Sergio Marly Caminal é o novo CEO da Sogevinus, detida pelos espanhóis da Abanca. O gestor troca Barcelona por Gaia e sucede a Gonzalo Pedrosa, que liderou a reestruturação da empresa de vinhos do Porto e do Douro.
António Larguesa António Larguesa alarguesa@negocios.pt
12 de abril de 2018 às 12:44
O grupo Sogevinus Fines Wines, que detém as marcas Cálem, Velhotes, Kopke, Barros e Burmester, contratou Sergio Marly Caminal para a presidência executiva, que nos últimos meses tinha sido ocupada interinamente por Daniel Nomdedeu Rodal, mantendo-se este gestor como conselheiro da administração.
Formado em Administração de Empresas, o novo CEO passou por Espanha, Argentina e Reino Unido, fazendo carreira nas áreas do marketing, comercial e gestão. Durante 22 anos trabalhou na Pernod Ricard, multinacional francesa de vinhos e bebidas espirituosas, tendo saído em Setembro de 2014 para assumir a liderança ibérica da Bavaria e alterar o modelo de negócio desta que é a maior empresa cervejeira familiar da Holanda.
No final de Abril de 2018, Sergio Marly Caminal vai trocar Barcelona por Vila Nova de Gaia, onde tem sede o grupo que em 2017 facturou cerca de 40 milhões de euros. Detendo um total de 360 hectares de vinhas nas três sub-regiões da Região Demarcada do Douro e três caves de vinho do Porto abertas ao turismo, a Sogevinus exporta mais de metade da produção para 60 países e produz uma média anual superior a oito milhões de garrafas (7 de Porto e 1,2 milhões de DOC Douro).
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Exigência, visão estratégica, habilidades de negociação, rigor, adaptabilidade, espírito de equipa e capacidade de superar os objectivos mesmo em ambientes desafiadores. Foram estes os atributos profissionais do novo CEO destacados em comunicado pelo conselho de administração da Sogevinus, sociedade detida a 100% pelos espanhóis da Abanca (grupo Banesco), que no final de Março compraram o negócio de retalho do Deutsche Bank em Portugal.
Depois do interregno de mais de meio ano em que a empresa teve uma liderança interina, Sergio Marly Caminal vai continuar o trabalho feito durante mais de cinco anos por Gonzalo Pedrosa. O galego assumiu a gestão da Sogevinus entre Novembro de 2011 e Junho de 2017, tendo liderado um processo de reestruturação que envolveu dezenas de despedimentos, a renegociação da dívida e o encolhimento de estruturas operacionais, como os centros de engarrafamento.
Desde Maio de 2014 nas mãos do grupo venezuelano Banesco, que comprou o intervencionado Nova Galicia Banco – resultante da fusão entre a Caixanova e a Caixa Galicia –, a Sogevinus é a herança portuguesa da aventura vitivinícola iniciada em 1998 pela Caixanova com a compra de 24% do grupo que detinha a Cálem (tomou controlo total em 2003). Seguiram-se as compras da Burmester, ao grupo Amorim, e da Quinta de Arnozelos, em 2005. No ano seguinte investiu 50 milhões de euros na compra da Barros, Almeida & Companhia, que incluía a Kopke
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