.
O administrador do CNEMA referiu ainda o facto de o certame continuar a marcar a "agenda política", tendo recebido as visitas do Presidente da República, do Primeiro-Ministro, do ministro da Agricultura e dos líderes dos principais partidos.
Luís Mira lamentou que o certame tenha sido perturbado por uma rutura de um cano que deixou o recinto sem água praticamente durante todo o dia de segunda-feira (dia de entrada livre, com grande afluência de visitantes), sublinhando a "ajuda inestimável" de equipas dos municípios de Santarém e de Coruche, das empresas Águas de Santarém e Águas do Ribatejo e de várias corporações de bombeiros da região.
O responsável afirmou que são notórias as melhorias introduzidas tanto nas condições para os visitantes e os expositores como no bem-estar das centenas de animais expostos na feira, que se tem afirmado como "guardiã das raças autóctones".
"Há muitas queixas sobre o preço das entradas (7 euros), mas anualmente são realizados grandes investimentos" num certame que é promovido por uma "entidade privada que não pode perder dinheiro", disse, realçando que quem visita a feira beneficia de excelentes condições (incluindo estacionamento gratuito) e de toda a segurança, nomeadamente para quem assiste às largadas de touros.
Luís Mira afirmou que o CNEMA vai continuar a apostar na inovação, dando o exemplo da comunicação com os visitantes que podem descarregar em 'smartphones' toda a informação sobre a feira, incluindo notificações sobre o início das atividades programadas, e da programação para os mais jovens.
"Seguimos a evolução dos gostos e das exigências, mas mantendo sempre a tradição do Ribatejo. Isso para nós é inegociável", afirmou, referindo o "muito investimento" feito para "manter o código genético" da Feira de Santarém.
Apontou ainda a melhoria na recolha e separação de resíduos, sublinhando a colaboração da Resitejo na recolha de cerca de 50 toneladas de resíduos para reciclagem.
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