Jornal Económico com Lusa 08 Fevereiro 2019, 09:59
A cooperativa Capital dos Frutos Silvestres, em Oliveira do Hospital, exportou em 2018 mirtilos e framboesas no valor de 100 mil euros, esperando que o volume de negócios ascenda este frutos silvestresano a um milhão de euros.
A cooperativa Capital dos Frutos Silvestres, em Oliveira do Hospital, exportou em 2018 mirtilos e framboesas no valor de 100 mil euros, esperando que o volume de negócios ascenda este frutos silvestresano a um milhão de euros. O presidente da cooperativa, Nuno Pereira, disse esta sexta-feira à agência Lusa que a próxima colheita dos pequenos frutos "deverá rondar as 300 toneladas e já está vendida", maioritariamente no mercado externo.
"Quanto mais tivéssemos, mais comercializávamos", afirmou, esclarecendo, no entanto, que as previsões para 2019 estão dependentes de fatores de ordem climática e de eventuais pragas.
Em 2018, as plantações de mirtilo foram atacadas pela mosca-da-fruta e o temporal Leslie causou igualmente danos avultados nas explorações de framboesa, que são cultivadas em estufas, depois de o incêndio de 15 de outubro de 2017 ter destruído um elevado número de empreendimentos nesta área em diversos municípios do interior. "No ano passado, vendemos 100 mil euros de fruta, mas tínhamos previsto o dobro", disse Nuno Pereira.
A Capital dos Frutos Silvestres, que reúne meia centena de produtores da região, registou "uma quebra grande na framboesa". "Apesar de todos os problemas, esperávamos 50 toneladas, mas não chegámos às 10 toneladas", adiantou.
O dirigente lamentou os estragos provocados pelo Leslie, em outubro, "em pleno pico da campanha da framboesa", que decorre entre setembro e janeiro, e cuja colheita se destina sobretudo à exportação para países do norte da Europa, que não produzem este fruto nos meses frios.
Por outro lado, durante o verão, a mosca-da-fruta proliferou no interior da região Centro devido aos desequilíbrios ambientais originados pelos incêndios, o que resultou também em quebras na produção de mirtilo.
"Podíamos ter ido às 200 toneladas, mas colhemos apenas 55 toneladas", informou Nuno Pereira.
Desta quantidade, aproximadamente 40 toneladas foram exportadas, restando 15 toneladas "congeladas para compotas e concentrados", além de alguns produtos inovadores.
Noutros casos, houve produtores que "enterraram grandes quantidades" de mirtilo, a fim de destruir os ovos da mosca que poderão eclodir no ano seguinte.
Fundada em 2017, a Capital dos Frutos Silvestres produziu ainda 200 toneladas de pera rocha e maçãs das variedades "golden" e bravo-de-esmolfe, comercializadas apenas no mercado nacional.
A cooperativa de Oliveira do Hospital, no distrito de Coimbra, é uma das empresas portuguesas presentes na Fruit Logística, que termina hoje em Berlim, Alemanha.
"A nossa aposta é relançar a agricultura na região, mesmo sabendo que se avizinham tempos muitos difíceis", disse Nuno Pereira.
Na quarta-feira, o ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos, esteve na abertura desta feira do comércio internacional de frutas e visitou a representação da Capital dos Frutos Silvestres
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